Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Controladoria-Geral da União
23 de agosto de 2018
Presidência da República
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União
Secretaria Federal de Controle Interno
Diretoria de Auditoria de Estatais
Coordenação-Geral de Auditoria de Estatais dos Setores de Logística e
Serviços – CGLOG
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 2
QUAL FOI O POR QUE A CGU REALIZOU ESSE
TRABALHO?
TRABALHO O trabalho foi elaborado com o intuito de realizar
um diagnóstico da situação econômico-financeira
REALIZADO da empresa e detectar os principais fatos que
impactaram os resultados da unidade de 2013 a
PELA CGU? 2016, podendo, inclusive, servir de subsídio para o
planejamento de futuras ações de controle na
Análise da evolução unidade.
econômico-financeira da
Companhia Docas do Estado
QUAIS AS CONCLUSÕES
da Bahia – CODEBA, com base ALCANÇADAS PELA CGU? QUAIS
nos Demonstrativos AS RECOMENDAÇÕES QUE
Contábeis publicados nos
exercícios 2013-2016, sem,
DEVERÃO SER ADOTADAS?
contudo, avaliar a As análises realizadas constataram bons
confiabilidade e a indicadores de liquidez, lucratividade e
fidedignidade dos saldos rentabilidade. Apesar disso, houve piora no
divulgados. Assim, não foi desempenho operacional da Companhia, em torno
objetivo deste trabalho de 14%, devido, sobretudo, ao grande aumento
verificado nas despesas gerais e administrativas
avaliar e/ou emitir opinião
(especialmente despesas com pessoal e serviços
acerca da existência ou não de terceiros) que foram bem superiores, em
de distorções relevantes nos termos percentuais, ao aumento observado no
saldos contábeis divulgados. lucro bruto.
Ressalte-se também que o resultado financeiro
líquido, que teve uma melhora, compensou parte
dessa elevação das despesas operacionais, fazendo
o indicador de lucratividade se manter
relativamente estável. No entanto, alerta-se para o
risco do descontrole dessas despesas e sugere-se
que os departamentos competentes as
acompanhem de forma criteriosa. Outro ponto de
atenção seria em relação a perda de
oportunidades de investimentos ou mesmo
excesso de liquidez (excesso de recursos
provenientes do AFAC), tendo em vista grandes
investimentos que estão sendo realizados e daí a
necessidade de incremento de receitas de forma a
manter a boa lucratividade, rentabilidade e
geração de caixa observado no período.
A recomendação foi no sentido de avaliar a
situação dos Demonstrativos do Fluxo de Caixa e
Mutações do Ativo Imobilizado, referentes ao
exercício de 2016, uma vez que se verificou
inconsistência entre os valores divulgados.
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 3
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .......................................................................................5
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................6
ACHADOS ............................................................................................................................8
RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................. 15
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 16
ANEXOS............................................................................................................................. 17
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 4
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 5
INTRODUÇÃO
O exame visa analisar a evolução econômico-financeira da CODEBA, entre os anos de
2013 a 2016, buscando identificar os fatores que possam estar vinculados à variação do
desempenho da Companhia, à respectiva variação da sua liquidez, bem como à sua
viabilidade econômica, abrangendo os seguintes aspectos:
• Desempenho empresarial e resultados da gestão, baseado nas estratégias
estabelecidas;
• Causas das variações no desempenho econômico-financeiro da Companhia;
• Identificação de riscos econômico-financeiros.
O escopo limitou-se a verificar a evolução dos saldos das contas apresentadas nos
demonstrativos publicados pela Companhia, sem, contudo, avaliar a confiabilidade e
fidedignidade dos saldos apresentados. Portanto, não foi objetivo desta avaliação emitir
opinião acerca da existência ou não de distorções relevantes nos saldos contábeis
divulgados.
Para subsidiar as análises, foram utilizados os demonstrativos contábeis e suas respectivas
notas explicativas, dos exercícios de 2013 a 2016, publicados no site www.codeba.com.br
a seguir elencados:
• Balanço Patrimonial – BP;
• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
• Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC;
• Demonstração das Mutações do Património Líquido – DMPL.
Para as respectivas análises, calculou-se diversos indicadores financeiros, bem como
análises horizontal e vertical dos respectivos exercícios de 2013 a 2016 e, adicionalmente,
para avaliação do impacto do período, também se realizou análise horizontal para o
período acumulado de 2013 a 2016, buscando detectar as principais variações que
impactaram os respectivos indicadores do período.
A análise dos indicadores foi dividida nos seguintes grupos:
• de liquidez e atividade;
• de endividamento e estrutura;
• de lucratividade;
• de rentabilidade;
• Análise da Demonstração do Fluxo de Caixa;
Primeiramente, foram calculados os indicadores para, posteriormente, buscar as causas
para as eventuais variações e/ou pioras dos indicadores por meio das análises horizontal
e vertical, e das explicações contidas no relatório de gestão e notas explicativas.
A partir da metodologia descrita, buscou-se responder as seguintes questões de auditoria:
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 6
• Quais foram as principais variações econômico-financeiras e os eventuais riscos
associados que geraram significativas alterações no Demonstrativos Contábeis no
período de 2013 a 2016?
• A empresa, no período de 2013 a 2016, apresentou:
a) Evolução ou retração em sua capacidade de pagar dívidas, a partir da
comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades?
b) Evolução ou retração no endividamento, em virtude das decisões tomadas
quanto a investimentos, financiamentos e distribuição de dividendos?
c) Evolução ou retração na sua rentabilidade, propiciada pelos recursos
investidos?
Por fim, foram elencados os riscos, recomendações e apresentado em anexo a
metodologia detalhada e os demonstrativos utilizados, já considerando as eventuais
reclassificações.
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 7
ACHADOS
Pelos indicadores de liquidez, verifica-se que, apesar de algumas oscilações, entre 2013
e 2016 eles apresentaram uma melhora significativa. Com exceção do índice de liquidez
geral, os demais melhoram consideravelmente, entre 73% e 87% de melhora marginal.
Dentre as principais e prováveis causas para as melhoras dos indicadores de liquidez
pode-se citar:
• Bons indicadores de lucratividade e rentabilidade, conforme veremos adiante;
• Aumento das disponibilidades em torno de 99% (em torno de R$ 84 milhões)
entre 2013 e 2016, derivado do aumento de 436% entre 2015 e 2016 do AFAC
em função de recursos recebidos em dezembro/2016 (dessa forma não houve
tempo hábil para aplicá-los, deixando o valor recebido no circulante) para
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 8
aplicação no projeto quebra-mar. Isso representou um aumento nominal de cerca
de R$ 52,53 milhões entre 2013 e 2016 no saldo do AFAC;
• O Passivo Circulante se manteve relativamente estável no período analisado
(cresceu apenas 6% em termos nominais entre 2013 e 2016).
Outro cálculo importante, relativo à liquidez é o Capital Circulante Líquido (CCL), que
é calculado pela diferença entre os ativos circulantes e passivos circulantes. Ele representa
o total de recursos de curto prazo disponíveis para financiamento das atividades da
empresa. A variação em termos percentuais de queda é a mesma do índice de liquidez
corrente, mas optamos por demonstrar o CCL devido a quantidade relevante de recursos
que estavam disponíveis, mas que ainda não foram utilizados até o final do exercício de
2016.
O mesmo vale para o cálculo do Saldo em Tesouraria (ST), que é representado pela
diferença entre os Ativos Financeiros Circulantes e Passivos Financeiros Circulantes
(àqueles não relacionados às atividades cíclicas da companhia). Um saldo em tesouraria
positivo indica que a Companhia tem dinheiro suficiente para lidar com obrigações
financeiras de curto prazo sem reduzir os recursos alocados no ciclo operacional. O saldo
em tesouraria aumentou consideravelmente e também o demonstramos devido à
relevância do valor.
Abaixo, demonstra-se o quadro com os valores do CCL e Saldo em Tesouraria (ST) em
que, na comparação de 2016 em relação a 2013, houve uma evolução aproximada, em
termos marginais, de, respectivamente, 187% e 90%.
R$
Descrição 2016 2015 2014 2013
CCL (Capital Circulante Líquido) 129.394.612 54.687.070 45.957.941 45.089.684
S.Tesouraria (ST) 76.911.539 60.558.663 47.025.650 40.492.758
A relação capital de terceiros (CT) por capital próprio (CP) expressa, percentualmente
qual a participação dos capitais de terceiros em relação ao capital dos investidores
(Patrimônio Líquido). Através desse índice pode-se avaliar a política de captação de
recursos da empresa. Para o período analisado, houve uma diminuição do indicador nos
exercícios de 2014 e 2015 derivado do aumento do Patrimônio Líquido em virtude da
lucratividade auferida e capitalização de recursos do AFAC. Já em 2016, ele voltou a
aumentar em função do aumento considerável de recursos disponibilizados do AFAC
(que enquanto não capitalizados são considerados como recursos de terceiros), cujo
Patrimônio Líquido não aumentou proporcionalmente ao aumento ocorrido no AFAC,
razão pela qual houve elevação do indicador.
A participação do capital de terceiros (CT) é um índice que demonstra qual é a estrutura
de capital da empresa, ou seja, a partir do total das fontes de recursos, qual é o percentual
de dívida (capital de terceiros) em relação ao total do passivo. Para o período entre 2013
e 2016, houve oscilações (queda em 2014 e 2015 e elevação em 2016) que de igual modo,
são explicadas pelas mesmas variações do indicador da relação capital de terceiros.
A composição do endividamento expressa, em termos percentuais, o montante do
endividamento que vence no curto prazo (Passivo Circulante) em relação ao total do
Passivo Circulante e Não Circulante. Quanto maior for essa parcela, pior a situação da
empresa em termos de liquidez de curto prazo. Para o período de 2014 e 2015, esse
indicador apresentou um aumento que pode representar uma piora em termos de risco das
dívidas de curto prazo. No entanto, devido a solidez financeira, avalia-se que essa
oscilação não representou risco. O principal motivo da oscilação foi a integralização do
AFAC nos exercícios de 2014 e 2015, o que fez diminuir as dívidas de longo prazo. Já
em 2016, esse indicador voltou a diminuir (passou de 62% para 41%) devido ao aumento
do AFAC que consideramos no Passivo Não Circulante.
A imobilização de recursos permanentes demonstra qual o montante de recursos de longo
prazo da empresa que foi investido no Ativo Fixo (Investimento, Imobilizado e
Intangível). Se esse indicador for maior que 100%, indica que a empresa está buscando
recursos de curto prazo para financiar aplicações no Ativo Fixo, o que compromete sua
liquidez. Assim, pode-se dizer que, quanto menor for esse índice, melhor a situação da
empresa em termos de liquidez. No período entre 2013 e 2015, o indicador se manteve
estável e em 2016 ele diminuiu cerca de 18% em termos percentuais devido ao AFAC
disponibilizado, mas ainda não aplicado dentro do exercício. Ademais, em que pese ter
ocorrido aplicação em Ativos, o valor se manteve praticamente inalterável devido às
depreciações e amortizações.
A imobilização do capital próprio demonstra a relação da quantidade de recursos próprios
investidos no Ativo Fixo da empresa. Como no Ativo Fixo estão as aplicações de retorno
mais lento, por princípio deveria ter como fonte de recursos aquela de menor
exigibilidade, no caso o capital dos acionistas. Quanto menor esse índice, melhor em
termos de risco de liquidez. No caso da Companhia, houve uma diminuição no indicador
em aproximadamente 15% (diminuiu de 95% para 81% entre 2013 e 2016) devido,
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 10
sobretudo, ao aumento do capital próprio (integralização e capital) e das retenções de
lucros auferidas no período, aumentando, dessa forma, o Patrimônio Líquido.
3. Indicadores de Lucratividade
A lucratividade da empresa pode ser medida em diversos aspectos. Alguns exemplos de
indicadores de lucratividade, são os calculados e apresentados abaixo:
Descrição 2016 2015 2014 2013
Margem Bruta 50% 48% 48% 49%
Margem de EBITDA 24% 21% 21% 25%
Margem Operacional 16% 14% 14% 19%
Margem Líquida 13% 11% 11% 10%
4. Indicadores de Rentabilidade
Os indicadores de rentabilidade demonstram a relação entre o resultado líquido da
empresa num determinado período e o capital investido. Para o período de 2013 a 2016,
observamos:
Descrição 2016 2015 2014 2013
Retorno s/ Ativo 3,7% 3,6% 3,3% 2,8%
Retorno s/ Capital Próprio (ROE) 5,1% 4,7% 4,6% 4,0%
Desempenho Operacional 4,3% 4,4% 4,2% 5,0%
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 12
5. Análise Demonstração do Fluxo de Caixa
A seguir, apresenta-se a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) de forma sucinta, onde
analisou-se a geração e consumo do caixa da empresa:
R$
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 2016 2015 2014 2013
ATIVIDADES OPERACIONAIS 24.595.803 16.892.152 24.894.314 6.843.332
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS -15.900.767 -16.178.735 -41.798.559 -20.640.070
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 69.657.525 7.897.087 8.617.255 12.058.105
Embora não seja nosso escopo, por afetar eventuais análises, verificou-se que no exercício
de 2016, o saldo de atividades de investimentos da DFC foi afetado integralmente em
virtude do aumento do imobilizado e foi apresentado com o valor de R$ 15.900.767
(Aumento de Imobilizado). Entretanto, observa-se no item b (mutações do ativo
imobilizado) da nota explicativa nº 10 (Imobilizado) que ele aumentou somente R$
6.625.625 (Aquisições e adiantamento para imobilizações). Dessa forma, deve-se
verificar, caso necessário, junto aos auditores externos, se há inconsistência e necessidade
de correção da DFC ou Mutações do Ativo Imobilizado. Ressalte-se que o quadro de
mutações do imobilizado “fecha” com o Balanço Patrimonial, o que dá a entender que a
inconsistência pode estar na DFC. Ademais, não houve manifestação da unidade sobre
esse assunto no documento encaminhado em reposta à Solicitação de Auditoria Final.
Abaixo, apresentamos a parte da DFC e o quadro de mutações do ativo imobilizado
apresentado na nota explicativa nº 10:
Parte de Investimentos da Demonstração de Fluxo de Caixa
R$
FLUXO DE CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE 2016 2015
INVESTIMENTOS
Aumento do imobilizado -15.900.767 -16.178.735
Fonte: Relatório de Gestão 2016 (Extraído da Demonstração de Fluxo de Caixa)
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 13
a melhora nos indicadores de liquidez relacionados a curto prazo, conforme abordado
anteriormente.
RECOMENDAÇÕES
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 15
CONCLUSÃO
As conclusões apresentadas neste Relatório dizem respeito às análises realizadas nas
variações dos saldos contábeis a cada exercício, considerando os valores publicados nos
Demonstrativos Contábeis da unidade. Os exames não objetivaram emitir opinião acerca
da confiabilidade e fidedignidade dos saldos divulgados.
Diante das análises efetuadas, conclui-se que a CODEBA apresentou bons indicadores de
liquidez, lucratividade e rentabilidade. Apesar disso, houve uma piora em seu
desempenho operacional em torno de 14% devido, sobretudo, ao grande aumento
verificado nas despesas gerais e administrativas (especialmente despesas com pessoal e
serviços de terceiros) que foram bem superiores, em termos percentuais, ao aumento
observado no lucro bruto.
Ressalte-se também que o resultado financeiro líquido, que teve uma melhora,
compensou parte dessa elevação das despesas operacionais, fazendo o indicador de
lucratividade se manter relativamente estável. No entanto, alerta-se para o risco do
descontrole dessas despesas e sugere-se que os departamentos competentes as
acompanhem de forma criteriosa.
Outro ponto de atenção seria em relação a perda de oportunidades de investimentos ou
mesmo excesso de liquidez (excesso de recursos provenientes do AFAC), tendo em vista
grandes investimentos que estão sendo realizados e daí a necessidade de incremento de
receitas de forma a manter a boa lucratividade, rentabilidade e geração de caixa observado
no período.
Conforme o Relatório de Gestão de 2016, observa-se alguns dos objetivos relacionados
ao planejamento estratégico de 2017-2021, que de forma direta ou implícita, implicam
em:
• Criar sustentabilidade no negócio;
• Obter excelência nos processos de gestão;
• Modernizar a gestão das administrações portuárias;
• Expansão, modernização e otimização da infraestrutura;
• Gestão de processos de negócio.
Os objetivos enumerados acima, são em grande parte influenciados pelo bom
desempenho da Companhia. Em que pese a Companhia ter apresentado bons indicadores
econômico-financeiros, alerta-se para a dependência em relação a recursos do AFAC e
aumento relevante das despesas gerais e administrativas, o que acarretou em uma
diminuição do seu desempenho operacional entre 2013 e 2016. Portanto, deve-se destacar
que os pontos descritos anteriormente necessitam ser observados pela Companhia, a fim
de atingir os objetivos pactuados no Planejamento Estratégico 2017-2021 e melhor
sustentabilidade financeira do negócio.
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 16
ANEXOS
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 17
Cabe ressaltar que, a auditoria independente, ressalvou em seu parecer alguns itens que
merecem destaque:
• A Companhia é uma das patrocinadoras do PORTUS – Instituto de Seguridade
Social Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC. Entretanto, a
companhia não reconhece a totalidade da dívida questionada judicialmente pela
PORTUS que monta aproximadamente R$ 82,21 milhões em 2016 e R$ 96,46
milhões em 2015 (segundo atuário independente da PORTUS) decorrente da sua
participação no déficit atuarial. A CODEBA reconhece apenas R$ 23,94 milhões
em seu Passivo Circulante.
Outro destaque, embora não seja ressalva, é em relação aos valores do Ativo Imobilizado,
que necessitam de nova avaliação no que tange aos critérios de avaliação e
reconhecimento (adequação nos percentuais utilizados, vida útil e do valor residual dos
bens).
Para fins de análise, reclassificamos os saldos de Adiantamento para Futuro Aumento de
Capital (AFAC) que foram inicialmente registrados no Passivo Circulante para o Passivo
Não Circulante, o qual a companhia já corrigiu em janeiro de 2017.
Para fins de análise e cálculo dos indicadores, também devido a essência sobre a forma,
efetuamos a reclassificação do saldo de Lucros a Capitalizar do Passivo Circulante
provenientes da Reserva de Lucros para o Patrimônio Líquido, o qual também foi
corrigido pela companhia em 2017.
Nesse sentido, cabe frisar que efetuamos as análises com base nos saldos publicados
(alguns reclassificados devido à pertinência), limitando nosso escopo, por eventuais
inconsistências existentes nos saldos dos referidos demonstrativos contábeis.
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 18
II – Demonstrativos Contábeis Utilizados para as
Análises
BALANÇO PATRIMONIAL
R$
2016 2015 2014 2013
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades
169.058.161 90.705.601 82.095.096 85.142.911
Clientes
12.094.898 15.134.516 6.980.474 7.901.703
Adiantamento a fornecedores 35.600 21.635 21.933 57.369
Empréstimos de férias
1.634.559 1.486.072 1.526.981 1.311.217
Impostos a recuperar
2.953.594 1.633.640 3.834.176 4.487.360
Estoques
2.675.131 2.591.931 2.008.036 2.963.808
Despesas antecipadas 52.405 6.260 103.472 90.821
Outras contas a receber
4.595.497 4.562.199 2.994.775 2.993.296
TOTAL DO CIRCULANTE
193.099.845 116.141.854 99.564.943 104.948.485
NÃO CIRCULANTE
Depósitos Judiciais
25.070.805 26.172.664 26.696.551 24.617.790
Investimentos 32.208 32.208 32.208 32.208
Imobilizado
266.260.488 270.011.667 261.481.946 248.045.273
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
291.363.501 296.216.539 288.210.705 272.695.271
TOTAL DO ATIVO
484.463.346 412.358.393 387.775.648 377.643.756
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
2.790.740 5.502.780 1.866.799 5.137.093
Obrigações sociais e trabalhistas
6.787.014 5.125.835 4.397.149 2.989.630
Impostos e contribuições
20.287.233 16.925.285 12.887.555 14.744.696
Contribuições à previdência complementar
23.938.900 23.575.850 24.819.571 25.587.664
Provisão para indenizações trabalhistas 204.002 308.279 702.277
4.662.576
Depósitos e cauções
2.099.883 2.826.464 1.782.310 1.849.787
Arrendamento
1.666.667 1.666.667 1.666.667 1.666.667
Juros sobre Capital Próprio
5.068.688 4.423.396 4.387.739 2.576.551
Participação Empregados 862.106 644.137
1.100.228 1.096.935
TOTAL DO CIRCULANTE
63.705.233 61.454.784 53.607.002 59.858.801
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 19
NÃO CIRCULANTE
Impostos e contribuições - - -
1.278.494
Provisão para Contingências
13.645.800 20.282.928 19.245.521 24.670.674
Arrendamento
12.916.666 14.583.333 16.249.999 17.916.667
Adiant. P futuro aumento Capital (AFAC)
64.588.837 2.300.585 5.239.175 12.058.105
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
91.151.303 37.166.846 40.734.695 55.923.940
PATRIMÔNIO LÍQUIDO -
Capital Social
277.553.624 277.553.624 269.333.152 250.877.034
Reserva Legal 843.316
3.574.043 2.537.376 1.712.204
Retenção de Lucro
33.382.331 33.645.763 22.388.595 10.140.665
Lucros a Capitalizar - - -
15.096.812
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
329.606.810 313.736.763 293.433.951 261.861.015
TOTAL DO PASSIVO
484.463.346 412.358.393 387.775.648 377.643.756
R$
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 20
Imposto de renda e contribuição social - - - -
4.099.719 3.180.332 1.448.562 1.802.250
LUCRO ANTES PARTICIPAÇÃO EMPREGADOS
17.242.128 15.444.494 13.745.183 10.848.634
Participação Empregados - 862.106 - - -
1.100.228 1.096.935 644.137
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
16.380.022 14.344.266 12.648.248 10.204.497
Aluguéis e arrendamentos
Arrendamentos áreas cobertas
3.451.825 2.855.488 2.822.660 2.956.192
Arrendamento áreas descobertas
13.336.716 11.781.395 10.887.962 11.002.701
Total
16.788.541 14.636.883 13.710.622 13.958.893
Despesas Financeiras
Despesas bancárias - 154.277 - 144.148 - 138.473 - 66.819
Juros e multas - 230.892 - 92.558 - 518.047 - 197.351
Atualizações monetárias e crédito de - 326.217 - 579.623 - 939.501 - 2.628.856
acionistas
Encargos sobre Portus - - 2.249.404 - - 4.298.706
Descontos concedidos - 149 - 1.880 - 11 - 12
Total Despesas Financeiras - 711.535 - 3.067.613 - 1.596.032 - 7.191.744
R$
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 22
276.531 - 2.739.005 - 6.406.170 - 3.766.639
Aumento (redução) de passivos
Fornecedores - 2.760.367 - 3.726.374 3.223.032 - 1.285.369
Obrigações sociais e trabalhistas - 1.611.562 - 780.305 - 1.332.977 2.474.503
Impostos e contribuições - 3.411.567 - 4.024.874 4.885.480 - 2.488.867
Contribuições a previdência complementar - 256.908 - 2.192.448 768.092 - 2.371.620
Provisão para indenizações 5.537.456 8.562.513 5.425.153 1.214.102
Depósitos e cauções 765.680 - 991.107 67.477 - 1.004.493
Créditos a terceiros por força de convênio - - 13.893 890.635
Obrigações com arrendamento - 1.666.667 - 1.666.667 - 1.666.667 - 1.666.667
Outros passivos - - 38.764 - 465.172 - 485.972
- 3.403.935 - 4.858.026 10.918.311 - 4.723.748
Aumento do imobilizado - - - -
15.900.767 16.178.735 41.798.559 20.640.070
TOTAL ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS - - - -
15.900.767 16.178.735 41.798.559 20.640.070
Créditos de acionistas
5.068.688 4.958.497 13.856.430 12.058.105
Crédito Acionista -
64.588.837 2.938.590 5.239.175 -
TOTAL ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
69.657.525 7.897.087 8.617.255 12.058.105
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 23
III – Manifestação da Unidade Examinada
Após a realização da Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a CODEBA apresentou,
através da CE Nº 010/2018/DAF, de 23 de março de 2018, a seguinte manifestação
complementar em relação ao conteúdo do Relatório:
“Senhor Coordenador-Geral
3 – Indicadores de Lucratividade
4 – Indicadores de Rentabilidade
Todos os riscos relatados são coerentes e estão devidamente mapeados pela Gestão da
empresa e pelos Conselhos de Administração e Fiscal, visando mitigar os referidos
riscos.
7 - Medidas de Curto e Longo Prazo para melhoria contínua dos resultados da Empresa
RECOMENDAÇÕES
Para a recomendação registrada solicitamos ajuste no texto para “– Avaliar, junto aos
Auditores Independentes, a situação dos Demonstrativos de Fluxo de Caixa 2016 e
Mutações do Ativo Imobilizado 2016, que apresentaram potencial inconsistência nos
valores de aumento do Ativo Imobilizado e proceder, se necessário, à correção do
registro incorreto no exercício 2017.”
Se nos for permitido propor prazo para atendimento, solicitamos que o mesmo seja
posterior a 30/06/2018.
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 25
III – Análise do Controle Interno
_______________________________________________________________
__
Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 26