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ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COM


ENFOQUE NA DEMONSTRAÇÃO DOS
FLUXOS DE CAIXA

José Luís Faria Magro


OBJECTIVO E DEFINIÇÃO DAS IAS 1- APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

OBJECTIVO DEFINIÇÃO
…assegurar a comparabilidade quer 7. …a satisfazer as necessidades de utentes
com as demonstrações financeiras, de que não estejam em posição de exigir a uma
entidade que prepare relatórios à medida
períodos anteriores, da entidade quer das suas necessidades particulares de
com as demonstrações financeiras de informação.
outras entidades. A Norma estabelece
requisitos globais para a apresentação
de demonstrações financeiras,
directrizes para a sua estrutura e
requisitos mínimos para o respectivo
conteúdo.

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2.1 OBJECTIVO EXTERNO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (PGC)

Investidores Mutuantes

Clientes Fornecedores
/credores
Demonstrações
Financeiras
Empregados
Público

Governo

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O CASO DA DAIMLER MERCEDES

Em 1993, a Daimler Benz, as suas demonstrações financeiras apresentavam um lucro de


USD 370 milhões de acordo com as regras contabilísticas alemãs. A empresa, ao tentar
cotar as mesmas demonstrações financeiras de acordo com as normas norte-
americanas do Generally Accepted Accounting Principles (US-GAAP),passou a
apresentar um prejuízo de USD 1 bilião.
É inquestionável afirmar que este exemplo originou um grande desconforto para a
empresa junto dos seus investidores. Nessa altura, mais de metade das acções da
Daiimler Benz eram maioritariamente detidas por três accionistas, estando o resto do
capital disperso por accionistas nacionais e estrangeiros, detendo estes metade dessa
parte.
Tal facto, obrigou que as principais bolsas internacionais pensassem numa forma de
harmonização, tendo como base as Normas Internacionais de Contabilidade emanadas
pelo International Accounting Standards Board (IASB), cujas normas ainda hoje
vigoram, com principal incidência no princípio da comparabilidade, que é fundamental
para uma Bolsa de Valores.

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PRÓS E CONTRAS DA HARMONIZAÇÃO
CONTABILÍSTICA
PRÓS CONTRAS

• Comparabilidade da informação • Adequação aos países menos


financeira; desenvolvidos;
• Bolsa de Valores; • Diferenças económicas, políticas,
• Consolidação de contas; legais e culturais de cada país
• Da profissão de contabilista e auditor; justificam demonstrações financeiras
• Ensino e estudo da Contabilidade; diferentes;
• Análise macroempresarial a nível • Falta de sincronização entre os
internacional; assuntos tratados ao nível nacional
• Tributação. pelos diferentes países e os assuntos
tratados pelo IASB.

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(Nobes, 1998)

Mercado bolsista Mercado tradicional


Mercado de Capitais forte Mercado de Capitais pouco
desenvolvido
Grande número de accionistas Accionistas institucionais
Auditoria muito desenvolvida Profissão pouco desenvolvida
Separação entre Fiscalidade e Forte influência da Fiscalidade
Contabilidade sobre a Contabilidade

A DIVERSIDADE CONTABILÍSTICA E O SEU IMPACTO NUMA BOLSA DE VALORES


(Expansão, José Magro)
CONTABILIDADE VS FISCALIDADE

CONTABILIDADE FISCALIDADE

Elaborar Demonstrações Financeiras


que seja úteis para um vasto leque Cobrar receitas e objectivos de
de utentes nas suas tomadas de equidade social
decisão económica
ASSIM DADO QUE TÊM OBJECTIVOS DIFERENTES SURGEM DIFERENÇAS:

CONTABILIDADE FISCALIDADE

VARIAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO LUCRO TRIBUTÁVEL


COMPONENTES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Dem
Dem. Alterações Dem.
Balanço Resultados aos Capitais Fluxos de Notas
Próprios Caixa

Não consta no PGC


CONSISTÊNCIA
A apresentação e classificação de items nas demonstrações financeiras
devem ser mantidas de período para outro a menos que haja uma
alteração significativa nas operações da entidade ou uma revisão da
apresentação das demonstrações financeiras demonstre que uma
alteração irá resultar numa mais adequada apresentação dos
acontecimentos e transacções.
A alteração seja imposta pela entrada em vigor de novas politicas
contabilísticas. (PGC)
CONTINUIDADE
As demonstrações financeiras devem ser preparadas na
base da continuidade a menos que a Gerência tenha
intenções de liquidar a entidade ou cessar a sua
actividade, ou não tenha outra atitude realista que não
seja fazê-lo. (PGC)
ACRÉSCIMO

Excepto quanto à Demonstração dos Fluxos de Caixa, as demonstrações


financeiras devem ser preparadas na base do acréscimo. Sob este
regime, os efeitos das operações e outros acontecimentos são
reconhecidos quando ocorrem (independentemente da sua data em
que ocorra o respectivo recebimento ou pagamento) sendo registadas
e relatadas no período a que se referem. (PGC)
MATERIALIDADE
A informação é considerada material se a sua omissão puder influenciar a
decisão económica dos utentes baseada nas demonstrações financeiras. A
materialidade depende do tamanho e da natureza de cada item avaliados nas
circunstâncias particulares da sua omissão.
Uma divulgação, mesmo que prevista neste plano, não necessita de ser
efectuada se a informação daí resultante for imaterial (PGC).
PRUDÊNCIA
Ao preparador de DF deparam-se incertezas que rodeiam muitos
acontecimentos e circunstâncias. É possível integrar nas DF um grau de
precaução em condições de incerteza sem que todavia se criem
reservas ocultas ou provisões excessivas ou deliberadamente se
quantifiquem activos e proveitos por defeito ou passivos e custos por
excesso (IASB)
COMPREENSIBILIDADE
Uma qualidade essencial da informação proporcionada nas DF é a de
que ela seja prontamente compreensível pelos utilizadores. No
entanto, a informação sobre matérias complexas que sejam de
relevância para a tomada de decisões económicas pelos utilizadores
não deve ser excluída das DF só pelo facto de ser demasiado difícil de
entender por parte de certos utilizadores (IASB).
SUBSTÂNCIA SOB A FORMA
Para a informação retratar fidedignamente as operações e outros
acontecimentos que tenha por fim representar é necessário que sejam
contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e
realidade económica e não meramente com a sua forma legal (IASB)
A PROBLEMÁTICA DAS DESPESAS NÃO DOCUMENTADAS

Ter uma base de dados de fornecedores, com a tripla vantagem:


1. Certeza de que os documentos recebidos (facturas e documentos equivalentes estão de acordo com o
art.º 7º do Decreto Presidencial 149/13 de 01/10:vantagem fiscal;
2. Negociar com os fornecedores prazos médios de pagamento: vantagem financeira;
3. Redução de número de fornecedores, o que pode tornar mais fácil a conferência de contas-correntes:
vantagem administrativa.
Quando não é possível a situação acima:
4. Autofactura sugerida na obra “Imposto de Consumo e Regime Jurídico das Facturas e Documentos
Equivalentes”, Adelaide Magro e José Luís Faria Magro; expôr à competente Repartição Fiscal;
5. Recibos, mesmo com a assinatura a rogo, tendo presente o que refere o art.º 2 do DP 149/13 :
5. São considerados documentos equivalentes os recibos, a
nota de débito, o despacho aduaneiro, o talão de venda, e
outros documentos que preencham os requisitos constantes
do presente Diploma.
QUESTÕES TERMINOLÓGICAS E CONCEITUAIS

MODOS DE DIZER ANTERIORES MODOS DE DIZER MAIS RECENTES


Situação financeira Posição financeira
Princípio da prudência Princípio do conservantismo
Princípio da uniformidade Princípio da consistência
Princípio da especialização dos exercícios Princípio do acréscimo
Significância sincera, fiel Imagem verdadeira e apropriada
Valor real actual Justo valor
Valor líquido presente (net present value)
Dívida Obrigação presente
Existências Inventários

“Podemos sublinhar em especial que no nosso País (Portugal) a terminologia sofreu graves
atropelos, optando-se por palavras e expressões com grafia semelhante às anglo-saxónicas, mas
algo afastadas do significado em português, quer etimológico, quer corrente. Recolha do Mestre
Rogério Fernandes Ferreira.
“ A ambiguidade das palavras traz nebulosidade aos conceitos” Mestre Gonçalves da Silva
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EXCLUSÕES TEMPORÁRIAS (4.2_PGC)
Ficam excluidas deste plano:
a) Contabilização das locações;
b) Determinação, registo e divulgação de impostos diferidos;
c) Contabilização e relato dos Planos de Benefícios de reforma;
d) Concentrações de actividades empresariais (também conhecida por consolidação de contas);
e) Efeitos das alterações das taxas de câmbio em DF de operações estrangeiras.

Pode fazê-lo:
i. Obedecendo as normas da “International Federation of Accountants”;
ii. Divulgar nas Notas às contas que tais disposições foram seguidas.
DIVULGAÇÃO (NOTAS)
PGC IAS 1
5.1 Conceito: As notas devem:
As Notas às contas são um conjunto de a) apresentar informação acerca da base de
divulgações (descrições narrativas e detalhes de preparação das demonstrações financeiras e
quantias) destinadas a fornecer informação das políticas contabilísticas específicas usadas
adicional, que seja relevante às necessidades dos de acordo com os parágrafos 117-124;
utentes, acerca das rubricas do Balanço, da b) divulgar a informação exigida pelas IFRS que
Demonstração de Resultados e da Demonstração não esteja apresentada noutros pontos das
de Fluxos de caixa e acerca dos riscos e demonstrações financeiras; e
incertezas que afectam a entidade e quaisquer c) proporcionar informação que não esteja
recursos e obrigações não reconhecidos no apresentada noutros pontos das
Balanço. demonstrações financeiras, mas que seja
relevante para uma compreensão de
qualquer uma delas.

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4.3-Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto e
4.4-Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas

Balanço

Da ta s
De sig na ç ã o No ta s
31/ 12/ 2016 31/ 12/ 2015
ACTIVO
Ac tivo s nã o c o rre nte s:
Im o b iliza ç õ e s c o rp ó re a s 4 68 000 000 65 300 000
MAPA DE REINTEGRAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

Empresa: XPTO SA Exercício 2016


Activo
im obilizado: Activo
Ano Número de Reintegração e amortizações
Valor de
anos de imobilizad
Descrição aquisição ou
utilidade o (valores
outro valor
esperada De líquidos)
Aquisiç Início de contabilístico, De exercícios
ão utilização na falta daquele
exercícios Acumuladas
anteriores Taxas Valores
1 2 3 4 5 6 7 8 9 = 6+8 10 = 4-9
….
Total geral 110 000 000 35 000 000 15 000 000 50 000 000 60 000 000

Balanço-Mapa Reint e Amort ≠ 8.000.000


4.3-Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto e
4.4-Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas

4 - Imobilizações corpóreas
4.3 - Movimentos ocorridos durante o exercício, no valor bruto
4 - Imobilizações corpóreas
Abates e/ou 4.4 - Movimentos ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas
Rubricas Saldo inicial Reavaliações Aumentos Alienações Saldo final
transferências

Terrenos e recursos naturais 10 000 000 10 000 000 Abates e/ou


Rubricas Saldo inicial Reavaliações Reforço Alienações Saldo final
transferências
Edifícios e outras construções 31 000 000 31 000 000
Terrenos e recursos naturais
Equipamento básico 25 000 000 10 000 000 35 000 000
Edifícios e outras construções 8 000 000 2 000 000 10 000 000
Equipamento de transporte 5 000 000 20 000 000 25 000 000
Equipamento básico 10 000 000 5 000 000 15 000 000
Equipamento administrativo 1 000 000 2 000 000 3 000 000
Equipamento de transporte 20 500 000 8 000 000 28 500 000
Imobilizado em curso 5 000 000 5 000 000
Equipamento administrativo 2 000 000 500 000 2 500 000
77 000 000 32 000 000 0 0 109 000 000 56 000 000
40 500 000 15 500 000
(A) (B)

(A)-(B)=53.000.000 ≠ 15.000.000
6-Investimentos em subsidiárias e associadas

Balanço Empresa subsidiária:


É aquela que é controlada por uma outra empresa
Exercíc io s (conhecida como empresa-mãe)
Desig nação Nota s Controlo:
2016 2015 É o poder de gerir as políticas operacionais e financeiras de
ACTIVO uma empresa a fim de obter benefícios das suas actividades

Activ os não corrente s:


Investim entos em subsid iá ria s e associa das 6 15 000 000 15 000 000 Empresa associada:
É aquela em que a detentora exerce uma influência significativa
e que não seja uma subsidiária.
Influência significativa detiver de forma directa ou
indirectamente, através das suas subsidiárias, mais de 20%.
6-INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS
6 - In v e st im e n t o s e m su b sid iá ria s e a sso c ia d a s
6. 1-C o m p o siç ã o
Efe c t u a r o p re e n c h im e n t o d o q u a d ro se g u in t e :

Sa ld o
Ru b ric a s Au m e n to s Dim in u iç õ e s Sa ld o fin a l
in ic ia l
Su b s id iá ria s :
P a rt e s d e c a p it a l ( a ) 10 000 000 10 000 000
….
As s o c ia d a s :
P a rt e s d e c a p it a l ( b ) 5 000 000 5 000 000
….
15 000 000 15 000 000
a ) P a rt e s d e c a p it a l e m su b sid iá ria s
b ) P a rt e s d e c a p it a l e m a sso c ia d a s
Se a e m p re sa n ã o fo r a q u e re la t a , in d ic a r q u e m é a e m p re sa -m ã e ,
q u a l o n o m e e fo rm a ju rid ic a e o n d e se e n c o n t ra lo c a liza d a a re sp e c t iv a se d e .

P re e n c h e r o q u a d ro se g u in t e :
C o nta s d a su b sid iá ria Q u a n t ia
% de % d e vo to s Va lo re s
Su b sid iá ria s C a p t a is Re su lt a d o b ru t a
p a rt ic ip a ç ã o d e t id o s d e t id o s
P ró p rio s d o p e río d o re g ist a d a
De sc re v e r, p o r su b sid iá ria , o s se -
g u in t e s d a d o s:
AAA Ld a 5 000 000 300 000 50% 50% 5 000 000 5 000 000
So c ie d a d e p o r q u o t a s
Av . Le n in e ,1111 Lu a n d a

P re e n c h e r o q u a d ro se g u in t e :
C o nta s d a a sso c ia d a Q u a n t ia
% de % d e vo to s Va lo re s
Su b sid iá ria s C a p t a is Re su lt a d o b ru t a
p a rt ic ip a ç ã o d e t id o s d e t id o s
P ró p rio s d o p e río d o re g ist a d a
De sc re v e r, p o r su b sid iá ria , o s se -
g u in t e s d a d o s:
XP TO SA 10 000 000 500 000 25% 25% 10 000 000 10 000 000
So c ie d a d e a n o n im a
Av . C h e G u e v a ra , 1111 Lu a n d a

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Existências nas empresas de serviços

2.4 Existências_Políticas Contabilísticas IAS 2 - Inventários


Devem ser reconhecidos como existências os bens que:
19. Até ao ponto em que os prestadores de serviços
Respeitem as condições gerais para o reconhecimento como tenham inventários, eles mensuram-nos pelos custos
activos. da sua produção. Esses custos consistem sobretudo
Satisfaçam uma ou mais das seguintes condições: nos custos de mão-de-obra e outros custos com o
pessoal directamente envolvido na prestação do
Sejam detidos para venda no decurso normal da actividade serviço, incluindo o pessoal de supervisão, e os gastos
operacional da empresa. gerais atribuíveis. A mão-de-obra e outros custos
Resultem do processo de produção da empresa e se relacionados com as vendas e com o pessoal geral
destinem à venda. administrativo não são incluídos, mas são
Se destinem a ser consumidos no processo de produção ou reconhecidos como gastos do período em que sejam
na prestação de serviços e que revistam a forma de incorridos. O custo dos inventários de um prestador
matérias ou materiais de consumo. de serviços não inclui as margens de lucro nem os
gastos gerais não atribuíveis que muitas vezes são
incluídos nos preços debitados pelos prestadores de
serviços
RESULTADOS TRANSITADOS

ÂMBITO
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Esta conta é utilizada para registar os resultados líquidos e
os dividendos antecipados provenientes do exercício Lucro 10.000 exercício de 2016 e Assembleia Geral em
15/03/2017:
anterior.Será movimentada subsequentemente de acordo
com a distribuição de lucros ou a cobertura de prejuízos
que for deliberada pelos detentores do capital. Re se rv a Le g a l (5%)-a rt.º 240º d a LSC 500
Re se rv a Esta tutá ria (10%) 1.000
Esta conta destina-se a registar igualmente:
Div id e nd o s 8.500
• A correcção dos erros fundamentais que devam afectar, To ta l 10.000
positiva ou negativamente, os capitais próprios, e não o
resultado do exercício.
• Os efeitos retrospectivos, negativos ou positivos, das
alterações de políticas contabilísticas.
• O imposto sobre os lucros derivados das situações acima
referidas. A contabilização efectuada por contrapartida da
conta 34.1 Imposto sobre os lucros.

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NOTA 33
33 - Re sulta d o s nã o o p e ra c io na is

Rub ric a s 2015 2014


ARTIGO 18º
Pro ve ito s e g a nho s nã o o p e ra c io na is
Re p o siç ã o d e p ro visõ e s
Existê nc ia s (No ta 8) 0 0
Co b ra nç a s d uvid o sa s (No ta 9) 0 0 d) As multas e todos os encargos pela prática de
O utro s risc o s e e nc a rg o s (No ta 18) 0 0
Anula ç ã o d e a m o rtiza ç õ e s e xtra o rd iná ria s 0 0
infracções de qualquer natureza;
G a nho s e m im o b iliza ç õ e s
G a nho s e m e xistê nc ia s
0
0
0
0
e) As indemnizações pagas pela ocorrência de
Re c up e ra ç ã o d e d ívid a s 0 0 eventos cujo risco seja segurável;
Be ne fíc io s d e p e na lid a d e s c o ntra tua is 0 0
De sc o ntinuid a d e d e o p e ra ç õ e s 0 0 f) Os custos de conservação e reparação de
Alte ra ç õ e s d e p o lític a s c o nta b ilístic a s 0 0
Co rre c ç õ e s re la tiva s a e xe rc íc io s a nte rio re s 0 0 imóveis arrendados, considerados como custos
O utro s p ro ve ito s e g a nho s nã o o p e ra c io na is 0 0
0 0 no apuramento do Imposto Predial Urbano;
Custo s e p e rd a s nã o o p e ra c io na is
Pro visõ e s
g) Correcções da matéria colectável relativas a
Existê nc ia s (No ta 8) 0 0
Co b ra nç a s d uvid o sa s (No ta 9) 0 0
exercícios anteriores, bem como as correcções
O utro s risc o s e e nc a rg o s (No ta 18)
Am o rtiza ç õ e s e xtra o rd iná ria s
0
0
0
0
extraordinárias do exercício;
Pe rd a s e m im o b iliza ç õ e s 0 0
Pe rd a s e m e xistê nc ia s 0 0
Dívid a s inc o b rá ve is 0 0
Multa s e p e na lid a d e s c o ntra tua is 0 0
De sc o ntinuid a d e d e o p e ra ç õ e s 0 0
Alte ra ç õ e s d e p o litic a s c o nta b ilistic a s 0 0
Co rre c ç õ e s re la tiva s a e xe rc íc io s a nte rio re s 0 0
O utro s c usto s e p e rd a s nã o o p e ra c io na is 0 0
0 0

05/27/2020 magroconsulting@gmail.com - Tel 923454677 27


IAS 7-DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (Objectivos)

A informação acerca dos fluxos de caixa de uma entidade é útil ao proporcionar aos utentes das
demonstrações financeiras uma base para determinar a capacidade da entidade para gerar
dinheiro e equivalentes e determinar as necessidades da entidade de utilizar esses fluxos de
caixa. As decisões económicas que sejam tomadas pelos utentes exigem uma avaliação da
capacidade de uma entidade de gerar dinheiro e seus equivalentes e a tempestividade e certeza da
sua geração.
O objectivo desta Norma é o de exigir o fornecimento de informação acerca das alterações
históricas de caixa e seus equivalentes de uma entidade por meio de uma demonstração dos fluxos
de caixa que classifique os fluxos de caixa durante o período proveniente das actividades
operacionais, de investimento e de financiamento.
IAS 7- DEFINIÇÕES
DESCRIÇÃO DEFINIÇÃO
Caixa Compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem.
São investimentos a curto prazo, altamente líquidos, que sejam
Equivalentes de caixa (dinheiro) prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que
estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

São influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, saídas) de


Fluxos de caixa caixa e seus equivalentes.

São as principais actividades produtoras de rédito da entidade e outras


Actividades operacionais  actividades que não sejam de investimento ou de financiamento.

São a aquisição e a alienação de activos a longo prazo e de outros


Actividades de investimento  investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.

São as actividades que têm como consequência alterações na dimensão e


Actividades de financiamento  na composição do capital próprio contribuído e nos empréstimos obtidos
pela entidade.
VANTAGENS E INCONVENIENTES DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE
CAIXA

• Esta abordagem possibilita a comparabilidade das “performances” operacionais


divulgadas pelas diferentes empresas, visto que elimina os efeitos da utilização de
diferentes tratamentos contabilísticos para as mesmas transacções ou operações.
Os fluxos de caixa não são afectados por certos movimentos contabilísticos,
designadamente os registos nas contas de “acréscimos” e “diferimentos”
• Para uma empresa sobreviver é essencial que tenha ou administre dinheiro. A
demonstração dos fluxos mostra a capacidade de uma empresa gerar fluxos
monetários, bem como a qualidade dos seus resultados. Os accionistas, potenciais
investidores, credores e outros utentes da informação contabilística estão
preocupados com a capacidade da empresa de cumprir com as suas obrigações
quando da data do seu vencimento

Av. Comandante Valódia, nº5-5º Apart. 53 - Luanda Telefone e


fax 222430583 -Telemóvel 923454677 jlmagro@snet.co.ao - 30
adelaidemagro@netcabo.pt
VANTAGENS E INCONVENIENTES DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS
DE CAIXA

• Os documentos de prestação de contas não têm em conta a inflação, pelo que


muitos procuram um padrão concreto (Fluxos de Caixa) para avaliar o sucesso ou a
falência das operações empresariais;
• Trata-se de uma medida de “performance” relativamente simples que pode ser
facilmente assimilada pelos utentes não especializados em análise financeira;
• Juntamente com o Balanço e a Demonstração dos Resultados, o mapa em causa
permite que os utentes avaliem melhor as alterações havidas na situação
financeira, incluindo a liquidez e a solvabilidade. Possibilita ainda o cálculo do valor
presente dos fluxos de caixa futuros das empresas;

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VANTAGENS E INCONVENIENTES DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS
DE CAIXA

CONTRA: • Sendo uma metodologia baseada nos movimentos da Caixa, não traduz
a complexidade dos aspectos da gestão financeira das empresas,
designadamente os que estão próximos de Caixa ou da liquidez;
• As informações proporcionadas pela Demonstração dos Fluxos de Caixa
são, em si próprias, limitadas. Para que se tornem úteis aos leitores e
analistas, o mapa deve ser analisado juntamente com o Balanço e a
Demonstração dos Resultados;
• Se bem que seja mais difícil a adopção de “operação de cosmética” na
preparação da Demonstração dos Fluxos de Caixa, tal também é possível
de vir a acontecer.

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CICLOS DE ACTIVIDADE DE UMA EMPRESA

Descrição Moageira Vende Formador


Fuba
Volume de negócio 100.000 100.000 100.000
Prazo médio de recebimento 60 30 0
(dias)
Prazo médio de pagamento 50 40 30
(dias)
Bancos com quem trabalha 8 4 2
(nº)
FALIDA COM LUCRO VS SÓLIDA COM PREJUIZO

Peter Drucker, considerado o “Pai” da Gestão Moderna, defende, na


sua extensa obra, que uma empresa pode operar sem lucros por
muitos anos, desde que possua um fluxo de caixa adequado, mas que
o oposto não é aconselhável, realçando assim o efeito nefasto de um
aperto de liquidez.
FONTE DE INFORMAÇÃO E FASES DE ELABORAÇÃO

1. Determinação da variação de caixa;


A diferença entre caixa dos balanços inicial e final pode ser imediatamente
calculada a partir da comparação de balanços;
2. Determinação dos Fluxos de Caixa das operações
Esta fase é a mais complexa porque envolve a análise da demonstração dos
resultados do período e dos balanços comparativos, bem como a análise de alguns
dados das operações;
 3. Demonstração dos fluxos de caixa das actividades de investimento e de
financiamento;
Todas as outras variações das contas do Balanço devem ser analisadas para
determinar o correspondente efeito em caixa.

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