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I SEMINÁRIO REGIONAL DE
AUDITORIA E CONTROLADORIA
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I Seminário Regional de Auditoria e Controladoria
FLUXO DE CAIXA
FUNDAMENTOS CONCEITUAIS E VANTAGENS E
DESVANTAGENS DOS MÉTODOS DIRETO E INDIRETO
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Resumo
Introdução
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Objetivos da Contabilidade
Através da contabilidade gerencial, a empresa pode trabalhar a sua base de dados histórica
contábil com a finalidade de suprir seus usuários internos e externos de informações relevantes para
que os mesmos possam fazer previsões de quanto do caixa possa ser distribuídos na forma de
dividendos, juros e amortizações e para avaliação do risco provável.
Figueiredo e Caggiano (1997, p.38) definem a contabilidade como um sistema de informação e
mensuração de eventos que afetam a tomada de decisões.
Iudícibus, Martins e Gelbcke(2000, p. 42) ratificam e complementam que “a Contabilidade é,
objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à
entidade objeto da contabilização.”
Portanto, é de grande significância que a empresa disponibilize informações aos usuários quanto
a expectativa de pagamentos. A distribuição dos fluxos de caixa ao longo do tempo revela a capacidade
de a empresa gerar fluxos de caixa.
Os fluxos de receitas e despesas possuem, assim como também todo o balanço patrimonial,
dimensões econômicas da contabilidade, enquanto os fluxos de caixa caracterizam dimensão
financeira.
Segundo Frezatti (1997, p. 28), a contabilidade gerencial veio resgatar a adequação das
informações para o acionista e os administradores, afirmando que a contabilidade fiscal ou tradicional
não dá o apoio necessário ao tomador de decisão.
Nesse sentido, existe a importância da contabilidade gerencial, que visa conciliar informações
econômicas com informações financeiras, abordando-se através da mesma, a visão lucro e visão caixa.
Ambas de extrema importância aos usuários da companhia, visto que é possível clarificar em relatórios
a reconciliação da demonstração do resultado com a demonstração do fluxo de caixa.
Na demonstração de resultado estão expressas as receitas e as despesas que foram ou serão pagas,
e aquelas despesas não monetizáveis tais como despesas com depreciação e amortização, variações
monetárias, receitas reconhecidas e não recebidas, provisões de quaisquer tipos, o que tornaria
impossível a geração de caixa e de lucro serem iguais em longo prazo.
Martins(1999, pág. 1) afirma: “a demonstração do resultado possui receitas que foram ou serão
recebidas na forma de dinheiro, e despesas que foram ou serão pagas da mesma forma. Assim, o lucro
obrigatoriamente transita pelo caixa da empresa”.
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Frezatti (1997, p. 17) critica Martins (1999) ao afirmar:“ A geração de caixa e a de lucro, a longo
prazo, serão iguais.” , esclarecendo que quase sempre caixa e lucro não serão iguais. Ele cita que
existem fatores que contribuem para que o resultado econômico de uma empresas seja diferente do seu
resultado financeiro, conforme quadro a seguir:
Fonte:
Frezatti(1997, p. 19)
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Imposto sobre a nota fiscal emitida: refere-se ao imposto que impacta no fluxo de caixa em um
período mas só é reconhecido na demonstração resultado quando a receita correspondente se inicia.
Os fluxos de receitas e despesas possuem, assim como também todo o balanço patrimonial,
dimensões econômicas da contabilidade, enquanto os fluxos de caixa caracterizam dimensão
financeira.
De acordo com Martins(1999, p. 14), a diferença existente entre o regime de competência e o
regime de caixa consiste na correta alocação, dos fluxos de receitas e despesas, caso contrário, a
empresa estará divulgando informações patrimoniais falsas.
A demonstração de resultado deve respeitar o principio da realização da receita e o princípio do
confronto das despesas, pois dessa forma a empresa estará preservando sua real situação patrimonial.
A demonstração de resultado e o balanço patrimonial são de grande importância para que o
usuário possa acompanhar a evolução patrimonial da empresa e sua rentabilidade.
Segundo o Manual de Contabilidade da FIPECAFI, o FASB entende que a DRE é mais indicada
para medir a performance da empresa, portanto a informação lucro por ação mais adequada ao usuário,
nesse sentido. Enquanto, os fluxos de caixa passados permitem melhores previsões quanto a previsão
dos fluxos de caixa futuros.
Conclui-se que ambos são importantes aos usuários das informações contábeis, pois fornecem
informações de predição de rentabilidade e caixa.
A DFC é responsável em prover os usuários de informações acerca dos pagamentos e
recebimentos, assim como permite aos investidores e credores e outros usuários avaliar a capacidade de
a empresa gerar futuros fluxos líquido, a capacidade de empresas honrar seus compromissos, pagar
dividendos, a avaliação da liquidez, solvência e flexibilidade financeira.
Liquidez é a capacidade que a empresa tem de converter seus ativos em caixa, é um termo que
significa a capacidade, refere-se também a relação entre os passivos e seus saldos de caixa e aplicações
financeiras.
Solvência refere-se à capacidade de obtenção de caixa de uma empresa ou obtenção de caixa para
qualquer necessidade.
Flexibilidade financeira é a capacidade de obtenção de caixa de uma empresa de forma ágil, em
função do acontecimento de fatos eventuais.
Além de o fluxo de caixa possuir a função de contribuir para a previsão de distribuição na forma
de dividendos, juros e amortizações e para avaliação do risco provável, o mesmo fornece informação
referente à solvência e flexibilidade financeira.
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Na prática, as demonstrações de fluxo de caixa subsistem para suprir tais necessidades dos
usuários da companhia por informações, cuja estrutura compõe-se de quatro grandes grupos, segundo o
modelo americano FASB, que são:
Disponibilidades;
Atividades Operacionais;
Atividades de Investimentos;
Atividades de Financiamentos.
O modelo do FASB de fluxo de caixa tem como objetivo a avaliação da empresa por fluxos de
caixa descontados por aqueles interessados em investir ou que emprestam dinheiro à empresa. Sejam
eles acionistas ou credores, que o fazem na expectativa de receberem uma remuneração sobre o capital
investido. Essa remuneração eqüivale a uma taxa de juros ou custo de oportunidade que não deve ser
inferior a que o mercado oferece.
A utilização do Fluxo de Caixa pode ser feita por qualquer empresa, independente de seu porte ou
de sua área de atuação, o que evidencia a sua diferenciação são as características peculiares existente
tais como: prazos de recebimento e pagamentos, sazonalidade de vendas, operações e outras.
Para se reconhecer a capacidade que uma empresa possui de gerar caixa é necessário uma
demonstração que evidencia os recebimentos e pagamentos de um determinado período. Daí a
importância das Demonstrações de Fluxos de Caixa, que têm como propósito maior facilitar o
entendimento da performance financeira da empresa, sua capacidade de gerar fluxos líquidos positivos
de caixa, de honra seus compromissos, sua estabilidade e perspectiva de liquidez. Em termos
específicos a DFC explica as razões pelas quais o saldo de caixa se alterou entre dois balanços
consecutivos, classifica as razões da alteração do saldo de caixa em atividades operacionais de
investimento e de financiamentos e permite a conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa
operacional, em razão disto esta demonstração é um forte instrumento de avaliação da real situação
financeira da empresa.
Através da DFC se pode calcular o impacto das operações sobre a liquidez da empresa e as
relações entre os fluxos de caixa associados às três principais categorias de atividades da empresa.
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O formato de DFC que é encorajado para empresas brasileiras é o mesmo adotado pelos norte-
americanos e é o que classifica as transações que envolvem o caixa em atividades, que contempla as
atividades operacionais, de financiamento e de investimento. Esta demonstração retrata a posição
financeira da empresa num período muito curto de tempo e demonstra as causas da variação do
disponível, ou seja, a conta caixa , a conta bancos e as aplicações financeiras de liquidez imediata
(equivalentes caixa).
Atividades Operacionais – de acordo com Stickney & Weil (2001, p. 173) a forma mais
importante para geração de caixa numa empresa financeiramente saudável é a venda de bens e serviços,
se analisado ao longo de vários anos o fluxo de caixa operacional indica se as atividades geraram ou
consumiram mais caixa. Os fluxos de caixa das atividades operacionais são normalmente os impactos
no caixa, causados por transações e demais eventos que entram na definição do resultado líquido. O
resultado positivo entre saídas e entradas de caixa operacionais pode ser usado para dar suporte às
atividades de investimento e financiamento.
Atividades de financiamento - as atividades de financiamento envolvem os recursos colocados
na empresa através de terceiros e dos próprios sócios.
Atividades de investimento – conforme Braga e Marques (2001, p. 10) as atividades de
investimento estão intimamente ligadas ás mudanças da estrutura de investimentos da instituição que
influenciarão o caixa, com exceção àquelas de cunho operacional.
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Conforme Campos Filho (1999, p. 29), o Método Direto consiste em classificar os recebimentos
e pagamentos de uma empresa utilizando as partidas dobradas e uma de suas vantagens consiste
em permitir que informações sejam geradas com base em critérios técnicos, excluindo as
interferências da legislação fiscal. O método direto é também conhecido como a abordagem de
contas T (T Account Approach), correspondendo às informações relativas ao fluxo de entradas e
saídas no Disponível durante o exercício e o saldo final das operações expressa o volume líquido de
caixa provido ou consumido pelas operações durante um período.
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RECEBIMENTOS PAGAMENTOS
Créditos operacionais Compra de mercadorias e insumos
Resgate de aplicações financeiras Despesas antecipadas
Obtenção de empréstimos e Depósitos judiciais
financiamentos Empréstimos a sócios
Receitas recebidas antecipadamente Compra de imobilizado
Integralização e/ou aumento de capital Aplicação em investimentos ou diferidos
social Pagamento de obrigações
Receitas de vendas, serviços e outras Devolução de capital
Dividendos de investimentos avaliados pelo Custos e despesas
custo Dividendos
Outros Outros
Recebimento de clientes
Dividendos recebidos
Juros recebidos
Pagamentos a fornecedores
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Juros pagos
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Alienação de imobilizado
Alienação de investimentos
Aquisição de imobilizado
Aquisição de investimentos
Integralização do capital
Empréstimos tomados
Resultado Líquido
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De acordo com Lustosa (1997, p.14), o método indireto faz a ligação entre o lucro líquido e o
caixa, ou seja, através dele este lucro é ajustado de forma a expurgarem-se os efeitos das operações
que não sensibilizaram o caixa, acréscimos ou deferimentos relacionados com os recebimentos ou
pagamentos passados ou futuros, consumo de ativos de longo prazo ou custos relacionados às
atividades de investimento e financiamento.
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p.355) afirmam que esse método é também conhecido por
método da reconciliação, pois concilia o lucro líquido e o caixa desenvolvido pelas operações.
Resultado Líquido
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NOTA: De acordo com Iudícibus, Martins e Gelbcke (2000, p.355), no caso de optarmos em elaborar
a DFC pelo método direto é exigido que se evidencie, através de Notas Explicativas, a conciliação do
lucro líquido do período, se, no entanto, decidirmos pelo método indireto, essa evidenciação deverá
ser feita dos juros (com exceção das parcelas capitalizadas) e do Imposto de Renda pagos durante o
período.
Aplicação (+)
Ativo Circulante Origem(+)
Aplicação(-)
Com relação ao assunto existe uma quantidade razoável de autores que se preocupam em
discuti-lo. Auxiliando-se de alguns deles podem então elencar diversos itens que poderão servir de
base para uma decisão de qual método se adequai ao negócio.
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A sua aplicação é restrita ao ambiente interno da empresa, já que os eventos não são de
domínio público;
Por necessitar de classificação de recebimentos e pagamentos culmina na criação de um custo
adicional para a empresa;
Dificuldade de se encontrar um profissional com um conhecimento mais acurado sobre as
operações que compõem o conceito de “Caixa” e da linguagem de classificação contábil que
as registram.
Baixo custo, visto que ele é elaborado tomando-se por base balanços, a DRE e informações
adicionais da própria contabilidade;
Facilidade de automatização e informação;
Concilia o lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido e mostra a composição da
diferença encontrada;
Suas informações são baseadas em conceitos de domínio público, não de restringindo apenas
aos interesses internos do negócio.
Como o balanço é, em tese, elaborado anualmente e a DFC toma por base, dados desta
demonstração, se elaborada também com esta periodicidade, as distorções, se encontradas,
podem não ser mais passíveis das correções necessárias, já que foram detectadas
tardiamente;
Alguns usuários se queixam que as suas informações dificultam o entendimento;
Não possibilita eliminar todas as distorções provenientes da interferência da legislação fiscal
sobre a contabilidade oficial, quando estas ocorrem;
Não mostra as origens dos recebimentos do caixa ou para onde foi pago;
Não permite um comparativo das entradas e saídas de caixa operacional com as atividades de
receita e despesa que lhe deram origem;
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BALANÇO PATRIMONIAL
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
dez-02
Vendas brutas 62.273,00
(-)Impostos 2.273,00
(=)Vendas líquidas 60.000,00
(-)Custo das mercadorias vendidas 30.000,00
(=)Lucro bruto 30.000,00
(-)Despesas comerciais 12.000,00
. Depreciações 1.500,00
. Provisão para devedores duvidosos 1.500,00
. Salários e Comissões 9.000,00
(-)Despesas administrativas 12.750,00
. Salários 12.000,00
. Depreciações 750,00
(+/-)Outras receitas/despesas operacionais 900,00
(=)Lucro da atividade 4.350,00
(+)Receitas financeiras 450,00
(-)Despesas financeiras 1.500,00
(=)Lucro operacional 3.300,00
(+/-)Equivalência patrimonial -
(+/-)Resultados não operacionais 4.500,00
(=)Lucro líquido antes da CS e IR 7.800,00
(-)Provisão para contribuição social 702,00
(-)Provisão para imposto de renda 1.248,00
(=)Lucro líquido do período 5.850,00
(-)Participação dos acionistas minoritários -
(-)Participações estatutárias -
(=)Lucro dos acionistas controladores 5.850,00
(-)Provisão para dividendos -
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31/12/02
I - DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido....................................................................................... 5.850
(+) Depreciações e amortizações............................................................. 2.250
(-) Lucro na venda do ativo permanente................................................... (4.500)
Lucro Ajustado....................................................................................... 3.600
Aumento de Duplicatas a Receber (15.000)
Aumento de PDD 750
Aumento de Duplicatas a Descontadas 7.500
Aumento de Estoques (4.500)
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31/dez/02
I - DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de vendas 46.523
Recebimento de juros de clientes 450
Recebimento de duplicatas descontadas 7.500
(-) Pagamento de impostos s/ vendas 2.024
(-) Pagamento a fornecedores 15.000
(-) Pagamento a empregados 31.500
(-) Pagamento despesas antecipadas 3.900
(-) Pagamento de juros 1.500
(-) Pagamento de impostos s/ lucro 3.000
(=) Fluxo de caixa da atividade (2.451)
II - DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Recebimento venda imobilizado 22.500
(-) Investimenos operacionais 30.000
(=) Fluxo de caixa operacional (9.951)
III - DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
(-) Pagamento de juros e amortizações
(-) Pagamento de dividendos 2.250
(+) Contratação de novos financiamentos 15.000
(=) Fluxo de caixa para o acionista 2.799
(+) Recebimento de dividendos de participações -
(+) Integralização de capital 15.000
(+/-) Outras receitas/despesas não operacionais -
(=) Fluxo de caixa final 17.799
(+) Caixa inicial 8.400
(=) Caixa final 26.199
Dados Complementares
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Análise
Os procedimentos aqui apresentados não mostram o fluxo de caixa com todos os seus detalhes,
todavia não distorce a sua direção geral. Na essência, o fluxo de caixa nada mais é do que a
Demonstração do Resultado “articulada” com as variações dos saldos das contas do Balanço
Patrimonial. Na área de Atividades Operacionais, apresenta a ligação estreita com os elementos do
ativo e passivo circulante, que nos mostra o comprometimento das necessidades líquidas do capital de
giro da empresa. No segmento das Atividades de Investimentos, os fluxos de caixa apresentam o
quanto de recursos foi destinado para itens cuja função patrimonial é a geração de fluxos de caixas
futuros a longo prazo. Com a contratação de novos empréstimos a Atividade Financeira evidencia o
comprometimento da geração de caixa com os financiadores da empresa.
Se olharmos para a DFC pelo método indireto concluímos que o lucro obtido na DRE ainda não
gerou reflexos positivos no caixa. O resultado das Atividades Operacionais é negativo em R$
2.451,00. O saldo de caixa no final do período praticamente eqüivale ao caixa gerado nas Atividades de
Financiamento. Isso também significa que o dinheiro tomado de terceiros e a integralização de capital
feita pelos sócios em dez/02 permaneceram na empresa no final do período. Observa-se que os R$
30.000,00 de entradas de caixa nas Operações de Financiamento foram, na sua totalidade, aplicados no
ativo permanente. Todavia, a venda do ativo imobilizado gerou uma entrada de R$ 22.500,00. Observa-
se, também, que o aumento dos estoques e de duplicatas a receber coincide com o montante de
aumento de fornecedores, No cumprimento normal do ciclo operacional, provavelmente haverá um
equilíbrio de caixa.
Considerações Finais
Muito se tem estudado sobre a relevância da Demonstração de Fluxo de Caixa, seja por conta da
influência internacional, seja pela necessidade de se ter, à mão, uma maior quantidade de informações
contábeis com enfoque no fluxo financeiro e que nos permita tomar decisões mais adequadas e
corretas, o que não obtém-se através das nossas demonstrações contábeis atuais, que visam,
basicamente, a natureza econômica da organização.
Informações sobre a liquidez das empresas, sua capacidade de gerar caixa e a necessidade de se
confirmar o pagamento de suas dívidas e a remuneração de seus acionistas são de fundamental
importância para a preservação do Princípio da Continuidade das Empresas. Isto torna a DFC uma
Demonstração imprescindível, partindo-se do princípio que ela tem como propósito básico demonstrar
todas as formas de ingressos e desembolsos dos recursos financeiros da empresa, resultantes de suas
atividades.
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Referências Bibliográficas
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SOUZA, Acilon B. Contabilidade de Empresas Comerciais. 1a Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
STICKNEY, Clyde P.; WEIL, Roman L. Traduzido por José Evaristo dos Santos. Contabilidade
Financeira: uma introdução aos conceitos, métodos e usos. Ed. 9a. São Paulo: Atlas, 2001.
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