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Discente: Rayandrea Mercedes Costa da Silva – 2020025790

Thaise Veloso de Almeida – 2020017500


Data: 21/11/2022
ESTUDO DE CASO RIACHUELO

Introdução
Iremos apresentar os principais aspectos relacionados à análise das demonstrações contábeis
da Empresa RIACHUELO S/A que faz parte do grupo Guararapes S/A, relativas ao exercício
findo nos anos de 2021, 2020 e 2019.
Foi realizada uma breve leitura das demonstrações dos períodos de 2021, 2020 e 2019 na
qual conseguimos identificar que, quanto aos seus demonstrativos financeiros a empresa é
completa, contendo quase todas as demonstrações e relatório da administração, relatório do
auditor, notas explicativas e entre outros, assim como resultados dos respectivos dados. Com
as informações do balanço patrimonial e a DRE da empresa, podemos extrair os demais
indicadores importantíssimos para análise, como o de liquidez, endividamento, rentabilidade e
a evolução dos mesmos.
A análise dos demonstrativos financeiros é um dos estudos mais importantes no ramo de
Finanças Corporativas e desperta um enorme interesse tanto para os administradores internos
da empresa quanto para os diversos segmentos de analistas externos (Assaf Neto, 2014). O
principal objetivo deste estudo é enriquecer o conhecimento quanto acadêmico, entendendo o
quanto a análise das demonstrações financeiras são imprescindíveis para tomada de decisão
quanto gestor, mediante a análise é possível saber como se encontra a saúde da empresa. “Você
precisa entender de contabilidade e deve compreender as nuances dessa ciência. Esse é o idioma
dos negócios, um idioma imperfeito, porém, a menos que esteja disposto a fazer o esforço de
aprender contabilidade - como ler e analisar demonstrações financeiras -, não deveria escolher
ações por conta própria” (Warren Buffett).
A Riachuelo, empresa do ramo varejista, foi adquirida em abril de 1979 com o objetivo
de promover a integração entre o varejo e a produção. A Riachuelo é a única das grandes redes
de varejo de moda que pesquisa, cria e produz a maior parte dos seus produtos. A integração
com a Guararapes Confecções permite reagir à demanda de forma mais eficiente. Atualmente,
100% da produção da fábrica da Guararapes é destinada às lojas da Riachuelo. Ela se encontra
em mais de 373 endereços físicos espalhados por todo país.
1. Balanço Patrimonial
A seguir, apresenta-se o Balanço Patrimonial dos exercícios findos nos anos de 2021,
2020 e 2019.

Quadro 1 – Balanço Patrimonial referente aos períodos de 2019 a 2021.

Fonte: Análise e demonstrações financeiras anual da Riachuelo referente aos períodos de 2019 a 2021.
2. Demonstração do Resultado do Exercício
A seguir, apresenta-se as Demonstrações do Resultado dos exercícios findos nos anos
de 2021, 2020 e 2019.

Quadro 2- Demonstração do Resultado do Exercício referente aos períodos de 2019 a 2021.

Fonte: Análise e demonstrações financeiras anual da Riachuelo referente aos períodos de 2019 a 2021.

3. Indicadores de Atividade
Iudícibus define índices de atividades como “quocientes que representam a velocidade
com que elementos patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo”
(IUDÍCIBUS, 2007, p.97). Esses indicadores de atividades, que também são conhecidos como
indicadores de gestão de capital de giro, contribuem com o monitoramento da situação
financeira da empresa e trazem quantos dias a empresa leva, em média, para receber as suas
vendas, para pagar as suas compras e renovar o seu estoque.
3.1 Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
A Riachuelo levou 131 dias no ano de 2019 para renovar seu estoque, com a COVID-
19, houve uma paralisação das fábricas da Companhia, gerando um custo de ociosidade. Já em
2020, o prazo foi de 122 dias, ocorreu uma variação comparado a 2019, mesmo durante a
pandemia ainda manteve aproximado o total de dias, mas em 2021 os dias aumentaram para
137, ou seja, superou o total de dias nos de 2019 e 2020.
Durante o cenário decorrente da pandemia, as empresas também foram afetadas,
observando-se as variações dos dias durante os três períodos, e devido a Riachuelo ser uma das
grandes varejistas, afetou a renovação de seu estoque, causando prejuízos.
3.2 Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC)
De acordo com o prazo médio que a empresa levou para realizar o pagamento de suas
compras em 2019 foi de 76 dias. Já em 2020, houve uma variação para 120 dias, comparando
com 2019, essa elevação nos dias é aceitável, pois, quanto mais dias ou tempo a empresa tem
para honrar com suas obrigações melhor. Em 2021, o período foi de 106 dias, observa-se que
nos anos de 2020 e 2021, os prazos permaneceram aproximados, comparado a 2019 houve uma
diferença enorme.
3.3 Avaliação do Ciclo Operacional
Em 2019, o ciclo operacional da Riachuelo foi de 370 dias, já no ano de 2020, esses dias
aumentaram para 460, e no ano de 2021, o total de dias foi para 303. Comparando esses
períodos, distingue-se que o ano de 2020, foi o que mais se prolongou para concluir seu ciclo
de compras, vendas e recebimento.
Observa-se que nesses dias há uma diferença exorbitante comparado aos dias do prazo
médio de pagamento de compras, por exemplo, em 2020 o prazo para pagamentos de compras
foi de 120 dias, e o ciclo operacional em 2020 foram 460 dias, ou seja, uma diferença de 340
dias no ciclo financeiro (diferença entre o tempo que ficou parado no estoque, mais o tempo
que leva para receber, comparado com o tempo em que se paga as contas), isso significa que a
empresa terá que buscar capital de terceiros para financiar 340 dias de vendas.
4. Indicadores de Liquidez

Esse bloco de indicadores é importante para acompanhar a saúde da empresa,


verificando como está o crédito da empresa, sua capacidade monetária para cumprir com as
obrigações compreendidas no passivo circulante.

4.1 Liquidez Corrente

Observando o cenário da Riachuelo, relacionado à sua capacidade de honrar com seus


pagamentos. No ano de 2019, o índice de liquidez corrente foi de 1,71, prosseguindo para o ano
de 2021 permanece o mesmo valor de 1,71, porém em 2021 o valor teve uma variação de 1,45.
Certifica-se que a empresa possui liquidez para pagar suas obrigações no curto prazo
nos três períodos, ainda que em 2021 comparado aos anos de 2019 e 2020, tenha ocorrido uma
diferença, a empresa ainda consegue arcar com suas dívidas de forma otimista.
4.1 Liquidez Seca
Sabe-se que a liquidez seca é mais rigorosa, por excluir o estoque. Analisando esse
cenário, observamos que na liquidez corrente a Riachuelo apresenta resultados positivos, mas
quando se exclui seu estoque, em 2019 sua liquidez seca foi de 1,47, no ano de 2020 aumentou
para 1,51 e prosseguindo para o ano de 2021 a variação foi para 1,24, ou seja, a situação ainda
é favorável.
A empresa apresenta resultados positivos nos três períodos, havendo a capacidade de
arcar com suas obrigações no curto prazo, tanto na liquidez corrente, como na liquidez seca,
mesmo que tenha ocorrido uma diferença, por exemplo, a liquidez corrente de 2021 foi de 1,71
para 1,24 do mesmo ano (2021), ainda se encontra favorável, mesmo que tenha diminuído.
5. Indicadores da Estrutura de Capital

Esse bloco de indicador é importante, pois, permite a identificação do grau de risco de


uma empresa, revela o nível de endividamento relativo ao capital próprio e de terceiros, revela
quando a empresa é dependente de fontes internas e externas de recursos.

5.1 Participação de Capitais de Terceiros (Grau Endividamento)


Em relação ao grau de endividamento no ano de 2019, obteve-se uma percentagem de
58%, no ano de 2020 houve um aumento de 64% e em 2021 permaneceu o mesmo valor de
64%. Observa-se que a empresa tem uma grande dependência de capital de terceiros, e esse
valor aumenta, ocorrendo um agravamento no decorrer dos anos de 2020 e 2021.
Como foi analisado no ciclo operacional, a empresa possui uma alta diferença de dias
no ciclo financeiro, que há chance de a empresa buscar capital de terceiros para financiar sua
dívida. Relacionando com o grau de endividamento, justifica-se o alto valor nas porcentagens
de capital de terceiros com os dias do ciclo financeiro.
5.2 Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido
Quando se analisa a empresa no indicador de endividamento com terceiros sobre o
capital próprio, a empresa não depende fortemente dos recursos de terceiros, pois durante os
três períodos não ultrapassaram um real do capital de terceiros. Em 2019 esse grau de
imobilização era de 0,62, já no ano de 2020 aumentou para 0,64 e em 2021 permaneceu o
mesmo valor de 2020, ou seja, 0,64.
O ativo não circulante é totalmente financiado com os próprios recursos da empresa, e
ainda sobra recursos para investimentos no ativo circulante.
6. Indicadores de Rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade são importantes, pois, ajudam a verificar se a empresa


está dando retorno financeiro ou não. Ter esse controle é fundamental para o sucesso da
organização, ajudando a seguir no caminho certo ou a descobrir que é necessário mudar as
estratégias adotadas para melhorar seu desempenho.

6.1 Margem Líquida

De acordo com a margem líquida, comparando os três períodos, a melhor


porcentagem do que sobrou de lucro líquido foi de 5,60% no ano de 2019, já em 2020,
houve uma variação negativa de -3%, ou seja, não houve nenhum retorno de lucro em
relação às vendas, e prosseguindo para o ano de 2021, aumentou para 3,40%.

A empresa obteve uma porcentagem favorável em 2019, mas negativa em 2020,


porém em 2021 conseguiu se erguer, ainda que não ultrapassando o ano de 2019, saiu
do negativo. Isso se deve ao lucro líquido de 2020, de - 185,750, acarretando em
prejuízo.

6.2 Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE)

Em relação ao retorno sobre o capital próprio, a melhor porcentagem foi em


2019 em que o grau de patrimônio líquido da empresa foi de 8%, porém, em 2020, houve
uma variação negativa de - 4%, ou seja, não houve retorno sobre o capital próprio, mas
logo em 2021 ocorreu uma variação positiva de 5%, saindo do negativo em relação ao
ano anterior de 2020.

Apesar da empresa sofrer uma variação negativa em 2020, assim como na


margem bruta, no ano de 2022 também conseguiu se erguer, o lucro líquido nas
demonstrações também foi negativo, e em relação ao patrimônio líquido em 2020, foi
menor que os anos de 2019 e 2021.
Conclusão

Conclui-se que a análise financeira da Riachuelo passou por nove indicadores, sendo o
primeiro, indicadores de atividade, em que na rotação de estoque houve uma ociosidade em
2019, causando prejuízo, mas que nos anos seguintes de 2020 e 2021 ocorreu uma variação
positiva. Em relação ao prazo médio de pagamento e ciclo operacional obteve-se uma diferença
exorbitante, levando a empresa a buscar capital de terceiros.
Nos indicadores de liquidez a empresa consegue arcar com suas dívidas de maneira
otimista. Já na estrutura de capital de terceiros há chance de a empresa buscar capital de
terceiros para financiar sua dívida, mas em relação ao capital próprio a empresa não depende
fortemente dos recursos de terceiros. E
E por fim, no grau de rentabilidade possui retorno, ou seja, a cada venda existe uma
porcentagem favorável de lucro, porém, somente o ano de 2020 ficou negativo.
Anexos
Anexar os Balanços Patrimoniais originais de jornal, Internet, publicações ou outras
fontes.

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