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ÍNDICES DE LIQUIDEZ E ATIVIDADE: UM ESTUDO SOBRE OS INDICADORES

DE LIQUIDEZ GERAL, CORRENTE E SECA E SOBRE INDICADORES DE


PRAZOS MÉDIOS DE EMPRESAS DO SETOR DE MATERIAIS BÁSICOS
LISTADAS NA B3

Resumo: A atmosfera financeira é um meio de incertezas e, em diversas vezes de grande


oscilação, o que acaba tornando a tomada de decisão, por parte dos administradores
financeiros, complicada e complexa. No atual cenário é necessário que os profissionais
encarregados da área financeira estejam atualizados acerca das informações financeiras das
companhias em que atuam, para que não se defrontem com fatos imprevistos que podem
afetar diretamente a atuação da empresa, pois um dos maiores propósitos da administração
financeira é elevar ao máximo as riquezas, buscando minimizar os custos. A presente pesquisa
procurou abordar as demonstrações financeiras, tendo como especificidade o estudo dos
índices de liquidez e de atividade demonstrando, através desses indicadores a capacidade das
companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo do setor de materiais básicos em saldar
suas dívidas de curto e longo prazo, bem como demonstrar se ela efetua o pagamento a seus
fornecedores antes ou depois de receber pela venda de produtos.

Palavras- chaves: Índices de liquidez. Índices de atividade. Materiais básicos.

INDICATORS OF LIQUIDITY AND ACTIVITY: A STUDY ABOUT THE


INDICATORS OF GENERAL, CURRENT AND DRY LIQUIDITY AND ABOUT
AVERAGE INDICATORS OF COMPANIES OF THE BASIC MATERIALS SECTOR
LISTED ON B3

Abstract: The financial atmosphere is an environment of uncertainty and, in several times of


great oscillation, which ends up making the decision-making, by the financial managers,
complicated and complex. In the current scenario it is necessary that the professionals in
charge of the financial area are updated about the financial information of the companies in
which they operate, so that they do not face unforeseen events that may directly affect the
company's performance, since one of the major purposes of financial management is
maximize the wealth, seeking to minimize costs. The present study sought to approach the
financial statements, having as a specificity the study of liquidity and activity indices,
showing, through these indicators, the capacity of listed companies in the São Paulo Stock
Exchange of the basic materials sector to pay off their short and long- term debt, as well as
demonstrate whether it makes payment to its suppliers before or after receiving for the sale of
products.

Keywords: Liquidity indices, activity indices, basic materials.


1. INTRODUÇÃO
A sociedade anônima em que o capital é segregado em ações e qualquer individuo no
mercado pode compra-las é denominada como companhia aberta. Sendo que essa negociação
de compra e venda de ações será realizada por meio da bolsa de valores do país (DINIZ,
2015).
De acordo com Assaf Neto e Lima (2011) as publicações das companhias de capital
aberto são conhecidas como demonstrações contábeis, estas são publicadas contendo o
exercício social em questão e pelo menos o exercício social imediatamente anterior àquele.
Por intermédio das mesmas, é possível realizar ações que possibilitam analisar a situação
econômico-financeira da companhia, tais como a estrutura e evolução do patrimônio, os
resultados, a liquidez, o endividamento e o retorno do investimento e lucratividade (ASSAF
NETO; LIMA, 2011).
As demonstrações contábeis têm como objetivo final avaliar a situação financeira e
econômica de uma companhia e prever futuras situações, contribuindo para a tomada de
decisão (PIMENTEL, 2007).
Com a multiplicidade de hipóteses que podem ser pesquisadas, o tema geral a ser
abordado serão os índices de liquidez, que buscam medir a capacidade da companhia em
pagar suas dívidas, além disso, serão analisados também os indicadores de atividades, tais
como os indicadores de prazo médio, ciclo financeiro e ciclo operacional.
Diante do exposto, a presente pesquisa apresenta a seguinte problemática: como as
empresas do setor de materiais básicos, que estão listadas na B3 podem melhor avaliar os
índices de liquidez e os índices de atividade.
Dessa forma, como objetivo geral, buscou-se analisar os índices de liquidez e índices
de atividade de empresas do subsetor de embalagens, madeira e papel, materiais diversos,
mineração, químicos e siderurgia e metalurgia, que possui como segmentos embalagens,
madeira, papel e celulose, materiais diversos, minerais metálicos, fertilizantes e defensivos,
petroquímicos, químicos diversos, artefatos de cobre, artefatos de ferro e aço e siderurgia, que
estão listadas na Bolsa de Valores nos períodos de 2017, 2016 e 2015, mediante aos seguintes
objetivos específicos:
 Calcular os índices de liquidez e índices de atividade das empresas do setor de
materiais básicos que estão listadas na B3;
 Calcular as médias de cada segmento, comparando-as aos índices encontrados;
 Demonstrar, através desses indicadores a capacidade das empresas em saldarem suas
dividas no curto e no longo prazo, bem como avaliar se estão pagando seus
fornecedores antes ou depois de receberem a receita pelos produtos vendidos;
 Analisar os resultados obtidos por tais indicadores.
Como aporte teórico o artigo abordará questões referentes às análises de
demonstrações financeiras, o que são índices de liquidez, índices de atividade, ciclo financeiro
e ciclo operacional e como se calcula tais índices.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA TOMADA DE DECISÃO
Segundo Assaf Neto e Lima (2011) os dados fundamentais para a análise do
desempenho econômico-financeiro são as demonstrações financeiras confeccionadas pelas
companhias. Com base nessa reunião de informações, completadas com índices agregados de
mercado, são aplicados os diversos critérios de análise, visando-se obter conclusões sobre o
desempenho no passado, presente e futuro da companhia.
Para Assaf Neto e Lima (2011, p. 216):
O enfoque segundo o qual a análise das demonstrações financeiras é desenvolvida
pode variar conforme o interesse do analista. Por exemplo, o administrador da
empresa, ao medir periodicamente seus resultados, procura avaliar, na realidade, o
impacto determinado pelas decisões financeiras sobre o desempenho global da
empresa.
Mesmo que existam alguns critérios mais aprimorados, o uso de índices constitui-se na
técnica mais habitualmente utilizada. Inicialmente, aponta-se que a análise individual de um
simples índice não fornece elementos suficientes para uma conclusão mais definitiva (ASSAF
NETO; LIMA, 2011).
Podemos assim, acentuar a importância da utilização dos índices liquidez e dos índices
de atividade nesse estudo.

2.2 ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


A análise das demonstrações financeiras é benéfica tanto para analistas internos
quanto para analistas externos à companhia. A visualização da situação em geral da
companhia bem como a previsão de cenários futuros com o intuito de efetuar planejamentos
estratégicos para o sucesso futuro da empresa faz-se necessário para os agentes internos. Por
outro lado, a aludida avaliação que possui como intuito a previsão do futuro, analisando
possíveis pontos de investimentos cabe aos analistas externos (BRIGHAM; HOUSTON, 1999
apud CAMILLO FILHO, 2007).
Seguindo esse posicionamento, Matarazzo (2010, p. 3) afirma que “a Análise de
Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de
decisão.”.
Para Assaf Neto (2015) a análise das demonstrações financeiras tem por objetivo a
análise do desempenho econômico-financeiro de uma companhia em determinado momento
do passado, para confrontar com sua situação atual, a fim de produzir resultados que sirvam
de apoio para a previsão de propensões futuras.
Deste modo, a contribuição da análise de demonstrações financeiras para a tomada de
decisão é evidente, uma vez que esta exibe aspectos importantes a respeito da companhia, tais
como: situação financeira e econômica, desempenho, pontos fortes e fracos, adequação das
fontes às aplicações de recursos, evidências de erros na administração, avaliação de
alternativas econômico-financeiras futuras e outras (MATARAZZO, 2010).
Ainda segundo Matarazzo (2010) para a análise deve-se colher os dados nas
demonstrações financeiras, posteriormente, deve-se comparar os índices com os padrões,
considerando-se demais informações relevantes, para chegar a conclusões e por fim tomar-se
decisões.
No contexto tratado, a maneira mais utilizada de análise de demonstrações financeiras
é por meio da obtenção de índices econômico-financeiros a partir das demonstrações
contábeis.

2.3 INDICADORES DE LIQUIDEZ E CICLO OPERACIONAL


De modo geral os indicadores de liquidez demonstram a situação financeira de uma
empresa e a capacidade de cumprir as obrigações passivas assumidas (ASSAF NETO, 2015).
Sá (2008) afirma que a análise destes índices é de grande importância à administração
da empresa, tendo em vistas que estes podem influenciar a continuidade das atividades
operacionais, logo as modificações destes índices devem ser motivos de estudos para os
gestores.
Diniz (2015, p.118) observa que “uma situação de boa liquidez não significa que a
empresa irá possuir fluxo de caixa disponível para pagamentos em dia, mas sim que ela possui
uma relação entre possibilidade de transformação dos recursos financeiros em dinheiro.”.
Ainda de acordo com Diniz (2015) quanto maiores forem os valores dos índices de
liquidez, melhor para a empresa. No entanto é importante notar que indicadores de liquidez
muito altos podem significar ineficiência da empresa, pois ela estaria perdendo a oportunidade
de investir esses recursos excessivos em outras opções.
Os indicadores de atividade têm como objetivo a mensuração de diferentes durações
de um ciclo operacional, este ciclo envolve todas as operações de uma empresa, desde a
aquisição de insumos ou mercadorias até o recebimento das vendas realizadas (ASSAF
NETO; LIMA, 2011).
Matarazzo (2010) titula os índices de atividade de índices de prazos médios e afirma
que a união dos índices de prazo médio (recebimento de vendas, pagamento de compras e
renovação de estoques) conduz à análise dos ciclos operacional, que, de acordo com ele, são
informações basilares para a determinação das estratégias empresariais, tanto comerciais
quanto financeiras, comumente essenciais para a consignação do sucesso ou do fracasso de
uma empresa.

2.4 CÁLCULO DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ E DO CICLO OPERACIONAL


2.4.1 LIQUIDEZ GERAL
De acordo com Matarazzo (2010), a liquidez geral demonstra a capacidade de
pagamento das dívidas da empresa no curto e longo prazo, ou seja, para cada R$ 1,00 devido,
quanto a empresa terá disponível.
Desta maneira, uma liquidez geral superior a R$ 1,00 assinala relativa folga financeira
quanto ao cumprimento das obrigações de longo prazo, o índice inferior a R$1,00 assinala
possíveis problemas no pagamento das dívidas (ASSAF NETO, 2015).
Assim, a liquidez geral auxilia na análise da geração de caixa em função do total das
dívidas da empresa. Deste modo, tem-se uma percepção de longo prazo, considerando
possibilidades de entradas e saídas de recursos (MATARAZZO, 2010).
A fórmula para encontrar a liquidez geral é a seguinte:

2.4.2 LIQUIDEZ CORRENTE


Segundo Assaf Neto (2015), a liquidez corrente demonstra a capacidade de geração de
recursos para o pagamento das dívidas da empresa no curto prazo (até o final do próximo
período corrente), ou seja, para cada R$ 1,00 de dívida, quanto a empresa possui disponível
para salda-la. Deste modo, uma liquidez corrente inferior a R$ 1,00 aponta prováveis
problemas nas liquidações a serem executados no próximo exercício social.
Nesse indicador, quanto maior a liquidez, melhor para a empresa. A liquidez corrente
apresenta uma análise mais dos recebimentos e pagamentos relacionados com a atividade da
empresa (MATARAZZO, 2010).
A fórmula para encontrar a liquidez corrente é a seguinte:

2.4.3 LIQUIDEZ SECA


Segundo Matarazzo (2010), a liquidez seca avalia a geração de caixa no prazo inferior
a 90 dias.
De acordo com Assaf Neto (2015, p.188) o índice “demonstra a porcentagem das
dívidas a curto prazo em condições de serem saldadas mediante a utilização de itens
monetários de maior liquidez no ativo circulante.”.
A fórmula da liquidez seca é a seguinte:
2.4.4 PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES (PMRE)
O prazo médio de renovação de estoques indica, em média, quantos dias uma empresa
leva para renovar seu estoque. Quanto menor for o resultado encontrado para esse índice,
melhor. A redução desse índice de um ano para outro, representa que a empresa está sendo
mais eficiente, pois está “girando” seu estoque mais rapidamente (ASSAF NETO; LIMA,
2011).
De acordo com Matarazzo (2010, p.267) a fórmula de PMRE se dá através da seguinte
divisão:

2.4.5 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS (PMPC)


O prazo médio de pagamento de compras indica, em média, quantos dias uma empresa
leva para pagar seus fornecedores. Quanto maior for o resultado encontrado para esse índice,
melhor. O aumento desse índice de um ano para outro, indica que a empresa está sendo mais
eficiente, pois está conseguindo prazos maiores para pagar seus fornecedores (ASSAF NETO;
LIMA, 2011).
De acordo com Matarazzo (2010, p.267) a fórmula de PMPC se dá através da seguinte
divisão:

Para se encontrar o item “compras”, deve-se utilizar a seguinte fórmula:

2.4.6 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV)


O prazo médio de recebimento de vendas indica, em média, quantos dias uma empresa
leva para receber as vendas a prazo que fez para seus clientes. Quanto menor for o resultado
encontrado para esse índice, melhor. A diminuição desse índice de um ano para outro, indica
que a empresa está sendo mais eficiente, pois está conseguindo receber as vendas feitas a
prazo mais rapidamente.
De acordo com Matarazzo (2010, p.267) a fórmula de PMRV se dá através da seguinte
divisão:

Segundo Diniz (2015, p.142) “O item “vendas anuais” pode ser encontrado na
Demonstração do Resultado do Exercício, e representa o valor total bruto faturado pela
empresa.”.

2.4.7 CICLO OPERACIONAL (CO) E CICLO FINANCEIRO (CF)


Segundo Matarazzo (2010) o ciclo operacional demonstra o prazo de investimento. Já
o ciclo financeiro ou ciclo de caixa, de acordo com Assaf Neto (2015), é o período de tempo
existente desde o desembolso inicial de despesas até o recebimento do produto da venda.
O ciclo operacional pode ser calculado através da seguinte fórmula:

O ciclo financeiro pode ser calculado através da seguinte fórmula:

3. METODOLOGIA
Tendo em vista a abordagem teórica sobre conceitos financeiros e econômicos,
demonstrações contábeis e principalmente o aprofundamento acerca dos índices de liquidez e
de prazos, a pesquisa caracteriza-se como um estudo empírico (PRESTES 2008).
Com relação aos objetivos da pesquisa, de acordo com Prestes (2008) estes foram do
tipo exploratório, tendo em vista a obtenção de mais informações sobre o assunto investigado.
Além disso, a classificação metodológica é descritiva, pois de acordo com Gerhardt,
Silveira e Tolfo (2009, p. 25) “A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de
informações sobre o que deseja pesquisar”.
Tendo em vista essas características, conclui-se que este trabalho, segundo Creswell
(2007) é uma pesquisa de método qualitativo, pois seus procedimentos de baseiam em dados
de texto e quantitativo tendo em vista a utilização do modelo no presente artigo. De acordo
com Fonseca (2002) a pesquisa pode ser caracterizada como quantitativa, pois os resultados
podem ser quantificados, além disso, esse método concentra-se na objetividade e se utiliza de
linguagem matemática para descrever as relações de variáveis constantes no estudo.
Quanto aos procedimentos a pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, pois de
acordo com Prestes (2008, p. 26) “a pesquisa bibliográfica é aquela que se efetiva tentando-se
resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de
informações provenientes de material gráfico, sonoro ou informatizado.”. Caracteriza-se
também como pesquisa documental secundária, pois segundo Zanella (2006, p. 97) estes
dados “já foram coletados, tabulados, ordenados e, algumas vezes, já analisados: publicações
[censo demográfico, industrial, etc.], relatórios e manuais da organização [documentos
internos], pesquisas já desenvolvidas e outros.”.
O objeto de estudo da presente pesquisa utiliza informações retiradas do sitio
eletrônico da B3 presentes no software Economática, mais precisamente as empresas listadas
no setor de Materiais Básicos, englobando neste estudo todas as empresas presentes no
respectivo setor.”
A amostra selecionada inicialmente era composta por 29 empresas do setor de
Materiais Básicos, após análise prévia verificou-se a necessidade de exclusão de 2 empresas
do segmento Minerais Metálicos devido a falta de dados para a conclusão da análise final,
restando assim outras 2 empresas nesse segmento, verificou-se também que neste segmento
havia uma empresa com valores muito discrepantes o que influenciaria na média do
segmento, desse modo, optou-se por excluir por completo o segmento Minerais Metálicos da
pesquisa.
A coleta de dados baseou-se no software Economática que forneceu os dados para a
presente pesquisa. Após coleta através do software confeccionou-se uma planilha com o
intuito de apurar as médias de cada segmento constante no setor de Materiais Básicos.
Ressalta-se também que não se calculou o índice de liquidez imediata tendo em vista
que as empresas não mantem valores tão altos em caixa.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
As informações para a pesquisa - análise dos indicadores de liquidez e dos indicadores
do ciclo operacional - foram retiradas do Balanço Patrimonial, utilizando o software chamado
Economática, o qual oferece os valores utilizados nesta análise de dados.

4.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ


4.1.1 LIQUIDEZ GERAL, LIQUIDEZ CORRENTE E LIQUIDEZ SECA
Os dados para cálculo da liquidez geral podem ser encontrados no Balanço
Patrimonial de cada empresa. Da mesma forma, os dados para o cálculo da liquidez corrente
também podem ser encontrados no Balanço Patrimonial. Para o cálculo da liquidez seca os
dados podem ser obtidos por meio do Balanço Patrimonial. Nesta pesquisa foram utilizados
dados dos exercícios sociais de 2017, 2016 e 2015, não se utilizou dados do exercício social
de 2018, pois nem todas as empresas possuíam os dados daquele exercício social disponíveis.
O Quadro 1 apresenta a liquidez geral, a liquidez corrente e a liquidez seca das
empresas do setor de Materiais Básicos listadas na B3, bem como suas respectivas médias
para cada segmento do respectivo setor.
Quadro 1 – Índices de liquidez geral, corrente e seca
Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca
Segmento Bovespa Nome
2017 2016 2015 2017 2016 2015 2017 2016 2015
1 Artefatos de cobre Paranapanema 0,88 0,68 0,80 1,88 0,63 0,91 0,71 0,30 0,52
Média do Segmento 0,88 0,68 0,80 1,88 0,63 0,91 0,71 0,30 0,52
2 Mangels Indl 0,31 0,33 0,35 2,44 2,28 1,76 1,61 1,57 1,11
3 Artefatos de ferro e aço Panatlantica 1,32 1,30 1,37 2,98 2,11 2,91 2,26 1,61 2,29
4 Tekno 3,05 3,34 4,39 3,86 4,76 6,60 2,35 3,12 4,78
Média do Segmento 1,56 1,66 2,04 3,09 3,05 3,76 2,07 2,10 2,73
5 Embalagens Metal Iguacu 1,10 1,09 0,77 0,92 0,70 0,62 0,77 0,56 0,40
Média do Segmento 1,10 1,09 0,77 0,92 0,70 0,62 0,77 0,56 0,40
6 Fer Heringer 0,87 0,90 0,89 0,61 0,67 0,62 0,32 0,37 0,29
Fertilizantes e defensivos
7 Nutriplant 0,49 0,56 0,69 0,61 0,64 0,62 0,41 0,46 0,50
Média do Segmento 0,68 0,73 0,79 0,61 0,66 0,62 0,37 0,42 0,39
8 Duratex 1,12 1,10 1,07 1,95 2,69 2,13 1,46 2,01 1,52
Madeira
9 Eucatex 0,76 0,72 0,70 0,86 0,87 0,85 0,54 0,52 0,46
Média do Segmento 0,94 0,91 0,88 1,40 1,78 1,49 1,00 1,27 0,99
10 Materiais diversos Sansuy 0,19 0,22 0,26 0,86 1,19 1,46 0,43 0,59 0,66
Média do Segmento 0,19 0,22 0,26 0,86 1,19 1,46 0,43 0,59 0,66
11 Celul Irani 0,47 0,57 0,53 1,14 1,00 0,99 0,91 0,85 0,81
12 Klabin S/A 0,76 0,70 0,66 3,15 2,40 2,74 2,90 2,19 2,52
13 Papel e celulose Suzano Hold 0,72 0,68 0,62 1,81 2,09 1,90 1,49 1,75 1,54
14 Melhor SP 0,50 0,59 0,31 3,46 2,23 1,39 3,23 2,10 1,14
15 Suzano Papel 0,72 0,67 0,61 1,83 2,10 1,88 1,51 1,75 1,50
Média do Segmento 0,63 0,64 0,54 2,28 1,96 1,78 2,01 1,73 1,50
16 Braskem 0,44 0,39 0,39 0,94 0,71 1,05 0,58 0,48 0,72
17 Petroquímicos Elekeiroz 1,11 1,00 1,45 1,66 1,79 1,67 1,21 1,05 0,84
18 GPC Part 0,84 0,64 0,58 1,29 1,27 0,76 0,84 1,13 0,68
Média do Segmento 0,80 0,67 0,81 1,30 1,26 1,16 0,88 0,89 0,75
19 Cristal 2,89 2,22 1,89 6,21 3,42 2,53 3,64 1,90 1,07
Químicos diversos
20 Unipar 0,53 0,57 0,55 0,96 1,08 1,24 0,81 0,88 1,14
Média do Segmento 1,71 1,40 1,22 3,59 2,25 1,88 2,22 1,39 1,11
21 Ferbasa 3,56 3,34 3,39 5,25 3,79 3,00 4,06 2,72 1,18
22 Gerdau 0,90 0,78 0,76 2,33 2,06 2,82 1,46 1,33 1,70
23 Siderurgia Gerdau Met 0,88 0,76 0,73 2,33 1,98 2,68 1,47 1,28 1,62
24 Sid Nacional 0,39 0,39 0,53 1,11 2,26 3,09 0,70 1,54 2,16
25 Usiminas 1,05 0,97 0,91 2,38 3,66 1,53 1,47 2,18 0,92
Média do Segmento 1,36 1,25 1,26 2,68 2,75 2,62 1,83 1,81 1,52
Fonte: elaborado pela autora com auxilio do software Economática

Ao analisar os índices apurados, observou-se que no segmento artefatos de ferro e aço


a média do segmento foi superior a R$ 1,00 nos três exercícios sociais. A empresa que
alcançou índices mais aceitáveis foi em Panatlantida, tendo em vista que obteve valores um
pouco superiores a R$ 1,00. O mesmo não ocorreu com as demais empresas do segmento,
observou-se que a empresa Mangels Indl apresentou problemas na liquidez, tendo em vista
que para cada R$ 1,00 devido, a empresa obteve R$0,31, R$0,33 e R$0,35 disponível nos
exercícios de 2017, 2016 e 2015 respectivamente. A empresa Tekno apresentou liquidez geral
superior a R$ 1,00 o que pode assinalar relativa folga financeira quanto ao cumprimento das
obrigações de longo prazo.
Com relação aos segmentos Fertilizantes e defensivos, Madeira, Papel e celulose e
Petroquímicos observou-se que a média da liquidez geral foi inferior a R$1,00 nos três
exercícios sociais, a partir disso notou-se que duas empresas que compõem os segmentos
relacionados anteriormente (Duratex e Elekeiroz) possuem índices superiores a R$1,00, as
demais empresas apresentaram índices inferiores a R$1,00. O segmento Madeira apresentou
boa média, sendo essa próxima a R$1,00.
As médias dos segmentos Químicos diversos e Siderurgia apresentaram índices de
liquidez geral superiores a R$1,00. Destacam-se nessa análise as empresas Cristal e Ferbasa
que possuem indicadores muito superiores a R$1,00 nos três anos, o que pode indicar folga
financeira excessiva.
Dos segmentos que possuem apenas uma empresa, dois deles apresentaram índices de
liquidez geral inferiores a R$1,00 nos três exercícios sociais, a empresa Metal Iguaçu que
compõe o segmento Embalagens apresentou índices superiores a R$1,00 nos anos de 2017 e
2016, o mesmo não ocorreu no ano de 2015.
Com relação a liquidez corrente observou-se que os segmentos Embalagens e
Fertilizantes e defensivos apresentaram índices médios inferiores a R$1,00 nos três exercícios
sociais, todas as empresas que compõem esses dois segmentos também possuem índices de
liquidez corrente inferiores a R$1,00 o que pode significar prováveis problemas nas
liquidações a serem realizadas no próximo exercício social.
Nos segmentos Madeira, Papel e celulose, Petroquímicos, Químicos diversos e
Siderurgia as empresas que formam esses segmentos apresentaram índices médios de liquidez
corrente superiores a R$1,00 nos três exercícios sociais, diante disso, destacaram-se as
empresas Duratex, Klabin e Gerdau que apresentaram índices superiores a R$2,00 nos
exercícios de 2016 e 2015.
Observou-se também que as empresas Cristal do segmento Químicos diversos e
Ferbasa do segmento Siderurgia apresentaram índices de liquidez corrente superiores a
R$6,00 e R$5,00 respectivamente no exercício social de 2017. A empresa Tekno pertencente
ao segmento artefatos de ferro e aço apresentou índice superior a R$6,00 no ano de 2015, a
média desse segmento nos três exercícios sociais foi superior a R$3,00.
Com relação a liquidez seca observou-se que as médias dos segmentos de artefatos de
cobre, embalagens, fertilizantes e defensivos, materiais diversos e petroquímicos
apresentaram índices inferiores a R$1,00.
O segmento artefatos de ferro e aço obteve média superior a R$2,00 nos três anos o
que pode significar excesso de folga financeira. Nesse sentido destacou-se a empresa Ferbasa
que no exercício social de 2017 apresentou índice de liquidez seca superior a R$4,00.
O segmento madeira apresentou bons índices médios, sendo em 2017 R$1,00, em
2016 R$1,27 e em 2015 R$0,99.
As análises realizadas neste estudo até o presente momento podem ser mais bem
visualizadas através dos gráficos a seguir.

Gráfico 1 – Evolução do Índice Médio de Liquidez Geral

Fonte: elaborado pela autora


Observa-se através do gráfico anterior que o segmento embalagens apresenta bons
índices nos três exercícios sociais, tendo em vista que não são valores tão superiores a R$1,00
nos casos dos anos de 2017 e 2016, mas também não são tão inferiores como no caso do ano
de 2015. O mesmo ocorre com o segmento madeira.

Gráfico 2 – Evolução do Índice Médio de Liquidez Corrente

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento embalagens apresentou bom


índice no exercício social de 2017, no ano de 2016 o segmento materiais diversos aferiu bom
resultado estando um pouco acima de R$1,00, já no exercício de 2015 o segmento artefatos de
cobre atingiu resultado razoavelmente satisfatório, tendo em vista que aferiu índice um pouco
inferior a R$1,00. Destaca-se também o segmento artefatos de ferro e aço que demonstrou
resultados acima de R$3,00 nos três exercícios sociais, o que pode significar excessiva folga
financeira.

Gráfico 3 – Evolução do Índice Médio de Liquidez Seca

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento madeira atingiu o índice de


liquidez seca perfeito no ano de 2017, já no exercício de 2016 o segmento petroquímicos
atingiu valores mais próximos a R$1,00, por fim no exercício de 2015 o segmento madeira
alcançou ótimo índice, sendo este de R$0,99. Deve-se destacar também o segmento artefatos
de ferro e aço que atingiram índices superiores a R$2,00 nos três exercícios sociais.

4.2 INDICADORES DE PRAZOS, CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO


4.2.1 PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES (PMRE), PRAZO MÉDIO DE
PAGAMENTO DE COMPRAS (PMPC), PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE
VENDAS (PMRV), CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO
Os dados para cálculo dos indicadores de prazos, ciclo operacional e ciclo financeiro
podem ser encontrados no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício
de cada empresa, utilizaram-se dados dos exercícios sociais de 2017, 2016 e 2015, não se
utilizou informações do exercício social de 2018, pois nem todas as companhias possuíam os
dados disponíveis.
Ressalta-se também que a correta análise dos indicadores de prazo só é possível se os
três indicadores forem analisados conjuntamente.
O Quadro 2 apresenta os indicadores de prazos, ciclo operacional e ciclo financeiro
das empresas do setor de Materiais Básicos listadas na B3, bem como suas respectivas médias
para cada segmento do respectivo setor.

Quadro 2 - Indicadores de Prazos, Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro


PMRE PMPC PMRV CF CO
Segmento Bovespa Nome
2017 2016 2015 2017 2016 2015 2017 2016 2015 2017 2016 2015 2017 2016 2015
1 Artefatos de cobre Paranapanema 171 80 108 88 13 155 38 36 41 120 102 -6 209 115 149
Média do Segmento 171 80 108 88 13 155 38 36 41 120 102 -6 209 115 149
2 Mangels Indl 43 41 53 17 18 15 29 34 27 54 57 65 71 75 80
3 Artefatos de ferro e aço Panatlantica 68 77 60 57 71 33 65 59 53 75 65 81 133 136 113
4 Tekno 111 115 98 43 35 27 89 84 63 157 164 133 200 199 160
Média do Segmento 74 78 70 39 41 25 61 59 48 95 95 93 135 137 118
5 Embalagens Metal Iguacu 24 21 31 29 39 43 21 26 25 16 9 14 45 48 57
Média do Segmento 24 21 31 29 39 43 21 26 25 16 9 14 45 48 57
6 Fer Heringer 64 56 63 86 77 53 33 32 31 11 11 41 97 88 94
Fertilizantes e defensivos
7 Nutriplant 108 121 60 366 438 280 68 121 62 -190 -196 -158 176 242 122
Média do Segmento 86 88 61 226 258 166 50 77 47 -90 -93 -58 136 165 108
8 Duratex 96 100 100 37 27 26 87 77 79 146 150 153 183 177 180
Madeira
9 Eucatex 72 82 96 58 58 67 76 72 67 90 95 96 148 154 163
Média do Segmento 84 91 98 48 42 46 82 74 73 118 123 125 166 165 171
10 Materiais diversos Sansuy 108 132 131 43 38 45 71 76 56 137 170 142 179 208 187
Média do Segmento 108 132 131 43 38 45 71 76 56 137 170 142 179 208 187
11 Celul Irani 41 43 45 47 51 47 70 71 64 64 63 63 111 114 110
12 Klabin S/A 60 67 73 46 49 73 75 83 95 89 101 95 135 150 168
13 Papel e celulose Suzano Hold 67 72 77 34 32 34 79 59 66 112 99 109 146 131 143
14 Melhor SP 77 86 109 107 96 97 76 17 113 46 7 124 153 103 221
15 Suzano Papel 67 72 77 34 32 34 79 59 66 112 99 109 146 131 143
Média do Segmento 62 68 76 53 52 57 76 58 81 85 74 100 138 126 157
16 Braskem 68 54 54 52 67 114 24 12 21 40 -1 -39 92 66 75
17 Petroquímicos Elekeiroz 34 51 74 24 16 26 45 45 41 56 80 89 80 97 115
18 GPC Part 57 38 36 17 44 66 40 28 15 80 22 -15 97 66 51
Média do Segmento 53 48 55 31 43 69 36 29 26 59 34 12 89 76 80
19 Cristal 171 163 206 9 19 11 50 73 82 212 217 277 221 236 288
Químicos diversos
20 Unipar 31 146 20 36 197 18 55 143 38 49 92 40 86 289 59
Média do Segmento 101 155 113 22 108 15 52 108 60 131 155 159 153 263 173
21 Ferbasa 101 72 255 31 18 42 42 45 59 113 99 272 143 117 314
22 Gerdau 72 67 80 34 29 33 27 34 38 65 72 85 100 101 118
23 Siderurgia Gerdau Met 72 67 80 34 29 33 27 34 38 65 72 85 100 101 118
24 Sid Nacional 118 113 151 65 50 39 44 42 37 97 105 148 162 155 188
25 Usiminas 109 118 99 39 38 43 52 50 50 123 130 107 162 168 149
Média do Segmento 95 87 133 41 33 38 39 41 44 93 95 139 133 128 177
Fonte: elaborado pela autora com auxilio do software Economática

Ao analisar os índices apurados observou-se que com relação ao PMRE do exercício


social de 2017 as empresas Paranapanema (artefatos de cobre) e Cristal (químicos diversos)
demonstram índices elevados, ou seja, essas empresas levam 171 dias para renovarem seus
estoques. A empresa Cristal apresenta o mesmo comportamento com relação ao exercício
social de 2016, no entanto em 2015 a empresa Ferbasa apresentou maior índice de PMRE.
Com relação ao PMPC dessas empresas em 2017 foi aferido pela empresa Cristal, 9 dias, o
mesmo ocorre no ano de 2015, 11 dias, e em 2016 o índice é de 19 dias, o PMPC da empresa
Paranapanema nos anos de 2017, 2016 e 2015 foram de 88, 13 e 155 dias. Observando-se o
PMRV das empresas Cristal e Paranapanema, observam-se os seguintes índices da primeira
empresa, 50, 73 e 82 dias nos anos de 2017, 2016 e 2015, respectivamente, os índices da
Paranapanema em 2017, 2016 e 2015 foram de 38, 36 e 41, respectivamente. A partir desses
dados percebe-se que o ciclo financeiro da empresa Cristal nos anos de 2017, 2016 e 2015 são
de 212, 217 e 277 dias, respectivamente, ou seja, a empresa fará compras de insumos em
determinada data e receberá pela venda apenas 212, 217 e 277 dias após a data da compra. O
ciclo financeiro da Paranapanema nos anos de 2017, 2016 e 2015 são de 120, 102 e -6 dias
respectivamente, ou seja, nos anos de 2017 e 2016 a empresa fará compras de insumos em
determinada data e receberá pela venda apenas 120 e 102 dias após a data da compra, no
entanto em 2015 o pagamento da matéria-prima ocorre 6 dias após o recebimento da venda do
produto. A empresa Metal Iguaçu possui o menor índice de PMRE, nesse caso ela leva 24
dias para renovar seu estoque, a mesma situação ocorre nos anos de 2016 e 2015. Ao observar
os índices de PMPC e PMRV dos anos analisados, conclui-se que a empresa fará compras de
insumos em determinada data e receberá pela venda 16, 9 e 14 dias após a data da compra.
Com relação ao PMPC destaca-se a companhia Nutriplant (fertilizantes e defensivos)
que apurou índice de 366 dias no exercício de 2017, ou seja, a empresa leva 366 dias para
pagar suas compras, a mesma situação ocorre nos exercícios sociais de 2016 e 2015. Nota-se
que o PMRE da empresa Nutriplant nos anos de 2017, 2016 e 2015 são respectivamente, 108,
121 e 60 dias, e por fim, observa-se que o PMRV dos exercícios de 2017, 2016 e 2015 são 68,
121 e 62 dias, respectivamente, ou seja, na empresa Nutriplant o pagamento da matéria-prima
ocorre após o recebimento da venda do produto, tendo em vista o ciclo financeiro negativo.
Tendo em vista o ciclo operacional, observa-se que a empresa Cristal apresenta o
maior índice no ano de 2017, ou seja, o ciclo de atividade da Cristal durou 221 dias em 2017.
O menor índice no ano de 2017 ficou a cargo da empresa Metal Iguaçu, com 45 dias. Em
2016 o maior índice é da empresa Unipar, ou seja, o ciclo de atividade da empresa durou 289
dias em 2016. O menor índice do exercício de 2016 ficou a cargo da empresa Metal Iguaçu
novamente, com 48 dias. Em 2015 o maior índice era da empresa Ferbasa, ou seja, o ciclo de
atividade da empresa durou 314 dias em 2015. O menor índice do exercício de 2015 ficou a
cargo da empresa Metal Iguaçu novamente, com 57 dias.
As análises realizadas neste estudo acerca de prazos médios, ciclo operacional e ciclo
financeiro podem ser mais bem visualizados através dos gráficos a seguir.

Gráfico 4 – Evolução da média do PMRE

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento artefatos de cobre apresenta o


maior índice no exercício social de 2017, em 2016 essa posição ficou com o segmento
químicos diversos e em 2015 o segmento siderurgia atingiu a maior média. Observa-se
também que no exercício de 2017 a menor média é do segmento embalagens, o mesmo ocorre
nos exercícios sociais de 2016 e 2015.
Gráfico 5 – Evolução da média do PMPC

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento fertilizantes e defensivos


apresenta o maior índice no exercício social de 2017, o mesmo ocorre nos exercícios sociais
de 2016 e 2015. Observa-se também que no exercício de 2017 a menor média é do segmento
químicos diversos, em 2016 essa posição ficou com o segmento artefatos de cobre e em 2015
o segmento químicos diversos atingiu a menor média novamente.

Gráfico 6 – Evolução da média do PMRV

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento madeira apresenta o maior índice
no exercício social de 2017, em 2016 essa posição ficou com o segmento químicos diversos e
em 2015 o segmento papel e celulose atingiu a maior média. Observa-se também que no
exercício de 2017 a menor média é do segmento embalagens, o mesmo ocorre nos exercícios
sociais de 2016 e 2015.
Gráfico 7 – Evolução da média do Ciclo Financeiro

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento materiais diversos apresenta o


maior índice no exercício social de 2017, o mesmo ocorre no ano de 2016 e em 2015 o
segmento químicos diversos atingiu a maior média. Observa-se também que no exercício de
2017 a menor média, nesse caso valores negativos, é do segmento fertilizantes e defensivos, o
mesmo ocorre nos exercícios sociais de 2016 e 2015.

Gráfico 8 – Evolução da média do Ciclo Operacional

Fonte: elaborado pela autora

Observa-se através do gráfico acima que o segmento artefatos de cobre apresenta o


maior índice no exercício social de 2017, em 2016 essa posição ficou com o segmento
químicos diversos e em 2015 o segmento materiais diversos atingiu a maior média. Observa-
se também que no exercício de 2017 a menor média é do segmento embalagens, o mesmo
ocorre nos exercícios sociais de 2016 e 2015.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constatou-se que, ao analisar os índices de liquidez e índices de atividade das
empresas listadas na B3, as quais foram objeto desse estudo, foi possível um melhor
delineamento acerca da solvência e situação da empresa.
Faz-se necessário levar em consideração a afirmação de Assaf Neto (2015) acerca dos
os indicadores de liquidez, o autor aponta que eles demonstram a situação financeira de uma
empresa e a capacidade de cumprir as obrigações passivas assumidas.
No segmento de madeira foi observado que nos três exercícios sociais as médias do
segmento foram satisfatórias no que tange a liquidez geral, o mesmo pode-se concluir obre o
segmento de embalagens. Com relação à liquidez corrente observou-se que o segmento que
obteve melhores resultados nos três exercícios sociais foi o segmento de artefatos de cobre,
bem como o segmento de materiais diversos. Tendo em vista a liquidez seca observou-se que
os segmentos artefatos de cobre e madeira obtiveram índices satisfatórios nos três exercícios
sociais.
Com relação aos indicadores de atividade, Assaf Neto e Lima (2011) afirmam que
esses têm como objetivo a mensuração de distintas durações de um ciclo operacional, este
ciclo envolve todas as operações de uma empresa, desde a aquisição de insumos ou
mercadorias até o recebimento das vendas realizadas.
Para Matarazzo (2010) a união dos índices de prazo médio guia à análise dos ciclos
operacionais, que, de acordo com ele, são informações básicas para a determinação das
estratégias empresariais.
Tendo em vista os indicadores de prazos, observa-se que o segmento materiais
diversos possui PMRE superior a 100 dias nos três exercícios sociais, o mesmo ocorre com o
segmento químicos diversos. Por outro lado o segmento de embalagens possui PMRE inferior
a 32 dias nos três exercícios sociais. Com relação ao PMPC observou-se que o segmento
fertilizantes e defensivos possui índices superiores a 225 dias nos anos de 2017 e 2016 e
índices superiores a 165 em 2015, notou-se também que o segmento artefatos de ferro e aço
obtiveram índices inferiores a 42 dias nos três exercícios sociais. Tendo em vista o PMRV
observou-se que o segmento madeira possui índices superiores a 72 dias nos três exercícios
sociais, por outro lado o segmento embalagens apurou índices inferiores a 27 dias nos três
exercícios sociais.
A partir disso, observa-se que o CF do segmento químicos diversos apresentou índices
superiores a 130 dias nos três anos, o que indica que o pagamento a fornecedores ocorre 130
dias (ou mais) após o recebimento pela venda de produtos , no entanto o segmento
fertilizantes e defensivos demonstrou índices negativos nos três anos, o que indica que o
pagamento a fornecedores ocorre antes do recebimento da venda de produtos. Com relação ao
CO observa-se que o segmento materiais diversos apuraram índices superiores a 178 dias nos
três exercícios sociais, por outro lado o segmento embalagens apurou índices inferiores a 58
dias nos três anos.
E por fim pode-se concluir que uma análise comparativa dos índices pode identificar,
por exemplo, se a empresa possui capacidade de saldar suas dívidas no curto e no longo
prazo, além disso, esta análise comparativa serve de parâmetro para as demais empresas do
subsetor.
Logo, os objetivos específicos: calcular os índices de liquidez geral, liquidez corrente
e liquidez seca, bem como indicadores de prazos, ciclo financeiro e ciclo operacional das
empresas do setor de materiais básicos que estão listadas na B3, calcular as médias de cada
segmento, comparando-as aos índices encontrados, demonstrar, através desses indicadores se
as empresas possuem capacidade de saldar suas dividas e além disso, verificar se estão
pagando seus fornecedores antes ou depois de receberem a receita por vendas de produtos ou
mercadorias foram atendidos.
REFERÊNCIAS

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financeiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano. Guasti. Curso de administração financeira.


São Paulo: Atlas, 2008.

CAMILLO FILHO. Análise dos índices financeiros. [S.L.;s.n], 2007.

CRESWELL, John W.. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2007. Tradução de: Luciana de Oliveira Rocha.

DINIZ, Natália. Analise das Demonstrações Financeiras. Rio de Janeiro: SESES, 2015.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo (Org.). Métodos de pesquisa. Porto
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<http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf>. Acesso em: 22 de março de
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MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas
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PIMENTEL, Alex. Tudo que você precisa saber sobre economia. – São Paulo: Digerati
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PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico:


do planejamento aos textos, da escola à academia. 3. ed., 1. Reimp. – São Paulo: Editora
Rêspel, 2008.

SÁ, Antônio Lopes de. Moderna análise de balanços ao alcance de todos. Curitiba: Juruá,
2008.

ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia da pesquisa. SEAD/UFSC, 2006.

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