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Índice

INTRODUÇÃO 1
ESTRUTURAS DE MERCADO 2
CONCORRENCIA PERFEITA 2
Equilibrio em curto prazo e longo prazo 3
CONCORRENCIA PERFEITA E O BEM-ESTAR SOCIAL 4
Monopólio 6
COMPARAÇÃO ENTRE O MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA E O MERCADO
MONOPOLISTA 8
CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA 9
EQUILIBRIO NO CURTO E NO LONGO PRAZO 10
OLIGOPÓLIO 11
Competição e Colusão. 12
Equilíbrio num Oligopólio e no Conluio. 13
CONCLUSÃO 15
BIBLIOGRAFIA 16
INTRODUÇÃO

As estruturas de mercado se apresentam de forma bem interessante dentro do


sistema capitalista, através delas podemos verificar os vários tipos de mercado e
seu funcionamento, seja ele monopólio ou oligopólio por exemplo, que são os que
mais se destacam, apresentam-se dominadores dos ramos em que atuam, este
domínio de empresas (nacionais e multinacionais) acabam limitando o mercado
para novas empresas que não conseguem competir, deixando de existir assim
vários postos de trabalho e um aumento na renda nacional. De acordo com este
trabalho alguns modelos não são atuais, mas que estão mais do que nunca
praticado nos dias de hoje, deixando desta forma cada vez mais em alta o sistema
capitalista.

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ESTRUTURAS DE MERCADO

O preço e a quantidade de equilíbrio nos mercados é resultado da ação da oferta e


da demanda. Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo a apresentar
resultados muito distintos em cada mercado, pois cada um tem características
específicas de produto, condições tecnológicas, acesso, informações, tributação,
regulamentação, participante, localização no espaço e no tempo que o torna
único. Porém, existem algumas características comuns que permitem classificar
as diferentes estruturas de mercado.

As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como


os mercados são organizados, baseiam-se também em algumas hipóteses e no
realce de características observadas em mercados existentes, tais como: o
tamanho das empresas, a diferenciação do produto, a transparência do mercado,
os objetivos dos empresários, o acesso a novas empresas, etc.

As estruturas básicas são divididas em três grandes grupos:

Estruturas clássicas básicas;

Outras estruturas clássicas;

Modelos marginalistas de oligopólio;

CONCORRENCIA PERFEITA

Em economia, competição, concorrência perfeita ou concorrência pura descreve


mercados em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder
de mercado para definir o preço de um produto homogêneo. Dado que as
condições para a concorrência perfeita serem restritas, existem muito poucos
mercados assim. A competição perfeita pode servir como ponto de referência

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para avaliar mercados de concorrência imperfeita no mundo real.

Características destes mercados

Possui muitos vendedores e compradores, de modo que nem comprador ou


vendedor, individualmente consiga um impacto significativo sobre os preços .

Intervenientes

Muitos compradores e muitos vendedores, tanto existentes como potenciais.


Nenhum participante consegue influenciar o preço de mercado de maneira
isolada.

Produto

O produto em causa é homogéneo. O produto de uma empresa é, do ponto de


vista dos consumidores, igual ao produto oferecido pelas restantes empresas da
mesma indústria.

Entrada e saída da indústria

A entrada e saída da indústria é livre. Não existem restrições para que novas
empresas entrem naquela indústria, ou que determinadas empresas abandonem a
indústria. Estas restrições podem ser do ponto de vista económico (investimento
necessário baixo) ou mesmo tecnológico (conhecimento necessário também
baixo).

Informação

A informação é perfeita. Todos os participantes no mercado, tanto compradores


como vendedores, têm completo acesso a toda a informação necessária e

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disponível para aquele mercado, permitindo assim uma tomada de decisões
correcta.

O preço praticado pelas empresas é também homogéneo. As empresas praticam


o preço de mercado na totalidade dos casos. A curva da procura do preço é
perfeitamente elástica (curva horizontal), não existindo incentivos para a prática
de preço diferentes do preço de mercado. Por exemplo, no caso de uma empresa
praticar um preço acima do preço de mercado, dadas as características
homogéneas do produto e a informação perfeita, os consumidores optaram por
produtos de outras empresas.

Equilibrio em curto prazo e longo prazo

No curto prazo é possível uma dada indústria ter lucro positivo, superior à melhor
aplicação alternativa. O lucro das empresas depende largamente da optimização
da sua produção, por isso sobretudo no curto prazo, estas serão tanto mais
lucrativas, quanto mais optimizada para a sua produção. A falta de entraves à
entrada de novas empresas na indústria, faz com que num mercado de
concorrência perfeita.

No longo prazo, a indústria terá lucro nulo. Dada a livre entrada e saída da
indústria, no longo prazo esta vai adaptar-se à procura. Estas atingirão o número
óptimo, e a dimensão óptima para a produço optimizada, de maneira a atingir o
mínimo custo médio possível.

CONCORRENCIA PERFEITA E O BEM-ESTAR SOCIAL

•  A finalidade última da economia é proporcionar bem-estar às pessoas. A


resposta às questões: “o que produzir?”; “como produzir?”; “para quem produzir?”;
deve ser aquela que maior satisfação proporciona às pessoas.

•  Nos mercados de concorrência perfeita, a oferta e a procura interagem para


determinar os preços dos bens e as quantidades transacionadas (de “equilíbrio”).

•  Será que estes preços e quantidades, determinados nos mercados livres, são os
mais desejáveis para a sociedade?
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Para comparar duas situações económicas alternativas em termos normativos
(qual delas é melhor?), precisamos de uma medida de bem-estar.

•  O excedente económico é uma medida de bem-estar, definida como a diferença


entre benefícios e custos (de oportunidade) associados a uma actividade
económica

. •  É esta a medida de bem-estar que usaremos. Estando este ponto assente, a


análise passa para o domínio da economia positiva.

•  A questão normativa: “que situação é melhor?”; converte-se numa questão


positiva: “que situação tem maior excedente?”.

O excedente económico traduz o benefício associado a uma transação que é


efectuada a um preço mais favorável do que aquele ao qual a transação seria
indiferente para o agente.

•  Numa transação, tanto o comprador como o vendedor obtêm algum excedente.


Caso contrário, não realizariam a transação!

•  O excedente do consumidor é a diferença entre o valor máximo que o


consumidor estaria disposto a pagar para consumir um bem (preço de reserva) e
o valor que, efetivamente, paga (preço de mercado).

•  O excedente do produtor é a diferença entre o valor que o produtor recebe pela


venda de um bem (preço de mercado) e o valor mínimo que estaria disposto a
aceitar (custo marginal).

Excedente do produtor

•  O excedente do produtor calcula-se somando a diferença entre o preço cobrado


por cada uma das unidades vendidas (preço de mercado) e o preço mínimo ao
qual estaria disposto a vender cada uma dessas unidades (custo marginal de
produção).

•  O excedente do produtor corresponde à diferença entre receitas e custos não


afundados. Em período curto difere do lucro por não serem contabilizados os
custos fixos.

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•  Ao falarmos de excedente do produtor, referimo-nos ao excedente total da
indústria, ou seja, à soma dos excedentes de todos os produtores.

•  O excedente de um produtor individual corresponde à área limitada


inferiormente pela curva de custo marginal e limitada superiormente pelo preço de
venda, desde “q=0” até à quantidade produzida e vendida.

•  O excedente da indústria obtém-se agregando os excedentes de todos os


produtores.

•  No caso da concorrência perfeita, a curva de custo marginal de produção


coincide com a curva da oferta.

O excedente do consumidor calcula-se somando a diferença entre o preço pago


por cada uma das unidades compradas (preço de mercado) e o preço máximo ao
qual os consumidores estariam dispostos a comprar essas unidades (preço de
reserva).

•  Ao falarmos de excedente do consumidor, referimo-nos normalmente à soma


dos excedentes de todos os consumidores.

•  O preço máximo ao qual os consumidores estão dispostos a comprar uma


unidade adicional é dado pela procura inversa.

Excedente do consumidor

•  Graficamente, o excedente de todos os consumidores é representado pela área


entre a curva da procura e o preço de venda, desde “Q=0” até à quantidade
transaccionada.

Pode definir-se uma função de bem-estar social como a soma dos excedentes de
todos os agentes económicos. Devemos somar o excedente de todos os
produtores e consumidores.

•  Em concorrência perfeita, o bem-estar social é representado pela área situada


entre as curvas da oferta e da procura, desde “Q=0” até “Q=Q*”.

•  O preço de equilíbrio de concorrência perfeita, por igualar o benefício marginal


do consumo ao custo marginal de produção, maximiza o bem-estar social.

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Bem-estar social

•  Em concorrência perfeita, isto é, produzindo as empresas o volume para o qual


o custo marginal é igual ao preço, o bem-estar é máximo no ponto de equilíbrio.

•  Em equilíbrio, o valor da última unidade transaccionada para os consumidores


coincide com o custo que os produtores suportam para a produzir.

Monopólio

Do grego monos, que significa um e polein que significa vender .

Monopólio é uma estrutura no mercado em que o bem alvo da transação é


oferecido por uma única empresa que, por sua exclusividade, tem o poder de ditar
seus preços. Ou seja, domina totalmente o mercado sem concorrentes.

Existe monopólio quando o mercado é dominado por uma estrutura monopolista e


não pelas leis de mercado, garantindo-lhe super lucro. A maiorias dos países
possui um conjunto de leis para impedir a formação de monopólio.
Quais são essas leies?

Monopólio é a exploração sem concorrentes de um negócio ou indústria, em


virtude de um privilégio. Ter um monopólio é possuir ou desfrutar da exploração
de maneira abusiva, é vender um produto ou serviço sem concorrentes, por altos
preços. Estes usuários e consumidores não possuem alternativas senão comprar
do monopolista. Isso faz com que o monopolista opere sempre com lucros
extraordinários. O preço cobrado pelo monopolista será sempre maior do que em
concorrência perfeita e a quantidade vendida sempre menor. (KUPFER, 2002).

Sem regularização de mercado, o monopólio permite que a empresa sozinha


determine o preço do bem. Em casos em que a regulação é feita pelo governo,
medidas de contenção são criadas para a regulação de preços e, mesmo, da
oferta. De qualquer maneira, regulada ou não, os lucros são obtidos somente pela
detentora do monopólio.

AS CAUSAS DA EXISTÊNCIA DO MONOPÓLIO

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Monopólios surgem devido a características particulares de um determinado
mercado, ou devido a regulamentação governamental. As causas da existência do
monopólio são varias, algumas Politicas, outras Económicas e outras Técnicas.
As principais causas apontadas pela teoria económica neoclássica são: (KUPFER,
2002).

- Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir


competidores, especialmente estrageiros. O governo concede a uma única firma o
direito exclusivo para produzir um bem.

- Quando o mercado não suporta mais do que uma única empresa, pois a
tecnologia de produção impõe que a operação eficiente tenha economias de
escala substanciais.

- Patentes sobre produtos ou processo de produção. Uma patente é um


direito exclusivo para produzir ou vender um determinado produto ou usar
determinado processo produtivo. Direito único de produzir o bem.

O setor é a própria firma, porque existe um único produto que realiza toda a
produção. Dessa forma, a oferta da firma é a oferta do setor, e a demanda da
firma é a demanda do setor.

O monopolista vende um bem, ou conjunto de bens, de maneira a concorrer


com outros bens perante a renda disponível do consumidor.

As hipóteses do monopólio são:

O setor é constituído por uma única firma;

A firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo;

Existe concorrência entre os consumidores;

A curva de receita média é a curva de demanda do mercado.

O monopolista ajusta seu nível de produção até o ponto em que a Receita


Marginal é igual ao Custo Marginal. O lucro aumenta se o incremento da receita

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marginal for maior que o incremento nos custos marginais de produção.

Na estrutura de mercado monopolista, a firma é única, de maneira que a


entrada de novas firmas alteraria a estrutura do mercado. Em conseqüência, o
monopólio somente se mantém se a firma conseguir impedir a entrada de novas
firmas no mercado.

Fatores que concorrem para a manutenção do monopólio:

A dimensão reduzida do mercado;

A existência de patentes, o que impede a produção de um dado produto por


firmas concorrentes;

Proteção oferecida por leis governamentais

O controle das fontes de suprimento de matérias-primas para a produção de seu


produto.(stock de seguranca)

COMPARAÇÃO ENTRE O MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA E O MERCADO


MONOPOLISTA

A concorrência está associada, normalmente, à idéia de rivalidade ou oposição


entre dois ou mais sujeitos para conseguir um objetivo, como a utilidade pessoal
ou a ambição econômica privada. Em economia, essa concepção foi
complementada por outra que considera a concorrência como mecanismo da
organização dos mercados, isto é, como uma forma de determinar os preços e as
quantidades de equilíbrio.

No mundo real, não é freqüente acontecer a concorrência perfeita, pois existem


fortes incentivos para tentar quebra - lá, já que a empresa tem controle sobre os
preços e pode utilizar essa capacidade para influir sobre os mesmos, buscando
melhorar sua posição individual. Dada esta expectativa, o monopólio e a
concorrência perfeita aparecem como dois extremos.

No mercado monopolista existe um só ofertantes, que tem plena capacidade de


determinar opreço.

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Como indicamos, o empresário concorrencial toma o preço como dado e adapta
seu comportamento às condições de mercado. O empresário monopolista, pelo
contrario, desempenha um papel determinante no processo de fixação de preço
de mercado, pois tem capacidade de decidir seu valor.

Dentre os fatores que intervêm na aparição do monopólio, podemos destacar os


seguintes:

O controle exclusivo de um fator produtivo por uma empresa ou o domínio das


fontes mais importantes de matéria-prima indispensáveis para a produção de um
determinado bem.

A concessão de uma patente também gera uma situação monopolística de


caráter temporal. A patente confere ao inventor o direito de fabricação exclusiva
de um produto durante um período de tempo.

Dentro desse tipo de mercado, destacam-se o monopólio e o oligopólio. Em geral,


pode-se afirmar que quanto mais elevado é o número de participantes, mais
competitivo será o mercado.

CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA

A concorrência ou competição monopolística é um tipo de concorrência


imperfeita em que existem várias empresas, cada uma vendendo uma marca ou
um produto que difere em termos de qualidade, aparência ou reputação, e cada
empresa é a única produtora de sua própria marca. A competição monopolística é
caracterizada também por não haver barreiras à entrada. Existem muitos
exemplos de setores industriais com essa estrutura de mercado, como café
empacotado, calçados e refrigerantes.

Neste tipo de concorrência imperfeita, são produzidos produtos distintos, porém,


com substitutos próximos passíveis de concorrência, não exercendo um
monopólio e não vivendo a situação de concorrência perfeita. Por isso, esse tipo
de estrutura de mercado é considerada intermediária entre a concorrência perfeita
e o monopólio.

Exemplo: Suponha que em uma cidade existam muitos supermercados. No


entanto, em um bairro específico, existe apenas um, fazendo com que muitos
moradores deste bairro comprem nesse supermercado por comodidade. Assim, o
supermercado deste bairro específico tem certo grau de poder na fixação do

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preço, caracterizando uma concorrência monopolística. Porém o preço elevado
das mercadorias vendidas pode fazer com que alguns prefiram ir a
supermercados mais distantes.

CARACTERÍSTICAS DA CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA

As empresas competem entre si vendendo produtos diferenciados, altamente


substituíveis uns pelos outros, embora não sejam substitutos perfeitos. Em outras
palavras, a elasticidade cruzada da demanda é alta, mas não infinita;

A variedade de vendedores é elevada, sendo o mercado de acesso fácil. Também


é comum a saída de empresas quando seus produtos deixam de ser lucrativos;

Trata-se de uma estrutura mais próxima de realidade de concorrência perfeita,


onde se supõe um produto homogêneo produzido por todas as empresas.

A diferenciação do produto pode dar-se por características físicas (composição


química, potencial), pela embalagem ou pelo esquema de produção de venda
(aprimorando o atendimento, fornecimento de brindes, manutenção). Quanto
maior a diferenciação do produto, mais a empresa que produz poderá controlar o
preço.

Essas características acabam atribuindo um certo poder de mercado à empresa,


embora não tão grande quanto do monopólio ou oligopólio. Se uma empresa tiver
um lucro grande, outras empresas investirão o montante necessário (em
desenvolvimento, compra de máquinas, matérias primas, marketing, etc) para
lançar novas marcas (delas próprias) para também auferirem lucro, reduzindo a
fatia de mercado e o lucro das demais empresas do setor.

EQUILIBRIO NO CURTO E NO LONGO PRAZO

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No curto prazo, o custo medio é menor que o preco, e a empresa obtem lucro,
representado pela area sombreada

Assim como no oligopólio e no monopólio, na competição monopolística as


empresas se defrontam com curvas de demanda por seus produtos decrescentes
(não confundir com a curva de demanda de mercado, que também é decrescente
e muito mais inelástica), e por isso elas têm poder de mercado. Contudo, isso não
quer dizer que as empresas têm a possibilidade de terem grandes lucros. A
competição monopolística também tem características da concorrência perfeita:
como há livre entrada, a possibilidade de obter lucros atrairá novas empresas que
reduzirão os lucros econômicos a zero.

Para tornar isso claro, vamos analisar dois gráficos. O primeiro mostra o equilíbrio
de curto prazo para uma empresa qualquer inserida na concorrência
monopolística. Como o produto dessa empresa difere dos demais, a curva de
demanda é decrescente, e consequentemente é sua receita marginal. A
quantidade q* capaz de maximizar o lucro encontra-se no ponto de intersecção
das curvas de receita marginal e custo marginal (RMg=CMg). Como o preço P*
(preço ótimo) é maior que o CMe* (custo médio ótimo), a empresa tem lucro,
representado pela área sombreada.

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No longo prazo, o lucro vai atrair novas empresas, deslocando a curva da
demanda da empresa para baixo. A consequencias são que a empresa perdera
uma fatia de mercado e seus lucros serao reduzidos a zero

No longo prazo, o lucro atrairá novas empresas. A medida que há novas


empresas, a curva de demanda da empresa se deslocará para baixo, reduzindo
seus lucros a zero, ou seja, o custo médio será igual ao preço (P*=CMe).

Porém a empresa ainda tem poder do monopólio, porque ela é a única produtora
de sua marca e por isso a curva de demanda tem uma inclinação descendente. Na
prática, as empresas têm custos diferentes uma das outras, seja por causa da
tecnologia ou da mão de obra empregada, e por isso algumas se sairão sobre as
outras e terão um pequeno lucro.

OLIGOPÓLIO

Na economia, Oligopólio (do grego oligos, poucos +- polens, vender) é uma forma
evoluída de monopólio, no qual um grupo de organizações ou governos
promovem o domínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços.

Corresponde a uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita, no qual o


mercado é controlado por um número reduzido de empresas, de tal forma que
cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras
quando toma decisões de mercado.

As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala


mínima de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda

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alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços
maiores do que nos mercados concorrenciais, ainda que relativamente ao
monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores.

Nos mercados oligopolistas onde não exista cooperação entre as empresas a


curva da procura do produto da empresa depende da reação das outras
empresas.

O oligopólio pode permitir que as empresas obtenham lucros elevados a custo


dos consumidores e do progresso econômico, caso a sua atuação no mercado
seja baseada em cartéis, pois assim terão os mesmos lucros como um
monopólio.

Características de um mercado oligopolista

Em resumo, um mercado em oligopólio pode possuir algumas características


determinantes, como:

Um mercado composto por poucas empresas, normalmente apenas duas ou três;

Estruturado em concorrência imperfeita (entre monopólio e concorrência


perfeita);

Existe uma interdependência entre as empresas, que dominam o mercado por


possuírem uma produção eficiente e de custos controlados;

A procura pelo produto ou serviço é concentrado nas mesmas empresas.

Competição e Colusão.

No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogéneos ou apresentar alguma


diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais em termos de
factores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização ou a imagem, e não
tanto em termos do preço.

Colusão refere-se ao acordo em que duas ou mais empresas de um dado


mercado definem que cada uma atuará da maneira combinada com a finalidade

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de que cada uma delas controle uma determinada porção do mercado em que
operam, impedindo o ingresso de outras empresas, à maneira de um monopólio.

A colusão entre empresas, mais comummente designada por cartel corresponde


a um acordo entre empresas com atividades concorrentes com vista a restringir a
concorrência e obter assim um controlo mais eficaz do respetivo mercado, à
maneira de um monopólio.

Esse acordo pode assumir uma grande variedade de formas, mas frequentemente
está relacionado com os preços de venda ou o aumento desses preços, com
restrições de vendas ou de capacidades de produção, com a partilha de mercados
ou de consumidores, ou com o conluio noutras condições comerciais para a
venda de produtos ou serviços.

Ora, a colusão entre empresas pode consubstanciar uma prática


anticoncorrencial, em que se proíbem os acordos entre empresas, as práticas
concertadas entre empresas e as decisões de associações de empresas que
tenham por objeto ou como efeito impedir, falsear ou restringir de forma sensível
a concorrência no todo ou em parte do mercado nacional .

Em suma, os cartéis correspondem a uma prática restritiva da concorrência muito


grave, na medida em que prejudicam os consumidores ao promover o aumento de
preços e restringir a oferta, afetando negativamente a eficiência do mercado.

A colusão entre empresas traduz-se numa prática de coordenação de decisões ou


comportamentos que tenham por objeto ou como efeito impedir, falsear ou
restringir de forma sensível a concorrência, levando as empresas, nomeadamente,
a prescindirem da sua autonomia na determinação de preços, condições de venda
e seleção de mercados, com o objetivo de alcançarem ganhos superiores aos que
seriam obtidos em condições de livre concorrência. Complementa, esta prática,
uma decisão quanto à repartição posterior dos ganhos, direta ou indireta, entre as
empresas concertadas.

Uma forma de colusão particularmente relevante, no âmbito das obras públicas, é


aquela que sucede na apresentação de propostas a concursos públicos. Ou seja,
uma situação em que os concorrentes se coordenam previamente, de forma
ilícita, para obter benefícios à custa do erário público através da apresentação de
propostas em concursos públicos.

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Segundo o modelo de competição de Bertrand, quando o acordo se rompe,
inicia-se uma queda de preços, até ser atingido o equilíbrio de Nash, no ponto de
concorrência perfeita.

Equilíbrio num Oligopólio e no Conluio.

Equilíbrio de Nash, é uma situação na qual os agentes económicos interagem e


escolhem a sua melhor estratégia dadas as categorias de todos os outros
participantes do mercado.

Quando as firmas de um oligopólio individualmente escolhem a quantidade a ser


produzida para maximizar o lucro, elas em conjunto produzem uma quantidade
maior do que o nível produzido por um monopólio e menos do que a quantidade
de equilíbrio de um mercado perfeitamente competitivo.

O preço do oligopólio é menor do que o preço do monopólio mas maior que o


preço do mercado perfeitamente competitivo.

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CONCLUSÃO

As estruturas de mercado são a essência do sistema capitalista, é através delas


que o mercado se coloca de forma dominadora dentro do sistema, buscando
assim manter a sua dominação e procurando cada vez mais auferir maiores
lucros, quer seja, através do mercado interno ou através de exportações, esta
dominação é realizada por empresas nacionais ou multinacionais, não permitindo
a entrada de novas firmas dentro de seus respectivos mercados. Quanto maior o
grau de dominação dentro do mercado, maior a reestruturação produtiva no país,
maior será a renovação tecnológica e conseqüentemente cada vez mais postos
de trabalho deixarão de existir, aumentando ainda mais os problemas sociais.
Faz-se necessário políticas públicas mais eficazes que amenizem a questão
social frente a uma grande revolução tecnológica que ocorre a cada momento

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dentro do sistema capitalista.

BIBLIOGRAFIA

1 - KON, ANITA. Economia Industrial. São Paulo: Prêmio Nobel, 1994

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2 LEONI, CLAUDIO A. A crítica de Sraffa As novas teorias de mercado. In:
Pensamento Econômico do Século XX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

3 - PINHO, C. VASCONCELOS. Manual de Economia. São Paulo: Nacional, 1996.

4 - REVISTA CONJUNTURA ECONÔMICA. ago. 1998. p. 11, 24, 26.

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