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DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE GESTÃO FINANCEIRA

PRINCIPAIS MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE FINANCEIRA

Moçâmedes, 2022
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

PRINCIPAIS MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE FINANCEIRA

 Análise Vertical e Horizontal dos documentos


 Análise Histórica
 Método dos Rácios
 Análise Comparativa com a Concorrência e o Sector de Actividade
 Análise de Liquidez, Solvabilidade e Capacidade de Reembolso

O DOCENTE
Afonso Muinguilo
DEDICATÓRIA

Aos amantes do conhecimento;

Aos estimados colegas e Professor

A nossa preciosa Universidade do Namibe;

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades


Aos Familiares e amigos que de facto torcem por nós;

I
AGRADECIMENTOS

A presente pesquisa implicou substâncias, recursos financeiros e materiais e a


contribuição de diferentes áreas do conhecimento pelo que, para a sua concretização
contou com o apoio de todos os constituintes do grupo, permitindo-nos, no entanto,
salientar o importantíssimo papel desempenhado. E isso deixa-nos congratulados, de tal
forma também, somos gratos ao ilustre professor Afonso Muinguilo por nos ter dado esta
oportunidade de assim podermos enriquecer o nosso conhecimento.

II
RESUMO

O objectivo da presente pesquisa é identificar como a análise financeira pode contribuir


para uma empresa nas decisões gerenciais. A análise financeira é um exame minucioso
das demonstrações contábeis, utiliza-se essa análise a fim de conhecer o património da
empresa nos aspectos económico e financeiro, auxiliando nas decisões gerenciais. As
análises verticais e horizontais objectivam-se a demonstrar o crescimento ou queda
ocorrida em itens que constituem as demonstrações contábeis em períodos consecutivos e
a compreensão dos elementos mais essenciais que as compõem. No desígnio de responder
o problema de pesquisa e os objectivos propostos, utilizou-se como metodologia, a
pesquisa exploratória, bibliográfica e documental.

Palavras-chave: Análise Financeira - Demonstrações Contábeis - Análise Vertical –


Análise Horizontal.

III
SÍGLAS E ACRÓNIMOS
AV: Análise Vertical
AH: Análise Horizontal
DRE: Demonstração de Resultados do Exercício
DF: Demonstrações Financeiras
DFC: Demonstração de Fluxo de Caixa
LG: Rácio de Liquidez Geral
LR: Rácio de Liquidez Reduzida

IV
ÍNDICE DE TABELAS

V
ÍNDICE
DEDICATÓRIA..............................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...................................................................................................................II
RESUMO......................................................................................................................................III
SÍGLAS E ACRÓNIMOS.............................................................................................................IV
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
Problema de Investigação...........................................................................................................2
Objectivos...................................................................................................................................2
Justificativa.................................................................................................................................2
Hipótese......................................................................................................................................2
CAPÍTULO I- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................3
ANÁLISE FINANCEIRA..............................................................................................................3
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE FINANCEIRA............................................................4
Análise horizontal e análise vertical............................................................................................4
Análise Horizontal (AH).............................................................................................................4
Análise Vertical (AV).................................................................................................................5
Método dos rácios.......................................................................................................................5
Tipos de rácios............................................................................................................................7
Principais Indicadores financeiros..............................................................................................7
Indicadores de Liquidez:.............................................................................................................7
Indicadores de Rentabilidade......................................................................................................8
Indicadores de Actividade e Gestão............................................................................................8
ANÁLISE HISTÓRICA.................................................................................................................8
ANÁLISE COMPARATIVA COM A CONCORRÊNCIA E O SECTOR DE ACTIVIDADE.....9
ANÁLISE DE LIQUIDEZ, SOLVABILIDADE E CAPACIDADE DE DEEMBOLSO.............10
Análise de Solvabilidade...........................................................................................................13
Capacidade de reembolso.........................................................................................................14
A INTERPRETAÇÃO DE RÁCIOS........................................................................................14
LIMITAÇÕES..........................................................................................................................15
O RISCO E A ANÁLISE FINANCEIRA.................................................................................15
CAPÍTULO II - METODOLOGIA.......................................................................................16
CONCLUSÕES............................................................................................................................16
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................17
RELATÓRIO DE ELABORAÇAÕ DO TRABALHO DE GESTÃO FINANCEIRA II 2022.33
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................34

VI
RELAÇÃO NOMINAL DO GRUPO

Nome Completo Nota Nota do Grupo


Nº Individual
1 Adolfo de Oliveira Vieira
2 Afonso Mendes Katendi
3 Agostinho Dungula
4 Américo Gravino Tomás
5 Ana Cristina Nguri
6 António Pedro Camilonga Fortunato
7 Arsénio Matias
8 Cláudia Rebeca Cassanga
9 Carolina Bimbi Carvalho
10 Claudeth Mango
11 Deolinda do Santos Saúde
12 Edvano Sousa Miguel
13 Evaldina Duala Pedro Chipala
14 Gerson Yambi Calepete
15 Hélder Chijica Cunomo
16 Henriqueta Bayeta Paulo

VII
INTRODUÇÃO

É notória a importância que a contabilidade exerce no cenário económico mundial, ela


auxilia na gestão por intermédio de indicadores que projectam a situação da empresa, e
o progresso tecnológico ocorrido nos últimos anos tem grande contribuição para a
elaboração de tais apontamentos.

Em uma empresa frequentemente os administradores tomam decisões importantes para


o sucesso da empresa. Todas as organizações têm a necessidade de saber como está o
seu desempenho e se este é compatível com os objectivos estabelecidos. A cada dia
torna-se mais raro encontrar uma empresa que sobreviva sem determinar estratégias e
acompanhar a sua implementação para que possam ser avaliados e corrigidos os erros
(Schmidt; Santos; Martins, 2006; Marion 2008; Iudicibus; 2008)

Segundo Silva 2008, uma das ferramentas que auxilia na avaliação de uma empresa é a
análise financeira. As oscilações do mercado e a consequente necessidade de trazer
soluções para tais problemas, fez com que os responsáveis pela gestão necessitassem
cada vez mais de números confiáveis e consistentes que demonstrassem o estado real da
empresa, pois assim solucionar eventuais problemas se torna uma tarefa mais rápida, o
que possibilita que o mercado se adeque de maneira mais objectiva.

A análise financeira de uma empresa consiste em avaliar o equilíbrio financeiro, as


necessidades de financiamento da actividade e a situação de tesouraria, ou seja, avaliar a
estrutura financeira da empresa em análise. (Roda, 2011, pág. 30).

Deste modo, a contribuição da análise financeira para constante crescimento e


desenvolvimento da empresa é cada vez mais evidente, uma vez que com base os seus
métodos e técnicas, esta permite exibir aspectos importantes a respeito da companhia,
tais como: situação financeira e económica, desempenho, pontos fortes e fracos,
adequação das fontes às aplicações de recursos, evidências de erros na administração,
avaliação de alternativas económico-financeiras futuras e outras (MATARAZZO,
2010).

Para Assaf Neto (2015) a análise financeira tem por objectivo a análise do desempenho
financeiro de uma companhia em determinado momento do passado, para confrontar

1
com sua situação actual, a fim de produzir resultados que sirvam de apoio para a
previsão de propensões futuras.

Esta análise pode ser descrita como uma fotografia da empresa num dado momento, não
se conseguindo perceber como a empresa se comporta. (Moreira, 2011, pág. 90), onde
se procura aprender se estão criadas as condições para que a empresa observe o seu
equilíbrio financeiro, olhando a relação entre capitais permanentes e imobilizado.
(Moreira, 2011, pág. 92).

Problema de Investigação

A gestão financeira é uma área de caris importante e imprescindível dentro de uma


empresa pelo facto de que é uma área de decisão da empresa. Por esta razão, se
constituiu a seguinte problemática.

De que forma é que a análise financeira e seus métodos e técnicas contribuem na


tomada de decisões dentro da estrutura da empresa?

Objectivos

a) Objectivo geral:

 Apresentar os principais métodos e técnicas de análise financeira.

b) Objectivos específicos

 Identificar métodos e técnicas de análise financeira;


 Interpretar os principais rácios de gestão;
 Reconhecer a análise financeira como instrumento de apoio à gestão.

Justificativa

O sucesso de uma empresa está directamente ligado à capacidade dos seus gestores de
tomarem decisões acertadas, e muitas vezes dispondo de um curto espaço de tempo. Um
dos requisitos para que isso ocorra, é realizar uma análise financeira da empresa, que
além de demonstrar a sua situação actual, permitirá uma projecção de possíveis cenários
futuros e eventuais comparações no sector de actividade.

A análise financeira e os métodos e técnicas podem ser um forte aliado para permitir
que os gestores tomem decisões coerentes com ou sem uma margem de erro de decisão.
2
Daí que abordar este tema constitui um acto de grandes caris para o aprimoramento dos
conhecimentos.

Hipótese

A essência da análise financeira é a interpretação e contextualização dos dados e das


informações geradas na empresa. A análise financeira tem por objectivo organizar as
informações contábeis e contribuir com as informações extraídas para o auxílio das
orientações de suas acções, na tomada de decisões, com intuito de suprir as
necessidades de cada usuário, passando o conjunto de informação que melhor vai
atender as necessidades de cada entidade (SILVA, 2008). Daí que o uso dos métodos e
técnicas de análise financeira são indispensáveis em qualquer empresa ou organização.
O uso dos métodos e técnicas de análise financeira dentro de uma empresa contribuirão
na tomada de decisões por parte dos gestores. Hipótese essa que será comprovada ou
não ao longo desta abordagem baseada em pesquisas bibliográficas.

3
CAPÍTULO I- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Desde o início das civilizações a contabilidade já existia, pois, o homem já sentia


necessidade de controlar seus bens. Com o passar dos tempos, novos métodos e técnicas
foram desenvolvidos sendo particular de cada geração. A contabilidade como ciência
social aplicada é especialmente concebida para captar, registar, acumular, resumir e
interpretar os fenómenos que afectam as situações patrimoniais financeiras e
económicas de qualquer ente, pessoa física ou jurídica, basta que tenham necessidade de
exercer actividades económicas para alcançar seus objectivos (FRANCO, 1989;
CREPALDI, 2002; MARQUES, 2006; IUDÍCIBUS et. al., 2007).

A contabilidade é indispensável à gestão das empresas, os relatórios e análises


contábeis fornecem uma visão ampla e segura do património, tornando-se uma
importante ferramenta para o processo de tomada de decisão (FRANCO, 1989;
ROGERS et. al., acesso em 04 set 2011).

O principal objectivo da contabilidade é de oferecer a cada grupo de usuário da


contabilidade uma avaliação económica e financeira da entidade, sendo estático e
fazendo inferências sobre suas tendências futuras (HORNGREN; SUNDEM;
STRATTON, 2004; MARION, 2008; IUDÍCIBUS; MARION, 2008).

ANÁLISE FINANCEIRA

Por toda a história a análise financeira foi usada para identificar a solidez da empresa,
assim, como seu desempenho. A análise financeira tem por objectivo organizar as
informações contábeis e contribuir com as informações extraídas para o auxílio das
orientações de suas acções, na tomada de decisões, com intuito de suprir as
necessidades de cada usuário, passando o conjunto de informação que melhor vai
atender as necessidades de cada entidade (SILVA, 2008). “A análise de balanços é a
técnica pela qual se determina a capacidade de pagamento da empresa, o grau de
solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e outras” (CREPALDI, 2002,
p. 27).

A análise de balanços fornece a posição económico-financeira actual, quais os factores


que levaram a evolução apresentada, ou seja, conhece o passado o presente para assim
4
visualizar as tendências futuras (BRAGA, 1989; ASSAF NETO, 2002; IUDÍCIBUS,
2009; MATARAZZO, 2010). Segundo Matarazzo (2010), a análise de balanços para
administradores é forma de auxílio na tomada de decisão, pode ser utilizada na
formação de estratégias das empresas e oferecer informações úteis como a liquidez e
rentabilidade e isso é importante para futuras concessões de créditos, investimentos,
entre outros.

MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE FINANCEIRA

Análise horizontal e análise vertical

Análise vertical e horizontal é essencial para a evolução de um negócio e são utilizadas


tanto por empresários quanto por investidores de acções, elas consistem em análises que
buscam entender a dinâmica das operações de uma empresa.

Segundo Matarazzo, (2003, p.243), as análises verticais ou horizontais apontam qual o


principal credor e como se alterou a participação de cada credor nos últimos dois
exercícios. A análise vertical e horizontal visa oferecer informações sobre a composição
e a evolução da estrutura das demonstrações.

De acordo com Assaf Neto (2012, p. 105). As duas principais características de análise
de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com
aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros
afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia estas análises é a
comparação.

A análise vertical busca entender qual o percentual de cada sector da empresa em seus
resultados, consiste na análise em um mesmo período de tempo. Enquanto a análise
horizontal foca na evolução dos resultados da empresa ao longo do tempo. Portanto ao
fazer uma análise vertical e horizontal de uma Demonstração de Resultados do
Exercício (DRE) é possível tirar conclusões que ajudam o investidor a compreender a
dinâmica de uma empresa.

Análise Horizontal (AH)

Segundo Borinelli e Pimentel (2010), na análise horizontal das demonstrações


financeiras há o confronto de valores de um determinado exercício com o anterior ao

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mesmo, assim é possível até mesmo observar a evolução da empresa no decorrer do
tempo.

Conforme Iudícibus (2010, p. 83) a análise horizontal tem como principal finalidade
“apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultados (bem
como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”.

Utilizando a análise horizontal o administrador pode verificar se houve aumento ou


redução das receitas, despesas, disponibilidades e obrigações em um determinado
período. A partir dessas informações, ele pode elaborar um planeamento para os
próximos exercícios.

Para calcularmos os percentuais para análise horizontal (AH) dividimos o valor da


rubrica em análise em (Xn) pelo valor da mesma rubrica em (X1) e multiplicamos o
resultado por cem. Por tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:

AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1

Análise Vertical (AV)

O primeiro propósito da análise vertical é mostrar a participação relativa de cada item


de uma demonstração contabilística em relação a determinado referencial. Análise
Vertical, que também denominada por alguns analistas como Análise por Coeficientes,
é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao
total do conjunto, ela evidencia avaliação da estrutura do Activo e do Passivo bem
como a percentagem da participação de cada item da Demonstração de Resultado na
formação do lucro ou prejuízo no conjunto. (HOJI, Masakazu, 2001, p. 273).

A análise vertical possibilita identificar qual o percentual que um item do património ou


do resultado representa dentro de um determinado grupo. Segundo Reis (2009, p. 210).
A análise vertical – um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial –
consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou grupo de contas do Balanço
Patrimonial em relação ao valor total do Activo ou do Passivo.”

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Para calcularmos os percentuais da coluna da análise vertical (AV), dividimos o valor
da rubrica que queremos calcular pelo valor base e multiplicamos o resultado por cem.
Para tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:

RUBRICA
AV = X 100
BASE

AV = Análise Vertical

Rubrica = conta contábil que queremos calcular (ex.: activo circulante)

Base = no BP usamos o activo total, na DRE usamos as Vendas Operacionais Líquidas.

Método dos rácios

Conforme Santos e Filho (2011, p. 38) “o método é este conjunto de processos, que
etimologicamente tem o significado de caminho para se chegar a um fim”. Para se
chegar a qualquer meta é necessário seguir um caminho, na pesquisa não é diferente. O
método é a maneira ou o caminho usado para obter resultados e respostas para as
perguntas que deram origem a tal pesquisa. De acordo com Lakatos e Marconi (2003), a
metodologia abrange o uso de bibliografias referentes a livros, periódicos e artigos
publicados, os mesmos devem corresponder com a pesquisa projectada, pois dessa
forma será um meio de auxílio para o pesquisador se inteirar sobre o tema.

A metodologia dos rácios é a técnica mais utilizada pela análise financeira, e consiste
em estabelecer relações, ou rácios, entre contas e agrupamentos de contas do balanço
patrimonial e da demonstração do resultado do exercício. Estas relações constituem um
instrumento de apoio para sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar o
desempenho económico e financeiro das empresas e a sua evolução no tempo.

O conceito de rácio pode afirmar-se como sendo uma relação existente entre duas
grandezas que pode ser expressa, quer sob a forma de quociente, quer sob a forma
de percentagem.

A aplicação dos métodos dos rácios às empresas para apreciação da sua situação
económica e financeira permite salientar correlações importantes existentes entre os
dados contabilísticos e que nem sempre são apercebidos através do exame dos
respectivos valores absolutos. Os rácios são, assim, um valioso instrumento de apoio
para sintetizar os dados e avaliar o desempenho económico-financeiro das empresas, já

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que permitem acompanhar a sua evolução ao longo de vários anos e proceder a
comparações entre empresas do mesmo sector de actividade ou socioprofissional.

Convém, todavia, chamar a atenção para o facto de o cálculo dos rácios só ter
significado após a realização de trabalhos preliminares de preparação e correção dos
elementos contabilísticos da empresa. Por outro lado, a análise de uma empresa não se
deve limitar ao exame da sua situação de momento se quiser emitir um juízo de valor
completo sobre a situação da mesma.

Assim, a utilização deste método só terá sentido se os elementos contabilísticos


disponíveis permitirem o seu cálculo em períodos sucessivos de actividade da empresa
(normalmente, entre três e cinco anos), devendo utilizar-se sempre os mesmos critérios,
quer na preparação e correcção de contas, quer no respectivo conteúdo e critérios
valorimétricos.

As utilizações dos métodos dos rácios permitem compreender até que ponto os meios
financeiros empregues pela empresa são adequados à manutenção do seu
desenvolvimento estável e lhe permitem fazer face aos seus compromissos à medida que
vençam, dados que os rácios de solvabilidade demonstrarem a aptidão para fazer frente
aos compromissos de médio e longo prazo, os de liquidez a capacidade para fazer frente
aos compromissos de curto prazo e os de estrutura revela a massa de bens que a empresa
dispõe e os meios empregues para os financiar (Finanças para não Financeiros, 2013).

 O rácio da solvabilidade expressa a capacidade que a empresa tem em satisfazer


os seus compromissos à medida que estes vencem (Roda, 2011, pág. 35).
 O rácio da autonomia financeira mede a capacidade que a empresa tem em
remunerar o seu activo utilizando apenas o seu capital próprio (Roda, 2011,
pág.34). Assim, os rácios revelam a percentagem de capital próprio que é
necessária para cobrir, respectivamente, os passivos e os activos da empresa. Por
outro lado, com estes dois rácios compreende-se qual das componentes – activo
ou passivo – têm mais peso na situação patrimonial da empresa.
 Já os de liquidez medem o equilíbrio da empresa numa óptica de financiamento
de curto prazo. Enquanto os rácios de alavanca financeira destinam-se a avaliar
as implicações que as dívidas da empresa têm na sua principal actividade (Roda,
2011)

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Tipos de rácios

Podem construir-se inúmeros rácios, mas a sua utilização vai depender dos objectivos
de análise. No estudo que ora se desenvolve irão distinguir-se dois tipos de rácios:

 Rácios financeiros: são aqueles que se relacionam exclusivamente com


aspectos financeiros, tais como, a estrutura financeira, a capacidade de
endividamento, a solvabilidade, etc.;
 Rácios económicos: são aqueles que relevam aspectos de situação económica,
como a estrutura de custos, a estrutura de proveitos, as margens, a capacidade de
gerar excedentes, etc.

Sendo que outros tipos de rácios podem ser ponderados, como sejam:

o Rácios económico-financeiros, que permitem apreender os aspectos


económico-financeiros, como sejam, a rendibilidade dos capitais, as rotações dos
elementos do activo, etc.;

o Rácios de funcionamento, que explicam os impactos financeiros da gestão ao


nível do ciclo de exploração. São os rácios dos prazos médios de recebimento e
de pagamento, de duração média de existências, etc.;
o Rácios técnicos, que procuram relevar aspectos relacionados com a produção e
a actividade em geral e se expressam normalmente em unidades físicas ou
comparando unidades económico-financeiras com unidades físicas. Exemplos:
Rendimento do equipamento, produtividade da mão-de-obra, etc.

Principais Indicadores financeiros

Indicadores de Liquidez:

Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a


seus diversos compromissos financeiros, representando a capacidade que a empresa
possui de honrar suas obrigações de curto e longo prazo. Conforme Assaf Neto (2012,
p. 176)

Sá (2008) afirma que a análise destes índices é de grande importância à administração


da empresa, tendo em vistas que estes podem influenciar a continuidade das actividades
operacionais, logo as modificações destes índices devem ser motivos de estudos para os
gestores. Diniz (2015, p.118) observa que “uma situação de boa liquidez não significa
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que a empresa irá possuir fluxo de caixa disponível para pagamentos em dia, mas sim
que ela possui uma relação entre possibilidade de transformação dos recursos
financeiros em dinheiro.”. Ainda de acordo com Diniz (2015) quanto maiores forem os
valores dos índices de liquidez, melhor para a empresa. No entanto é importante notar
que indicadores de liquidez muito altos podem significar ineficiência da empresa, pois
ela estaria perdendo a oportunidade de investir esses recursos excessivos em outras
opções.

Indicadores de Liquidez

 Liquidez Geral
 Liquidez Corrente
 Liquidez Seca
 Liquidez Imediata

Indicadores de Rentabilidade
 Giro do Activo
 Margem Líquida
 Rentabilidade do Activo
 Rentabilidade do Património Líquido

Indicadores de Actividade e Gestão


 Prazo Médio de Recebimentos
 Prazo Médio de Pagamentos
 Duração Média dos Inventários
 Rotação de Inventários
 Previsão de Falência

As finanças de uma empresa podem afectar a estrutura da organização. Neste sentido a


administração financeira deve ajudar a planear e a nortear o futuro da empresa. E para
que se possa acompanhar a evolução e identificar possíveis deficiências na gestão dos
negócios, é de suma importância a análise das demonstrações financeiras através de
índice de liquidez.

A liquidez é a capacidade que a empresa tem em pagar os compromissos assumidos de


curto prazo/longo, prazo. Ela pode ser considerada como um processo de decomposição
das partes que constitui o Balanço Patrimonial, a fim de melhor interpretar os seus
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componentes que deverão ser analisados e entendidos como decorrente de uma situação
financeira da organização.

ANÁLISE HISTÓRICA

O método histórico, também chamado de método crítico ou crítica histórica,


compreende o conjunto de técnicas, métodos e procedimentos usados pelos
historiadores para gerenciar fontes primárias e outras evidências (arqueologia,
arquivística, disciplinas auxiliares da história, etc.) para investigar eventos passados
relevantes para as sociedades humanas. O objectivo é a elaboração da historiografia (ou
produção historiográfica). A questão da natureza do método histórico, e mesmo da
própria possibilidade de sua existência como método científico, é discutida pela
epistemologia (filosofia da ciência, metodologia das ciências sociais) e pela filosofia da
história, e pela historiografia e historiologia (ou teoria da história). O método histórico
pode ser compreendido como resultado de duas operações a saber: análise e síntese. A
análise compreende, por sua vez, quatro operações: a heurística, as críticas interna e
externa, e a hermenêutica.

Heurística é a operação pela qual se procede a recolha das fontes de informação


necessárias à análise histórica. Crítica, onde se avalia a validade ou não das versões
contraditórias. É o mais complexo. A crítica interna visa verificar a validade e coerência
a partir da própria fonte. Por sua vez, a crítica externa confere a validade e veracidade
considerando fatores externos e o contexto. Hermenêutica é a operação pela qual se
procede a interpretação dos documentos em termos de se saber em que medida as
informações fornecidas por estes responde a questões inicialmente levantadas.

ANÁLISE COMPARATIVA COM A CONCORRÊNCIA E O SECTOR DE


ACTIVIDADE

A análise comparativa é um método de pesquisa, colecta e análise de informações que


envolve a comparação de dois ou mais processos, documentos, conjunto de dados ou
outros objectos para obter razoes validas nas explicações de diferenças ou semelhanças.

Métodos comparativos têm sido utilizados em pesquisas quantitativa e qualitativas sobre


fenómenos tão diversos como a linguagem, organização politica, relações económicas,
religião, Parentesco, casamento e família.
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Com o forte crescimento da concorrência em diversos sectores da economia, uma
empresa deve ser capaz de analisar a sua própria situação económico-financeira, bem
como estabelecer uma comparação do seu desempenho com o das suas principais
concorrentes.

A comparação tem estado no centro da antropologia, da sociologia e de outras ciências


sociais. Análise de padrões, filtragem e análise de árvore de decisão são formadas de
análises comparativas. Pesquisa de mercado, a análise comparativa é usada como um
método para analisar a concorrência e comparar o desempenho de sua marca ou produto
em relação a concorrência. As empresas utilizam análise comparativa dos dados
colectados em suas pesquisas como forma de identificar as suas posições competitivas e
resultados operacionais durante um período definido.

Em geral, a análise comparativa desempenha varias funções importantes intimamente


relacionadas umas as outras:

 Colabora com a tomada de decisão necessária para implementações e


optimizações na empresa que visam o crescimento no negócio;
 Melhora a compreensão da própria organização ao situar as suas estruturas
contra as de outros sistemas;
 Aumenta a consciência de outros sistemas, culturas e padrões de pensamento e
Acção;
 Estas teorias em uma variedade de contextos avaliam o escopo e o significado de
fenómenos particulares, contribuindo assim para o desenvolvimento de uma
teoria de aplicação universal;
 Evita que os estudiosos se generalizem demais com base em suas próprias
experiencias, muitas vezes idiossincráticas;
 Oferece alternativas e soluções de problemas que podem facilitar ou revelar
saídas para os dilemas de uma organização.

Esse tipo de análise comparativa é uma comparação dos seus produtos, serviços,
processos e métodos com os dos seus concorrentes directos, fornecendo informações
sobre sua posição no mercado e o que você pode fazer para aumentar a produtividade.

Por exemplo, você pode comparar a satisfação do cliente com um produto do


concorrente com a sua. Se o seu concorrente está recebendo melhores avaliações de seus

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clientes, você precisa analisar qual é a diferença entre o seu produto e descobrir como
melhorar a qualidade dele.

Análise de liquidez, solvabilidade e capacidade de reembolso

A análise de liquidez tem o propósito de apresentar a avaliação da capacidade de


pagamento das empresas em tempos distintos: do curto ao Longo Prazo.

A análise de liquidez é obtida através de quocientes, e relacionam os bens e os direitos


da empresa por intermédio de uma operação de divisão, ou seja, mede o quanto a
empresa tem para cada unidade monetária que ela deve, e os dados para essa análise
também são extraídos do Balanço Patrimonial.

Uma análise apurada do balanço patrimonial e das demonstrações contabilísticas de


uma empresa permite a identificação de seus índices de liquidez, solvabilidade e sua
capacidade de reembolso. Ao interpretar esses índices, estabelecendo uma relação de
sucessivos exercícios sociais, o analista tem o poder de transformar o que eram apenas
dados numéricos em importantes informações gerenciais, bem como identificar uma
tendência da evolução financeira da empresa.

Segundo Assaf (2001, Ep) Os indicadores de liquidez não são indicadores extraídos do
fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro”. Para o autor são
indicadores que, a partir do confronto dos activos correntes com as dívidas, procuram
medir quão sólida é a base financeira de uma entidade. Por sua vez, uma empresa com
bons indicadores de liquidez tem de ter boa capacidade de cumprir com as suas
obrigações financeiras com terceiros, mas fá-lo, obrigatoriamente, em função de outro s
factores como prazo, renovações de dívidas e as vezes também por causa das políticas
de gestão adoptadas”.

Para Marion (2007) índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de
pagamento da empresa considerando em longo prazo, curto prazo e prazo imediato. São
usados três tipos de índices, a liquidez seca, corrente e geral, que são explicados:

 Liquidez seca – (disponibilidades + créditos a curto prazo / passivo circulante)


Indica a disponibilidade financeira de curto prazo para cobrir seu passivo
circulante;

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 Liquidez corrente – (activo circulante / passivo circulante). Indica quanto de
bens e direitos realizáveis a empresa tem a curto prazo para honrar as
obrigações;
 Liquidez geral – (activo circulante + realizável a longo prazo / passivo circulante
+ realizável a longo prazo) Indica o total de bens e direitos realizáveis a curto e
longo prazo para que a empresa honre suas obrigações;
 Liquidez imediata – (disponibilidades / passivo circulante). Indica a
disponibilidade que a empresa tem em liquidar suas obrigações de uma só vez,
tanto as vencidas quanto as que irão vencer.

Liquidez seca: – (disponibilidades + créditos a curto prazo / passivo circulante) Indica


a disponibilidade financeira de curto prazo para cobrir seu passivo circulante

Liquidez Geral (RLG): O rácio de liquidez corrente mede a solvência da empresa.


Indica, a partir dos activos correntes, a capacidade de pagar as dívidas (exigibilidades)
correntes. (Serve para avaliar a capacidade de pagamento de uma empresa, identificar a
capacidade de liquidez da empresa em curto, médio, longo ou prazo imediato)

Obs: esses resultados retiramos do balanço patrimonial fictício

100.000/50.000 = 2, significa que para cada um kz, usd ou euro da dívida geral a
empresa tem 2 em qualquer unidade monetária para liquidar essa mesma dívida.

Rácio de Liquide geral é igual ao Activo Corrente a dividir pelo Passivo Corrente.

Indica quanto à empresa possuí de Activo Circulante para cada kz 1,00 do Passivo
Circulante.

Os activos correntes são aqueles que se espera converter em dinheiro durante o ciclo
normal da actividade e que normalmente incluem: disponível, realizável e existências.
Podem ainda incluir títulos de curto prazo (altamente convertíveis em disponibilidades
no mercado).

O passivo corrente ou exigível de curto prazo são aquelas obrigações que normalmente
se vencem num prazo fixo determinado, nunca superior a um ano, e incluem as dívidas
a pagar a fornecedores correntes, impostos e diferimentos.

A fórmula deste rácio permite-nos a obtenção de dois resultados possíveis: ou a liquidez


da empresa é superior a 1 ou é inferior a 1, logo, o 1 é o valor de referência. LG> 1
14
Neste caso a liquidez é razoável, isto é, para pagar as suas dívidas de curto prazo a
empresa dispõe de AC suficientes. Pode utilizar activos líquidos para solver as suas
dívidas de curto prazo. O nível normal situa-se entre 1,5 e 2. LG <1

A liquidez será desfavorável, ou seja, os AC são insuficientes para pagar as dívidas de


curto prazo. A empresa apresenta dificuldades de tesouraria. Deve incentivar as
cobranças dos clientes e aumentar a rotação de stocks.

Liquidez Reduzida (RLR): O rácio de liquidez reduzida é uma medida mais próxima
da liquidez efectiva da empresa porque elucida a capacidade dos seus activos de maior
liquidez para assegurarem a cobertura do passivo corrente ou exigível de curto prazo.

 LR = (AC - E) / PC

Liquidez reduzida é igual ao resultado da subtracção do Activo Corrente pelas


Existências, a dividir pelo Passivo Corrente.

Indica quanto à empresa possuí de disponível para cada kz 1,00 do Passivo Circulante.

As existências não podem ser imediatamente convertidas em disponível. A maioria das


empresas determina o valor dos activos de maior grau de liquidez subtraindo, ao valor
total do activo corrente o valor das existências. Uma outra razão da subtracção das
existências prende-se com o facto de, em caso de falência, as existências serem os
activos em que as perdas são mais prováveis de acontecer.

Este rácio é uma medida mais específica de avaliar a capacidade da empresa em cumprir
as suas obrigações de curto prazo e constitui um teste mais rigoroso da sua liquidez.
Expressa a capacidade de pagar as dívidas correntes, na hipótese das vendas cessarem
de imediato. Deve apresentar valores entre 0,9 e 1,1. Vai permitir uma análise
complementar devido ao elevado peso das existências no Capital Circulante. O nível
médio aceitável é 1,1. Empresas estáveis podem operar com valores um pouco
inferiores.

Liquidez Imediata -- Mede a capacidade de pagamento da empresa sem usar de seus


stocks e clientes. Ou, Indica quanto à empresa possuí de seu Activo Líquido para cada
kz1,00 de Passivo Circulante. O nível aceitável deste rácio será de 0.9.

15
Análise de Solvabilidade

Um dos conceitos empregados na análise financeira é o de solvência geral. O seu


objectivo é a avaliação da capacidade de pagamento do negócio, tal como os demais
índices de liquidez. A diferença de abordagem reside na fórmula e seu alcance:

Activo geral
Solvência ¿
Passivo exigível

O índice considera no cálculo todos os Activos das empresas (independente do prazo de


realização, incluindo o Activo Permanente). A interpretação responde à seguinte
questão: qual a capacidade de pagamento da organização considerando recursos de
curto e Longo Prazo?

O cálculo admite da mesma forma que o índice de liquidez uma hipótese de liquidação
forçada dos activos, o que sugere ao analista o trabalho com valores actuais. O
profissional deve ter o cuidado de reflectir sobre as variáveis que interferem na
realização e natureza dos activos.

Rácios de Solvabilidade: Serve para analisarmos se a empresa tem capacidade de


solver os seus compromissos de médio e longo prazo (superiores a 1 ano) e determina a
sua independência perante terceiros.

Tendo como referência o valor 1, a Solvabilidade de uma empresa pode assumir dois
resultados:

Valor de Solvabilidade> 1

Verifica-se quando o capital próprio é maior do que o passivo, logo, o valor do


património é suficiente para pagar as dívidas de médio e longo prazo. Será necessário
gerar lucros para cumprir prazos de pagamento.

Estes rácios têm como objectivo avaliar o investimento de uma empresa no médio e
longo prazo e mostram-nos a capacidade financeira da mesma em relação aos seus
credores, demonstrando a sua capacidade de endividamento ou de grau de
independência. Segundo Silva (2013), a solvabilidade de uma empresa depende:

 Do grau de autonomia financeira da empresa (capitais próprios/activo);


 Da capacidade da empresa em gerar lucro (de ser rentável).

16
Capacidade de reembolso

Como se sabe, o lucro é o principal estímulo do empresário e uma das formas de


avaliação do êxito de um empreendimento. Maximizar a rentabilidade sobre o capital
investido é o principal objectivo económico de uma gestão financeira eficaz. Podemos
afirmar então que a avaliação por meio da Actividade de Retorno é uma das tarefas mais
importantes do analista financeiro, pois oferece informações para entender a perspectiva
de sucesso económico e financeiro de uma organização.

As instituições de crédito também precisam da informação para analisar a capacidade de


reembolso de eventuais financiamentos e, sobretudo, para abarcar uma visão geral e
profunda da situação financeira da empresa, com vista a decidir se continuam a apoiar a
empresa mesmo em situações de risco, ou deixam de apoiar, mesmo que se espera
melhoria da situação.

O volume de actividades da empresa (giro) e o resultado decorrente dessa actividade


(margem) irão interferir nos demais indicadores. Os índices de retorno, também
conhecidos por índices de lucratividade ou mesmo rentabilidade, indicam qual o retorno
que o empreendimento está proporcionando. Entre os indicadores de rentabilidade
destacamos o retorno sobre o investimento, o retorno sobre as vendas e o retorno sobre
o capital próprio.

A INTERPRETAÇÃO DE RÁCIOS

Os rácios são instrumentos de medida úteis para a avaliação da performance da


empresa. Permitem isolar os problemas potenciais antes da sua transformação provável
em situações de crise. De qualquer modo jamais se substituem ao controlo financeiro. O
cálculo dos rácios não é suficiente para assegurar o controlo financeiro adequado.

Comparando as estatísticas financeiras da empresa com as médias sectoriais, é possível


identificar áreas problemáticas e manter o controlo financeiro.

Existem várias organizações que regularmente compilam e publicam estatísticas


financeiras sectoriais, incluindo os rácios chave, sintetizando a performance financeira
de muitas actividades em vários sectores de actividade. Uma dessas organizações e
talvez a mais conhecida é a Dun & Bradstreet, mas existem muitas outras, que talvez
seja útil consultar.

17
Um dos usos mais úteis de utilização destes rácios é o da sua comparação com os das
empresas similares do mesmo sector de actividade.

LIMITAÇÕES

A análise financeira através de rácios só tem sentido se tiver alguma base de


comparação. A forma mais corrente é a comparação com o histórico, concluindo-se se a
evolução tem sido favorável ou desfavorável. Outra forma é a comparação com
empresas do mesmo sector ao nível do desempenho operacional e financeiro, ou com
médias sectoriais. O ideal é não ter um único termo de comparação. Os analistas
financeiros procuram diversificar as fontes de informação, enriquecendo assim a
análise.

No entanto, a técnica dos rácios como instrumento de análise financeira tem algumas
limitações, devendo ser usada com prudência, sob pena de se tirarem conclusões com
pouco significado ou mesmo incorrectas. Dentre várias limitações, seguem-se as
seguintes:

 Existência de diferentes ramos de actividade numa só empresa, podendo


distorcer os dados (diferentes margens de comercialização conduzem a margens
de lucro diferentes);
 Distorção dos dados por adopção de políticas contabilísticas diferentes;
 Dificuldade em definir valores como “bons” ou “maus”, dependendo dos
sectores de actividade;
 Sazonalidade das actividades económicas;
 Devem ser complementados com outros indicadores e outras técnicas, como
a análise de fluxos financeiros

RISCO E A ANÁLISE FINANCEIRA


O risco pode ser definido como possibilidade de perda. Risco existe quando o decisor
pode estimar objectivamente as probabilidades dos acontecimentos. Incerteza existe
quando não é possível fazer aquelas estimativas, tendo de se recorrer a probabilidades
subjectivas. Na análise financeira o risco deve ser visto como a variação provável dos
fluxos monetários futuros. Para qualquer negócio, quanto maior a incerteza na precisão
dos fluxos monetários gerados, tanto maior o risco.

18
CAPÍTULO II - METODOLOGIA

Esse estudo caracteriza-se quanto aos objectivos como exploratória, quanto as fontes de
informação é bibliográfica e documental.

Pesquisa Bibliográfica

Segundo Cervo e Bervian (1983, p.55), citado por Beuren (2013, p. 86), a pesquisa
bibliográfica: “Explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em
documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa
descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as
contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado
assunto, tema ou problema.”

Nesse estudo foi feita uma vasta pesquisa bibliográfica a respeito do tema em questão,
para que o pesquisador possuísse embasamento teórico suficiente para aplicar essa
teoria em posterior estudo de caso. Deste modo, a pesquisa bibliográfica tornou-se um
procedimento indispensável para esta pesquisa.

19
2. CASOS PRÁTICOS SOBRE MÉTODOS E TÉCNICAS DA ANÁTICA

2.1. Analise vertical


2.1.1 Dados da empresa CFPE
2.1.1.1. Demonstração de fluxo de caixa

Análise vertical
Demonstração do fluxo de caixa da empresa CFPE
Descrição 2021 Percentagem

Fluxo de caixa das actividades operacionais


Recebimentos de clientes 85 408 945,00 100%
Pagamentos a fornecedores 29 350 567,00 34%
Pagamento ao pessoal 6 678 205,00 8%
Caixa gerada pelas operações 49 380 173,00 58%
Imposto sobre lucros pagos 13 252 310,00 16%
Outros pagamentos e recebimentos da actividade operacional - 400 637,00 0%
Pagamentos de imposto sobre rendimento 1 595 135,00 2%
Pagamento de segurança social 1 006 952,00 1%
Pagamento de outros impostos 9 955 627,00 12%
Pagamento não operacional 9 648 271,00 11%
Fluxo gerado antes da rubrica extraordinária 35 057 658,00 41%
Caixa liquida proveniente das actividades operacionais 14 322 515,00 17%

Fluxo de caixa das actividades de investimento


Recebimentos de investimentos financeiros 1 436 781,00 28%
Recebimentos de imobilizado corpóreo 3 708 344,00 72%
Recebimentos de imobilizado incorpóreo 0%
Total dos recebimentos 5 145 125,00 100%
Pagamentos de investimentos financeiros 8 469 260,00 165%
Pagamentos de investimentos corpóreos 2 548 827,00 50%
Pagamentos de investimentos incorpóreos   0%
Total dos pagamentos 11 018 087,00 214%
Caixa liquida gerada nas actividades de investimento - 5 872 962,00 -114%
Fluxo de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos de empréstimos obtido 2 250 400,00 49%
Recebimentos de aumentos de capital e prestações suplementares 1 548 950,00 34%
Recebimentos de subsídios e doações 805 000,00 17%
Total dos recebimentos 4 604 350,00 100%
Pagamentos de empréstimos obtidos   0%
Pagamentos de amortizações de contratos 2 667 691,00 58%
Pagamentos de juros e custos similares 547 000,00 12%
20
Pagamentos de dividendos 253 341,00 6%
Total dos pagamentos 2 921 032,00 63%
Caixa liquida usada nas actividades de financiamento 1 683 318,00 37%
Aumento liquido de caixa e seus equivalentes 10 132 871,00 53%
Caixa e seus equivalentes no fim do período 10 132 871,00 53%

2. Demonstração de resultados

Análise vertical
Demonstração de resultados da empresa CFPE

Rubrica 2021 Percentagem


Vendas 79 456 682,00 98%
Outros ganhos operacionais 1 432 941,00 2%
Total dos ganhos operacionais 80 889 623,00 100%
Fornecimentos e serviços de terceiros 10 271 661,00 13%
Custo com o pessoal 11 273 480,00 14%
Outros custos operacionais 14 201 425,00 18%
total do gastos operacionais 35 746 566,00 44%
Resultados operacionais 45 143 057,00 56%
Resultados financeiros 15 643 272,00 19%
Resultados não operacionais 5 364 252,00 7%
Resultados extraordinários 500 567,00 1%
Resultado antes do imposto 66 651 148,00 82%

Imposto 16 662 787,00 21%


Resultado líquido do exercício 49 988 361,00 62%

21
Análise vertical
Balanço patrimonial
Descrição 2020 Percentagem
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corpóreas 17 613 899,00 13%
Imobilizações incorpóreas 9 292 092,00 7%
Investimentos em subsidiárias e associadas 4 641 110,00 4%
Outros activos financeiros 8 469 260,00 6%
Outros activos correntes 4 266 538,50 3%
Sub total 44 282 899,50 34%
Activo corrente   0%
Mercadorias 29 874 872,00 23%
Clientes 1 300 000,00 1%
Banco 46 514 312,00 35%
Caixa 10 182 164,50 8%
Sub total 87 871 348,50 66%
Total do activo 132 154 248,00 100%
Capital próprio + passivo
Capital próprio
Capital social 10 020 616,00 8%
Reservas 22 501 879,00 17%
Resultado transitado 4 737 243,00 4%
Resultado liquido do exercício 49 988 361,00 38%
Total do capital próprio 87 248 099,00 66%
Passivo
Passivo não corrente    
Empréstimo de médio e longo prazo 416 666,00 0%
Provisões para outros riscos e encargos 7 867 705,00 6%
Sub total 8 284 371,00 6%
Passivo corrente   0%
Fornecedores 1 000 000,00 1%
Estado 16 662 787,00 13%
Contas a a pagar 18 500 000,00 14%
Outros passivos correntes 458 991,00 0%
Sub total 36 621 778,00 28%
Total do passivo 44 906 149,00 34%
Total do capital proprio e passivo 132 154 248,00 100%
1.2 Balanço patrimonial

22
1. Analise horizontal
2.1. Demonstração do fluxo de caixa

Análise horizontal

Demonstração do fluxo de caixa da empresa CFPE

Descrição 2020 Percentagem 2021 Percentagem Percentagem

Fluxo de caixa das actividades operacionais


Recebimentos de clientes 97 408 945,00 100% 85 408 945,00 100% -12%
Pagamentos a fornecedores 38 350 567,00 39% 29 350 567,00 34% -23%
Pagamento ao pessoal 4 678 205,00 5% 6 678 205,00 8% 43%
Caixa gerada pelas operações 54 380 173,00 56% 49 380 173,00 58% -9%
Imposto sobre lucros pagos 12 252 310,00 13% 13 252 310,00 16% 8%
Outros pagamentos e recebimentos da
actividade operacional - 400 637,00 0% - 400 637,00 0% 0%
Pagamentos de imposto sobre
rendimento 1 695 135,00 2% 1 595 135,00 2% -6%
Pagamento de segurança social 506 952,00 1% 1 006 952,00 1% 99%
Pagamento de outros impostos 9 655 627,00 10% 9 955 627,00 12% 3%
Pagamento não operacional 8 648 271,00 9% 9 648 271,00 11% 12%
Fluxo gerado antes da rubrica
extraordinária 32 357 658,00 33% 35 057 658,00 41% 8%
Caixa liquida proveniente das
actividades operacionais 22 022 515,00 23% 14 322 515,00 17% -35%

Fluxo de caixa das actividades de investimento


Recebimentos de investimentos
financeiros 1 446 781,00 24% 1 436 781,00 28% -1%
Recebimentos de imobilizado
corpóreo 4 708 344,00 76% 3 708 344,00 72% -21%
Recebimentos de imobilizado
incorpóreo      
Total dos recebimentos 6 155 125,00 100% 5 145 125,00 100% -16%
Pagamentos de investimentos
financeiros 10 569 260,00 172% 8 469 260,00 165% -20%
Pagamentos de investimentos
corpóreos 3 068 827,00 50% 2 548 827,00 50% -17%
Pagamentos de investimentos
incorpóreos   0%   0%  
Total dos pagamentos 13 638 087,00 222% 11 018 087,00 214% -19%
Caixa liquida gerada nas - 7 482 962,00 -122% - 5 872 962,00 -114% -22%

23
actividades de investimento
Fluxo de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos de empréstimos obtido 900 200,00 21% 2 250 400,00 49% 150%
Recebimentos de aumentos de capital
e prestações suplementares 2 667 691,00 62% 1 548 950,00 34% -42%
Recebimentos de subsídios e doações 700 500,00 16% 805 000,00 17% 15%
Total dos recebimentos 4 268 391,00 100% 4 604 350,00 100% 8%
Pagamentos de empréstimos obtidos   0%   0%  
Pagamentos de amortizações de
contratos 1 500 540,00 35% 2 667 691,00 58% 78%
Pagamentos de juros e custos
similares 500 400,00 12% 547 000,00 12% 9%
Pagamentos de dividendos 253 341,00 6% 253 341,00 6% 0%
Total dos pagamentos 2 254 281,00 53% 2 921 032,00 63% 30%
Caixa líquida usada nas actividades
de financiamento 2 014 110,00 47% 1 683 318,00 37% -16%
Aumento liquido de caixa e seus
equivalentes 16 553 663,00 100% 10 132 871,00 38% -39%
Caixa e seus equivalentes no inicio
do período - 0 16 553 663,00 62% 100%
Caixa e seus equivalentes no fim do
período 16 553 663,00 100% 26 686 534,00 100% 61%

A empresa teve resultados satisfatórios nos dois anos, registando uma variação de caixa liquida na ordem
de 61% no fim do período, pese embora tenha registado baixas significativas nos três (3) ciclos de fluxo
na ordem de -35%, -22%, -16% respectivamente, comparado com o ano homologo.

O fluxo de caixa das actividades operacionais no ano transato foi de 23% e 17% em 2021 registando uma
variação negativa de -35% de caixa operacional líquido.

O fluxo de caixa ligado às actividades de investimento foi totalmente negativo nos dois anos na ordem
dos -114% e -122% respectivamente, que resultou numa variação negativa de -22%.

O fluxo de caixa das actividades de financeiro registou uma variação liquida negativa de -16%.

24
Analise horizontal
Demonstração de resultados da CFPE

Rubrica 2020 Percentagem 2021 Percentagem Percentaem


Vendas 50 446 682,00 95% 79 456 682,00 98% 58%
Outros ganhos operacionais 2 532 941,00 5% 1 432 941,00 2% -43%
Total dos ganhos operacionais 52 979 623,00 100% 80 889 623,00 100% 53%
Fornecimentos e serviços de terceiros 1 375 489,00 3% 10 271 661,00 13% 647%
Custo com o pessoal 11 273 480,00 21% 11 273 480,00 14% 0%
Outros custos operacionais 15 879 977,00 30% 14 201 425,00 18% -11%
total do gastos operacionais 28 528 946,00 54% 35 746 566,00 44% 25%
Resultados operacionais 24 450 677,00 46% 45 143 057,00 56% 85%
Resultados financeiros 18 684 994,00 100% 15 643 272,00 100% -16%
Resultados não operacionais 3 364 252,00 100% 5 364 252,00 100% 59%
500
Resultados extraordinários 8 065 775,00 100% 567,00 100% -94%
Resultado antes do imposto 54 565 698,00 100% 66 651 148,00 100% 22%

Imposto 13 641 424,50 25% 16 662 787,00 25% 22%


Resultado liquido do exercício 40 924 273,50 75% 49 988 361,00 75% 22%
2.1. Demonstração de resultados

A empresa CFPE melhorou significativamente os seus resultados comparativamente ao período


homólogo, o lucro liquido em 2021 avançou em 22%. Essa melhoria nos resultados deve-se ao
incremento nos proveitos de 53% cujo aumento é proporcionalmente maior ao registado nos custos.

Sendo assim, o incremento registado nos proveitos e nos custos aportaram as margens do lucro, ou seja,
resultados operacionais em 2021 que tiveram um aumento na ordem dos 56%, sendo a sua variação de
85% ao período homólogo. Ou seja, a empresa no ano teve um ganho de 56 kz por cada 100 kz vendidos
antes de afectação financeira, extraordinária, não operacionais e os impostos sobre os lucros face aos 46%
do período anterior.

As vendas correspondem a 95% no primeiro ano e 98% no segundo ano dos ganhos operacionais e
tiveram uma variação positiva de 58%.

25
2.2. Balanço patrimonial

Balanço patrimonial da empresa CFPE


Descrição 2020 % 2021 % %
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corpóreas 19 546 373,00 15% 17 613 899,00 13% -10%
Imobilizações incorpóreas 10 758 833,00 8% 9 292 092,00 7% -14%
Investimentos em subsidiárias e associadas 4 641 110,00 4% 4 641 110,00 4% 0%
Outros activos financeiros 8 469 260,00 6% 8 469 260,00 6% 0%
Outros activos correntes 5 647 363,00 4% 4 266 538,50 3% -24%
Sub total 49 062 939,00 38% 44 282 899,50 34% -10%
Activo corrente
Mercadorias 20 998 859,00 16% 29 874 872,00 23% 42%
Clientes 3 978 595,00 3% 1 300 000,00 1% -67%

Banco 47 355 297,50 36% 46 514 312,00 35% -2%


Caixa 8 948 895,00 7% 10 182 164,50 8% 14%
Sub total 81 281 646,50 62% 87 871 348,50 66% 8%
Total do activo 130 344 585,50 100% 132 154 248,00 100% 1%
Capital próprio e passivo
Capital próprio
Capital social 10 020 616,00 8% 10 020 616,00 8% 0%
Reservas 23 098 594,00 18% 22 501 879,00 17% -3%
Resultado transitado 7 664 764,00 6% 4 737 243,00 4% -38%
Resultado liquido do exercício 40 924 273,50 31% 49 988 361,00 38% 22%
Total do capital próprio 81 708 247,50 63% 87 248 099,00 66% 7%
Passivo
Passivo não corrente
Empréstimo de médio e longo prazo 9 387 487,00 7% 416 666,00 0% -96%
Provisões para outros riscos e encargos 4 578 373,00 4% 7 867 705,00 6% 72%
Sub total 13 965 860,00 11% 8 284 371,00 6% -41%
Passivo corrente
Fornecedores 3 556 757,00 3% 1 000 000,00 1% -72%
Estado 15 888 474,00 12% 16 662 787,00 13% 5%
Contas a pagar 14 477 783,00 11% 18 500 000,00 14% 28%
Outros passivos correntes 747 464,00 1% 458 991,00 0% -39%
Sub total 34 670 478,00 27% 36 621 778,00 28% 6%
Total do passivo 48 636 338,00 37% 44 906 149,00 34% -8%
Total do capital proprio e passivo 130 344 585,50 100% 132 154 248,00 100% 1%

26
O total do activo teve uma variação positiva de 1% comparativamente ao período anterior, essa variação
foi gerada pela queda do activo não corrente em -10% e pelo aumento do activo corrente em 8%.

O capital próprio aumentou sensivelmente em 7% ao passo que o passivo não corrente apresenta uma
variação negativa de -41%. Entretanto o passivo corrente aumentou em 6% registando igualmente uma
variação de 1% do total do capital próprio mais passivo.

As imobilizações corpóreas tiveram um peso de 13% sobre o total do activo em 2021 contra 15% em
2020. Em termos globais a variação foi negativa em -10%.

A rubrica das disponibilidades, na conta a Ordem teve variação negativa de -2% nos dois períodos ao
passo que o Caixa teve uma variação positiva de 14%, ambos sobre o total do activo.

A rubrica de capital próprio tem um peso de 66% sobre o total do capital próprio mais passivo (Origens) e
obteve um aumento de 7%

MÉTODO DOS RÁCIOS

EMPRESA CEFP
2.3. GRAU DE AUTÓNOMIA FINANCEIRA
GRAU DE AUTÓNOMIA FINANCEIRA FORMULA
ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
CAPITAL PRÓPRIO 81 708 247,50 87 248 099,00 GAF=CP/ACTIVO
0,63 0,66
ACTIVO 130 344 585,50 132 154 248,00

Em termos de autonomia financeira, 63% dos activos em 2020 foram financiados com os capitais
próprios, o mesmo deu-se no ano de 2021, tendo um ligeiro aumento 0,3%.

2.4. LIQUIDEZ GERAL

LIQUIDEZ GERAL FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
ACTIVO CORRENTE 81 281 646,50 87 871 348,50 LG=AC/PC

PASSIVO CORRENTE 34 670 478,00 2,34 36 621 778,00 2,40

O rácio de Liquidez Geral foi de 2.34 em 2020 e 2.40 em 2021, significa que as obrigações de curto prazo
nos últimos 2 anos foram cobertas pelos activos que podem ser convertidos em “liquidez” no prazo de um
ano em mais de duas vezes.

27
2.5. SOLVABILIDADE

SOLVABILIDADE FORMULA
PERCENTAGE
ELEMENTOS 2020 M 2021 PERCENTAGEM
LR=CP/PT
CAPITAL PROPRIO 81 708 247,00 87 248 099,00
PASSIVO TOTAL 48 636 338,00 1,68 44 906 149,00 1,94

O rácio de Solvabilidade foi de 1.68 em 2020 e 1.94 em 2021, ou seja, a empresa teve capacidade no ano
anterior de pagar o seu passivo com recursos próprios em uma única vez, capacidade essa que foi
acrescida no ano de 2021 com o aumento desse indicador de 26%.

2.6. LIQUIDEZ REDUZIDA

LIQUIDEZ REDUZIDA FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
81 281 87 871
ACTIVO CORRENTE 646,50 348,50
20 998 29 874 LR=AC-EXIST/PC
1,74 1,58
EXISTENCIAS 859,00 872,00
PASSIVO 34 670 36 621
CORRENTE 478,00 778,00

Em 2020 a empresa teve uma capacidade 174% na geração do caixa e o respectivo pagamento das suas
obrigações de curto prazo, ou seja, inferiores a 90 dias, ao passo que em 2021 teve uma capacidade de
158% na geração de caixa e o respectivo pagamento das suas obrigações. Em termos comparativos houve
uma redução de 16%.

2.7. RÁCIO DO PERÍODO DE REEMBOLSO DA DIVÍDA

RÁCIO DO PERÍODO DE REEMBOLSO DA DIVÍDA FORMULA


PERCENTAGE
ELEMENTOS 2020 M 2021 PERCENTAGEM
RPRD=DFL/EBITDA
DIVIDA F. LIQUIDA - 46 916 705,50 - 56 279 810,50
-1,92 -1,21
EBITIDA 24 450 677,00 45 143 057,00

Este rácio estima o tempo que a empresa necessita para liquidar todo o seu endividamento, tendo em
consideração um EBITDA estável.
28
Este rácio foi de -1,92 e -1,21 nos dois períodos respectivamente, representando que a empresa tem
gerado um caixa acima das dívidas, o que garante para empresa uma margem de segurança de mais de um
ano, ou seja, com o caixa gerado por ela, consegue autofinanciar-se num período de um ano, sem
necessariamente recorrer a empréstimos.

Analise comparativa com a concorrência e sector de actividade

Para se ter uma noção mais concisa sobre a actual e futura posição da empresa CFPE no mercado, em
termos de lucratividade, rentabilidade entre outros aspectos inerentes a vida económica e financeira da
mesma, buscou-se uma outra empresa designada CG, Lda. que se dedica no mesmo ramo de actividade
que a empresa CFPE.

1.2. Dados da empresa CG, Lda


3.1. Análise vertical

Análise horizontal
Demonstração do fluxo de caixa da empresa CG, Lda
Descrição 2020 Percentagem 2021 Percentagem Percentagem

Fluxo de caixa das actividades operacionais


Recebimentos de clientes 85 453 785,00 100% 82 459 789,00 100% -4%
Pagamentos a fornecedores 31 205 638,00 37% 30 796 890,00 37% -1%
Pagamento ao pessoal 2 647 889,00 3% 1 457 576,00 2% -45%
Caixa gerada pelas operações 51 600 258,00 60% 50 205 323,00 61% -3%
Imposto sobre lucros pagos 7 203 450,25 8% 7 324 934,25 9% 2%
Outros pagamentos e recebimentos da
actividade operacional - 295 252,00 0% - 259 677,00 0% -12%
Pagamentos de imposto sobre
rendimento 975 122,00 1% 857 855,00 1% -12%
Pagamento de segurança social 146 952,00 0% 234 666,00 0% 60%
Pagamento de outros impostos 2 655 627,00 3% 2 849 945,00 3% 7%
Pagamento não operacional 4 648 271,00 5% 5 125 857,00 6% 10%
Fluxo gerado antes da rubrica
extraordinária 15 334 170,25 18% 16 133 580,25 20% 5%
Caixa líquida proveniente das
actividades operacionais 36 266 087,75 42% 34 071 742,75 41% -6%

Fluxo de caixa das actividades de investimento


Recebimentos de investimentos
financeiros 2 455 846,00 24% 2 007 899,00 23% -18%
Recebimentos de imobilizado corpóreo 1 708 344,00 17% 1 678 695,00 19% -2%
Recebimentos de imobilizado incorpóreo 5 896 909,00 59% 5 009 786,00 58% -15%
Total dos recebimentos 10 061 099,00 100% 8 696 380,00 100% -14%
29
Pagamentos de investimentos financeiros 6 569 260,00 65% 5 658 998,00 65% -14%
Pagamentos de investimentos corpóreos 968 827,00 10% 1 096 785,00 13% 13%
Pagamentos de investimentos
incorpóreos 258 000,00 3% 258 000,00 3% 0%
Total dos pagamentos 7 796 087,00 77% 7 013 783,00 81% -10%
Caixa líquida gerada nas actividades
de investimento 2 265 012,00 23% 1 682 597,00 19% -26%
Fluxo de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos de empréstimos obtido 1 538 638,00 41% 2 058 945,00 64% 34%
Recebimentos de aumentos de capital e
prestações suplementares 1 865 246,00 50% 907 700,00 28% -51%
Recebimentos de subsídios e doações 305 996,00 8% 264 789,00 8% -13%
Total dos recebimentos 3 709 880,00 100% 3 231 434,00 100% -13%
Pagamentos de empréstimos obtidos 500 521,00 13% 423 453,00 13% -15%
Pagamentos de amortizações de
contratos 986 489,00 27% 1 075 776,00 33% 9%
Pagamentos de juros e custos similares 350 057,00 9% 453 256,00 14% 29%
Pagamentos de dividendos 145 865,00 4% 140 789,00 4% -3%
Total dos pagamentos 1 982 932,00 53% 2 093 274,00 65% 6%
Caixa liquida usada nas actividades de
financiamento 1 726 948,00 47% 1 138 160,00 35% -34%
Aumento liquido de caixa e seus
equivalentes 40 258 047,75 100% 36 892 499,75 48% -8%
Caixa e seus equivalentes no inicio do
período 40 258 047,75 52% 100%
Caixa e seus equivalentes no fim do
período 40 258 047,75 100% 77 150 547,50 100% 92%

30
3.2. Demonstração de resultados

Análise horizontal
Demonstração de resultados da empresa CG, Lda.

Rubrica 2020 % 2021 % %


Vendas 33 458 000,00 97% 36 665 786,00 98% 10%
Outros ganhos operacionais 978 900,00 3% 653 788,00 2% -33%
Total dos ganhos operacionais 34 436 900,00 100% 37 319 574,00 100% 8%
Fornecimentos e serviços de
terceiros 2 671 009,00 8% 96 499,00 0% -96%
Custo com o pessoal 9 056 789,00 26% 10 035 677,00 27% 11%
Outros custos operacionais 10 689 989,00 31% 11 758 976,00 32% 10%
total do gastos operacionais 22 417 787,00 65% 21 891 152,00 59% -2%
Resultados operacionais 12 019 113,00 35% 15 428 422,00 41% 28%
Resultados financeiros 12 979 785,00 100% 11 568 578,00 100% -11%
Resultados não operacionais - 870 875,00 100% 767 848,00 100% -188%
Resultados extraordinários 4 685 778,00 100% 1 534 889,00 100% -67%
Resultado antes do imposto 28 813 801,00 100% 29 299 737,00 100% 2%
Imposto 7 203 450,25 25% 7 324 934,25 25% 2%
Resultado liquido do exercício 21 610 350,75 75% 21 974 802,75 75% 2%

31
3.3. Balanço

Analise Horizontal
Balanço patrimonial da empresa CG, Lda.
Descrição 2020 % 2021 % %
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corpóreas 11 200 987,00 15% 10 689 487,00 18% -5%
Imobilizações incorpóreas 7 648 763,00 10% 6 998 987,00 12% -8%
Investimentos em subsidiarias e associadas 941 110,00 1% 641 110,00 1% -32%
Outros activos financeiros 3 469 260,00 5% 3 678 989,00 6% 6%
Outros activos correntes 1 000 600,00 1% 2 266 538,50 4% 127%
Sob total 24 260 720,00 33% 24 275 111,50 41% 0%
Activo corrente
Mercadorias 13 986 789,00 19% 15 648 357,00 26% 12%
Clientes 8 396 087,88 11% 1 090 876,00 2% -87%
Banco 21 279 087,87 29% 17 575 780,00 30% -17%
Caixa 5 695 889,00 8% 490 982,50 1% -91%
Sub total 49 357 853,75 67% 34 805 995,50 59% -29%
Total do activo 73 618 573,75 100% 59 081 107,00 100% -20%
Capital próprio e passivo
Capital próprio
Capital social 8 020 616,00 11% 8 020 616,00 14% 0%
Reservas 11 456 875,00 16% 12 453 838,00 21% 9%

Resultado transitado 2 664 700,00 4% 1 111 157,00 2% -58%


Resultado liquido do exercício 21 610 350,75 29% 21 974 802,75 37% 2%
Total do capital próprio 43 752 541,75 59% 43 560 413,75 74% 0%
Passivo
Passivo não corrente
Empréstimo médio e longo prazo 3 794 800,00 5% 1 412 006,00 2% -63%
Provisões para outros riscos e encargos 990 567,00 1% 412 234,00 1% -58%
Sub total 4 785 367,00 7% 1 824 240,00 3% -62%
Passivo corrente
Fornecedores 9 567 000,00 13% 897 500,00 2% -91%
Estado 7 203 450,25 10% 7 324 934,25 12% 2%
Contas a a pagar 4 655 953,75 6% 5 361 677,00 9% 15%
Outros passivos correntes 3 654 261,00 5% 112 342,00 0% -97%

Sub total 25 080 665,00 34% 13 696 453,25 23% -45%


Total do passivo 29 866 032,00 41% 15 520 693,25 26% -48%
Total do capital proprio e passivo 73 618 573,75 100% 59 081 107,00 100% -20%

32
3.4. RÁCIOS

EMPRESA CG,LDA

GRAU DE AUTÓNOMIA FINANCEIRA FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
CAPITAL PRÓPRIO 43 752 541,47 43 560 413,75 GAF=CP/ACTIVO
0,59 0,74
ACTIVO 73 618 573,75 59 081 107,00

LIQUIDEZ GERAL FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
ACTIVO CORRENTE 49 357 853,75 34 805 995,50 LG=AC/PC

PASSIVO CORRENTE 25 080 665,00 1,97 36 621 778,00 0,95


Em termos de autonomia financeira, 59% dos activos em 2020 foram financiados com os capitais
próprios, o mesmo deu-se no ano de 2021, com um aumento de 15%.

O rácio de Liquidez Geral é de 1,97 em 2020 e 0,95 em 2021, significa que as obrigações de curto prazo
nos últimos 2 anos foram cobertas pelos activos que podem ser convertidos em “liquidez” no prazo de um
ano em mais de duas vezes.

LIQUIDEZ REDUZIDA FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
ACTIVO CORRENTE 49 357 853,75 34 805 995,50
LR=AC-EXIST/PC
EXISTENCIAS 13 986 789,00 1,41 15 648 357,00 0,52
PASSIVO CORRENTE 25 080 665,00 36 621 778,00

Em 2020 a empresa teve uma capacidade 141% na geração do caixa e o respectivo pagamento das suas
obrigações de curto prazo, ou seja, inferiores a 90 dias, ao passo que em 2021 teve uma capacidade de
52% na geração de caixa e o respectivo pagamento das suas obrigações. Em termos comparativos houve
uma redução significativa de 89%.

33
SOLVABILIDADE FORMULA
ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
CAPITAL PROPRIO 43 752 541,75 43 560 413,75 LR=CP/PT

PASSIVO TOTAL 29 866 032,00 1,46 15 520 693,25 2,81

O rácio de Solvabilidade é de 1,46 em 2020 e 2,81 em 2021, ou seja, a empresa teve capacidade no ano
anterior de pagar o seu passivo com recursos próprios em uma única vez, capacidade essa que foi
acrescida no ano de 2021 com o aumento desse indicador de 135%.

RÁCIO DO PERÍODO DE REEMBOLSO DA DIVÍDA FORMULA


ELEMENTOS 2020 PERCENTAGEM 2021 PERCENTAGEM
DIVIDA F.LIQUIDA - 23 180 176,87 16 654 754,50 RPRD=DFL/EBITDA

EBITDA 12 019 113,00 -1,93 15 428 422,00 1,08

Rácio do período de reembolso da divida

Este rácio estima o tempo que a empresa necessita para liquidar todo o seu endividamento, tendo em
consideração um EBITDA estável.

Em 2020 a empresa teve um rácio de -1,93 representando que a empresa gerou um caixa acima das
dívidas, o que garantiu para empresa uma margem de segurança de mais de um ano. Ao passo que em
2021 a mesma teve um rácio de 1,08 significando que a empresa precisa de um ano para liquidar as
dividas.

Comparação em termos financeiros das duas empresas

Quanto ao desempenho financeiro das duas empresas nos últimos dois anos, chegou-se
as seguintes conclusões:

Autonomia financeira

A empresa CFPE teve uma autonomia financeira de 63% em 2020 e 66% em 2021 e a
empresa CG, Lda teve em 2020 59% e 74% em 2021. No global a empresa CFPE teve
menos autonomia financeira se comparada com a outra empresa concorrente, registando
uma media de 64,5%, contra os 66,5%.

34
Liquide Geral

Em termos de liquidez geral a empresa CFPE registou os seguintes índices nos anos de
2020 e 2021, 234% e 240% respetivamente. A empresa CG, Lda teve como índice nos
dois anos, 197% e 95%. Em media global a empresa CFPE esteve melhor que a CG,
Lda com 237% contra 146%.

Solvabilidade

Quanto a solvência o registo foi de 168% em 2020 e 194% em 2021 na empresa CFPE,
com uma media global de 181%. Já na empresa CG, Lda nos dois anos em referência
teve os seguintes índices, 146% e 281% respetivamente, perfazendo no global 213,5%.
Tendo a empresa CG, Lda uma superioridade comparativa.

Liquidez reduzida

Em termos de liquidez reduzida a empresa CFPE esteve melhor comparadamente com a


empresa CG, Lda. Com uma media global 166% (174% em 2020 e 158% em 2021).
Contra os 96,5% (141% em 2020 e 52% em 2021), da empresa CG, Lda.

Rácio do período de reembolso da divida

Quanto a capacidade de reembolso da divida, a empresa CFPE teve um maior


desempenho em comparação com a empresa CG, Lda. A media global foi de -156,5%
contra os -85% da empresa CG, Lda.

35
CONCLUSÕES

O objectivo desse trabalho consistiu em identificar como a análise financeira pode


contribuir para uma empresa nas decisões gerenciais. Ao comparar os rácios da sua
empresa com indicadores estatísticos publicados, o empreendedor deve ter sempre
presente que a comparação é feita com MÉDIAS.

A meta deve ser a de adquirir e exercer a capacidade de gestão que permita à sua
empresa superar os rácios médios de desempenho publicados.

Quando se compara o desempenho financeiro da empresa com as estatísticas financeiras


publicadas, naturalmente encontram-se diferenças. Deve-se então concentrar naqueles
valores que estejam substancialmente fora das médias publicadas. De qualquer modo,
convém assinalar que um rácio diferente da média, por si só, não significa que a
empresa esteja com problemas financeiros.

Antes de fazer quaisquer mudanças na política financeira da sua empresa, o


empreendedor deve interpretar a razão dos desvios que identificou, relativamente às
médias sectoriais. Existirá sempre uma razão válida para a diferença observada. Em
alguns casos, também pode acontecer que o desvio aponte para um problema financeiro
que não requeira atenção imediata.

Esta interpretação deve ser complementada com a análise dos rácios da empresa, ao
longo do tempo. Como já foi referido, esses rácios são instantâneos financeiros da
empresa e é através do exame das tendências ao longo do tempo que se pode detectar
mudanças graduais que de outro modo passariam despercebidas.

A análise de rácios não substitui a análise e a gestão financeira. Os rácios são


essencialmente instrumentos adequados à avaliação da performance financeira e
auxiliares úteis de definição de uma política de gestão e na identificação de problemas
operacionais específicos.

36
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O domínio das técnicas de análise financeira é fundamental à formação do gestor


financeiro. Trata-se de uma importante ferramenta de apoio ao processo decisório. É por
meio dela que se têm condições de aferir o impacto de determinados fatos sobre a
situação financeira da empresa.

As técnicas podem ser utilizadas em diferentes momentos da administração, na


elaboração de relatórios gerenciais e diagnósticos diversos. A análise financeira
corresponde a um conjunto de técnicas que proporcionam um diagnóstico sobre a
situação económico-financeira da organização analisada. São utilizadas
profissionalmente em trabalhos como: avaliação de desempenho organizacional, análise
da eficácia e efectividade do planeamento financeiro, de fundamentação de
reorganizações societárias e de reestruturação financeira, avaliações periciais, entre
outros. As aplicações são variadas:

 Verificar a capacidade de pagamento, rentabilidade e limites de crédito de um


negócio;
 Monitorar a geração de caixa (fluxo);
 Avaliar a natureza das dívidas (composição) e políticas operacionais;
 Verificar se a remuneração dos sócios ou accionistas é compatível com a
expectativa destes;
 Estudar a viabilidade económico-financeira de projectos;
 Avaliar a remuneração do investimento realizado pela entidade;
 Servir de base para realização e acompanhamento de projectos;
 Apoiar pesquisas empresariais;
 Conhecer a composição patrimonial (perspectiva de controle).

37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2002.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços – Abordagem
Gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

SCHMIDT, Paulo; MARTINS, Marco Antônio. Fundamentos de análise das


demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2006. 196p.

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico


financeiro. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2012.

38
ANEXOS

Para uma boa ilustração daquilo que foi o desempenho dos integrantes do grupo
elaborou-se uma planilha no Excel que atribuiu uma média a todos os integrantes de
acordo a contribuição individual.

Nº NOME COMPLETO Média de desempenho individual (100%)

1 Adolfo de Oliveira Vieira 100%

2 Afonso Mendes Katendi 100%

3 Agostinho Dungula 55%

4 Américo Gravino Tomás 80%

5 Ana Cristina Nguri 85%

6 António Pedro Camilonga 90%


Fortunato
7 Arsénio Matias 50%

8 Cláudia Rebeca Cassanga 35%

9 Carolina Bimbi Carvalho 45%

10 Claudeth Mango 35%

11 Deolinda do Santos Saúde 55%

12 Edvano Sousa Miguel 45%

13 Evaldina Duala Pedro Chipala 55%

14 Gerson Yambi Calepete 45%

15 Hélder Chijica Cunomo 100%

16 Henriqueta Bayeta Paulo 95%

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RELATÓRIO DE ELABORAÇAÕ DO TRABALHO DE GESTÃO
FINANCEIRA II 2022

Aos 16 de Abril de 2022, deu-se início da elaboração do trabalho de Gestão financeira,


cuja temática é a Apresentação dos Métodos e Técnicas de Análise Financeira.
Temática esta de relevante importância que exigiu de todos os participantes do grupo a
maior entrega possível na sua elaboração.

O grupo foi constituído inicialmente por 15 indivíduos e que com autorização devida
cresceu para 16 estudantes. Destes, participaram afincadamente na elaboração do
trabalho, com ideias e conteúdos pré elaborados tal como ilustra a tabela de desempenho
anexada neste relatório.

No dia 16 de abril deu-se início do primeiro capítulo e que por insuficiência temporal
deu-se seguimento da sua elaboração nos confortos residenciais, sendo dividida as
tarefas com os presentes neste dia. Neste dia, apenas 5 estudantes se fizeram presentes
sacrificando seus compromissos para cumprir com os deveres escolares em
aproximadamente 5 horas de tempo, tal que no final do dia o interesse é mesmo de cada
um de nós, dentre eles: Adolfo de Oliveira Vieira; Afonso Mendes Katendi;
Agostinho Dungula; António Pedro Camilonga Fortunato; Hélder Cunomo e
Henriqueta Bayeta Paulo; tendo a ausência justificada do estudante Américo
Gravino, ausência injustificada dos demais componentes do grupo.

Segundo dia: Adolfo de Oliveira Vieira; Afonso Mendes Katendi; Agostinho


Dungula; António Pedro Camilonga Fortunato; Hélder Cunomo e Henriqueta
Bayeta Paulo, Arsénio Matias, Evaldina Chipala, e Ana Cristina Nguri.

No dia 25 de abril de 2022 deu-se início do segundo e terceiro capítulos, com a


participação de pouco menos de 10 colegas, sendo, Adolfo de Oliveira Vieira; Afonso
Mendes Katendi; Agostinho Dungula; António Pedro Camilonga Fortunato;
Hélder Cunomo; Henriqueta Bayeta Paulo; Américo Gravino; Deolinda Saúde,
Evaldina Chipala; Arsénio Matias; Gerson Yambi Calepete. Fornecendo e
debatendo ideias constantes nesta abordagem.

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Várias foram as sessões de encontro que foram realizadas, com vista a organização do
trabalho. A participação dos membros do grupo foi positiva por um lado e negativa por
outro, por abarcar a ´´componente referente a imprevistos``.

No dia 02 de maio de 2022, deu-se o culmino do trabalho com a organização ponto a


ponto do mesmo.

Moçâmedes, maio de 2022

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