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Ministério da Transparência e

Controladoria-Geral da União

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS
Companhia das Docas do Estado da Bahia – CODEBA
Exercício 2013-2016

23 de agosto de 2018
Presidência da República
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União
Secretaria Federal de Controle Interno
Diretoria de Auditoria de Estatais
Coordenação-Geral de Auditoria de Estatais dos Setores de Logística e
Serviços – CGLOG

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA GESTÃO


Órgão: Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
Unidade Examinada: Companhia Docas do Estado da Bahia – CODEBA
Município/UF: Salvador/BA
Ordem de Serviço: 201702493

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QUAL FOI O POR QUE A CGU REALIZOU ESSE
TRABALHO?
TRABALHO O trabalho foi elaborado com o intuito de realizar
um diagnóstico da situação econômico-financeira
REALIZADO da empresa e detectar os principais fatos que
impactaram os resultados da unidade de 2013 a
PELA CGU? 2016, podendo, inclusive, servir de subsídio para o
planejamento de futuras ações de controle na
Análise da evolução unidade.
econômico-financeira da
Companhia Docas do Estado
QUAIS AS CONCLUSÕES
da Bahia – CODEBA, com base ALCANÇADAS PELA CGU? QUAIS
nos Demonstrativos AS RECOMENDAÇÕES QUE
Contábeis publicados nos
exercícios 2013-2016, sem,
DEVERÃO SER ADOTADAS?
contudo, avaliar a As análises realizadas constataram bons
confiabilidade e a indicadores de liquidez, lucratividade e
fidedignidade dos saldos rentabilidade. Apesar disso, houve piora no
divulgados. Assim, não foi desempenho operacional da Companhia, em torno
objetivo deste trabalho de 14%, devido, sobretudo, ao grande aumento
verificado nas despesas gerais e administrativas
avaliar e/ou emitir opinião
(especialmente despesas com pessoal e serviços
acerca da existência ou não de terceiros) que foram bem superiores, em
de distorções relevantes nos termos percentuais, ao aumento observado no
saldos contábeis divulgados. lucro bruto.
Ressalte-se também que o resultado financeiro
líquido, que teve uma melhora, compensou parte
dessa elevação das despesas operacionais, fazendo
o indicador de lucratividade se manter
relativamente estável. No entanto, alerta-se para o
risco do descontrole dessas despesas e sugere-se
que os departamentos competentes as
acompanhem de forma criteriosa. Outro ponto de
atenção seria em relação a perda de
oportunidades de investimentos ou mesmo
excesso de liquidez (excesso de recursos
provenientes do AFAC), tendo em vista grandes
investimentos que estão sendo realizados e daí a
necessidade de incremento de receitas de forma a
manter a boa lucratividade, rentabilidade e
geração de caixa observado no período.
A recomendação foi no sentido de avaliar a
situação dos Demonstrativos do Fluxo de Caixa e
Mutações do Ativo Imobilizado, referentes ao
exercício de 2016, uma vez que se verificou
inconsistência entre os valores divulgados.

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SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .......................................................................................5

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................6

ACHADOS ............................................................................................................................8

1. INDICADORES DE LIQUIDEZ E ATIVIDADE ...................................................................8

2. INDICADORES DE ESTRUTURA E ENDIVIDAMENTO .....................................................9

3. INDICADORES DE LUCRATIVIDADE ........................................................................... 11

4. INDICADORES DE RENTABILIDADE ........................................................................... 12

5. ANÁLISE DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ...................................................... 13

6. FATORES DE RISCO QUE PODEM IMPACTAR A ATUAL SITUAÇÃO ECONÔMICO-


FINANCEIRA ............................................................................................................... 14

7. MEDIDAS DE CURTO E LONGO PRAZO PARA MELHORIA CONTÍNUA DOS RESULTADOS


DA EMPRESA .............................................................................................................. 15

RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................. 15

CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 16

ANEXOS............................................................................................................................. 17

I – DETALHAMENTO DA METODOLOGIA UTILIZADA ................................................................. 17


II – DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS UTILIZADOS PARA AS ANÁLISES ............................................. 19
III – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA ..................................................................... 24

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AFAC: Adiantamento para Futuro Aumento de Capital

BP: Balanço Patrimonial

CCL: Capital Circulante Líquido

CODEBA: Companhia Docas do Estado da Bahia

CP: Capital Próprio

CT: Capital de Terceiros

DFC: Demonstração do Fluxo de Caixa

DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DRE: Demonstração do Resultado do Exercício

EBIT: Earnings Before Interest, Taxes

EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

EFPC: Entidade Fechada de Previdência Complementar

IBGE: Instituto Brasileiro Geografia Estatística

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado

IOF: Imposto sobre Operações Financeiras

IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo

ROA: Return on Assets

ROE: Return on Equity

ST: Saldo em Tesouraria

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INTRODUÇÃO
O exame visa analisar a evolução econômico-financeira da CODEBA, entre os anos de
2013 a 2016, buscando identificar os fatores que possam estar vinculados à variação do
desempenho da Companhia, à respectiva variação da sua liquidez, bem como à sua
viabilidade econômica, abrangendo os seguintes aspectos:
• Desempenho empresarial e resultados da gestão, baseado nas estratégias
estabelecidas;
• Causas das variações no desempenho econômico-financeiro da Companhia;
• Identificação de riscos econômico-financeiros.
O escopo limitou-se a verificar a evolução dos saldos das contas apresentadas nos
demonstrativos publicados pela Companhia, sem, contudo, avaliar a confiabilidade e
fidedignidade dos saldos apresentados. Portanto, não foi objetivo desta avaliação emitir
opinião acerca da existência ou não de distorções relevantes nos saldos contábeis
divulgados.
Para subsidiar as análises, foram utilizados os demonstrativos contábeis e suas respectivas
notas explicativas, dos exercícios de 2013 a 2016, publicados no site www.codeba.com.br
a seguir elencados:
• Balanço Patrimonial – BP;
• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;
• Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC;
• Demonstração das Mutações do Património Líquido – DMPL.
Para as respectivas análises, calculou-se diversos indicadores financeiros, bem como
análises horizontal e vertical dos respectivos exercícios de 2013 a 2016 e, adicionalmente,
para avaliação do impacto do período, também se realizou análise horizontal para o
período acumulado de 2013 a 2016, buscando detectar as principais variações que
impactaram os respectivos indicadores do período.
A análise dos indicadores foi dividida nos seguintes grupos:
• de liquidez e atividade;
• de endividamento e estrutura;
• de lucratividade;
• de rentabilidade;
• Análise da Demonstração do Fluxo de Caixa;
Primeiramente, foram calculados os indicadores para, posteriormente, buscar as causas
para as eventuais variações e/ou pioras dos indicadores por meio das análises horizontal
e vertical, e das explicações contidas no relatório de gestão e notas explicativas.
A partir da metodologia descrita, buscou-se responder as seguintes questões de auditoria:

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• Quais foram as principais variações econômico-financeiras e os eventuais riscos
associados que geraram significativas alterações no Demonstrativos Contábeis no
período de 2013 a 2016?
• A empresa, no período de 2013 a 2016, apresentou:
a) Evolução ou retração em sua capacidade de pagar dívidas, a partir da
comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades?
b) Evolução ou retração no endividamento, em virtude das decisões tomadas
quanto a investimentos, financiamentos e distribuição de dividendos?
c) Evolução ou retração na sua rentabilidade, propiciada pelos recursos
investidos?
Por fim, foram elencados os riscos, recomendações e apresentado em anexo a
metodologia detalhada e os demonstrativos utilizados, já considerando as eventuais
reclassificações.

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ACHADOS

1. Indicadores de Liquidez e Atividade


Os indicadores de liquidez e atividade demonstram a capacidade de pagamento da
empresa. Bons indicadores de liquidez, no entanto, não garantem necessariamente uma
boa capacidade de pagamento, pois os indicadores são obtidos através do confronto entre
as contas de aplicações (ativos) e as contas de financiamento (passivos), procurando
mensurar a solidez da base financeira da empresa. No entanto, não se pode esquecer que,
dentre as contas de aplicações existem algumas que podem levar tempo até que se
transformem em disponibilidades. A real situação financeira da empresa, em termos de
capacidade de pagamentos, só pode ser bem analisada em conjunto com seu fluxo de
caixa.
Os indicadores de liquidez utilizados, foram os seguintes:
• Liquidez geral = (Ativo circulante + Realizável a longo prazo) / (Passivo
circulante + Exigível a longo prazo)
• Liquidez corrente = Ativo circulante / Passivo circulante
• Liquidez seca = (Ativo circulante – Estoques – Despesas antecipadas) / Passivo
circulante
• Liquidez imediata = Disponibilidade / Passivo circulante
Sem considerar a dinâmica de operações da empresa, o resultado desses indicadores
mostra o quanto a empresa mantém aplicado em relação ao que ela tem de financiamentos
a serem quitados, no mesmo prazo. Em termos de risco de liquidez, quanto maior o índice,
melhor.
Após os cálculos, elaborou-se o quadro abaixo com a evolução dos respectivos
indicadores dos exercícios de 2013 a 2016:
Descrição 2016 2015 2014 2013
Liquidez geral 1,41 1,44 1,34 1,12
Liquidez corrente 3,03 1,89 1,86 1,75
Liquidez seca 2,99 1,85 1,82 1,70
Liquidez imediata 2,65 1,48 1,53 1,42

Pelos indicadores de liquidez, verifica-se que, apesar de algumas oscilações, entre 2013
e 2016 eles apresentaram uma melhora significativa. Com exceção do índice de liquidez
geral, os demais melhoram consideravelmente, entre 73% e 87% de melhora marginal.
Dentre as principais e prováveis causas para as melhoras dos indicadores de liquidez
pode-se citar:
• Bons indicadores de lucratividade e rentabilidade, conforme veremos adiante;
• Aumento das disponibilidades em torno de 99% (em torno de R$ 84 milhões)
entre 2013 e 2016, derivado do aumento de 436% entre 2015 e 2016 do AFAC
em função de recursos recebidos em dezembro/2016 (dessa forma não houve
tempo hábil para aplicá-los, deixando o valor recebido no circulante) para

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aplicação no projeto quebra-mar. Isso representou um aumento nominal de cerca
de R$ 52,53 milhões entre 2013 e 2016 no saldo do AFAC;
• O Passivo Circulante se manteve relativamente estável no período analisado
(cresceu apenas 6% em termos nominais entre 2013 e 2016).
Outro cálculo importante, relativo à liquidez é o Capital Circulante Líquido (CCL), que
é calculado pela diferença entre os ativos circulantes e passivos circulantes. Ele representa
o total de recursos de curto prazo disponíveis para financiamento das atividades da
empresa. A variação em termos percentuais de queda é a mesma do índice de liquidez
corrente, mas optamos por demonstrar o CCL devido a quantidade relevante de recursos
que estavam disponíveis, mas que ainda não foram utilizados até o final do exercício de
2016.
O mesmo vale para o cálculo do Saldo em Tesouraria (ST), que é representado pela
diferença entre os Ativos Financeiros Circulantes e Passivos Financeiros Circulantes
(àqueles não relacionados às atividades cíclicas da companhia). Um saldo em tesouraria
positivo indica que a Companhia tem dinheiro suficiente para lidar com obrigações
financeiras de curto prazo sem reduzir os recursos alocados no ciclo operacional. O saldo
em tesouraria aumentou consideravelmente e também o demonstramos devido à
relevância do valor.
Abaixo, demonstra-se o quadro com os valores do CCL e Saldo em Tesouraria (ST) em
que, na comparação de 2016 em relação a 2013, houve uma evolução aproximada, em
termos marginais, de, respectivamente, 187% e 90%.
R$
Descrição 2016 2015 2014 2013
CCL (Capital Circulante Líquido) 129.394.612 54.687.070 45.957.941 45.089.684
S.Tesouraria (ST) 76.911.539 60.558.663 47.025.650 40.492.758

O excesso de liquidez da Companhia pode demonstrar perda de oportunidade de


investimento e, consequentemente, um custo de oportunidade maior. Isso é semelhante
ao dizer que se prefere investir em aplicações de renda fixa ao invés de aumentar a
lucratividade da companhia, ou de forma análoga, que as aplicações de renda fixa estão
mais rentáveis que a companhia. Dessa forma, devido ao excesso de liquidez, sugere-se
que a companhia avalie cuidadosamente a possibilidade de investir os recursos
disponíveis, avaliando de forma criteriosa a viabilidade de investimentos, taxa de retorno,
perspectiva de fluxo de caixa, dentre outros. Obviamente, deverá tomar cuidado em
manter bons indicadores de liquidez ou mesmo a desnecessidade do AFAC, tendo em
vista que o ativo imobilizado aumentou inferiormente ao volume disponibilizado de
AFAC e pelo fato da companhia ser lucrativa e rentável, conforme será visto adiante nos
respectivos indicadores.

2. Indicadores de Estrutura e Endividamento


Esses indicadores, em conjunto com os indicadores de liquidez e de atividade, compõem
o conjunto de indicadores que demonstram a situação financeira da empresa.
A seguir, apresenta-se a tabela com os cálculos efetuados para o período de 2013 a 2016,
o significado de cada um e as análises dos que apresentaram melhoras, pioras ou variações
relevantes em termos de comprometimento da estrutura e do endividamento.
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Descrição 2016 2015 2014 2013
Relação CT/CP 47% 31% 32% 44%
Participação total do CT 32% 24% 24% 31%
Composição do Endividamento 41% 62% 57% 52%
Imobilização de recursos permanentes 63% 77% 78% 78%
Imobilização do capital próprio 81% 86% 89% 95%

A relação capital de terceiros (CT) por capital próprio (CP) expressa, percentualmente
qual a participação dos capitais de terceiros em relação ao capital dos investidores
(Patrimônio Líquido). Através desse índice pode-se avaliar a política de captação de
recursos da empresa. Para o período analisado, houve uma diminuição do indicador nos
exercícios de 2014 e 2015 derivado do aumento do Patrimônio Líquido em virtude da
lucratividade auferida e capitalização de recursos do AFAC. Já em 2016, ele voltou a
aumentar em função do aumento considerável de recursos disponibilizados do AFAC
(que enquanto não capitalizados são considerados como recursos de terceiros), cujo
Patrimônio Líquido não aumentou proporcionalmente ao aumento ocorrido no AFAC,
razão pela qual houve elevação do indicador.
A participação do capital de terceiros (CT) é um índice que demonstra qual é a estrutura
de capital da empresa, ou seja, a partir do total das fontes de recursos, qual é o percentual
de dívida (capital de terceiros) em relação ao total do passivo. Para o período entre 2013
e 2016, houve oscilações (queda em 2014 e 2015 e elevação em 2016) que de igual modo,
são explicadas pelas mesmas variações do indicador da relação capital de terceiros.
A composição do endividamento expressa, em termos percentuais, o montante do
endividamento que vence no curto prazo (Passivo Circulante) em relação ao total do
Passivo Circulante e Não Circulante. Quanto maior for essa parcela, pior a situação da
empresa em termos de liquidez de curto prazo. Para o período de 2014 e 2015, esse
indicador apresentou um aumento que pode representar uma piora em termos de risco das
dívidas de curto prazo. No entanto, devido a solidez financeira, avalia-se que essa
oscilação não representou risco. O principal motivo da oscilação foi a integralização do
AFAC nos exercícios de 2014 e 2015, o que fez diminuir as dívidas de longo prazo. Já
em 2016, esse indicador voltou a diminuir (passou de 62% para 41%) devido ao aumento
do AFAC que consideramos no Passivo Não Circulante.
A imobilização de recursos permanentes demonstra qual o montante de recursos de longo
prazo da empresa que foi investido no Ativo Fixo (Investimento, Imobilizado e
Intangível). Se esse indicador for maior que 100%, indica que a empresa está buscando
recursos de curto prazo para financiar aplicações no Ativo Fixo, o que compromete sua
liquidez. Assim, pode-se dizer que, quanto menor for esse índice, melhor a situação da
empresa em termos de liquidez. No período entre 2013 e 2015, o indicador se manteve
estável e em 2016 ele diminuiu cerca de 18% em termos percentuais devido ao AFAC
disponibilizado, mas ainda não aplicado dentro do exercício. Ademais, em que pese ter
ocorrido aplicação em Ativos, o valor se manteve praticamente inalterável devido às
depreciações e amortizações.
A imobilização do capital próprio demonstra a relação da quantidade de recursos próprios
investidos no Ativo Fixo da empresa. Como no Ativo Fixo estão as aplicações de retorno
mais lento, por princípio deveria ter como fonte de recursos aquela de menor
exigibilidade, no caso o capital dos acionistas. Quanto menor esse índice, melhor em
termos de risco de liquidez. No caso da Companhia, houve uma diminuição no indicador
em aproximadamente 15% (diminuiu de 95% para 81% entre 2013 e 2016) devido,
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sobretudo, ao aumento do capital próprio (integralização e capital) e das retenções de
lucros auferidas no período, aumentando, dessa forma, o Patrimônio Líquido.

3. Indicadores de Lucratividade
A lucratividade da empresa pode ser medida em diversos aspectos. Alguns exemplos de
indicadores de lucratividade, são os calculados e apresentados abaixo:
Descrição 2016 2015 2014 2013
Margem Bruta 50% 48% 48% 49%
Margem de EBITDA 24% 21% 21% 25%
Margem Operacional 16% 14% 14% 19%
Margem Líquida 13% 11% 11% 10%

O resultado da margem bruta mostra a eficiência da empresa na administração dos seus


custos, na busca de uma maior margem sobres as vendas. Em geral, quanto maior for esse
índice, melhor é o gerenciamento dos custos da empresa. Ele é calculado da divisão entre
o Lucro Bruto e a Receita Líquida.
A margem de Ebitda, em linhas gerais, representa a geração operacional de caixa da
companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades
operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. Também
desconsidera os efeitos da depreciação e amortização, uma vez que estas não representam
uma saída efetiva de caixa no período.
A margem operacional (Margem de Ebit) é semelhante ao indicador de Ebitda com a
diferença de que este considera os efeitos contábeis da depreciação e amortização, uma
vez que a empresa necessita de recursos para reposição dos ativos. A margem operacional
mostra a lucratividade operacional da empresa, ou seja, qual o seu ganho naquele período,
levando em consideração apenas os aspectos operacionais. É um indicador de grande
importância para a avaliação do negócio, da atividade em si, independentemente dos
aspectos de financiamento da empresa. É calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo
operacional em função da receita líquida.
A margem líquida indica qual foi o ganho (ou perda) da empresa naquele período, em
comparação com sua receita líquida, ou seja, de cada cem unidades monetárias de receita
líquida, o quanto sobrou após as deduções de todos custos e despesas, operacionais e não
operacionais.
Considerando que os indicadores foram razoavelmente estáveis e bons durante o período
analisado, apresenta-se abaixo comentários gerais a respeito das oscilações ocorridas na
Demonstração de Resultado do Exercício:
• Margem de EBITDA foi melhor em 2013 e teve uma leve piora, em torno de 6%
para o período analisado, devido, sobretudo, à elevação (nominal) das despesas
gerais e administrativas, em torno de 83% (58% de aumento real se consideramos
o IPCA do período). O principal fator determinante do aumento ocorrido, foi o
considerável aumento nas despesas com pessoal e encargos ocorrido em 2014 e
2016 (aumento de aproximadamente 64% e 18%, respectivamente, em termos
nominais) e também nas despesas com benefícios sociais, especialmente no
exercício de 2015 (aumento de 36% em termos nominais);
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• Verifica-se que em 2013 o resultado financeiro líquido foi negativo em
aproximadamente R$ 6,17 milhões, devido, sobretudo, a atualizações monetárias
de créditos de acionistas e encargos sobre o PORTUS (Entidade Fechada de
Previdência Complementar). Nos exercícios subsequentes, houve uma melhora no
resultado financeiro líquido e diminuição no valor das contingências e
indenizações trabalhistas, o que compensou em parte o aumento ocorrido nas
despesas gerais e administrativas (que aumentou cerca de 83% em termos
nominais entre 2013 e 2016), mantendo-se, dessa forma, a lucratividade final.
Dessa forma, considerando que a despesa financeira poderá aumentar, em virtude
da grande quantia de recursos derivado de créditos de acionistas (AFAC) e
possíveis novos encargos sobre advindos do PORTUS, e também da manutenção
dos valores das despesas administrativas, a lucratividade final poderá reduzir e,
consequentemente, haver uma piora nos indicadores de lucratividade. Ressalta-se,
também, que grande parte da evolução da receita de 2016 foi ocasionada por
reajustes do IGP-M dos contratos de arrendamento, o que pode não se repetir.
Obviamente, isso dependerá de outros fatores, especialmente a evolução de
receitas e custos, mas fica o alerta dado o grande aumento ocorrido nas despesas
administrativas.

4. Indicadores de Rentabilidade
Os indicadores de rentabilidade demonstram a relação entre o resultado líquido da
empresa num determinado período e o capital investido. Para o período de 2013 a 2016,
observamos:
Descrição 2016 2015 2014 2013
Retorno s/ Ativo 3,7% 3,6% 3,3% 2,8%
Retorno s/ Capital Próprio (ROE) 5,1% 4,7% 4,6% 4,0%
Desempenho Operacional 4,3% 4,4% 4,2% 5,0%

O retorno sobre o ativo (ROA) dá uma medida da recuperação do investimento. É


calculado dividindo-se a lucratividade pelo ativo total médio entre dois exercícios.
Quanto maior o resultado, melhor, indicando que a empresa recuperará o capital investido
em menor tempo. Já o retorno sobre o capital próprio (ROE) mostra a rentabilidade do
capital próprio num determinado período.
Para os dois indicadores calculados acima, conclui-se que houve melhora entre 2013 e
2016, dado que a lucratividade aumentou proporcionalmente em relação aos aumentos
ocorridos no Ativo Total e Patrimônio Líquido.
Já para o indicador do Desempenho Operacional, não é possível afirmar o mesmo. Esse
indicador compara a evolução do resultado operacional antes dos efeitos financeiros
(EBIT) em relação ao Ativo Total. Embora tenha ocorrido evolução do Lucro Bruto
(receitas deduzidas dos custos operacionais) de 2013 a 2016 (em torno de 31%), as
despesas operacionais evoluíram mais, proporcionalmente (em torno de 44%), devido em
grande parte ao aumento ocorrido nas despesas com pessoal e encargos (aumento em
torno de 97% entre 2013 e 2016) e com serviços de terceiros (aumento em torno de 60%
entre 2013 e 2016). Com isso, houve uma piora relativa do indicador de desempenho
operacional em torno de 14% no acumulado de 2013 a 2016.

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5. Análise Demonstração do Fluxo de Caixa
A seguir, apresenta-se a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) de forma sucinta, onde
analisou-se a geração e consumo do caixa da empresa:
R$
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 2016 2015 2014 2013
ATIVIDADES OPERACIONAIS 24.595.803 16.892.152 24.894.314 6.843.332
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS -15.900.767 -16.178.735 -41.798.559 -20.640.070
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 69.657.525 7.897.087 8.617.255 12.058.105

DISPONIBILIDADES GERADAS NO EXERCÍCIO 78.352.561 8.610.504 -8.286.990 -1.738.633

Embora não seja nosso escopo, por afetar eventuais análises, verificou-se que no exercício
de 2016, o saldo de atividades de investimentos da DFC foi afetado integralmente em
virtude do aumento do imobilizado e foi apresentado com o valor de R$ 15.900.767
(Aumento de Imobilizado). Entretanto, observa-se no item b (mutações do ativo
imobilizado) da nota explicativa nº 10 (Imobilizado) que ele aumentou somente R$
6.625.625 (Aquisições e adiantamento para imobilizações). Dessa forma, deve-se
verificar, caso necessário, junto aos auditores externos, se há inconsistência e necessidade
de correção da DFC ou Mutações do Ativo Imobilizado. Ressalte-se que o quadro de
mutações do imobilizado “fecha” com o Balanço Patrimonial, o que dá a entender que a
inconsistência pode estar na DFC. Ademais, não houve manifestação da unidade sobre
esse assunto no documento encaminhado em reposta à Solicitação de Auditoria Final.
Abaixo, apresentamos a parte da DFC e o quadro de mutações do ativo imobilizado
apresentado na nota explicativa nº 10:
Parte de Investimentos da Demonstração de Fluxo de Caixa
R$
FLUXO DE CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE 2016 2015
INVESTIMENTOS
Aumento do imobilizado -15.900.767 -16.178.735
Fonte: Relatório de Gestão 2016 (Extraído da Demonstração de Fluxo de Caixa)

Mutações do Ativo Imobilizado, conforme nota explicativa nº10


R$
Mutações do Imobilizado 31.12.2016 31.12.2015
Saldo inicial (líquido) em 1º de janeiro de 2016 270.011.667 261.481.946
Aquisições e adiantamentos para imobilizações 6.625.625 16.178.735
Baixas líquidas - -
Quotas de depreciação - 10.376.804 - 7.649.014
Saldo final (líquido) em 31 de dezembro de 2016 266.260.488 270.011.667
Fonte: Relatório de Gestão 2016 (Extraído da nota explicativa nº 10, item b)

À parte eventuais inconsistências no demonstrativo, as análises foram baseadas nos saldos


publicados. Se considerarmos todo o período de 2013 a 2016, a companhia gerou cerca
de R$ 73 milhões de caixa em decorrência de suas atividades operacionais, aplicou cerca
de R$ 94,5 milhões em investimentos e captou aproximadamente R$ 98,23 milhões das
atividades de financiamento. O maior saldo de geração de caixa foi em 2016 em virtude,
principalmente, do AFAC recebido e ainda não aplicado em sua totalidade, o que explica

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a melhora nos indicadores de liquidez relacionados a curto prazo, conforme abordado
anteriormente.

6. Fatores de Risco que Podem Impactar a Atual Situação


Econômico-Financeira
Dentre os vários riscos existentes, pondera-se especial atenção aos seguintes:
1) Riscos externos:
• Riscos relacionados à atuação em setor regulado (exemplo:
negociações de controle de preço regulado);
• Variação nos preços: Tendo em vista que os preços podem ser
atrelados a regulação. Isso tem impacto direto na receita
(principalmente em relação aos contratos de arrendamentos) e da
necessidade de se manter os custos operacionais e despesas gerais e
administrativas (principalmente os fixos) sob grande controle;
• Risco de decisões desfavoráveis de passivos contingentes,
especialmente no que diz respeito à Entidade Fechada de Previdência
Complementar – PORTUS, mencionado no parecer do Conselho
Fiscal, que poderia comprometer a liquidez da empresa;
2) Riscos operacionais:
• Captação de recursos de acionistas por meio de AFAC sem a
respectiva integralização, o que pode caracterizar a sua essência como
sendo uma operação de mútuo com a incidência de IOF e,
consequentemente, mais ônus para a CODEBA;
• Pendência na avaliação dos critérios de avaliação e reconhecimento do
ativo imobilizado, o que pode prejudicar a análise de viabilidade dos
investimentos realizados, bem como a fidedignidade dos
demonstrativos e indicadores econômico-financeiros;
3) Riscos Estratégicos:
• Possível dificuldade na execução da estratégia, plano de negócios e
investimentos: dentre as dificuldades podemos destacar a evolução nas
despesas gerais e administrativas em patamares bem superiores à
evolução da lucratividade bruta;
• Estimativas incorretas ou alteração de demanda: As estimativas das
receitas futuras, bem como o adequado dimensionamento dos seus
custos e despesas operacionais, impactam diretamente no resultado
final da empresa. Dessa forma, faz-se necessária uma análise
cuidadosa dessas estimativas a fim de obter melhor rentabilidade e
lucratividade. O risco é o da ociosidade com grandes custos
operacionais ou mesmo não conseguir atender a demanda e perda de
receitas potenciais. Sendo assim, a empresa deve adotar, entre outras,
medidas de contenção de custos em caso de não concretização das
demandas originalmente previstas. Outra opção seria a possibilidade
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de reduzir custos e despesas administrativas atuando em conjunto com
as outras companhias DOCAS (por exemplo: Compra conjunta,
compartilhamento de recursos, utilização de sistema único, dentre
outros).

7. Medidas de Curto e Longo Prazo para melhoria contínua dos


resultados da Empresa

Em que pese a Solicitação de Auditoria nº 201702493/01 ter solicitado a apresentação de


medidas a serem tomadas para contínua melhoria dos resultados da unidade, o gestor
limitou-se a responder o seguinte:
“Mensalmente a companhia realiza o levantamento de determinados indicadores
abrangidos aos da análise submetida, de forma a acompanhar a evolução da estrutura
financeira/patrimonial com base nos balancetes de encerramento, e no intuito de
antecipar medidas e ações que necessitem ser tomadas para proteção dos elementos
patrimoniais gerenciados.”.
Ademais, apesar da CODEBA ter apresentado resultados satisfatórios dos indicadores,
ainda foram verificados pontos que merecem atenção da unidade, como, por exemplo, as
despesas operacionais, que evoluíram em torno de 44%, devido em grande parte ao
aumento ocorrido nas despesas com pessoal e encargos (aumento em torno de 97% entre
2013 e 2016) e com serviços de terceiros (aumento em torno de 60% entre 2013 e 2016).
Nesse sentido, deve-se buscar a contínua melhoria dos resultados atuando nessas questões
que podem vir a se tornar críticas e afetar a situação econômico-financeira da empresa.

RECOMENDAÇÕES

1 – Avaliar, junto aos Auditores Independentes, a situação dos Demonstrativos de Fluxo


de Caixa 2016 e Mutações do Ativo Imobilizado 2016, que apresentaram potencial
inconsistência nos valores de aumento do Ativo Imobilizado e proceder, se necessário,
à correção do registro incorreto no exercício 2017.

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CONCLUSÃO
As conclusões apresentadas neste Relatório dizem respeito às análises realizadas nas
variações dos saldos contábeis a cada exercício, considerando os valores publicados nos
Demonstrativos Contábeis da unidade. Os exames não objetivaram emitir opinião acerca
da confiabilidade e fidedignidade dos saldos divulgados.
Diante das análises efetuadas, conclui-se que a CODEBA apresentou bons indicadores de
liquidez, lucratividade e rentabilidade. Apesar disso, houve uma piora em seu
desempenho operacional em torno de 14% devido, sobretudo, ao grande aumento
verificado nas despesas gerais e administrativas (especialmente despesas com pessoal e
serviços de terceiros) que foram bem superiores, em termos percentuais, ao aumento
observado no lucro bruto.
Ressalte-se também que o resultado financeiro líquido, que teve uma melhora,
compensou parte dessa elevação das despesas operacionais, fazendo o indicador de
lucratividade se manter relativamente estável. No entanto, alerta-se para o risco do
descontrole dessas despesas e sugere-se que os departamentos competentes as
acompanhem de forma criteriosa.
Outro ponto de atenção seria em relação a perda de oportunidades de investimentos ou
mesmo excesso de liquidez (excesso de recursos provenientes do AFAC), tendo em vista
grandes investimentos que estão sendo realizados e daí a necessidade de incremento de
receitas de forma a manter a boa lucratividade, rentabilidade e geração de caixa observado
no período.
Conforme o Relatório de Gestão de 2016, observa-se alguns dos objetivos relacionados
ao planejamento estratégico de 2017-2021, que de forma direta ou implícita, implicam
em:
• Criar sustentabilidade no negócio;
• Obter excelência nos processos de gestão;
• Modernizar a gestão das administrações portuárias;
• Expansão, modernização e otimização da infraestrutura;
• Gestão de processos de negócio.
Os objetivos enumerados acima, são em grande parte influenciados pelo bom
desempenho da Companhia. Em que pese a Companhia ter apresentado bons indicadores
econômico-financeiros, alerta-se para a dependência em relação a recursos do AFAC e
aumento relevante das despesas gerais e administrativas, o que acarretou em uma
diminuição do seu desempenho operacional entre 2013 e 2016. Portanto, deve-se destacar
que os pontos descritos anteriormente necessitam ser observados pela Companhia, a fim
de atingir os objetivos pactuados no Planejamento Estratégico 2017-2021 e melhor
sustentabilidade financeira do negócio.

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ANEXOS

I – Detalhamento da Metodologia Utilizada

Para as respectivas análises, calculamos diversos indicadores financeiros, bem como as


análises horizontal e vertical dos respectivos exercícios de 2013 a 2016 e, adicionalmente,
para avaliarmos o impacto do período, também calculamos a análise horizontal para o
período acumulado de 2013 a 2016. Dessa forma, procuramos analisar as principais
variações que impactaram nos respectivos indicadores do período.
A análise vertical tem como finalidade demonstrar a participação relativa de cada conta
de um determinado demonstrativo em relação ao total no qual está inserida. No caso do
Balanço Patrimonial calcula-se o percentual de cada conta em relação ao ativo total, para
todas as contas do ativo; e em relação ao passivo total, para todas as contas do passivo.
No caso da demonstração de resultado do exercício (DRE), calcula-se o percentual de
cada conta em relação à receita operacional líquida, tomada como 100%.
A análise horizontal evidencia a variação ocorrida em cada conta no decorrer dos períodos
analisados, em relação ao período anterior. Cabe ressaltar que efetuamos essa análise
baseada em seus valores nominais e, quando necessário, expurgamos os efeitos
inflacionários para minimizar os efeitos em termos do comprometimento da análise para
fins decisórios. Adicionalmente, efetuamos a análise horizontal para o período acumulado
de 2013 a 2016.
A partir de dados dos demonstrativos contábeis pode-se extrair vários índices econômico-
financeiros, denominados indicadores.
O objetivo da utilização dos indicadores é o de sintetizar informações relevantes para
facilitar a análise e o processo de tomada de decisão. Os indicadores, como o próprio
nome já diz, indicam. Portanto, não se pode considera-los como verdades absolutas, mas,
sim, como sinalizadores ou balizadores. São de grande utilidade na gestão do negócio,
uma vez que indicam geralmente uma tendência. Esses indicadores necessitam ser
avaliados em conjunto para um diagnóstico mais coerente da situação da empresa.
Para a referida análise, dividimos a análise dos indicadores nos seguintes grupos:
• de liquidez e atividade;
• de endividamento e estrutura;
• de lucratividade;
• de rentabilidade;
• Análise da Demonstração do Fluxo de Caixa
Procuramos, primeiramente calcular os indicadores e, posteriormente, buscar as causas
para as eventuais variações e/ou pioras dos indicadores por meio das análises horizontal
e vertical, as explicações contidas no relatório de gestão e notas explicativas.

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Cabe ressaltar que, a auditoria independente, ressalvou em seu parecer alguns itens que
merecem destaque:
• A Companhia é uma das patrocinadoras do PORTUS – Instituto de Seguridade
Social Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC. Entretanto, a
companhia não reconhece a totalidade da dívida questionada judicialmente pela
PORTUS que monta aproximadamente R$ 82,21 milhões em 2016 e R$ 96,46
milhões em 2015 (segundo atuário independente da PORTUS) decorrente da sua
participação no déficit atuarial. A CODEBA reconhece apenas R$ 23,94 milhões
em seu Passivo Circulante.
Outro destaque, embora não seja ressalva, é em relação aos valores do Ativo Imobilizado,
que necessitam de nova avaliação no que tange aos critérios de avaliação e
reconhecimento (adequação nos percentuais utilizados, vida útil e do valor residual dos
bens).
Para fins de análise, reclassificamos os saldos de Adiantamento para Futuro Aumento de
Capital (AFAC) que foram inicialmente registrados no Passivo Circulante para o Passivo
Não Circulante, o qual a companhia já corrigiu em janeiro de 2017.
Para fins de análise e cálculo dos indicadores, também devido a essência sobre a forma,
efetuamos a reclassificação do saldo de Lucros a Capitalizar do Passivo Circulante
provenientes da Reserva de Lucros para o Patrimônio Líquido, o qual também foi
corrigido pela companhia em 2017.
Nesse sentido, cabe frisar que efetuamos as análises com base nos saldos publicados
(alguns reclassificados devido à pertinência), limitando nosso escopo, por eventuais
inconsistências existentes nos saldos dos referidos demonstrativos contábeis.

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II – Demonstrativos Contábeis Utilizados para as
Análises

BALANÇO PATRIMONIAL
R$
2016 2015 2014 2013
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades
169.058.161 90.705.601 82.095.096 85.142.911
Clientes
12.094.898 15.134.516 6.980.474 7.901.703
Adiantamento a fornecedores 35.600 21.635 21.933 57.369
Empréstimos de férias
1.634.559 1.486.072 1.526.981 1.311.217
Impostos a recuperar
2.953.594 1.633.640 3.834.176 4.487.360
Estoques
2.675.131 2.591.931 2.008.036 2.963.808
Despesas antecipadas 52.405 6.260 103.472 90.821
Outras contas a receber
4.595.497 4.562.199 2.994.775 2.993.296
TOTAL DO CIRCULANTE
193.099.845 116.141.854 99.564.943 104.948.485

NÃO CIRCULANTE
Depósitos Judiciais
25.070.805 26.172.664 26.696.551 24.617.790
Investimentos 32.208 32.208 32.208 32.208
Imobilizado
266.260.488 270.011.667 261.481.946 248.045.273
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
291.363.501 296.216.539 288.210.705 272.695.271

TOTAL DO ATIVO
484.463.346 412.358.393 387.775.648 377.643.756

PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
2.790.740 5.502.780 1.866.799 5.137.093
Obrigações sociais e trabalhistas
6.787.014 5.125.835 4.397.149 2.989.630
Impostos e contribuições
20.287.233 16.925.285 12.887.555 14.744.696
Contribuições à previdência complementar
23.938.900 23.575.850 24.819.571 25.587.664
Provisão para indenizações trabalhistas 204.002 308.279 702.277
4.662.576
Depósitos e cauções
2.099.883 2.826.464 1.782.310 1.849.787
Arrendamento
1.666.667 1.666.667 1.666.667 1.666.667
Juros sobre Capital Próprio
5.068.688 4.423.396 4.387.739 2.576.551
Participação Empregados 862.106 644.137
1.100.228 1.096.935
TOTAL DO CIRCULANTE
63.705.233 61.454.784 53.607.002 59.858.801

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NÃO CIRCULANTE
Impostos e contribuições - - -
1.278.494
Provisão para Contingências
13.645.800 20.282.928 19.245.521 24.670.674
Arrendamento
12.916.666 14.583.333 16.249.999 17.916.667
Adiant. P futuro aumento Capital (AFAC)
64.588.837 2.300.585 5.239.175 12.058.105
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
91.151.303 37.166.846 40.734.695 55.923.940

PATRIMÔNIO LÍQUIDO -
Capital Social
277.553.624 277.553.624 269.333.152 250.877.034
Reserva Legal 843.316
3.574.043 2.537.376 1.712.204
Retenção de Lucro
33.382.331 33.645.763 22.388.595 10.140.665
Lucros a Capitalizar - - -
15.096.812
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
329.606.810 313.736.763 293.433.951 261.861.015

TOTAL DO PASSIVO
484.463.346 412.358.393 387.775.648 377.643.756

R$

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2016 2015 2014 2013


RECEITA BRUTA
Serviços de exploração e administração de portos
131.766.746 130.573.545 117.803.405 103.563.244
Aluguéis e arrendamentos
16.788.541 14.636.883 13.710.622 13.958.893
Outras receitas operacionais - - 39.298 -
TOTAL RECEITA BRUTA
148.555.287 145.210.428 131.553.325 117.522.137
DEDUÇÕES
Cancelamentos e restituições - - - -
3.956.893 4.505.673 2.634.999 1.913.822
Impostos sobre faturamento (PIS/Cofins/ISS) - - - -
15.119.382 14.723.016 13.859.390 13.987.947
TOTAL DEDUÇÕES - - - -
19.076.275 19.228.689 16.494.389 15.901.769
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
129.479.012 125.981.739 115.058.936 101.620.368
CUSTOS DOS SERVIÇOS - - - -
64.231.846 65.384.901 59.688.319 51.936.004
LUCRO BRUTO
65.247.166 60.596.838 55.370.617 49.684.364
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS
Gerais e administrativas - - - -
42.844.655 38.434.300 37.362.686 23.443.430
Honorários da Administração - - - 940.910 -
1.322.846 1.184.448 961.222
Depreciação e amortização - 185.813 - 205.755 - 239.464 -
292.592
Contingências/Indenizações trabalhistas - 182.540 - - 564.613 -
2.573.981 6.161.322
TOTAL DESPESAS OPERACIONAIS - - - -
44.535.854 42.398.484 39.107.673 30.858.566
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DOS EFEITOS FINANCEIROS
20.711.312 18.198.354 16.262.944 18.825.798
Resultado financeiro, líquido 630.535 426.472 - -
1.069.199 6.174.914
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL 21.341.847 18.624.826 15.193.745 12.650.884

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Imposto de renda e contribuição social - - - -
4.099.719 3.180.332 1.448.562 1.802.250
LUCRO ANTES PARTICIPAÇÃO EMPREGADOS
17.242.128 15.444.494 13.745.183 10.848.634
Participação Empregados - 862.106 - - -
1.100.228 1.096.935 644.137
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
16.380.022 14.344.266 12.648.248 10.204.497

ABERTURA RECEITA BRUTA 2016 2015 2014 2013

Serviços de exploração e administração de portos


Marítima
44.529.340 40.410.477 37.613.719 35.202.660
Acostagem
5.120.322 5.256.970 5.403.433 4.870.010
Infraestrutura terrestre
52.354.087 43.893.096 45.531.486 39.683.003
Armazenagem
9.030.325 22.683.917 11.546.423 11.673.581
Equipamentos portuários
5.840.918 5.124.016 7.430.956 4.447.467
Diversos
14.891.754 13.205.069 10.277.388 7.686.523
Total
131.766.746 130.573.545 117.803.405 103.563.244

Aluguéis e arrendamentos
Arrendamentos áreas cobertas
3.451.825 2.855.488 2.822.660 2.956.192
Arrendamento áreas descobertas
13.336.716 11.781.395 10.887.962 11.002.701
Total
16.788.541 14.636.883 13.710.622 13.958.893

Total Receita Bruta


148.555.287 145.210.428 131.514.027 117.522.137

ABERTURA CUSTO DOS SERVIÇOS 2016 2015 2014 2013


Pessoal e encargos - - - -
20.692.215 18.099.890 17.273.551 17.525.558
Depreciações - - - -
10.190.991 7.443.259 7.356.798 6.704.475
Custo com benefícios de pessoal - - - -
6.049.725 6.395.558 4.941.022 5.015.664
Custo com materiais - - - -
383.917 1.228.024 1.366.833 1.094.543
Custo com serviços de manutenção e reparos - - - -
14.057.835 20.416.437 12.994.452 10.833.351
Custo com serviços de terceiros - - - -
11.573.124 10.093.768 14.749.452 9.536.882
Outros - - - -
1.284.042 1.707.965 1.006.211 1.225.531
Total Custos - - - -
64.231.849 65.384.901 59.688.319 51.936.004

ABERTURA DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 2016 2015 2014 2013


Pessoal e encargos - - - -
25.002.508 21.194.917 20.849.824 12.677.669
Despesa com benefícios de pessoal - - - -
4.982.918 4.656.929 3.426.091 3.448.548
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Despesa com materiais - - - -
628.213 506.694 602.401 508.409
Despesa com serviço de manutenção e reparos - - - -
2.590.300 3.176.013 1.446.749 276.784
Outros encargos - - - -
694.932 889.116 2.872.678 791.712
Despesa com serviços de terceiros - - - -
8.436.641 7.222.493 7.424.618 5.266.975
Despesas tributárias - - - -
472.452 4.858 642.836 471.923
Despesas não dedutíveis - - - -
36.691 783.280 97.490 1.410
Total despesas gerais e administrativas - - - -
42.844.655 38.434.300 37.362.687 23.443.430

ABERTURA RESULTADO FINANCEIRO 2016 2015 2014 2013


Receitas Financeiras
Atualizações monetárias 436.388 638.380 275.292 166.510
Receitas eventuais 520.398 381.052 171.060 654.262
Multas contratuais de arrendamento 303.954 2.353.225 48.810 117.993
Outras receitas financeiras 81.330 121.428 31.671 78.065
Total Receitas Financeiras 1.342.070 3.494.085 526.833 1.016.830

Despesas Financeiras
Despesas bancárias - 154.277 - 144.148 - 138.473 - 66.819
Juros e multas - 230.892 - 92.558 - 518.047 - 197.351
Atualizações monetárias e crédito de - 326.217 - 579.623 - 939.501 - 2.628.856
acionistas
Encargos sobre Portus - - 2.249.404 - - 4.298.706
Descontos concedidos - 149 - 1.880 - 11 - 12
Total Despesas Financeiras - 711.535 - 3.067.613 - 1.596.032 - 7.191.744

TOTAL RESULTADO FINANCEIRO 630.535 426.472 - 1.069.199 - 6.174.914


LÍQUIDO

R$

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 2016 2015 2014 2013


FLUXO DE CAIXA PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES
Lucro (prejuízo) do exercício 17.242.125 15.444.494 13.745.183 10.848.634
Ajustes para reconciliar o resultado do exercício com recursos provenientes de atividades
operacionais
Provisão para devedores duvidosos - 1.001.678 - 1.936.585 84.125
Depreciação e amortização 10.376.804 7.649.014 7.596.261 6.997.067
Variações monetárias e juros passivos - - 2.256.190 113.953
Provisão para indenizações trabalhistas e contingências 104.278 393.997 3.960.299 - 2.710.060
27.723.207 24.489.183 25.621.348 15.333.719
Aumento (redução) de ativos
Clientes 3.039.617 - 9.155.720 - 1.015.356 200.539
Adiantamento a fornecedores - 13.964 298 35.436 - 21.092
Empréstimos de férias - 148.487 40.909 - 215.764 - 100.110
Impostos a recuperar - 1.319.954 2.200.535 653.183 663.776
Estoques - 83.199 - 583.895 955.772 - 661.202
Despesas pagas antecipadamente - 46.145 97.211 - 12.651 - 3.559
Depósitos judiciais 1.101.859 523.887 - 2.078.761 - 3.853.542
Ajustes de exercícios anteriores - 2.194.157 2.570.347 - 4.729.509 -
Outros ativos - 59.039 1.567.423 1.480 8.551

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276.531 - 2.739.005 - 6.406.170 - 3.766.639
Aumento (redução) de passivos
Fornecedores - 2.760.367 - 3.726.374 3.223.032 - 1.285.369
Obrigações sociais e trabalhistas - 1.611.562 - 780.305 - 1.332.977 2.474.503
Impostos e contribuições - 3.411.567 - 4.024.874 4.885.480 - 2.488.867
Contribuições a previdência complementar - 256.908 - 2.192.448 768.092 - 2.371.620
Provisão para indenizações 5.537.456 8.562.513 5.425.153 1.214.102
Depósitos e cauções 765.680 - 991.107 67.477 - 1.004.493
Créditos a terceiros por força de convênio - - 13.893 890.635
Obrigações com arrendamento - 1.666.667 - 1.666.667 - 1.666.667 - 1.666.667
Outros passivos - - 38.764 - 465.172 - 485.972
- 3.403.935 - 4.858.026 10.918.311 - 4.723.748

RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTES DAS ATIVIDADES 24.595.803 16.892.152 24.894.314 6.843.332


OPERACIONAIS

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA - CONTINUAÇÃO


FLUXO DE CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 2016 2015 2014 2013

Aumento do imobilizado - - - -
15.900.767 16.178.735 41.798.559 20.640.070
TOTAL ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS - - - -
15.900.767 16.178.735 41.798.559 20.640.070

RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTES NAS ATIVIDADES DE


FINANCIAMENTO

Créditos de acionistas
5.068.688 4.958.497 13.856.430 12.058.105
Crédito Acionista -
64.588.837 2.938.590 5.239.175 -
TOTAL ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
69.657.525 7.897.087 8.617.255 12.058.105

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA - -


78.352.561 8.610.504 8.286.990 1.738.633

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAIXA E EQUIVALENTES DE


CAIXA

Caixa e equivalente caixa no início exercício


90.705.600 82.095.096 85.142.911 86.881.544
Caixa e equivalente caixa no final do exercício
169.058.161 90.705.600 76.855.921 85.142.911
- -
78.352.561 8.610.504 8.286.990 1.738.633

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III – Manifestação da Unidade Examinada
Após a realização da Reunião de Busca Conjunta de Soluções, a CODEBA apresentou,
através da CE Nº 010/2018/DAF, de 23 de março de 2018, a seguinte manifestação
complementar em relação ao conteúdo do Relatório:

“Senhor Coordenador-Geral

Cumprimentando-o cordialmente, apresento manifestação sobre o Relatório Preliminar


nº 201702493 (SEI nº 0649938) discutido na Reunião de Busca Conjunta de Soluções.

1 – Indicadores de Liquidez e Atividade

Como apresentado no relatório os números de liquidez da CODEBA apresentaram


evolução e resultados significativos no período compreendido entre 2013-2016,
resultantes dos volumes de recursos mantidos em caixa no período; no final de 2016,
mais precisamente dia 28.12.2016 entrou no caixa recursos do SIAFI da ordem de R$ 60
milhões originados da União, referente ao projeto de ampliação do quebra mar (ação:
12LK) por isso o aumento significativo apresentado nas demonstrações contábeis que
afetaram positivamente os índices de liquidez.

2 - Indicadores de Estrutura e Endividamento

Os indicadores mostram que ao final de 2016 a empresa oscilou positivamente em todos


eles; o ponto de atenção em relação ao AFAC foi resolvido em 2017 com a transferência
dos recursos para o ativo não circulante.

3 – Indicadores de Lucratividade

A evolução ou quase manutenção positiva no período dos indicadores, demonstram que


a empresa tem seguido na sua gestão práticas contínuas de garantir a lucratividade. Os
cuidados da gestão dos custos com pessoal são constantes e o aumento deles, conforme
comentado no relatório em 2014-2016 foram decorrentes da implantação do Plano de
Cargos em 2014 e do aumento do número de desligamentos do pessoal já aposentado, e
portanto com salários mais altos, no período.

4 – Indicadores de Rentabilidade

Também tivemos bons resultados nestes indicadores, apesar da pequena queda se


comparado 2016 com os 3 anos anteriores em relação ao desempenho operacional, este
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fato é explicado pelo aumento das despesas de pessoal em função do aumento do número
de desligamentos, que como mencionado anteriormente no médio prazo deve reduzir as
despesas de pessoal. O aumento das despesas “serviços de terceiros” é explicado pela
extrema necessidade de investimentos com manutenção da área operacional dos Portos
em função do desgaste sofridos pela ação do tempo ou seja obras de recuperação
inadiáveis que devem refletir, no mínimo, na manutenção das nossas receitas
operacionais.

5 – Análise da Demonstração do Fluxo de Caixa

A divergência apontada no relatório em relação ao “valor do aumento no ativo


imobilizado” versus o constante no documento “Mutações do Ativo Imobilizado”,
informamos que a correção na publicação deste documento já ocorreu no exercício de
2017, inclusive validados pelo Auditor Externo, conforme menciona em suas
recomendações esta CGU.

6 – Fatores de Risco que podem impactar a atual situação Econômico-Financeira

Todos os riscos relatados são coerentes e estão devidamente mapeados pela Gestão da
empresa e pelos Conselhos de Administração e Fiscal, visando mitigar os referidos
riscos.

7 - Medidas de Curto e Longo Prazo para melhoria contínua dos resultados da Empresa

Informações apresentadas nos tópicos anteriores.

RECOMENDAÇÕES

Para a recomendação registrada solicitamos ajuste no texto para “– Avaliar, junto aos
Auditores Independentes, a situação dos Demonstrativos de Fluxo de Caixa 2016 e
Mutações do Ativo Imobilizado 2016, que apresentaram potencial inconsistência nos
valores de aumento do Ativo Imobilizado e proceder, se necessário, à correção do
registro incorreto no exercício 2017.”

Se nos for permitido propor prazo para atendimento, solicitamos que o mesmo seja
posterior a 30/06/2018.

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III – Análise do Controle Interno

Tendo em vista que as manifestações da unidade foram no sentido de apenas reforçar


informações já dispostas no Relatório Preliminar, não houve alteração do texto para o
Relatório Final, ressaltando que todas as manifestações encaminhadas pela unidade ao
longo da auditoria foram consideradas na elaboração dos registros. Eventuais ações
adotadas ou alterações realizadas nos Demonstrativos para o exercício 2017 serão
analisadas em momento oportuno.
Em relação à sugestão de ajuste no texto da recomendação, concorda-se com a proposta
da unidade, uma vez que a CODEBA se manifestou no sentido de que a divergência
apontada já teria sido corrigida para o exercício de 2017. Essa correção deverá ser
analisada no âmbito do Plano de Providências da Unidade.

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