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ANÁLISE DOS ÍNDICES FINANCEIROS E ECONÔMICOS: UM

ESTUDO DE CASO NA EMPRESA OSX

Ana Caroline dos Santos Messias, Faculdades Integradas de Itararé, Brasil, anacarolinemessias02@gmail.com
Poliana Aparecida Barbosa de Barros, Faculdades Integradas de Itararé, Brasil, pollydebarros@gmail.com
Cesario Michalski Filho, Faculdades Integradas de Itararé, Brasil, cesarioadm@gmail.com

Resumo
O uso de ferramentas para obter uma boa análise para futuras decisões, empréstimos, investimentos é muito
importante. Ela permite que gestores possam melhor basear suas decisões gerenciais, bancos decidirem ou não
em ceder empréstimos e acionistas terem uma visão melhor do desempenho da empresa. Este artigo teve como
objetivo trazer uma análise através da ferramenta dos índices financeiros e econômicos utilizando suas
fórmulas e traçando comentários baseados em conteúdo teórico sobre os fatos que ocorrem no balanço
patrimonial da empresa OSX e sobre como o uso dos índices podem trazer melhor conhecimento sobre a
situação do balanço da empresa para melhor nortear as decisões da gerência.

Palavras-chave: Análise; Balanço; Índices

ANALYSIS OF THE FINANCIAL AND ECONOMIC INDEXES: A


CASE STUDY AT THE COMPANY OSX

Abstract
The use of tools to get a good analysis for future decisions, loans, investments that are very important. It allows
managers to have better background about their managerial decisions, the banks analyze whether or not to
permit loans, and the shareholders have better view of the company’s performance. This article has aimed to
bring analysis through the tool of financial and economic indexes using its formulas and drawing comments
based on theoretical content on the facts that occur in the balance sheet of the company OSX and on how the
use of indexes can bring better knowledge about the company balance sheet in order to have accurate
management decisions.

Keywords: Analysis; Balance; Indexes

1. INTRODUÇÃO
Em meados de 2014, o Brasil começava a encarar uma crise econômica que passava a afetar
muitas empresas. Muitas delas não foram afetadas apenas pelo fator econômico, mas
também por uma crise de suspeitas de corrupção por parte de seus membros e donos sendo
uma delas a OSX, uma das empresas de Eike Batista. Conhecer a estrutura de capital, a
liquidez e a rentabilidade de uma empresa com esse perfil requer uma elaborada análise de
balanço, pois a mesma permite, segundo Assaf Neto (2010), com a extração dos
demonstrativos divulgados pela empresa, uma gama de informações sobre seu desempenho
que servirá de análise para investidores, acionistas, credores, concorrentes, governo.
2

Diante disso, o uso da ferramenta de índices financeiros e econômicos para este trabalho na
empresa OSX apresentam uma análise da composição do capital da empresa, sua liquidez e
a capacidade de cumprir com suas obrigações além da sua rentabilidade do capital investido
surgindo o questionamento: Como os índices podem ajudar a analisar o balanço de uma
empresa?

A partir disso, este trabalho busca elaborar análises com base nos índices apresentando os
resultados obtidos através das fórmulas dessa ferramenta e indicando os acontecimentos do
resultado dos índices com o desempenho dos demonstrativos da empresa.

Iniciando este trabalho com uma breve explanação do conteúdo teórico, apresentando a
metodologia e posteriormente o estudo de caso com a aplicação dos índices, por fim,
finaliza-se esse estudo com as considerações finais a respeito da importância do uso desses
índices.

2. ANÁLISE DE BALANÇOS
A Análise de Balanços traz importantes informações que podem apresentar grandes decisões
sobre e para a empresa. Para Assaf Neto (2010) as informações contidas na Análise revelam
o passado, o presente e o futuro da situação financeira e econômica da empresa já que é
possível analisar as causas, a atual posição da empresa e suas projeções futuras e isso é
importante para acionistas, instituições financeiras e proprietários de capital de uma
organização, por exemplo, obterem informações e resultados das demonstrações contábeis
para fins de investimento, concessão de créditos ou análise da rentabilidade. A apuração das
demonstrações contábeis das empresas permite desenvolver a análise de balanços, sendo
análise das demonstrações contábeis, relatórios financeiros seus sinônimos.
Mas a análise pode ser relativa para cada pessoa que analisa, Iudícibus (2009) afirma que o
conhecimento técnico, a experiência e intuição dos que analisam as demonstrações contábeis
pode ser particular de cada analista, pois não há uma maneira criteriosa ou metodológica
formal para tal, por isso ele vê certa arte na Análise de Balanços, apesar da mesma possuir
técnicas desenvolvidas para análise. Logo, uma análise mais qualitativa depende da
qualidade de informação que o analista possui.
As empresas, para apresentar seus resultados, o fazem com relatórios periódicos. Assaf Neto
(2010) diz que os relatórios elaborados pelas empresas são os insumos básicos da análise de
balanço que são os relatórios obrigatórios, também conhecidos como “demonstrações
contábeis” ou “demonstrações financeiras”, como definidos pela legislação societária onde
deve ser apurados pela empresa o Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do
Exercício; Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração dos Fluxos
de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado e o outro insumo considerado como relatórios
não obrigatórios, por serem mais voltados para a gerência interna da empresa, mas de grande
importância para a mesma.

3. PAPEL DOS ÍNDICES DE BALANÇO


Para analisar as demonstrações contábeis, podem ser empregadas técnicas próprias da
análise de balanços, sendo a mais utilizada à análise pelos índices. (Matarazzo, 1998)
descreve o índice como “a relação entre as contas ou grupo de contas das Demonstrações
Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação financeira ou econômica
de uma empresa”, já para (Marion, 2005), “significam o resultado obtido da divisão de duas
grandezas”, ou seja, o índice é uma ferramenta utilizada para mostrar qual a situação da
3

empresa, sendo possível a partir da interpretação dos resultados obtidos, ter-se uma visão
geral da organização.
A análise desses índices permite avaliar a empresa e verificar seu desempenho, para
(Iudícibus, 1980), “o uso dos quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista
extrair tendências e comparar os quocientes com padrões estabelecidos”, isto é, utilizar essas
informações como forma de comparação, como Gitman (1978) descreve analisar os índices
comparando-os com os de outra empresa em um mesmo período de tempo, proporciona à
mensuração do desempenho e da eficiência da empresa, o que permite verificar possíveis
falhas ou ineficiências das operações que não foram verificadas anteriormente, como
Matarazzo (1998) explica várias condições como prestígio da empresa junto ao governo,
relacionamento com o mercado financeiro, entre outras condições, podem manter as
operações da empresa, mesmo que esta possua um elevado endividamento, o que dificulta a
visualização dos problemas sem uma apropriada análise de balanços.
Os índices podem apresentar aspectos diferenciados e se subdividem em análise da situação
financeira e análise da situação econômica.
PRINCIPAIS ASPECTOS REVELADOS PELOS
ÍNDICES FINANCEIROS

ESTRUTURA
Situação Financeira
LIQUIDEZ

Situação Econômica RENTABILIDADE


Quadro 1 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 98
Para uma melhor explicação dos índices, serão utilizados exemplos com aplicação das
fórmulas na Cia. BIG contidas no livro do Matarazzo (1998).

4. ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL


Os índices de estrutura de capital mostram qual a composição do capital da empresa,
segundo (Matarazzo, 1998) “os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões
financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos”, ou seja, mostram a forma de
operação da empresa em relação aos seus investimentos e fontes de capital, já (Iudícibus,
1980), explica que esses índices procuram “retratar a posição relativa do capital próprio com
relação ao capital de terceiros”, o que sob esse aspecto, evidencia como a empresa atua em
relação às suas fontes de capital e procura por capitais de terceiros.

4.1 Participação de Capitais de Terceiros


Através deste índice é possível observar a participação do capital de terceiros aplicado na
empresa em relação ao que é investido de capital próprio. Isso possibilita verificar o risco ou
a dependência da empresa a terceiros, sendo que, através da fórmula, apresenta o quanto a
empresa emprestou de capital de terceiros para cada R$100 de capital próprio Matarazzo
(1998).
A fórmula do índice de Participação de Capitais de Terceiros:
Capitais de Terceiros x 100
Patrimônio Líquido
4

Pode-se observar no exemplo a seguir que para cada R$100 de capital próprio, foram
tomados pela empresa R$154.
X1
Capitais de Terceiros 57.500
Patrimônio Líquido 37.198
Part. de Capitais de Terceiros: 57.500 = 154%
37.198
Tabela 1 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 101
4.2 Composição do Endividamento
O índice de composição de endividamento visa mostrar o perfil da dívida da empresa.
Apresenta o quanto ela possui de dívidas no curto prazo em relação às suas dívidas totais,
onde as dívidas de curto prazo necessitam ser pagas com, além dos recursos já existentes,
também com recursos gerados no curto prazo, sendo este mais difícil por ter menos tempo
para gerar recursos. O mesmo não se dá para a dívida de longo prazo, pois há mais
disponibilidade de tempo para a geração desses recursos, Matarazzo (1998). A fórmula a
seguir, apresenta o percentual da dívida de curto prazo em relação à dívida total.
Passivo Circulante x 100
Capitais de Terceiros
X1
Passivo Circulante 46.580
Capitais de Terceiros 57.500
Composição do Endividamento: 46.580 = 81%
57.500
Tabela 2 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 104

No exemplo, observa-se que 81% da composição da dívida são de curto prazo embora isso
não seja muito positivo para o perfil da dívida da empresa já que boa parte da dívida terá de
ser paga com recursos gerados no curto prazo.

4.3 Imobilização do Patrimônio Líquido


Procura mostrar quanto do Patrimônio Líquido está imobilizado em instalações ou não está
como capital de giro de uma empresa, sendo interessante ressaltar que quanto menor for o
percentual de imobilização, maiores são os valores aplicados no Ativo Circulante, o que é
bom para a empresa, Iudícibus (1998). Procura também, indicar quanto a empresa aplicou no
Ativo Permanente para cada R$ 100 de Patrimônio Líquido e sua fórmula consiste na
seguinte divisão:
Ativo Permanente x 100
Patrimônio Líquido
X1
Ativo Permanente 26.598
Patrimônio Líquido 37.198
Imobilização do PL: 26.598 = 71%
....................................37.198
Tabela 3 - Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 105
No exemplo a Cia. BIG aplicou 71% do seu Patrimônio Líquido no Ativo Permanente e
X1
29% no Ativo Circulante.A tivo
A Pempresa
er m a n en te
deve ficar atenta em caso de evolução desse
2 6 .5 9 8
percentual, lembrando quePquanto maior
a tr im ôn io for
L íq u id o o
3 7valor
.1 9 8 destinado ao Ativo Permanente, menor
Im obiliz a çã o d o P L : 2 6 .5 9 8 = 0 ,7 1 %
3 7 .1 9 8
5

será a aplicação no Ativo Circulante e com isso maior será a possibilidade de, na falta de
Capital Circulante Líquido, a empresa recorrer a capitais de terceiros.
4.4 Imobilização dos Recursos não Correntes
É possível encontrar o percentual de Recursos não Correntes que estão aplicados no Ativo
Permanente neste índice. Para (Matarazzo, 1998) há uma lógica na comparação das
aplicações fixas com os Recursos não Correntes já que não há necessidade em financiar todo
o Imobilizado com recursos próprios, pois os elementos do Ativo Permanente possui vida
útil, sendo assim, “é possível utilizar recursos de longo prazo desde que o prazo seja
compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a
empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo”, logo, é importante
que o prazo seja compatível e suficiente até que a empresa consiga gerar seus recursos.
Ainda para Matarazzo (1998) o percentual deste índice não deve ultrapassar 100% mesmo
que o Ativo Circulante seja de grande necessidade para a empresa é necessário que exista
um pequeno excesso de Recursos Não Correntes destinado ao Ativo Circulante. A seguir, a
fórmula do índice:
Ativo Permanente x 100
Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante
No exemplo a seguir, 55% dos Recursos Não Correntes foi investido no Ativo Permanente
da empresa, logo, 45% dos Recursos Não Correntes, o CCL, foram para o Ativo Circulante.
X1
Ativo Permanente 26.598
Exigível a Longo Prazo 10.920
Patrimônio Líquido 37.198
Imob. Recursos não Correntes: 26.598 = 55%
48.118
Tabela 4 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 108

5. ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez não mostram somente a capacidade que a empresa possui de saldar
seus compromissos, mas também, de acordo com Matarazzo (1998) são indicadores que
procuram medir a solidez da empresa a partir do confronto do Ativo Circulante com suas
obrigações, isto é, o fato de a empresa possuir um bom índice de liquidez significa que ela
pode pagar suas dívidas, mas não está necessariamente relacionado ao efetivo pagamento
que pode variar em função de outros fatores.
5.1 Liquidez Geral
Esse índice mostra a liquidez da empresa no curto prazo e também no longo prazo,
indicando a capacidade que a empresa possui de pagar a totalidade das suas obrigações,
Assaf Neto (2002). De acordo com a nova estrutura de balanços, a fórmula desse índice se
constitui na soma do Ativo Circulante e Ativo não Circulante, excluindo-se o Ativo
Permanente, e dividido pelo Passivo, como apresentada a seguir, e indica quanto à empresa
possui de direitos para cada R$ 1,00 de dívida total, Matarazzo (1998).
Ativo Circulante + Ativo não Circulante (-Ativo Permanente)
Passivo Circulante + Passivo não Circulante
6

X1
Ativo Circulante 68.100
Patrimônio Líquido 46.580
Exigível a Longo Prazo 10.929
Liquidez Geral: 68.100 = 1,18
57.500
Tabela 5 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 112
Analisando o exemplo, em X1 a liquidez geral da empresa foi de 1,18 o que significa que
para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,18 de investimentos, ou seja, a empresa
consegue pagar suas dívidas e ainda sobram 18% de margem ou folga.
5.2 Liquidez Corrente
Através do índice de Liquidez Corrente é possível apresentar a relação do Ativo Circulante e
o Passivo Circulante em maior ou menor valor indicando, segundo Matarazzo (1998), o
quanto que para cada R$1,00 de Passivo Circulante, a empresa possui no Ativo Circulante
sendo que quanto maior, melhor pois demonstra que há suficiência para cobrir as dívidas de
curto prazo. Quando a Liquidez Corrente for maior que 1, significa que esse excesso é
devido a existência de Capital Circulante Líquido onde a fórmula deste se dá pela diferença
entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. A seguir, a fórmula da Liquidez Corrente:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
No exemplo a empresa possui R$1,46 no Ativo Circulante para cada R$1,00 no seu Passivo
Circulante e ainda uma folga de 46%.
X1
Ativo Circulante 68.100
Passivo Circulante 46.580
Liquidez Corrente: 68.100 = 1,46
46.580
Tabela 6 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 115
5.3 Liquidez Seca
O índice de liquidez Seca mostra a capacidade imediata da empresa de pagar suas
obrigações, como (Marion, 2005) questiona, “Se a empresa sofresse total paralisação de suas
vendas, ou se seu Estoque se tornasse obsoleto, quais seriam as chances de pagar suas
dívidas com Disponível e Duplicatas a Receber?”, ou seja, esse índice procura identificar o
quanto a empresa dispõe de ativos de alta conversibilidade em numerário e representa
quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante, como
apresentado na fórmula a seguir, Matarazzo (1998).
Disponível + Duplicatas a Receber + Outros
Direitos de Rápida Conversibilidade em Dinheiro
Passivo Circulante X1
Disponível 5.684
Duplicatas a Receber 36.322
Passivo Circulante 46.580
Liquidez Seca: 5.684 + 36.322 = 0,90
46.580
Tabela 7 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 121
7

Nesse exemplo, a empresa consegue pagar 90% de suas dívidas somente com o Disponível e
Duplicatas a receber, o que segundo Matarazzo (1998), pode-se afirmar que a empresa
possui bom desempenho, pois mesmo desconsiderando a parte do Ativo Circulante de menor
conversibilidade a empresa ainda consegue pagar grande parte de suas obrigações.

6. ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Medem a situação econômica da empresa, de acordo com (Matarazzo, 1998) “os índices
desse grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam de
investimentos e, portanto qual o grau de êxito econômico da empresa”, ou seja, esses índices
procuram mostrar como a empresa opera em relação ao retorno que obtém de suas
aplicações, levando-se em consideração o quanto de investimento foi necessário.
6.1 Giro do Ativo
Esse índice mede o volume das vendas em relação ao capital investido, é voltado para a
melhor utilização desses recursos, pois quanto maiores os índices de vendas, significa que
mais eficiente é o processo de utilização dos recursos, o ideal é que a empresa tenha vendas
maiores com o investimento (Ativo) que possui, Marion (2005). Segundo Matarazzo (1998)
o Giro do Ativo mostra quanto à empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total:
Vendas Líquidas
Ativo Total X1
Vendas 161.932
Ativo 74.531
Giro do Ativo: 161.932 = 2,17
74.531
Tabela 8 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 122
No exemplo, para cada R$ 1,00 de investimento a empresa vendeu R$ 2,17, o que mostra
um bom aproveitamento dos recursos, pois as vendas dobraram o investimento que foi
necessário.
6.2 Margem Líquida
Mostra a margem de lucro da empresa, sendo possível verificar através do valor obtido nesse
índice se a empresa possui o retorno que deseja, esse indicador é conhecido como
lucratividade Marion (2005), pois indica quanto à empresa obtém de lucro para cada R$ 100
vendidos:
Lucro Líquido x 100
Vendas Líquidas
No exemplo, para cada R$ 100 vendidos a empresa obteve um lucro de R$ 4,79.
X1
Vendas 161.932
Lucro Líquido 7.772
Margem Líquida: 7.772 = 4,79%
161.932
Tabela 9 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 124
6.3 Rentabilidade do Ativo
8

O índice de Rentabilidade do Ativo apresenta o lucro líquido em relação ao seu ativo,


indicando quanto à empresa obteve de lucro para cada R$100 de investimento total. É
possível medir a potencialidade da empresa de gerar lucro e de capitalizar-se, como
apresentado na fórmula a seguir, Matarazzo (1998).
Lucro Líquido x 100
X1
Ativo Total
Lucro Líquido 7.772
Ativo Total 74.531
Rentabilidade do Ativo 7.772 = 10,4
74.531
Tabela 10 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 125
No exemplo a empresa teve um lucro líquido de R$10,4 para cada R$100 investidos.
6.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Neste índice é possível saber o valor do lucro líquido da empresa em relação ao seu
Patrimônio Líquido em que para cada R$100 investido em Capital Próprio, tem-se, através
da fórmula, quanto obteve de lucro líquido. Nesse índice é importante observar que apenas o
valor do lucro líquido não é esclarecedor, portanto, é preciso comparar ao que foi investido
em Capital Próprio, Matarazzo (1998).
Lucro Líquido x 100
Patrimônio Líquido
X1
Lucro Líquido 223.741
Patrimônio Líquido 946.344
Rentabilidade do PL: 223.741 = 23,64%
....................................946.344
Tabela 11 – Adaptação de Matarazzo, 1998, p. 186
No exemplo, observa-se que, para cada R$100 de Capital Próprio a empresa teve um lucro
X1
de 23,64%. A tivo P er m a n en te 2 6 .5 9 8
P a tr im ôn io L íq u id o 3 7 .1 9 8
7. PASSIVO A DESCOBERTO
Im obiliz a çã o d o P L : 2 6 .5 9 8 = 0 ,7 1 %
3 7 .1 9 8
Quando na diferença entre o Ativo e o Passivo obter-se um saldo positivo significa que a
empresa possui Patrimônio Líquido, pois esta é uma situação favorável, se dessa diferença o
resultado for negativo, a empresa não possui Patrimônio Líquido e dessa forma estará diante
de um passivo a descoberto, Gonçalves & Baptista (2007).
Passivo a Descoberto é então a situação líquida negativa que mostra que na empresa “uma
parcela das suas obrigações (Passivo) ficará sem ser paga mesmo que a empresa venda todo
o seu Ativo” (Gonçalves & Baptista, 2007), nesse caso, a empresa possui um Ativo menor
que o Passivo, em decorrência disso não conseguirá pagar todas as obrigações apenas com o
Ativo que possui.

8. METODOLOGIA DA PESQUISA
Este estudo foi realizado com a finalidade de mostrar através da pesquisa descritiva e
exploratória, da técnica de pesquisa bibliográfica e aplicação de estudo de caso à situação
financeira e econômica de uma empresa brasileira.
É preciso saber então a definição de pesquisa a qual se constitui como um procedimento de
reflexão baseado em métodos científicos que visa descobrir acontecimentos e verdades
9

relativas a um determinado assunto, o que permite a obtenção de respostas e de novos


conhecimentos, Marconi & Lakatos (1999).

O tipo de pesquisa descritiva se baseia na “descrição, registro, análise e interpretação”


(Marconi & Lakatos, 1999) através da utilização de métodos estatísticos fundamentados no
controle de dados que buscam a verificação de hipóteses. A pesquisa exploratória
proporciona uma visão maior dos problemas e um maior aprofundamento dos conceitos
através do desenvolvimento e explicação dos assuntos que já foram debatidos em outros
estudos, Gil (1989).
Em relação às técnicas de pesquisa foi realizada pesquisa bibliográfica em livros e artigos
afins, a qual se constituiu na busca através de materiais já elaborados sobre o assunto,
seguido de um estudo de caso, que segundo Gil (1989) é um dos modelos utilizados para a
obtenção e criação de conhecimento através de um estudo profundo que permite um amplo
aprendizado.

9. ESTUDO DE CASO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a situação financeira e econômica da


empresa OSX, através da análise das demonstrações contábeis nos anos de 2011 a 2016, dos
cálculos dos índices de estrutura de capital, liquidez e rentabilidade com a apresentação do
passivo a descoberto.
9.1 Empresa OSX
Criada em 2009, a OSX é uma empresa do grupo EBX que atua no ramo de indústria naval e
offshore. Produz plataformas de petróleo e oferece serviços às empresas navais. Criada
inicialmente para dar suporte à antiga OGX, empresa que atuava na área de exploração de
petróleo.
A OSX possui seu próprio estaleiro dentro do Complexo Industrial do Superporto do Açu,
próximo à Bacia de Campos, em um ponto extremamente privilegiado do litoral brasileiro.
A empresa passou por dificuldades financeiras e com o cancelamento de grandes pedidos de
construção que seriam feitos, a situação se agravou, e em 2013 a OSX pediu sua recuperação
judicial.

9.2 Demonstrações Contábeis da empresa OSX


No estudo foram utilizadas as demonstrações contábeis da empresa especialmente o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício para o cálculo dos índices.
BALANÇO PATRIMONIAL (R$ Milhões)
31/12/2016 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
Ativo Total 1.687,5 8.270,9 6.049,5 8.542,6 9.799,7 4.448,4
Ativo Circulante 31,5 4.089,1 3.734,7 3.882,3 2.177,9 1.315,8
Ativo Não Circulante 1.656,0 4.181,8 2.314,8 4.660,3 7.621,8 3.132,6
Passivo Total 1.687,5 8.270,9 6.049,5 8.542,6 9.799,7 4.448,4
Passivo Circulante 454,4 7.337,7 4.891,6 5.594,2 3.052,0 676,6
Passivo Não Circulante 4.263,5 3.851,7 3.024,6 744,8 3.415,0 1.071,5
Patrimônio Líquido
-3.030,4 -2.918,5 -1.866,6 2.203,6 3.332,8 2.700,3
Consolidado
Tabela 12 – Adaptação do Balanço Patrimonial da empresa OSX
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas demonstrações financeiras da empresa
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (R$ Milhões)


31/12/2016 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012 31/12/2011
Receita de Venda de Bens e/ou
1,1 414,2 731,1 745,1 433,8 144,2
Serviços
Custo dos Bens e/ou Serviços
-7,3 -338,1 -549,1 -303,7 -260,1 -81,5
Vendidos
Lucro/Prejuízo do Período -1.445,9 -987,3 -4.236,9 -2.399,8 -32,7 4,7
Tabela 13 – Adaptação da DRE da empresa OSX
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas demonstrações financeiras da empresa

9.3 Demonstração dos Índices de Estrutura de Capital


A seguir, a tabela e o gráfico com os resultados obtidos do cálculo dos índices de estrutura
de capital.
Índices de Estrutura de Capital 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Participação de Capitais de Terceiros 64,74% 194,04% 287,67% -424,10% -383,40% -155,69%
Composição do Endividamento 38,70% 47,19% 88,25% 61,79% 65,58% 9,63%
Imobilização do Patrimônio Líquido 112,44% 223,47% 206,53% -120,11% -140,76% -53,00%
Imobilização dos Recursos não Correntes 80,50% 110,37% 154,35% 193,60% 440,21% 130,03%
Tabela 14 – Resultados dos Índices Estrutura de Capital
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas demonstrações financeiras da empresa

600,00% Participação de
Capitais de
400,00% Terceiros
Composição do
200,00% Endividamento
0,00% Imobilização
2011 2012 2013 2014 2015 2016 do Patrimônio
-200,00%
Líquido
-400,00% Imobilização
dos Recursos
-600,00% Não Correntes
Gáfico 1 – Índices de Estrutura de Capital
Fonte: Elaborado pelos autores

No índice de Participação de Capitais de Terceiros, em 2011 a 2013, houve considerável


aumento de participação de capital de terceiros para cada R$100,00 de capital próprio, mas o
ano de 2014 a 2016 a empresa não apresenta mais capital próprio, pois seu patrimônio
líquido passou a ser negativo devido a constantes prejuízos, ou seja, a empresa estava diante
de um passivo a descoberto. Ao ficar sem recursos próprios, passou a recorrer a capital de
terceiros, em grande parte empréstimos e financiamentos.

Apesar de a empresa ter aumentado sua busca por capital de terceiros, o perfil da sua dívida
se modificou passando de 38,7% em 2011 para 9,63% em 2016 a participação de capitais de
terceiros de curto prazo. No índice Composição do Endividamento, o ano de 2013 apresenta
um aumento 128% em relação a 2011 de dívidas de curto prazo, mas em 2016 houve uma
considerável queda de 89,1% o que mostra que a empresa passou a buscar mais capital de
terceiros de longo prazo o que indica que ela dispõe de mais tempo para gerar recursos.
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No ano de 2011 a empresa OSX já possuía um elevado índice de imobilização de 112,44%


ou seja, ela imobilizava todo o seu Patrimônio Líquido. No ano seguinte o índice foi de
223,47%, o que mostra um aumento de 98,7% em relação ao ano anterior. Já em 2014 o
índice de imobilização foi -120,11% o que nesse caso, sem possuir Patrimônio Líquido a
empresa continuou aplicando capital de terceiros no Ativo Permanente. Em 2016 o índice de
imobilização continuou sendo negativo de -53%, mas apesar disso, o investimento no Ativo
Permanente teve uma queda de 47,19% em relação ao ano de 2011.

A empresa já imobilizava recursos não correntes, mas o ano de 2015 foi quando se obteve o
maior índice com um aumento de 446,84% em relação ao ano de 2011. Ao ultrapassar o
100%, não houve sobra para ser aplicado no ativo circulante, pois a empresa aplicou todo
seu recurso no ativo permanente.

9.4 Demonstração dos Índices de Liquidez


Abaixo é apresentada a tabela e o gráfico com os resultados obtidos dos índices de liquidez
da empresa.
Índices de Liquidez 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Liquidez Geral 0,81 0,36 0,63 0,48 0,37 0,018
Liquidez Corrente 1,94 0,71 0,69 0,76 0,56 0,069
Liquidez Seca 1,94 0,70 0,67 0,72 0,56 0,059
Tabela 15 – Resultados dos Índices de Liquidez
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas demonstrações financeiras da empresa

2,5
2 Liquidez
Geral
1,5
1 Liquidez
Corrente
0,5
0 Liquidez
2011 2012 2013 2014 2015 2016 Seca

Gáfico 2 – Índices de Liquidez


Fonte: Elaborado pelos autores
No ano de 2011 através do índice de liquidez geral obtido, verifica-se que a empresa não
conseguiria pagar a totalidade de suas obrigações e sim 81% delas, porém no ano de 2012 a
empresa teve uma queda de 55,6% e foi esse, o primeiro ano entre o período comparado, que
a empresa ficou sem Capital Circulante Líquido. O índice permaneceu instável no decorrer
dos anos e em 2016 apresentou sua maior queda de 97,78% em relação ao ano de 2011.
A empresa possuía um bom índice de liquidez corrente em 2011 mostrando que tinha
capacidade de pagar todas as suas dívidas de curto prazo e ainda ter uma folga de 94%, mas
em 2012 apresentou um índice de 0,71 o que representa uma queda de 63,4% em relação ao
ano anterior. Neste ano, devido a um aumento maior do seu passivo circulante em relação ao
seu ativo é importante frisar que a empresa já não possui mais Capital Circulante Líquido, o
qual está muito ligado ao índice de liquidez corrente, pois os direitos que a empresa possui
no curto prazo são menores que as suas dívidas. O índice que em 2011 era de 1,94 caiu para
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0,069 em 2016, o que mostra uma queda de 96,44%, em grande parte afetados pela queda de
99,91% da conta caixa, 20,97% dos estoques e de 72,53% das duplicatas a receber.
Os índices de liquidez seca tiveram resultados semelhantes ao de liquidez corrente, pois o
valor do estoque da empresa é insignificante, por isso o índice de liquidez seca de 2016
apresentou uma queda parecida com a de liquidez corrente sendo de 96,96% em relação ao
ano de 2011.
9.5 Demonstração dos Índices de Rentabilidade
Na tabela e no gráfico a seguir são apresentados os resultados obtidos do índice de
rentabilidade da empresa.
Índices de Rentabilidade 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Giro do Ativo 0,03 0,044 0,087 0,12 0,05 0,00065
Margem Líquida 3,26% -0,075% -3,22% -579,50% -238,36% -131445,45%
Rentabilidade do Ativo 0,11% -0,33% -0,28% -70,04% -11,94% -85,68%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,17% -0,98% -108,90% -226,98% -33,83% -47,71%
Tabela 16 – Resultados dos Índices de Rentabilidade
Fonte: Elaborado pelos autores com base nas demonstrações financeiras da empresa

2 Giro do Ativo
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016
-2 Margem
Líquida
-4
-6 Rentabilidade
do Ativo
-8
Rentabilidade
-10 do Patrimônio
-12 Líquido

Gáfico 3 – Índices de Rentabilidade


Fonte: Elaborado pelos autores
A empresa em 2011 possuía um Giro do Ativo extremamente baixo, pois ela vendia R$ 0,03
para cada R$ 1,00 investido, ou seja, um volume de vendas muito modesto para o
investimento. No decorrer dos anos o índice apresentou grande instabilidade e em 2016 a
empresa obteve um giro de 0,00065% o qual representou uma queda de 97,83% em relação
ao ano de 2011, pois as vendas da empresa em 2016 caíram em 99,24% se comparadas com
as de 2011, esse índice poderia ser menor ou até negativo se a empresa não tivesse reduzido
seu Ativo.
Não foi somente o Giro do Ativo que foi afetado, a Margem Líquida da empresa também.
Em 2011 foi o único ano que a empresa obteve uma margem positiva, de 3,26%, o que
ocorreu devido à empresa ter lucro neste ano, apesar de não possuir um percentual de vendas
elevado. A partir do ano de 2012 a Margem Líquida da empresa passou a ser negativa,
mesmo a empresa obtendo um crescimento das vendas que se manteve entre os anos de 2012
a 2014 houve considerável aumento das Despesas Operacionais, que correspondem às
despesas financeiras, administrativas e de vendas, o que fez com que a empresa passasse a
ter somente prejuízos. No ano de 2015 as vendas caíram um pouco em relação ao ano
anterior e a empresa obteve receita, o que diminuiu os prejuízos desse ano, mas em 2015 foi
o ano que a empresa obteve maior percentual de empréstimos e financiamentos de curto
prazo, o que ajudou a empresa a se desestabilizar em 2016. Nesse último ano, a situação era
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preocupante, pois a empresa teve uma Margem Líquida de -131.445% o que mostram que a
cada R$ 100 vendidos a empresa possui R$ -131.445 de prejuízo, devido ao percentual de
vendas extremamente baixo e o aumento das despesas, o lucro líquido foi -30.663,83%
menor que o ano de 2011.
No índice de Rentabilidade do Ativo, o ano de 2011 foi o único ano que a empresa obteve
lucro líquido, ainda que modesto, registrando 0,11%, o que significa que para cada
R$100,00 do investimento total da empresa, ela teve obteve um lucro líquido de R$0,11. Em
2016 a empresa fechou com a maior queda em sua rentabilidade do ativo apresentando
prejuízo de -85,78%, uma queda em relação a 2011 de 77.790,91% mostrando que a
empresa estava com uma grande dificuldade de capitalizar-se além do fato de que sua
capacidade em gerar lucro é inexistente. Isso condiz com a queda do lucro líquido que em
2011 era de R$ 4,7 milhões e em 2016 o prejuízo foi de R$ -1.445,9 milhões.
A medida da rentabilidade da empresa apresentada pelo Índice de Rentabilidade do
Patrimônio Líquido também não foi positiva, com exceção do ano de 2011 que foi de 0,17%
mostrando que para cada R$100 investido em seu capital próprio, ela obteve R$0,17 de
lucro. A partir de 2012 esse índice passou a ser negativo devido aos constantes prejuízos da
empresa e em 2014 a empresa apresentou sua pior Rentabilidade do Patrimônio Líquido de -
226,98% tendo uma queda em relação a 2011 de -133.617,65%, neste ano a empresa
apresentou seu maior prejuízo de R$ -4.236,9 além de ser o primeiro ano que a empresa
obteve um passivo a descoberto, e nessa situação onde a empresa já não possui mais
Patrimônio Líquido, não é possível obter-se um índice de rentabilidade do patrimônio
líquido.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Os índices financeiros e econômicos são técnicas indispensáveis da análise de balanços, pois
possibilitam que o gestor observe como está à situação da empresa e a partir disso direcione
esforços para a causa do problema o que trará maior efetividade das soluções.
Na empresa em estudo, OSX, verificou-se através do cálculo dos índices de estrutura de
capital, liquidez e rentabilidade, a composição do capital, a base sólida e o retorno que a
empresa obtém de seus investimentos, e com isso pode-se compreender a dificuldade da
empresa em saldar seus compromissos e obter retorno sobre seus capitais investidos,
verificou-se também que os constantes prejuízos causaram ao patrimônio da empresa no
decorrer dos anos um passivo a descoberto e diante dessa situação a empresa precisou pedir
sua recuperação judicial para que conseguisse se estabilizar no longo prazo.
O fato de ter-se utilizado a análise pelos índices permitiu observar que a empresa, embora
criada em 2009, no ano de 2012 começou a ter prejuízos constantes e em decorrência disso
nos anos posteriores houve a redução e até a nulidade do seu Patrimônio Líquido, nessa
situação passou a depender mais de capitais de terceiros que passaram a constituir grande
parte do seu Passivo e das Despesas Operacionais em razão do pagamento de juros.
Dessa forma foi atingido o objetivo do artigo que era mostrar a situação financeira e
econômica através do cálculo dos índices, o que possibilitou a compreensão de que sem o
suporte adequado e sem as mudanças de estrutura da empresa, esta estaria propensa a
endividar-se mais e ter cada vez mais prejuízos, o que não seria satisfatório devido ao seu
grande porte e participação na economia nacional.
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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: Um enfoque econômico-financeiro. 7 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.

______. Estrutura e Análise de Balanços: Um enfoque econômico-financeiro. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989.

GITMAN, Lawrence. J. Administração Financeira. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1978.

GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA. A. E. Contabilidade Geral. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1980.

______. Análise de Balanços. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 3 ed. São Paulo:
Atlas, 2005.

MATARAZZO, Dante. Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 1998.

OSX. Demonstrações Financeiras Anuais de 2011 a 2016. Disponível em:


http://www.osx.com.br/default_pt.asp?idioma=0&conta=28. Acesso em 6 de maio 2018.

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