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RESUMO
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1
Universidade Federal de Pernambuco - Recife, Pernambuco, Brasil. - ednamelo2@gmail.com
2
Universidade Federal de Pernambuco - Recife, Pernambuco, Brasil. - aldemar@ufpe.br
3
Universidade Federal de Pernambuco - Recife, Pernambuco, Brasil. - umbelina@ufpe.br
4
Universidade Federal de Campina Grande - Campina Grande, Paraíba, Brasil. - gilberto@cfp.ufcg.edu.br
5
Universidade Federal de Pernambuco - Recife, Pernambuco, Brasil - jfs@ufpe.br
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Contabilidade, Gestão e Governança - Brasília · v. 17 · n. 3 · p. 29 - 46 · set./dez. 2014
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Edna Maria de Melo Vieira, Aldemar Araújo Santos, Umbelina Cravo Teixeira Lagioia, Gilberto Fernandes Vieira, Josete Florêncio dos Santos
ABSTRACT
With the objective of contributing to the debate with respect to the best indicators of a firm's
financial performance for decision-making purposes, this study investigated the perception of
stock market analysts about the best financial statement measures and groups of metrics
(cash or accrual) for evaluating performance. To this end a semi-structured questionnaire
was developed on the basis of a review of the literature dealing with the financial statement
measures and ratios used in making business decisions. Descriptive and inferential analysis
of the data was carried out using SPSS software and the Mann-Whitney and Fisher's Exact
tests. Findings revealed that the majority of analysts not only consider cash and accrual
ratios as important for assessing the financial situation of a company but use them in their
own activities. However, of the 11 ratios most used by respondents, only one is a cash ratio;
all others are accrual ratios, revealing a strong preference by these professionals for accrual
ratios in evaluating financial performance. These findings bring new information for
understanding how financial statement measures and ratios are actually used by analysts and
thus may contribute to decision-making by market analysts, investors and business executives
in terms of the choice of the most important and most used indicators for analysis of financial
performance.
1 INTRODUÇÃO
Conforme apresenta Barac (2010), nos últimos anos alguns profissionais como
contadores, economistas e administradores, vêm tentando gerar modelos ideais que poderiam
ajudar os gestores no processo de tomada de decisão através da avaliação do desempenho
econômico-financeiro das empresas. Os tipos de dados utilizados para essa avaliação,
normalmente, são diferentes; alguns são qualitativos e outros são quantitativos e umas das
principais fontes de dados são as demonstrações financeiras que, ainda segundo o autor,
possuem algumas características essenciais, tais como: são formalizadas, comparáveis,
disponíveis ao público e gratuitas.
A avaliação de desempenho econômico-financeiro geralmente é realizada através dos
indicadores de competência, referenciado também na literatura como indicadores tradicionais,
que são aqueles índices provenientes das relações entre contas e grupos de contas das
demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial (BP) e Demonstração dos Resultados (DR).
Outra forma de avaliar o desempenho econômico é por meio dos indicadores de fluxos de
caixa, que são aqueles provenientes das relações entre contas e grupos de contas do Balanço
Patrimonial, da Demonstração dos Resultados e da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
(Claudino Filho, 2009).
Como a Demonstração dos Fluxos de Caixa passou a fazer parte integrante das
demonstrações contábeis elaborados e divulgados pelas empresas, em vários países tem
aumentado consideravelmente os estudos que evidenciam a importância de se avaliar o
desempenho econômico financeiro também por esse demonstrativo. Conforme Azevedo
(2012) a análise econômico-financeira da DFC tem-se revelado, ao longo de várias décadas,
uma ferramenta de grande utilidade para determinar se a entidade está ou não numa situação
financeira favorável.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
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3 METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva e exploratória e teve por
objetivo verificar a percepção dos analistas do mercado de capitais sobre quais as melhores
demonstrações contábeis e grupo de índices (caixa e/ou competência) para avaliação de
desempenho econômico-financeiro das empresas. A população deste estudo compreende
todos os analistas do mercado de capitais cadastrados na Apimec da região Nordeste.
Conforme informações fornecidas por sua representante, a base da Apimec NE é formada por
200 analistas cadastrados. A amostra da pesquisa foi constituída por 20 analistas que
aceitaram fazer parte da pesquisa respondendo ao questionário enviado.
O instrumento escolhido para a coleta de dados foi o questionário, sendo do tipo semi-
estruturado e composto por 13 questões que, em sua maioria, eram fechadas. Sua elaboração
ocorreu a partir da revisão da literatura e com base em outros questionários aplicados em
pesquisas semelhantes que de alguma forma, abordaram a importância da análise dos índices
econômico-financeiros.
O questionário foi segmentado em três partes: A Parte I foi composta por questões que
traçam o perfil do respondente; as questões da Parte II caracterizavam a percepção dos
analistas quanto aos aspectos relativos às demonstrações contábeis, e a Parte III, mais
relacionada com o objetivo da pesquisa, apresentou questões que tratam especificamente
sobre os índices econômico-financeiros.
O questionário foi transmitido para Apimec NE no dia 01/05/2013 e no dia seguinte,
02/05/2013, foi repassado por sua própria representante o link de acesso para todos os
analistas pertencentes à região Nordeste cadastrado em sua base de dados. Destaca-se que o
questionário só podia ser acessado através de uma plataforma de coleta de dados na internet, o
SurveyMonkey, e ficou disponível até o dia 30/10/2013.
O tratamento dos dados foi realizado utilizando-se o software Statistical Package for
the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Os dados foram analisados através das análises
descritiva e inferencial. A análise descritiva fora realizada para todas as seções do
questionário e seus resultados foram apresentados em tabelas contendo a frequência e o
percentual dos dados relativos a suas informações.
Por outro lado, a análise inferencial, que consistiu no cruzamento das variáveis com
base nos testes não paramétricos Mann-Whitney e Exato de Fisher, só fora realizada a partir
da Parte II do questionário, mais precisamente da questão 9 até a questão 12. Destaca-se que
ambos os testes foram aplicados a um nível de significância de 5%, o qual é um valor
comumente adotado em pesquisas, embora outros valores sejam também utilizados (Siegel,
1975).
Neste trabalho, o teste de Mann-Whitney fora utilizado para verificar se os indicadores
financeiros do regime de competência eram mais importantes e mais utilizados pelos analistas
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Para melhor exposição dos resultados, a análise dos dados foi apresentada em três
seções, conforme a estrutura adotada no questionário: a primeira relativa aos dados
socioeconômicos (seção 1); a segunda concernente à percepção dos analistas sobre alguns
aspectos relativos às demonstrações contábeis (seção 2), e a terceira, referente à importância
dos Indicadores Econômico-Financeiros (seção3).
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associação entre as variáveis envolvidas; por outro lado, se o p-value for igual ou inferior a
5%, haverá relação entre as variáveis. O resultado do teste está apresentado na Tabela 6.
Tabela 6 – Importância versus Utilização das Demonstrações Contábeis
Teste Exato de Fisher
Demonstrações Contábeis
p-value Frequência
Balanço Patrimonial 0,3% 20
Demonstração do Resultado do Exercício 1,6% 20
Demonstração do Fluxo de Caixa 7,9% 20
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 0,3% 20
Demonstração do Valor Adicionado – 0,1% 20
Fonte: Dados da Pesquisa, 2013.
De acordo com os resultados do Teste Exato de Fisher, mostrado na Tabela 6, é possível
observar que as opiniões dos respondentes em relação às demonstrações contábeis mais
importantes na avaliação do desempenho das empresas estão relacionadas com a sua
utilização. Para as demonstrações BP, DR, DMLP e DVA, verificou-se a existência de relação
entre estas variáveis, pois os p-values correspondentes foram menores do que 5%. Isto
mostrou que a importância atribuída pelos analistas a estas demonstrações influenciou sua
utilização. Desta forma, pode-se dizer que os analistas que consideravam estas demonstrações
contábeis importantes os utilizavam para avaliar o desempenho econômico-financeiro das
empresas.
Por outro lado, esta associação não existe no que diz respeito ao demonstrativo DFC,
pois o valor do p-value de 7,9% foi superior a 5%. Deste modo, apesar da maioria dos
analistas julgarem importante esta demonstração contábil e utilizá-la na avaliação do
desempenho das empresas, a falta de associação entre as variáveis acusada pelo teste
estatístico significa que os analistas podem utilizar essa demonstração, embora não o
considerem muito importante, ou, alternativamente, possam julgar importante e não utilizá-la,
pois utilizam outras demonstrações para análise.
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amostra. Neste sentido, é razoável dizer que os analistas de mercado percebem a importância
destes indicadores na avaliação do desempenho econômico-financeiro das empresas.
A seguir, foi calculada a média ponderada das atribuições de importância de cada
indicador (Tabela 8). Este valor foi calculado a partir da multiplicação da frequência pelo grau
de importância. A exemplo, considere o indicador da liquidez corrente: (0x0 + 1x1 + 3x2 +
9x3 + 7x4) / (1+3+9+7) = 3,1.
Tabela 8 – Análise descritiva da importância dos indicadores econômico-financeiros
Grau de Importância
Indicadores Frequência Média Mediana Desvio Padrão
RCP 20 3,65 4,00 0,671
RA 19 3,63 4,00 0,496
EG 20 3,55 4,00 0,510
RV 20 3,55 4,00 0,759
ICNC 16 3,50 4,00 0,966
ICCJ 17 3,47 4,00 0,943
IFCL 20 3,45 4,00 0,887
LPA 20 3,40 4,00 1,046
IRCV 18 3,33 4,00 1,029
DY 20 3,30 4,00 1,218
IRCCP 18 3,28 4,00 1,018
ISF 19 3,26 4,00 0,991
ICJ 18 3,22 3,50 0,943
FCA 18 3,22 4,00 1,003
IFC 20 3,20 4,00 1,056
PIFC 17 3,18 4,00 1,015
IQR 18 3,17 4,00 1,249
ICG 18 3,11 3,00 1,023
LC 20 3,10 3,00 0,852
IEF 14 3,07 3,50 1,141
IRCA 17 3,06 3,00 0,966
ICDT 19 3,00 3,00 1,054
LS 18 2,83 3,00 1,098
ACAT 17 2,65 3,00 0,862
Fonte: Dados da Pesquisa, 2013
A Tabela 8 apresenta as principais medidas estatísticas dos indicadores, calculadas para
identificar os índices mais importantes na opinião dos analistas de mercado incluídos no
estudo. É possível perceber que quase todos os indicadores apresentaram médias superiores a
3, exceto os índices ACAT e LS, com médias iguais a 2,65 e 2,83, respectivamente. Isto
revela que para os analistas de mercado, estes indicadores, de fato, são importantes para
avaliar o desempenho econômico-financeiro das empresas.
Em relação aos índices de competência presentes na Tabela 8, observa-se que para os
analistas de mercado, o indicador mais importante foi o RCP, com média 3,65; em segundo
lugar, destacou-se o RA (média 3,63); o terceiro índice mais importante foi o EG (média
3,55). O indicador financeiro que se apresentou como menos importante foi o ACAT (média
2,65). Nota-se que estes indicadores apresentaram valores aproximados para os desvios
padrões e medianas iguais, demonstrando semelhança na distribuição dos dados.
Concernente aos índices de caixa, nota-se que o indicador considerado pelos analistas
como o mais importante foi o ICNC (média 3,50), seguido pelo ICCJ (média 3,47); e o
terceiro foi o IFCL (média 3,45). Por outro lado, o indicador menos importante desse grupo
foi o ICDT (média 3,00). Estes indicadores apresentaram também as mesmas medianas e
valores aproximados para os desvios padrões.
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5 CONCLUSÃO
O objetivo desta pesquisa foi verificar a percepção dos analistas do mercado de capitais
sobre quais as melhores demonstrações contábeis e grupo de índices (caixa e/ou competência)
para avaliação de desempenho econômico-financeiro das empresas. Para atingir tal objetivo,
aplicou-se um questionário aos analistas de mercado de capitais da região Nordeste para
identificar a importância e utilização destes índices, bem como saber se o grupo de
indicadores do regime de competência era mais utilizado (ou não) do que o do regime de
caixa.
Com base nos resultados encontrados constatou-se que as demonstrações contábeis mais
importantes para analisar o desempenho econômico-financeiro de uma empresa, conforme percepção
dos analistas foi a Demonstração do Resultado (DR), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), e o
Balanço Patrimonial (BP), nesta ordem, sendo que a DR e a DFC apresentaram percentuais iguais
(90%) de importância. Já as demonstrações contábeis mais utilizadas pela maioria (70% ou mais) dos
analistas para analisar o desempenho econômico-financeiro das empresas foram a DR e/ou a DFC e/ou
o BP; e as menos utilizadas foram a DMPL e a DVA.
Constatou-se também que os índices mais utilizados pelos analistas foram o RA e o EG.
Em seguida, o RV e o LPA com 92,3%; em terceiro, o RC, o ICG e o RCP com 91,7%. Todos
esses índices são do regime de competência. Em relação aos indicadores do regime de caixa, o
mais utilizado foi o IFC (83,3%), seguido do IQR (80%); em terceiro lugar vem o IFCL
(76,9%). Verificou-se também que os 11 indicadores mais utilizados pelos analistas foram:
RA, EG, LPA, RV, ICG, LC, RCP, DY, ACAT, ICJ e IFC. Destes, apenas o último, o IFC, é
do regime de caixa, os demais são índices de competência. revelando, portanto, sua utilidade e
importância na avaliação de desempenho econômico-financeiro das empresas.
Observou-se, ainda, que boa parte dos analistas, além de considerar importantes os
índices de caixa e competência para identificar a situação econômico-financeira de uma
empresa, utiliza-os em suas atividades. Agora, considerando apenas os índices informados
como os mais utilizados, constatou-se que os do regime de competência são mais empregados
pelos analistas do que os do regime de caixa. Esta informação também foi comprovada pelo
teste estatístico de Mann-Whitney, o qual confirmou com p-value igual a 0,1% (menor do que
5%), diferença estatisticamente significativa entre os grupos de caixa e de competência,
demonstrando, então, que os índices de competência são mais utilizados pelos analistas do
que os índices de caixa, indicando portanto, a preferência destes profissionais por tais
indicadores. Por fim, os resultados encontrados neste estudo podem não só contribuir
acrescentando novas informações, como também facilitar a tomada de decisões dos analistas,
investidores e gestores quanto à escolha dos indicadores mais utilizados e importantes para a
análise econômico-financeira das empresas.
Esta pesquisa possui algumas limitações, como a quantidade limitada da amostra
impossibilitando generalizações de resultados e também o número reduzido de estudos
semelhantes para traçar comparações, o que impossibilitou a realização de maiores análises
comparativas dos resultados com os achados deste estudo. Sugere-se, para pesquisas futuras,
aumentar o número da amostra com objetivo de serem mais representativas da população e
verificar se o resultado encontrado se aplica quando são analisadas as concepções de analistas
de outras regiões, ou se os resultados obtidos são influenciados pelo desenvolvimento da
região, por questões culturais etc.
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