Você está na página 1de 17

Análise dos principais indicadores contábeis

e financeiros: estudo de caso sobre a


organização Magazine Luiza (2019-2020)

Maryanne do Carmo Silva Oliveira


Faculdade Doctum de Caratinga (MG)
Samira Keller de Freitas
Faculdade Doctum de Caratinga (MG)
Aucione A. Barros Guimarães
Faculdade Doctum de Caratinga (MG)

Resumo
O objetivo deste trabalho é identificar uma forma de colaborar para o crescimento
e conhecimento de uma empresa do setor varejista, através da análise dos Demons-
trativos Contábeis da Magazine Luiza S/A nos anos de 2019 e 2020. Para isso, foi
utilizada a análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial e da Demonstração
de Resultado referente aos exercícios de 2019 e 2020, por serem os anos mais recen-
tes e por possibilitar a comparação da variação causada pela pandemia do Covid-19.
O estudo apresentado justifica-se em analisar e determinar a situação econômica da
empresa, apontando também as variações de todo o cenário atual no período da aná-
lise. Com o intuito de atingir o objetivo da pesquisa, aborda-se o método de pesqui-
sa bibliográfica, revisando outros autores que já utilizaram essas aplicações. Para o
seu desenvolvimento, utilizou-se a pesquisa descritiva. Os indicadores apontam que
a empresa se manteve estável e em crescimento diante de uma pandemia mundial que
muito influenciou nas atividades econômicas durante o ano de 2020.
Palavra-chave: Indicadores financeiros; Magazine Luiza; Demonstrações contábeis.

Analysis of the Accounting Statements


of Magazine Luiza (2019-2020)

Abstract
The objective of this work is to identify a way to contribute to the growth and know-
ledge of a company in the retail sector, through the analysis of the Accounting Sta-
tements of Magazine Luiza S/A in the years 2019 and 2020. For this, vertical and
horizontal of the Balance Sheet and Income Statement for the years 2019 and 2020, as
they are the most recent years and because it makes it possible to compare the varia-
tion caused by the Covid-19 pandemic. The study presented is justified in analyzing
and determining the company’s economic situation, also pointing out the variations of
the entire current scenario in the period of analysis. In order to achieve the research
objective, the bibliographic research method is approached, reviewing other authors
who have already used these applications. For its development, descriptive research is
used to complete the objectives as an approach to the qualitative problem. Indicators
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

show that the company remained stable and growing in the face of a global pandemic
that greatly influenced economic activities during 2020.
Keyword: Financial indicators; Magazine Luiza; Accounting statements.

1. Introdução
As demonstrações contábeis estão se tornando cada vez mais importantes para o
crescimento de uma empresa. Oliveira (2017, p. 55) ressalta que os indicadores de desem-
penho financeiro são fundamentais para avaliar o crescimento da empresa.
O presente artigo mostra a aplicação de indicadores contábeis e financeiros em uma
empresa de varejo e diante de um ramo tão importante, busca-se responder a seguinte
questão: como as análises e demonstrações contábeis podem colaborar para o crescimento
e conhecimento de uma empresa do setor varejista?
Assim, o objetivo geral desse estudo é apresentar os resultados das demonstrações
contábeis da empresa Magazine Luiza S/A, uma empresa de grande porte e renomada no
mercado de varejo, atendendo diversos públicos e estados.
Foi utilizada a análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial e da Demonstração
de Resultado referente aos exercícios de 2019 e 2020, por serem os anos mais recentes e
por possibilitar a comparação da variação causada pela pandemia do Covid-19, sendo uti-
lizados para realizar o estudo dos principais índices, como endividamento, rentabilidade e
liquidez, tendo como base o cenário que a empresa vivencia para análise dos resultados.
Com relação aos objetivos específicos, a pesquisa procurou: determinar a viabilidade
financeira da organização; constatar de que forma as intercorrências econômicas presente
no cenário mundial no período aferido comprometeram os resultados dos indicadores; e
como a empresa se comportou para se antever a possíveis eventualidades.
O estudo apresentado justifica-se em analisar e determinar a situação econômica da
empresa, apontando também as variações de todo o cenário atual no período analisado, sen-
do possível destacar se houve algum comprometimento nos resultados e como a empresa se
comportou para inverter ou superar as situações. Portanto, é uma ferramenta que deve ser bem
utilizada pelos gestores, podendo ser um diferencial por se tratar de soluções estratégicas.
Este trabalho demonstra em primeiro momento o estudo referente a análises de de-
monstrações contábeis e seus objetivos, realizando o exame dos principais indicadores da
empresa Magazine Luiza S/A, sendo análises vertical e horizontal, margem líquida e indi-
cadores de liquidez nos anos de 2019 e 2020.
Em segundo momento, determina a capacidade econômica da empresa como um
todo e os resultados obtidos, levando em consideração todo o contexto do cenário mundial.
Com o intuito de atingir o objetivo da pesquisa, foi utilizado o método de pesqui-
sa bibliográfica, revisando outros autores que já utilizaram essas aplicações. Para o seu
desenvolvimento, utiliza-se para concluir os objetivos a pesquisa descritiva como abor-
dagem do problema.

192 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

2. Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis para Braga (2003, p. 59), são de grande valia como
elemento de avaliação de uma empresa, desde que o analista esteja consciente de seu signi-
ficado para poder formular suas conclusões e emitir suas opiniões. O importante é entender
que quanto maior for seu conhecimento a respeito das características da empresa analisada
– mercado, políticas de produção, vendas e outros dados – mais segura será sua análise.
De acordo com a apresentação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis -CPC 26-
R1 (2011) – Apresentação das Demonstrações Contábeis (tópico 9), é de suma importância
destacar que:
As demonstrações contábeis são uma apresentação estruturada da posição pa-
trimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstra-
ções contábeis é o de proporcionar informações acerca da posição patrimonial
e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a
um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econô-
micas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados
da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na
gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados.

Souza (2015, p. 11) afirma que as demonstrações financeiras têm o propósito de for-
necer informações que sejam úteis para administradores, investidores/acionistas, fornece-
dores e todos aqueles que se utilizam dela. Dessa maneira, elas traduzem informações úteis
e se tornam ferramentas para avaliar até mesmo os gestores da empresa. As demonstrações
financeiras podem ser apresentadas de diferentes formas, devendo suprir as necessidades
de quem solicita e o interesse a ser analisado.
As demonstrações contábeis são equivalentes a situação patrimonial de uma empre-
sa, e conforme Silva (2019), elas objetivam proporcionar informação acerca da posição
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a
um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. Para
contribuir com esse objetivo, as demonstrações contábeis consistem em coletar dados para
fins de avaliação e situação patrimonial das empresas.
Para Marion (2019, p. 6), são as demonstrações contábeis que possibilitarão novos
investimentos para as empresas, sendo um instrumento de grande importância e utilidade
para a tomada de decisões.
As demonstrações contábeis auxiliam empresas em sua tomada de decisões, para
Ribeiro (2020), elas tem objetivo de apresentar os resultados da atuação da administração
na movimentação da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos
que lhe foram confiados. É através delas que os acionistas podem analisar os resultados da
empresa e possíveis investimentos.

3. Análise Horizontal e Vertical


Segundo Marques (2002, p. 192), as análises vertical e horizontal são mais detalha-
das, envolvendo todos os itens das demonstrações e revelam as falhas responsáveis pelas
situações de anomalia da empresa.
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 193
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

Para Lins e Filho (2012, p.140), o objetivo da análise vertical é demonstrar a repre-
sentatividade e avaliação da estrutura do ativo e do passivo, de um elemento patrimonial
ou da demonstração de resultado em relação a um grupo ou total de contas classificadas nas
demonstrações contábeis. Essa análise revela os pontos mais importantes juntamente com
um melhor entendimento de todo o estudo realizado.
Bruni (2014, p. 72) diz que a análise vertical e horizontal é feita quando a evolu-
ção dos números contidos nas diferentes contas contábeis é analisada ao longo dos anos
(análise horizontal) ou quando a composição dos números é estudada em determinado ano
(análise vertical).
A esse respeito Ribeiro (2018, p.258) declara que em qualquer processo de Análise
de Balanços, seja por meio de quocientes, comparação com padrões, Análise Vertical ou
Análise Horizontal, não se pode desprezar a influência da inflação. Para que as compara-
ções sejam efetuadas, visando à menor margem de erro possível, há necessidade de traduzir
todos os valores dos períodos analisados, para uma moeda de poder aquisitivo constante.
De acordo com Silva (2019), a análise horizontal é realizada a partir da observação
da evolução de uma conta ou de um grupo de contas ao longo de vários períodos, tendo
seu foco nos efeitos, não revelando entretanto, as causas das mudanças. Nesse método é
possível avaliar a composição e evolução das empresas, apontando os caminhos percorrido
pela empresa e monitorando em uma nova caminhada.
Dessa maneira, Lemos (2019) demonstra que o objetivo da análise horizontal é cal-
cular as variações ao longo do tempo, a partir da comparação das contas da própria em-
presa. Sendo dessa forma que o gestor da empresa conseguirá tirar conclusões sobre o
desenvolvimento da organização.
O autor ainda retrata que a análise vertical tem por finalidade separar cada conta por
sua determinada origem, possibilitando a comparação com padrões do mercado e outros
percentuais do negócio. Ocorrendo alguma alteração anormal, a equipe poderá identificar
e buscar por soluções.
Assaf Neto (2020, p.115), aponta que ao ser processado um estudo comparativo das
demonstrações contábeis de uma empresa, é importante que sejam utilizadas tanto análise
horizontal como a vertical, a fim de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus
elementos contábeis”. Uma não deve excluir a outra e sim acrescentar maiores informa-
ções, mesmo que seus resultados sejam semelhantes.

4. Indicadores
Reis (2021) acredita que os índices de liquidez de uma empresa são indicadores fi-
nanceiros de análise de crédito, que apontam quanto a companhia possui de recursos para
pagar suas dívidas com terceiros.
Padoveze e Benedito (2004, p.131), afirmam que a ideia de criar indicadores de li-
quidez está na necessidade de avaliar a capacidade de pagamento da empresa.

194 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

Marion (2006, p.83), também aponta que os índices de liquidez são utilizados para
avaliar a capacidade de pagamento da empresa. Dessa maneira, observa-se a importância
dos indicadores de liquidez no sentido de passar a seus usuários segurança e credibilidade.
Além de demonstrar a capacidade de pagamento das empresas, Souza (2014, p. 89)
também afirma que através da liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez
imediata é possível determinar se a empresa consegue cumprir todos os seus compromissos
financeiros de curto e de longo prazo.
Para completar a análise dos indicadores de liquidez e de rentabilidade, Bruni (2014,
p.123) justifica que quando uma empresa opta por manter elevado nível de solvência, sig-
nifica que precisará manter elevados recursos em aplicações com maior liquidez. Em fun-
ção disso, tais aplicações com grande liquidez, costumam apresentar menor rentabilidade.
Assim, a solvência tem um custo financeiro que precisa ser devidamente considerado.
Por fim Assaf Neto (2020, p.176), expõe que os indicadores de liquidez apuram a
situação de uma empresa em honrar com suas obrigações e compromissos financeiros.

5. Procedimentos Metodológicos
Por se tratar de um estudo baseado na coleta de dados pela sistemática de demons-
trações contábeis e relações variáveis, se classifica quanto aos fins a metodologia como
descritiva. Segundo Gil (2002, p.42), pesquisas descritivas são todas aquelas que visam
descobrir a existência de associações entre variáveis.
A presente pesquisa se classifica quanto aos meios como bibliográfica por ser de-
senvolvida a partir de material já elaborado, principalmente por artigos científicos e livros.
A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo a seguir e tem como intuito revisar a
literatura existente. Para Macedo (1994.p.13), no sentido amplo, pesquisa bibliográfica é
entendida como o planejamento global-inicial de qualquer trabalho de pesquisa, o qual
envolve uma série de procedimentos metodológicos, configurados em etapas de trabalho.
O estudo referido tem como base as notas explicativas, balanço patrimonial e de-
monstração do resultado do exercício da empresa Magazine Luiza S/A referente aos anos
de 2019 e 2020. Os dados foram extraídos do próprio site da organização, tendo como de-
ver legal divulgar seus principais demonstrativos contábeis, dado o fato de se tratar de uma
sociedade anônima de capital aberto na BM&Fbovespa.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 195


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

Tabela 01 – Balanço Patrimonial Consolidado em valores expressos em milhares de Reais –R$.

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍ-


ATIVO 2020 2019 2020 2019
QUIDO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 1.681.376 305.746 Fornecedores 8.501.398 5.934.877
Títulos e valores mobiliários 1.221.779 4.448.158 Parceiros e outros depósitos 718.482 -
Contas a receber 4.761.899 2.915.034 Empréstimos e financiamentos 1.667.181 9.967
Estoques 5.927.236 3.801.763 Salários, férias e encargos sociais 359.721 354.717
Contas a receber de partes 2.329.648 370.036 Tributos a recolher 401.308 352.008
relacionadas

Tributos a recuperar 716.118 864.144 Contas a pagar a partes relacionadas 130.286 152.126

Outros ativos 160.754 136.280 Arrendamento mercantil 351.152 330.571


Total do ativo circulante 16.798.810 12.841.161 Receita diferida 43.009 43.036
Ativo Não Circulante Dividendos a pagar 39.953 123.566
Títulos e valores mobiliários - 214 Outras contas a pagar 1.203.655 701.719
Contas a receber 16.140 16.842 Total do passivo circulante 13.416.145 8.002.587
Tributos a recuperar 787.934 1.137.790 Passivo Não Circulante
Imposto de renda e contribuição 196.736 12.712 Empréstimos e financiamentos 19.581 838.862
social diferidos
Depósitos judiciais 843.852 570.142 Arrendamento mercantil 2.175.152 1.949.751
Imposto de renda e contribuição
Outros ativos 6.333 11.003 24.843 39.043
social diferidos
Provisão para riscos tributários,
Investimentos em controladas - - 1.379.935 1.037.119
cíveis e trabalhistas
Investimentos em controladas 386.725 305.091 Receita diferida 301.270 356.801
em conjunto
Direito de uso de arrendamento 2.465.514 2.273.786 Outras contas a pagar 4.990 1.973
Imobilizado 1.258.162 1.076.704 Total do passivo não circulante 3.905.771 4.223.549
Intangível 1.886.997 1.545.628
Total do ativo não circulante 7.848.393 6.949.912 TOTAL DO PASSIVO 17.321.916 12.226.136

TOTAL DO ATIVO 24.647.203 19.791.073 Patrimônio Líquido


Capital social 5.952.282 5.952.282
Reserva de capital 390.644 390.644
Ações em tesouraria -603.681 -603.681
Reserva legal 122.968 122.968
Reserva de lucros 1.451.923 1.451.923
Ajuste de avaliação patrimonial 11.151 11.151
Total do patrimônio líquido 7.325.287 7.325.287

TOTAL DO PASSIVO E PATRI- 24.647.203 19.791.073


MÔNIO LÍQUIDO
Fonte: Adaptado pelos autores, extraído das Notas Explicativas da Magazine Luiza de 2020.

196 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

Tabela 2 - Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício Consolidado


em valores expressos em milhares de Reais – R$.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2020 2019


RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 29.177.113 19.886.310

Custo das mercadorias revendidas e das prestações de serviços (21.657.151) (14.332.349)

Lucro bruto 7.519.962 5.553.961


Receitas (despesas) operacionais
Com vendas (5.162.618) (3.444.112)
Gerais e administrativas (906.799) (701.587)

Perdas por redução ao valor recuperável de créditos (118.119) (75.993)

Depreciação e amortização (702.523) (486.975)


Resultado de equivalência patrimonial 119.929 26.607
Outras receitas operacionais, líquidas 74.744 416.662
TOTAL RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (6.695.386) (4.265.398)
Lucro operacional antes do resultado financeiro 824.576 1.288.563
Receitas financeiras 183.368 674.363
Despesas financeiras (593.863) (744.776)
Resultado financeiro (410.495) (70.413)

Lucro operacional antes do imposto de renda e da contribuição social 414.081 1.218.150

Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos (22.372) (296.322)

Lucro líquido do exercício 391.709 921.828

Lucro por ação

Básico (reais por ação) 0,061 0,142


Diluído (reais por ação) 0,06 0,141
Fonte: Adaptado pelos autores, extraído das Notas Explicativas da Magazine Luiza S/A de 2020.

Foram calculados a partir desses demonstrativos, as análises horizontal e vertical, margem líqui-
da e indicadores de liquidez.
Com a finalidade de obter objetivos do estudo, serão realizadas técnicas de análises por índices
pautadas na análise fundamentalista de indicadores econômico-financeiros.
Azevedo (2013, p.64), aponta que não existe uma legislação especial para definir a utilização e as
formas de apurar os indicadores. O que existem são metodologias conhecidas, amplamente estudadas
e aprovadas pelo mercado financeiro mundial.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 197


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

6 Resultados e A n á l i s e s

A partir do item 6.1, encontram-se os resultados obtidos através das análises multicritérios
identificadas no Balanço Patrimonial (BP) e Demonstrações de Resultados (DRE), dos exercícios de
2019 e 2020 da Magazine Luiza S/A.

6.1 Análises Vertical e Horizontal do Balanço Patrimonial

Tabela 3 – Análise Vertical e Horizontal do Balanço Patrimonial


da Magazine Luiza S/A dos anos de 2019 e 2020.

ATIVO 2020 AV AH 2019 AV AH


Ativo Circulante 16.798.810 68,2 162 12.841.161 64,9 100,3
Caixa e Equivalentes de Caixa 1.681.376 6,8 180,7 305.746 1,5 (49)
Títulos e Valores Mobiliários 1.221.779 5 198,6 4.448.158 22,5 987,3
Contas a Receber 4.761.899 19,3 132,1 2.915.034 14,7 42,1
Estoques 5.927.236 24 110,9 3.801.763 19,2 35,3
Partes Relacionadas 2.329.648 9,5 1.124,90 370.036 1,9 94,6
Tributos a Recuperar 716.118 2,9 135,8 864.144 4,4 184,5
Outros Ativos 160.754 0,7 231,4 136.280 0,7 181
Ativo Não Circulante 7.848.393 31,8 229,2 6.949.912 35,1 191,5
Títulos e Valores Mobiliários - - - 214 0 -
Contas a Receber 16.140 0,1 113,2 16.842 0,1 122,5
Tributos a Recuperar 787.934 3,2 423,1 1.137.790 5,7 655,4
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 196.736 0,8 8,7 12.712 0,1 (93)
Depósitos Judiciais 843.852 3,4 141,6 570.142 2,9 63,3
Outros Ativos 6.333 0 (81,5) 11.003 0,1 (67,8)
Investimentos em Controladas 386.725 1,6 25,4 305.091 1,5 (1,1)
Direito de uso 2.465.514 10 - 2.273.786 11,5 -
Imobilizado 1.258.162 5,1 66,8 1.076.704 5,4 42,8
Intangível 1.886.997 7,7 215,1 1.545.628 7,8 158,1
TOTAL DO ATIVO 24.647.203 100 229,2 19.791.073 100 191,5
PASSIVO 2020 AV AH 2019 AV AH
Passivo Circulante 13.416.145 54,4 149 8.002.587 40,4 48,5
Fornecedores 8.501.398 34,5 107,1 5.934.877 30 44,6
Parceiros e Outros Depósitos 718.482 2,9 - - - -
Empréstimos e Financiamentos 1.667.181 6,8 1.175,20 9.967 0,1 (92,4)
Salários, Férias e Encargos Sociais 359.721 1,5 38,9 354.717 1,8 37
Tributos a Recolher 401.308 1,6 184,7 352.008 1,8 149,7

198 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

ATIVO 2020 AV AH 2019 AV AH


Partes Relacionadas 130.286 0,5 3,9 152.126 0,8 21,3
Arrendamento Mercantil 351.152 1,4 - 330.571 1,7 -
Tributos Parcelados - - - - -
Receita Diferida 43.009 0,2 9,8 43.036 0,2 9,9
Dividendos a Pagar 39.953 0,2 -78 123.566 0,6 (32,1)
Outras Contas a Pagar 1.203.655 4,9 196,4 701.719 3,5 72,8
Passivo Não Circulante 3.905.771 15,8 253,4 4.223.549 21,3 282,1
Empréstimos e Financiamentos 19.581 0,1 -94 838.862 4,2 157,9
Arrendamento Mercantil 2.175.152 8,8 - 1.949.751 9,9 -
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 24.843 0,1 - 39.043 0,2 -
Provisão para Riscos Tributários, Cíveis e Traba-
1.379.935 5,6 256,2 1.037.119 5,2 167,7
lhistas
Receita Diferida 301.270 1,2 -22,9 356.801 1,8 (8,7)
Outras Contas a Pagar 4.990 0 191,5 1.973 0 15,2
TOTAL DO PASSIVO 17.321.916 70,3 166,7 12.226.136 61,8 88,3
Fonte: Adaptado pelos autores, extraído das Notas Explicativas da Magazine Luiza S/A de 2020.

Através da análise vertical do Balanço Patrimonial da Magazine Luiza S/A nos anos
de 2019 e 2020, realizada separadamente, foi possível analisar que no ano de 2019, o ativo
circulante representa 64,9% do Ativo Total do Balanço Patrimonial. E isso é um bom sinal,
pois, mais da metade do ativo da empresa é circulante, ou seja, uma liquidez considerável. Tal
representatividade do ativo circulante sobre o ativo total da empresa, se dá principalmente por
outras três contas que influenciaram de forma direta para esse cenário: Os títulos e valores
mobiliários com 22,5% do ativo, Contas a Receber com 14,7% e Estoques com 19,2%.
Analisando o ativo não circulante, representa-se tal com 35,1% do ativo total. Dentre
as contas que mais influenciaram para essa porcentagem, destacam-se: Direito de uso com
11,5%, Intangível com 7,8% e Imobilizado com 5,4%.
No ano de 2020, nota-se que o ativo circulante representa 68,2% do Ativo Total do
Balanço Patrimonial, em razão da representatividade das contas: Partes Relacionadas com
9,5%, Contas a Receber com 19,3% e Estoque com 24%.
Analisando o ativo não circulante, tem-se 31,8% do ativo total, com uma influência
significativa das contas: Direito de Uso com 10%, Imobilizado 5,1% e Intangível 7,7%,
para tal representatividade.
Após análise vertical única, realizada sobre os anos 2019 e 2020, nota-se que hou-
ve um aumento de 3,3% na representatividade do ativo circulante sobre o ativo total da
empresa, de um ano para o outro. Grande razão deste aumento está ligada diretamente as
contas de Caixa e Equivalentes de Caixa, que cresceu 5,3%, seguido do Estoque com 4,8%,
Contas a Receber com 4,6% e Partes Relacionadas com 7,6%. Apesar da conta Títulos
e Valores Mobiliários apresentar uma queda significante de 17,5%, não impactou para o
crescimento do ativo circulante.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 199


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

Já o ativo não circulante, registra uma queda de 3,3%. Consequência do Tributos a Recuperar e
Direito de Uso, que registraram quedas de 2,5% e 1,5% respectivamente.
Do ano de 2019 para 2020, observa-se através da Análise Vertical do Balanço Patrimonial que
houve um aumento da representatividade do ativo circulante e uma queda do ativo não circulante, e
nota-se que a entidade se manteve com bons números analisados sob esta ótica.
Por fim, analisa-se os valores obtidos pela Análise Horizontal do Balanço Patrimonial e observa-se o
ativo circulante registrou uma queda de 32,1% e o ativo não circulante uma queda significativa de 159,7%
referente ao ano anterior. Valores estes, que se devem principalmente as Títulos e Valores Mobiliários e
Tributos Recuperar que sofreram grandes quedas.
De um modo geral, a empresa Magazine Luiza S/A, teve um aumento consideravelmente bom em
seu ativo de 2019 para 2020.

6.2 Análises Vertical e Horizontal da DRE

Tabela 4 – Análise Vertical e Horizontal da DRE da Magazine Luiza S/A dos anos de 2019 e 2020.

ITEM/PERÍODO 2020 AV AH 2019 AV AH


Receita Bruta 36.116,00 100 191,1 24.377,10 100 129
Impostos e Cancelamentos (6.938,90) (19,2) 209,9 (4.490,80) (18,4) 135,8
Receita Líquida 29.177,10 80,8 187,1 19.886,30 81,6 127,6
Custo Total (21.657,20) (60) 195,9 (14.332,30) (58,8) 129,7
Lucro Bruto 7.520,00 20,8 165,732 5.554,00 22,8 122,4
Despesas com Vendas (5.162,60) (14,3) 187,9 (3.444,10) (14,1) 125,4

Despesas Gerais e Administrativas (906,8) (2,5) 152,111 (701,6) (2,9) 117,7

Perda em Liquidação Duvidosa (118,1) (0,3) 197,7 (76) (0,3) 127,2

Outras Receitas Operacionais, líquidas 74,7 0,2 140 416,7 1,7 780,4

Equivalência Patrimonial 119,9 0,3 207,6 26,6 0,1 46,1

Total de Despesas Operacionais (5.992,90) (16,6) 182 (3.778,40) (15,5) 114,8

EBITDA 1.527,10 4,2 122,6 1.775,50 7,3 142,6


Depreciação e Amortização (702,5) (1,9) 429,2 (487) (2) 297,5
EBIT 824,6 2,3 76,2 1.288,60 5,3 119,1
Resultado Financeiro (410,5) (1,1) 139,3 (70,4) (0,3) 23,9
Lucro (Prejuízo) Operacional 414,1 1,1 52,6 1.218,20 5 154,8
IR / CS (22,4) (0,1) 11,8 (296,3) (1,2) 156,4
Lucro Líquido 391,7 1,1 65,6 921,8 3,8 154,3
Margem Bruta 0,3 0 88,6 0,3 0 96
Margem EBITDA - - - - - -

200 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

ÍTEM/PERÍODO 2020 AV AH 2019 AV AH


Margem Líquida (0,2) 0 100,4 (0,2) 0 98,3

Reconciliação do EBITDA pelas despesas


- -
não recorrentes

EBITDA 1.527,10 4,2 122,6 1.775,50 7,3 142,6


Resultado Não Recorrente (21,1) (0,1) 176,9 (115,8) (0,5) 972,4
EBITDA Ajustado 1.506,00 4,2 122,1 1.659,70 6,8 134,6
Lucro Líquido 391,7 1,1 65,6 921,8 3,8 154,3
Resultado Não Recorrente (13,9) 0 176,8 (417,7) (1,7) 5.312,80
Lucro Líquido Ajustado 377,8 1 64,1 504,2 2,1 85,5
Fonte: Adaptado pelos autores, extraído das Notas Explicativas da Magazine Luiza S/A de 2020.

Através da análise vertical da DRE, é visto que o Lucro Bruto no ano de 2019 possuía uma re-
presentatividade de 22,8%, o qual passou para 20,8% no ano de 2020, ou seja, uma queda de 2,0%.
Considerando outras contas importantes como as despesas operacionais, a representatividade aumentou
em 1,1%, onde em 2019 representava 15,5% da receita total e no ano seguinte passa a representar 16,6%
da receita total. Analisando o lucro da empresa, verifica-se que em 2019 o lucro líquido era de 3,8% e em
2020 registrou 1,1%, ou seja, uma queda de 2,7%. Uma vez que, em 2020, o Brasil e o mundo se encon-
travam em meio a uma pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), que deixou muitos trabalhadores
desempregados, se justifica essa queda nos números.
Com a análise horizontal da DRE, nota-se um crescimento nas principais contas da empresa, recei-
tas e despesas. A receita líquida alcançou um crescimento considerável de 59,5% de 2019 para 2020. O
EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) da empresa sofreu decrés-
cimo de 142,6% para 122,6% devido ao aumento das despesas operacionais.

6.3 Margem Líquida


Para identificar a situação financeira de uma empresa, não há necessidade de inúmeras análises,
índices ou gráficos, é necessário que avaliar os indicadores mais importantes e que validam a real situa-
ção financeira da organização.

2019= Lucro Líquido = 921.828 = 0,046354904 * 100 = 4,64%


Vendas Líquidas 19.886.310

2020 = Lucro Líquido = 391.709 = 0,013425214 * 100 = 1,34%


Vendas Líquidas 29.177.113

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 201


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

A queda na margem líquida se deve, as despesas que aumentaram consideravelmen-


te, fazendo com o que o lucro líquido tivesse também uma queda.

6.4 Indicadores de Liquidez


Os itens a seguir apontam os principais indicadores de liquidez, que para Silva e
Cavalcanti (2004, p.140), os índices convencionais de liquidez expressarão valores situa-
dos à margem da realidade. Dessa maneira, se estabelece que os índices de liquidez afetam
diretamente na mensuração da rentabilidade.
Já Júnior e Begalli (2015, p.321), consideram que os indicadores de liquidez devem
ser interpretados intrinsicamente tendo esses índices como referência o número 1, pois se
o indicador for maior que 1, significa que a empresa tem mais direitos que obrigações, in-
dicando boa liquidez e vice-versa.
Com base no que vimos, constata-se abaixo, o gráfico que retrata os principais
indicadores de liquidez da empresa Magazine Luiza S/A.

Gráfico 1 – Principais Indicadores de Liquidez


utilizados no Estudo de Caso da Magazine Luiza S/A.
Fonte: Adaptado pelos autores, extraído das Notas Explicativas da Magazine Luiza S/A de 2020.

6.4.1 Liquidez Imediata


Os índices de liquidez imediata encontrados nos exercícios de 2019 e 2020 da
Magazine Luiza S/A, foram respectivamente de:

202 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

2019 = Caixa + Aplicações Financeiras = 305.746 =


R$ 0,04
Passivo Circulante 8.002.587

2020= Caixa + Aplicações Financeiras = 1.681.376 =


R$ 0,13
Passivo Circulante 13.416.145

Os índices de liquidez imediata apresentam valores baixos em ambos os períodos ana-


lisados, demonstrando que a empresa possui um grau de endividamento maior que o que se
encontra disponível em caixa com possíveis vendas a prazo. Porém, destaca-se um aumento
de R$ 0,09 de um ano para o outro, o que já pode se considerar como um ponto positivo.
Houve um salto na conta Caixa e equivalentes de caixa, do ano de 2019 para o ano
de 2020, conforme dados identificados no Balanço Patrimonial, fato este que demonstra a
capacidade que a empresa tem de honrar com compromissos em curto prazo.
Este aumento do indicador de liquidez imediata, mesmo que baixo, é positivo para
a empresa, pois cresceu mesmo que entre uma crise econômica e a pandemia do novo
Coronavírus (COVID-19).

6.4.2 Liquidez Corrente


Os índices de liquidez corrente encontrados nos exercícios de 2019 e 2020 da
Magazine Luiza S/A, foram respectivamente de:

2019 = Ativo Circulante = 12.841.161 =


R$ 1,60
Passivo Circulante 8.002.587

16.798.810 =
2020= Ativo Circulante = R$ 1,25
Passivo Circulante 13.416.145

De acordo com o avaliado sob a liquidez corrente, a empresa teve uma redução de
R$ 1,28 do ano de 2019 para 2020.
Mesmo com esta queda, a empresa demonstra uma boa capacidade para quitar suas
dívidas em curto prazo com o próprio ativo gerado, pois manteve-se maior que R$ 1 em
ambos os anos.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 203


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

6.4.3 Liquidez Seca


Os índices de liquidez seca encontrados nos exercícios de 2019 e 2020 da Magazine
Luiza S/A, foram respectivamente de:

2019= Ativo Circulante - Estoques = 12.841.161 - 3.801.763 =


R$ 1,13
Passivo Circulante 8.002.587

2020= Ativo Circulante - Estoques = 16.798.810 - 5.927.236 =


R$ 0,81
Passivo Circulante 13.416.145

A análise realizada sob os índices de indicadores de liquidez seca, identifica uma


queda de R$ 0,32 de 2019 para 2020. O ideal seria que no período de 2020, fechasse com
pelo menos R$ 0,90.
Mesmo que nessa conta não se contabilizem os estoques, a empresa demonstra capa-
cidade para pagar as dívidas do passivo circulante.

6.4.4 Liquidez Geral


Os índices de liquidez geral encontrados nos exercícios de 2019 e 2020 da Magazine
Luiza S/A, foram respectivamente de:

2019= Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
=
12841161 + 214 +16.842 + 1.137.790 + 570.142 =
R$ 1,19
8.002.587 + 4.223.549

2020= Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo


Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
=
16.798.810 + 16.140 + 787.934 + 196.736 + 843.852 =
R$ 1,08
13416145 + 3.905.771

Com base na análise de liquidez geral, foi identificado que a empresa teve uma redu-
ção de R$ 1,19 para R$ 1,08 em 2020.
Mesmo com essa queda, fica evidenciado que a empresa possui capacidade para hon-
rar com todas as dívidas do período, considerando que teve um índice maior que R$ 1,00.
204 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

7. Considerações Finais
Conforme o tema abordado neste artigo, após uma análise contábil/financeira, é pos-
sível identificar a situação econômica da empresa para importante tomada de decisões. Este
estudo de caso, analisou a empresa Magazine Luiza SA nos anos de 2019 e 2020.
Foi possível verificar através de uma análise detalhada sobre o tema abordado e os
dados relevantes expostos, que as análises e demonstrações contábeis são de fundamental
importância para o crescimento de uma empresa, pelo fato de serem as responsáveis por
mostrar a real situação econômica e patrimonial. Esses fatores que aperfeiçoam de maneira
estratégica as ações de uma empresa e também a asseguram para operações de financeiras,
além de deixá-la capaz para melhorar o desempenho empresarial e detectar falhas.
Os indicadores de Liquidez apontados possuem a finalidade de mensurar a capacida-
de em que a empresa tem de liquidar suas dívidas à curto e longo prazo, o que é extrema-
mente importante para adesão de empréstimos e financiamentos.
Os indicadores apontam que a empresa se manteve estável e em crescimento diante
de uma pandemia mundial que muito influenciou nas atividades econômicas durante o ano
de 2020, conservando-se uma política de pagamentos favoráveis e não obteve prejuízos no
ano de 2020. Contudo, alguns indicadores devem estar sempre em monitoramento mais
severo, para manter bons resultados.
Por fim, vale ressaltar que essa pesquisa foi pautada principalmente sob as
Demonstrações Contábeis Consolidadas da empresa, a fim de dar credibilidade e segurança
às informações mensuradas. Para futuras pesquisas, recomenda-se uma pesquisa sob as
empresas de mesma segmentação de mercado, para que seja possível detectar mais es-
tilos estratégicos e principalmente gerenciais, que agreguem maior valor de mercado a
Magazine Luiza S/A.

Referências
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro.
12. Ed. São Paulo: Atlas, 2020.
AZEVEDO, M. C. Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras. PLT 723. Ed.
Esp. Campinas - SP: Alínea, 2013.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. São
Paulo: Atlas, 2003.
BRUNI, Adriano Leal. A Análise Contábil e Financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
BM&FBOVESPA. Magazine Luiza S.A. Disponível em <http://bvmf.bmfbovespa.com.
br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=22470&i-
dioma=pt-br> Acesso em 21 de Abril de 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Apresentação das Demonstrações
Contábeis. Disponível em < http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57> Acesso em 03 de Junho de 2021.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 205


ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
JUNIOR PEREZ, J. H; BEGALLI, G. A. Elaboração e análise das demonstrações finan-
ceiras. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
LEMOS, Arthur Dantas. Entenda o que é uma análise vertical de resultados e como re-
alizá-la. 2018. Disponível em < https://empreenderdinheiro.com.br/blog/analise-vertical/>
Acesso em 19 de maio de 2021.
LINS, Luiz dos Santos; FILHO, José Francisco. Fundamentos e Análises das
Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2012.
MACEDO, Neuza Dias de. Iniciação à pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 1994.
MAGAZINE LUIZA. Demonstrações Contábeis 31 de dezembro de
2017 e 2016. Disponível em < https://ri.magazineluiza.com.br/Download/
ITR?=mmuYbMSSKX0KfAqNYBjp0A==> Acesso em 20 de Abril de 2021.
MAGAZINE LUIZA. Disponível em < https://www.magazineluiza.com.br/> Acesso em
21 de Abril de 2021.
MÁLAGA, Flávio K. Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance
Empresarial. 3. ed. São Paulo: Saint Paul, 2017.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade empresa-
rial. São Paulo: Atlas, 2006.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2019.
MARQUES, Wagner Luiz. Contabilidade Gerencial à Necessidade das Empresas!
Paraná: Livro Digital, 2002.
OLIVEIRA, Luciano Oliveira de. Consultoria Empresarial. Porto Alegre: Sagah, 2017.
PADOVESE, C.L.; BENEDITO, G. C. de. Análise das Demonstrações Financeiras. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
REIS, A. Demonstrações Contábeis, estrutura e análise. São Paulo: Saraiva, 2003
REIS, Tiago. Índices de Liquidez: saiba quais são e como calculá-los. 2021. Disponível
em < https://www.suno.com.br/artigos/indices-liquidez/> Acesso em 03 de junho de 2021.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análises de balanços. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
RIBEIRO, Osni Moura. Noções de Análise De Demonstrações Contábeis. Vol. 3 São
Paulo: Érica, 2020.
SILVA, Alexandre Alcântara. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações
contábeis. 5. ded. São Paulo: Atlas, 2019.
SILVA, A. M. L., Cavalcanti, G. A. A lucratividade inerente e implícita no estoque na
análise de liquidez estática. Revista de Administração Contemporânea - RAC, v 8, p.
139-160, out/dez. 2008.
206 ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia

SOUZA, Acilon Batista de. Curso de administração financeira e orçamento: princípios


e aplicações. São Paulo: Atlas, 2014.
SOUZA, Ailton Fernando. Análise das demonstrações Contábeis na Prática. São Paulo:
Trevisan, 2015.
VALOR RI. Setor Comércio Varejista Magazine Luiza. Disponível em https://valor.globo.
com/valor-ri/empresa/magazine-luiza/. Acesso em 20 de Abril de 2021.

ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia, v. 11, n. 2, p. 191-207, 2022 207

Você também pode gostar