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Laudo de Avaliação

RJ-0084/12-01

MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A

MANDI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO VESTUÁRIO S/A


LAUDO: RJ-0084/12-01

DATA BASE: 29 de fevereiro de 2012.

SOLICITANTE: INBRANDS S.A., sociedade anônima, com sede à Rua Coronel Luís Barroso, nº 151, Santo Amaro, cidade e estado de
São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 09.054.385/0001-44, doravante denominada INBRANDS.

OBJETOS: MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A, sociedade anônima, com sede à Rua Brejo Alegre, nº 690, 3º andar, sala 3,
Brooklin, São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o nº 13.497.828/0001-49, doravante denominada
MANDI HOLDING;

MANDI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO VESTUÁRIO S/A, sociedade anônima, com sede à Rua Brejo Alegre, nº 690, 2º
andar, Brooklin, São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o nº 12.950.076/0001-67, doravante
denominada MANDI.

OBJETIVO: Determinação do valor econômico das ações de MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A, que tem como controlada
operacional a empresa MANDI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VESTUÁRIOS S/A, nos termos do Art. 8º da Lei das S/A.

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SUMÁRIO EXECUTIVO

A APSIS foi nomeada por INBRANDS para determinação do valor econômico das ESTIMATIVAS
ações de Mandi Holding Participações S/A, que tem como controlada
A partir do Fluxo de Caixa Líquido projetado de MANDI para 5 anos, e
operacional a empresa Mandi Indústria e Comércio de Vestuários S/A, nos
considerando perpetuidade a partir do ANO 6, descontamos estes valores ao
termos do Art. 8º da Lei das S/A.
valor presente, utilizando taxa de desconto real de 10,0% a.a.
No presente relatório, utilizamos a metodologia de rentabilidade futura para
EVENTO SUBSEQUENTE
determinar o valor econômico de MANDI.
Foi considerado o evento subsequente:
A metodologia de rentabilidade futura baseia-se na análise retrospectiva,
“Dropdown do acervo líquido Juice&Culture” que aumentou o capital da
projeção de cenários e em fluxos de caixa descontados. A modelagem
empresa em R$ 1,00.
econômico-financeira inicia-se com as definições das premissas
macroeconômicas, de vendas, de produção, custos e investimentos da empresa
ou unidade de negócio que está sendo avaliada. As premissas macroeconômicas
utilizadas neste trabalho estão baseadas nas estimativas divulgadas pelo IBGE,
BANCO CENTRAL, BNDES, etc.

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VALOR FINAL ENCONTRADO

Com base nos estudos apresentados realizados pela APSIS, na data base de 29 de fevereiro de 2012, considerando-se o evento subsequente anteriormente descrito, os
avaliadores concluem o seguinte valor para a MANDI HOLDING:

MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

SALDOS
SALDOS AJUSTE DE AJUSTES SALDOS
AJUSTADOS
BALANÇO PATRIMONIAL - (R$ mil) EM EQUIVALÊNCIA A A
EM
29/02/2012 (*) MERCADO MERCADO
29/02/2012

ATIVO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PERMANENTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Investimentos: 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
- Mandi Indústria e Comércio de Vestiário S.A. 100,00% 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
TOTAL DO ATIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
PASSIVO CIRCULANTE 9 0 9 0 9
Outras Contas a Pagar 9 0 9 0 9
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.587 -1.925 662 25.485 26.147
Capital Social 2.600 0 2.600 0 2.600
Resultado do exercício 0 0 0 0 0
Prejuízos Acumulados -13 -1.925 -1.938 0 -1.938
Ajustes a Mercado 0 0 0 25.485 25.485
TOTAL DO PASSIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000
Valor por ações 0,994886 -0,740307 0,254579 9,802008 10,056587
(*) Ajuste de equivalência patrimonial em controlada na data base.

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taxa de retorno esperado 9,5% 10,0% 10,5%
taxa de crescimento perpetuidade 3,0% 3,0% 3,0%

V ALOR DE ECONÔMICO R$ (mil)

LUCRO LÍQUIDO DESCONTADO 6.564 6.446 6.330

VALOR RESIDUAL DESCONTADO 48.186 43.855 40.120

VALOR OPERACIONAL DO MANDI R$ (mil) 54.750 50.301 46.450

ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (24.145) (24.145) (24.145)


ATIVO NÃO OPERACIONAL - - -

VALOR ECONÔMICO DE MANDI 30.605 26.156 22.305

Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000


Valor por ação 11,771121 10,059979 8,578822

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 6

2.PRINCÍPIOS E RESSALVAS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7

3.LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 8

4.CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9

5.METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10

6.MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 12

7.CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 18

8.RELAÇÃO DE ANEXOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 19

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1. INTRODUÇÃO

A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL Ltda., doravante denominada APSIS, com A equipe da APSIS responsável pela realização deste trabalho é constituída pelos
sede na Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar, Centro, na Cidade e Estado do Rio seguintes profissionais:
de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 27.281.922/0001-70, foi nomeada por
 AMILCAR DE CASTRO
INBRANDS para elaboração de relatório de projeções econômicas, para Diretor comercial
Bacharel em Direito
determinação do valor de mercado MANDI HOLDING, que tem como controlada  ANA CRISTINA FRANÇA DE SOUZA
Sócia-diretora
operacional a empresa MANDI, pela abordagem da renda (Fluxo de Caixa Engenheira civil, Pós-graduada em Ciências Contábeis (CREA/RJ 91.1.03043-4)
Descontado), para fins de determinar o valor do aumento de capital a ser  ANTÔNIO LUIZ FEIJÓ NICOLAU
Diretor operacional
realizado em INBRANDS S/A.  ANTÔNIO REIS SILVA FILHO
Diretor
Na elaboração deste trabalho, foram utilizados dados e informações fornecidos Engenheiro civil, Mestrado em Administração de Empresas (CREA/SP 107.169)
 BETINA DENGLER
por terceiros, na forma de documentos e entrevistas verbais com o cliente. As Gerente de projetos

estimativas utilizadas neste processo estão baseadas nos documentos e  CARLOS MAGNO SANCHES
Gerente de projetos
informações, os quais incluem, entre outros, os seguintes:  ERIVALDO ALVES DOS SANTOS FILHO
Contador (CRC/RJ 100990/O-1)
 Demonstrações financeiras da empresa na data base;  FELLIPE F. ROSMAN
Gerente de projetos
 Dados históricos disponíveis; e  JOÃO ARTHUR SANTOS
Gerente de projetos
 LUIZ PAULO CESAR SILVEIRA
 Projeções plurianuais da empresa. Diretor superintendente
Engenheiro mecânico, Mestrado em Administração de Empresas (CREA/RJ 89.1.00165-1)
 MARGARETH GUIZAN DA SILVA OLIVEIRA
Diretora
Engenheira civil (CREA/RJ 91.1.03035-3)
 MAURÍCIO EMERICK
Supervisor de projetos
 RENATA POZZATO CARNEIRO MONTEIRO
Diretora superintendente
 RICARDO DUARTE CARNEIRO MONTEIRO
Sócio-diretor
Engenheiro civil, Pós-graduado em Engenharia Econômica (CREA/RJ 30137-D)
 SERGIO FREITAS DE SOUZA
Diretor
Economista (CORECON/RJ 23521-0)

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2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS

O relatório objeto do trabalho enumerado, calculado e particularizado obedece criteriosamente os princípios fundamentais descritos a seguir:

 Os consultores e avaliadores não têm inclinação pessoal em relação à  O relatório foi elaborado pela APSIS e ninguém, a não ser os seus próprios
matéria envolvida neste relatório, bem como não há qualquer outra consultores, preparou as análises e respectivas conclusões.
circunstância relevante que possa caracterizar conflito de interesses.
 Para efeito de projeção partimos do pressuposto da inexistência de ônus ou
 No melhor conhecimento e crédito dos consultores, as análises, opiniões e gravames de qualquer natureza, judicial ou extrajudicial, atingindo as
conclusões expressas no presente relatório são baseadas em dados, empresas em questão, que não as listadas no presente relatório.
diligências, pesquisas e levantamentos verdadeiros e corretos.
 O presente relatório atende a especificações e critérios estabelecidos pelas
 O relatório apresenta todas as condições limitativas impostas pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e das normas
metodologias adotadas, que afetam as análises, opiniões e conclusões de avaliação internacionais contidas nos Uniform Standards of Professional
contidas no mesmo. Appraisal Practice (USPAP), e também nos International Valuation
Standards (IVS), além das exigências impostas por diferentes órgãos, tais
 Os honorários profissionais da APSIS não estão, de forma alguma, sujeitos às
como: Ministério da Fazenda, Banco Central, Banco do Brasil, CVM –
conclusões deste relatório.
Comissão de Valores Mobiliários, SUSEP - Superintendência de Seguros
Privados, RIR – Regulamento de Imposto de Renda, etc.
 A APSIS assume total responsabilidade sobre a matéria de Engenharia de
Avaliações, incluídas as implícitas, para o exercício de suas honrosas
 No curso de nosso trabalho, os controladores e administradores das
funções, precipuamente estabelecidas em leis, códigos ou regulamentos
companhias envolvidas não direcionaram, limitaram, dificultaram ou
próprios.
praticaram quaisquer atos que tenham ou possam ter comprometido o
acesso, a utilização ou o conhecimento de informações, bens, documentos
 No presente relatório assumem-se como corretas as informações recebidas
ou metodologias de trabalho relevantes para a qualidade de nossas
de terceiros, sendo que as fontes das mesmas estão contidas no referido
conclusões.
relatório.

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3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE

 Para elaboração deste relatório, a APSIS utilizou informações e dados de  Não nos responsabilizamos por perdas ocasionais à solicitante e suas
históricos auditados por terceiros ou não auditados e dados projetados não controladas, a seus sócios, diretores, credores ou a outras partes como
auditados, fornecidos por escrito ou verbalmente pela administração da consequência da utilização dos dados e informações fornecidos pela
empresa ou obtidos das fontes mencionadas. Sendo assim, a APSIS assumiu empresa e constantes neste relatório.
como verdadeiros os dados e informações obtidos para este relatório e não
 As análises e as conclusões contidas neste relatório baseiam-se em diversas
tem qualquer responsabilidade com relação a sua veracidade.
premissas, realizadas na presente data, de projeções operacionais futuras,
 O escopo deste trabalho não incluiu auditoria das demonstrações tais como: preços, volumes, participações de mercado, receitas, impostos,
financeiras ou revisão dos trabalhos realizados por seus auditores. investimentos, margens operacionais, etc. Assim, os resultados
operacionais futuros da empresa podem vir a ser diferentes de qualquer
 Nosso trabalho foi desenvolvido unicamente para o uso da solicitante,
previsão ou estimativa contida neste relatório.
visando ao objetivo já descrito. Portanto, este relatório não deverá ser
publicado, circulado, reproduzido, divulgado ou utilizado para outra
finalidade que não a já mencionada sem a aprovação prévia e por escrito
da APSIS.

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4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A marca brasileira Mandi nasceu em 2002 com o propósito de unir estilo e


conforto para o homem urbano, que transitava naturalmente por diferentes
locais e culturas, de paixões esportivas e aspirações criativas.

Em 2004, o empresário Alexandre Brett assumiu a operação da marca,


incorporando-a ao grupo BR Labels, juntamente com VR, VR Kids e Calvin Klein,
formando assim a multimarca Mandi & Co.

A partir de 2008, a Mandi estendeu sua linha também para o universo feminino
e, em 2010, Tico Sahyoun assume a direção e criação da Mandi e leva sua LOS
DOS para fazer parte da Mandi & Co.

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5. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

ABORDAGEM DA RENDA: FLUXO DE CAIXA FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DO CAPITAL INVESTIDO


Lucro antes de itens não-caixa, juros e impostos (EBITDA)
Esta metodologia define a rentabilidade da empresa como sendo o seu valor
( - ) Itens não-caixa (depreciação e amortização)
operacional, equivalente ao valor descontado do fluxo de caixa líquido futuro. ( = ) Lucro líquido antes dos impostos (EBIT)
Este fluxo é composto pelo lucro líquido após impostos, acrescidos dos itens não ( - ) Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CSSL)
( = ) Lucro líquido depois dos impostos
caixa (amortizações e depreciações) e deduzidos investimentos em ativos
( + ) Itens não-caixa (depreciação e amortização)
operacionais (capital de giro, plantas, capacidade instalada, etc.). ( = ) Fluxo de caixa bruto
( - ) Investimentos de capital (CAPEX)
O período projetivo do fluxo de caixa líquido é determinado levando-se em
( + ) Outras entradas
consideração o tempo que a empresa levará para apresentar uma atividade ( - ) Outras saídas
operacional estável, ou seja, sem variações operacionais julgadas relevantes. O ( - ) Variação do capital de giro
( = ) Fluxo de caixa líquido
fluxo é então trazido a valor presente, utilizando-se uma taxa de desconto, que
irá refletir o risco associado ao mercado, empresa e estrutura de capital.

FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO VALOR RESIDUAL

Para o cálculo do fluxo de caixa líquido utilizamos como medida de renda o Após o término do período projetivo é considerada a perpetuidade, que
Capital Investido, conforme o quadro a seguir, baseado nas teorias e práticas contempla todos os fluxos a serem gerados após o último ano da projeção e seus
econômicas mais comumente aceitas no mercado, especialmente das obras: respectivos crescimentos. O valor residual da unidade de negócio
(perpetuidade) geralmente é estimado pelo uso do modelo de crescimento
 DAMODARAN, Aswath. Avaliação: Princípios e Prática. In: ______ (Autor)
constante. Este modelo assume que, após o fim do período projetivo, o saldo do
Finanças Corporativas: teoria e prática. 2ª Edição. Porto Alegre: Bookman,
período terá um crescimento perpétuo constante. O mesmo calcula o valor da
2004. p. 611-642.
perpetuidade no último ano do período projetivo, através do modelo de
 PRATT, Shannon P. Income Approach: Discounted Economic Income
progressão geométrica, transportando-o, em seguida, para o primeiro ano de
Methods. In: ______ (Autor) Valuing a Business: The Analysis and Appraisal
projeção.
of Closely Held Companies. 3ª Edição. EUA: Irwin Professional Publishing,
1996. p. 149-202.

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TAXA DE DESCONTO
Custo do capital Re = Rf + beta*(Rm – Rf) + Rp + Rs
próprio
A taxa de desconto a ser utilizada para calcular o valor presente dos
rendimentos determinados no fluxo de caixa projetado representa a Rf Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do
Tesouro Americano para títulos de 30 anos, considerando a
rentabilidade mínima exigida pelos investidores, considerando que a unidade de inflação americana de longo prazo.
negócio será financiada parte por capital próprio, o que exigirá uma Rm Risco de mercado – mede a valorização de uma carteira
totalmente diversificada de ações para um período de 30
rentabilidade maior que a obtida numa aplicação de risco padrão, e parte por anos.
capital de terceiros. Rp Risco País – representa o risco de se investir num ativo no
país em questão em comparação a um investimento similar
Esta taxa é calculada pela metodologia WACC - Weighted Average Cost of em um país considerado seguro.
Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média ponderada Rs Prêmio pelo tamanho: relacionado com o tamanho da
empresa.
do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital (próprio e de
beta d Ajusta o risco de mercado para o risco de um setor
terceiros), descritos ao lado. específico.
beta r (alavancado) Ajusta o beta do setor para o risco da empresa.

VALOR ECONÔMICO DA UNIDADE DE NEGÓCIO Custo do capital de Rd = Rf (*) + alfa + Rp


terceiros
O fluxo de caixa líquido do capital investido é gerado pela operação global da
Rf (*) Taxa livre de risco – baseado na taxa de juros anual do
empresa, disponível para todos os financiadores de capital, acionistas e demais Tesouro Americano para títulos de 10 anos, considerando a
investidores. Sendo assim, para a determinação do valor dos acionistas, é inflação americana.
Alfa Risco Específico – representa o risco de se investir na
necessária a dedução do endividamento geral com terceiros.
empresa em análise.
Outro ajuste necessário é a inclusão dos ativos não operacionais, ou seja,
Taxa de desconto WACC = (Re x We) + Rd (1 –t) x Wd
aqueles que não estão consolidados nas atividades de operação da unidade de
negócio, sendo acrescidos ao valor operacional encontrado. Re = Custo do capital próprio.
Rd = Custo do capital de terceiros.
We = Percentual do capital próprio na estrutura de capital.
Wd = Percentual do capital de terceiros na estrutura de capital.
T= Taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social da
companhia.

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6. MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA

No presente relatório, utilizamos a metodologia de rentabilidade futura para a No Anexo 1, apresentamos detalhadamente a modelagem econômico-
determinação do valor econômico da empresa objeto em regime stand alone financeira, cujas projeções operacionais foram baseadas nos relatórios
(sem considerar sinergias com outras empresas do grupo ou segmento). gerenciais apresentados pela empresa.

A modelagem econômico-financeira foi conduzida de forma a demonstrar sua A seguir, serão apresentadas as premissas utilizadas na projeção.
capacidade de geração de caixa, no período de tempo considerado, tendo sido
utilizadas, basicamente, as informações já citadas anteriormente.

As projeções foram realizadas para o período julgado necessário, sob plenas


condições operacionais e administrativas em um cenário conservador, com as
seguintes premissas para todas as empresas:

 A metodologia está baseada na geração de fluxo de caixa livre descontado;

 Para determinação do valor da empresa foi considerado um período de 5


(cinco) anos;

 Para período anual foi considerado o ano fiscal de 1 de março até 29 de


fevereiro;

 O fluxo foi projetado em termos reais, não considerando o efeito da


inflação, e o valor presente calculado com taxa de desconto real;

 A não ser quando indicado, os valores foram expressos em milhares de


reais; e

 Para a realização da previsão dos resultados nos exercícios futuros das


empresas, utilizou-se o balanço patrimonial em 29 de fevereiro de 2012
como balanço de partida.

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PREMISSAS PARA PROJEÇÃO DE RESULTADOS

ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA

RECEITA  Foi utilizada uma receita líquida de R$ 76.622 mil no ANO 1, com crescimentos anuais  Considerados, de forma conservadora, o
OPERACIONAL BRUTA atingindo R$ 122.128 mil no ANO 5. histórico e os relatórios gerenciais da
(ROB) empresa.

IMPOSTOS  Foi utilizada uma taxa de 24,97% sobre a ROB para todo o período projetivo.  Considerados, de forma conservadora, o
histórico e os relatórios gerenciais da
empresa.

RECEITA  Foi utilizada uma receita líquida de R$ 57.486 mil no ANO 1, com crescimentos anuais  Considerados, de forma conservadora, o
OPERACIONAL atingindo R$ 91.627 mil no ANO 5. histórico e os relatórios gerenciais da
LÍQUIDA (ROL) empresa.

CUSTO DOS SERVIÇOS  Foi utilizado um custo dos serviços prestados de R$ 35.291 mil no ANO 1, com  Considerados, de forma conservadora, o
PRESTADOS crescimentos anuais atingindo R$ 56.251 mil no ANO 5. histórico e os relatórios gerenciais da
empresa.

DESPESAS  Despesas com vendas: Foi utilizada uma despesa de R$ 15.623 mil no ANO 1, com  Considerados, de forma conservadora, o
OPERACIONAIS crescimentos anuais atingindo R$ 20.139 mil no ANO 5. histórico e os relatórios gerenciais da
empresa.
 Gerais e administrativas: Foi utilizada uma despesa de R$ 3.447 mil no ANO 1, com
crescimentos anuais atingindo R$ 4.590 mil no ANO 5.

IR/CSLL  Foi utilizada uma alíquota de 34% a.a. por todo o período projetivo.  Alíquota fixa.

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CAPITAL DE GIRO INVESTIMENTOS

Foram consideradas as seguintes contas para o cálculo de capital de giro: Foram considerados investimentos para manutenção da depreciação e
amortização.
ATIVO CIRCULANTE:
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTO
 Clientes: 51 dias da Receita Líquida;
A taxa de desconto foi calculada pela metodologia WACC - Weighted Average
 Impostos a recuperar: 4 dias da Receita Líquida;
Cost of Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média
 Adiantamento: 15 dias da Receita Líquida;
ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital
 Outros Créditos: 2 dias da Receita Líquida; (próprio e de terceiros). Os valores dos parâmetros utilizados para o cálculo da
taxa de desconto constam no Anexo 1 desta avaliação. Destacamos abaixo as
 Estoques: 115 dias do Custo dos Produtos Vendidos.
principais fontes destes parâmetros:
PASSIVO CIRCULANTE:
 Taxa livre de Risco: Corresponde ao yield, em 29/02/2012, do US T-Bond 30
 Fornecedores: 68 dias do Custo dos Produtos Vendidos; anos (Federal Reserve);
 Imposto a Recolher: 9 dias do Custo dos Produtos Vendidos;  Beta d: equivalente ao Beta médio da área, pesquisado no banco de dados
 Salários e Pró-Labore: 3 dias dos Custos dos Produtos Vendidos; Bloomberg, programa fornecido pela empresa de mesmo nome, com dados
do mercado de ações e informações financeiras. Os dados fornecidos pelo
 Provisões: 6 dias dos Custos dos Produtos Vendidos;
Bloomberg são os betas alavancados de empresas diferentes, com
 Outras Obrigações: 22 dias dos Custos dos Produtos Vendidos. estruturas de capital relativas às mesmas. Desalavancamos os betas
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO relativos a cada uma das empresas, considerando as respectivas estruturas
de capital. Assim, achamos os respectivos betas brutos. Calculamos a média
Foi considerada uma taxa de 10,0% a.a. de depreciação sobre os Ativos
dos betas brutos encontrados, para daí alavancarmos a mesma com a
Imobilizados e sobre os Ativos intangíveis do balanço na data base e sobre os
estrutura de capital da empresa sendo analisada. Este cálculo é necessário
novos investimentos.
para corrigir as possíveis distorções no cálculo do beta geradas pela
diferença na estrutura de capital de cada empresa;

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 Risco Específico (Alfa): O modelo para formação do custo da dívida (Rd) é CÁLCULO DO VALOR OPERACIONAL
feito “de trás pra frente”, de forma a evitar distorções na aplicação de
A partir do Fluxo de Caixa Operacional projetado para os próximos 5 anos e do
modelos desenvolvidos para mercados maduros (como o norte-americano)
valor residual da empresa a partir de então (considerando uma taxa de
no jovem mercado brasileiro. O primeiro passo é determinar o custo de
crescimento na perpetuidade de 3,0%), descontamos estes valores a valor
captação para o setor em análise ou para a empresa, caso ela tenha um
presente, utilizando a taxa de desconto nominal descrita no item anterior.
porte que possibilite um tratamento diferenciado pelas instituições
financeiras. No caso de MANDI, utilizamos um custo de captação nominal ATIVOS NÃO OPERACIONAIS

em dólares de 12,0% a.a. Conhecendo este custo, o Risco Brasil e a Taxa Não foram considerados ativos não operacionais nesta análise.
Livre de Risco (Rf), chega-se, por consequência, a um alfa implícito de
ANÁLISE DO CAIXA LÍQUIDO
8,1%;
Analisando os dados constantes do balanço patrimonial do acervo
 Prêmio de Risco Ibbotson (Spread entre SP500 e US T-Bond 30 anos de
correspondente à MANDI, chegamos a um endividamento líquido de R$ 24.145
6,14%, somado ao prêmio pelo tamanho de 3,89%);
mil, detalhado conforme o quadro abaixo:
 Risco Brasil: Portal Brasil (29/02/2012);
Balanço do MANDI IND E COM VEST S/A 29/02/2012
 Taxa livre de Risco: Corresponde ao yield, em 29/02/2012, do US T-Bond 10 Caixa e Equivalente de Caixa 182
anos (Federal Reserve); Empréstimos e Financiamentos (20.723)
Duplicatas Descontadas (1.987)
 Utilizada uma inflação americana projetada de 2,0% ao ano. Conta Corrente de Sócios (1.434)
Total de Endividamento (24.145)
Por fim, com os parâmetros utilizados no cálculo, chegamos a uma taxa de
desconto real de 10,0% a.a.

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VALOR ECONÔMICO DE MANDI

Sintetizando os itens anteriormente mencionados, detalhados no Anexo 1, chega-se aos seguintes valores:

taxa de retorno esperado 9,5% 10,0% 10,5%


taxa de crescimento perpetuidade 3,0% 3,0% 3,0%

V ALOR DE ECONÔMICO R$ (mil)

LUCRO LÍQUIDO DESCONTADO 6.564 6.446 6.330

VALOR RESIDUAL DESCONTADO 48.186 43.855 40.120

VALOR OPERACIONAL DO MANDI R$ (mil) 54.750 50.301 46.450

ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (24.145) (24.145) (24.145)


ATIVO NÃO OPERACIONAL - - -

VALOR ECONÔMICO DE MANDI 30.605 26.156 22.305

Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000


Valor por ação 11,771121 10,059979 8,578822

Laudo RJ-0084/12-01 16
VALOR ECONÔMICO DE MANDI HOLDING

Com base nos estudos apresentados realizados pela APSIS, na data base de 29 de fevereiro de 2012, considerando-se o evento subsequente listado e a participação de
100,00% que MANDI HOLDING detém em MANDI, os avaliadores concluem o seguinte valor para MANDI HOLDING:

MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

SALDOS
SALDOS AJUSTE DE AJUSTES SALDOS
AJUSTADOS
BALANÇO PATRIMONIAL - (R$ mil) EM EQUIVALÊNCIA A A
EM
29/02/2012 (*) MERCADO MERCADO
29/02/2012

ATIVO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PERMANENTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Investimentos: 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
- Mandi Indústria e Comércio de Vestiário S.A. 100,00% 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
TOTAL DO ATIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
PASSIVO CIRCULANTE 9 0 9 0 9
Outras Contas a Pagar 9 0 9 0 9
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.587 -1.925 662 25.485 26.147
Capital Social 2.600 0 2.600 0 2.600
Resultado do exercício 0 0 0 0 0
Prejuízos Acumulados -13 -1.925 -1.938 0 -1.938
Ajustes a Mercado 0 0 0 25.485 25.485
TOTAL DO PASSIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000
Valor por ações 0,994886 -0,740307 0,254579 9,802008 10,056587
(*) Ajuste de equivalência patrimonial em controlada na data base.

Laudo RJ-0084/12-01 17
7. CONCLUSÃO

À luz dos exames realizados na documentação anteriormente mencionada e tomando por base estudos da APSIS, concluíram os peritos que o valor econômico por ação
da MANDI HOLDING é de R$ 10,056587 (dez reais, zero cinco seis cinco oito sete centavos).

O laudo de avaliação RJ-0084/12-01 foi elaborado sob a forma de Laudo Digital (documento eletrônico em Portable Document Format - PDF), com a certificação
digital dos responsáveis técnicos e impresso pela APSIS, composto por 19 (dezenove) folhas digitadas de um lado e 02 (dois) anexos. A APSIS Consultoria Empresarial
Ltda., CREA/RJ 82.2.00620-1 e CORECON/RJ RF/2.052-4, empresa especializada em avaliação de bens, abaixo representada legalmente pelos seus diretores, coloca-se
à disposição para quaisquer esclarecimentos que, porventura, se façam necessários.

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012.

AMILCAR Assinado de forma digital por


AMILCAR DE
CARLOS Assinado de forma digital por
CARLOS MAGNO ANTUNES
SANCHES:10456264736
CASTRO:87719720725
MAGNO
DE DN: c=BR, o=ICP-Brasil,
ou=Secretaria da Receita Federal do
DN: c=BR, o=ICP-Brasil,
ou=Secretaria da Receita Federal do
Brasil - RFB, ou=RFB e-CPF A3, ANTUNES Brasil - RFB, ou=RFB e-CPF A3,

CASTRO:87 ou=(EM BRANCO), ou=Autenticado


por Certisign Certificadora Digital,
cn=AMILCAR DE SANCHES:104
ou=(EM BRANCO), ou=Autenticado
por Certisign Certificadora Digital,
cn=CARLOS MAGNO ANTUNES

719720725 CASTRO:87719720725
Dados: 2012.04.20 18:31:15 -03'00' 56264736
SANCHES:10456264736
Dados: 2012.04.20 18:31:49 -03'00'

Diretor (a) Gerente de Projetos

Laudo RJ-0084/12-01 18
8. RELAÇÃO DE ANEXOS

1. CÁLCULOS AVALIATÓRIOS

2. GLOSSÁRIO E PERFIL DA APSIS

SÃO PAULO – SP RIO DE JANEIRO – RJ


Av. Angélica, 2503 Conj. 42 Rua da Assembleia, nº 35, 12º andar
Consolação, CEP: 01227-200 Centro, CEP: 20011-001
Tel.: + 55 11 3666-8448 Fax: + 55 11 3662-5722 Tel.: + 55 21 2212-6850 Fax: + 55 21 2212-6851

Laudo RJ-0084/12-01 19
ANEXO 1
LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - DADOS

MANDI ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5


(R$ mil)
% crescimento da ROB 20,0% 15,0% 10,0% 5,0%
RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB) 76.622 91.946 105.738 116.312 122.128
Atacado 48.744 58.493 67.267 73.994 77.694
Varejo 27.878 33.453 38.471 42.318 44.434
DEDUÇÕES DA ROB (19.136) (22.963) (26.407) (29.048) (30.501)

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (35.291) (42.350) (48.702) (53.572) (56.251)

DESPESAS OPERACIONAIS (19.070) (21.199) (23.114) (24.583) (25.391)


Despesas Com Vendas (15.623) (17.367) (18.936) (20.139) (20.801)
Gerais e administrativas (3.447) (3.832) (4.178) (4.444) (4.590)

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 1/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - CAPITAL DE GIRO

CAPITAL DE GIRO - MANDI ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5


(R$ mil)
USOS 22.799 27.359 31.462 34.609 36.339
Clientes 8.215 9.859 11.337 12.471 13.095
Impostos a recuperar 625 750 862 948 996
Adiantamentos 2.362 2.834 3.259 3.585 3.764
Outros Créditos 323 388 446 491 515
Estoques 11.274 13.528 15.558 17.113 17.969
FONTES 10.591 12.710 14.616 16.078 16.882
Fornecedores 6.658 7.989 9.188 10.106 10.612
Imposto a Recolher 919 1.103 1.269 1.396 1.466
Salários e Pró-Labore 271 325 374 411 432
Provisões 545 655 753 828 869
Outras Obrigações 2.198 2.637 3.033 3.336 3.503
CAPITAL DE GIRO 12.207 14.649 16.846 18.531 19.457
VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO 2.136 2.441 2.197 1.685 927

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 2/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - IMOBILIZADO

IMOBILIZADO - MANDI ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

(R$ mil) 31/12/2011

Investimentos - 1.091 1.200 1.320 1.452 1.597


Investimento acumulado - 1.091 2.291 3.611 5.064 6.661
Depreciação investimento - 109 229 361 506
Custo original 5.402 5.402 5.402 5.402 5.402 5.402
Valor residual 5.402 4.862 4.322 3.781 3.241 2.701
Depreciação imobilizado 540 540 540 540 540
DEPRECIAÇÃO TOTAL 540 649 769 901 1.047

Custo original 5.508 5.508 5.508 5.508 5.508 5.508


Valor residual 5.508 4.958 4.407 3.856 3.305 2.754
Amortização TOTAL 551 551 551 551 551

TOTAL DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 1.091 1.200 1.320 1.452 1.597

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 3/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - FLUXO

MANDI ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5


(R$ mil)
crescimento da ROB 20,0% 15,0% 10,0% 5,0%
RECEITA OPERACIONAL BRUTA (ROB) 76.622 91.946 105.738 116.312 122.128
DEDUÇÕES DA ROB ( - ) (19.136) (22.963) (26.407) (29.048) (30.501)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (ROL) 57.486 68.983 79.331 87.264 91.627
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS ( - ) (35.291) (42.350) (48.702) (53.572) (56.251)
LUCRO BRUTO (=) 22.195 26.634 30.629 33.692 35.376
margem bruta (Lucro/ROL) 38,6% 38,6% 38,6% 38,6% 38,6%
DESPESAS OPERACIONAIS ( - ) (19.070) (21.199) (23.114) (24.583) (25.391)
LAJIDA/EBITDA ( = ) 3.125 5.435 7.514 9.109 9.985
margem EBITDA (EBITDA/ROL) 5,4% 7,9% 9,5% 10,4% 10,9%
DEPRECIAÇÃO e AMORTIZAÇÃO ( - ) (1.091) (1.200) (1.320) (1.452) (1.597)
LAIR/EBIT ( = ) 2.034 4.235 6.194 7.657 8.388
IMPOSTO DE RENDA/CONTRIB. SOCIAL ( - ) (691) (1.440) (2.106) (2.603) (2.852)
LUCRO LÍQUIDO (=) 1.342 2.795 4.088 5.053 5.536
margem líquida 2,3% 4,1% 5,2% 5,8% 6,0%
FLUXO DE CAIXA ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5
(R$ mil)
ENTRADAS 2.433 3.995 5.408 6.506 7.134
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.342 2.795 4.088 5.053 5.536
DEPRECIAÇÃO 1.091 1.200 1.320 1.452 1.597
SAÍDAS 1.091 1.200 1.320 1.452 1.597
INVESTIMENTOS 1.091 1.200 1.320 1.452 1.597
SALDO SIMPLES 1.342 2.795 4.088 5.053 5.536
VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO (2.136) (2.441) (2.197) (1.685) (927)
SALDO DO PERÍODO (794) 354 1.891 3.369 4.610

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 4/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - TAXA DE DESCONTO

ESTRUTURA DE CAPITAL

EQUITY/PRÓPRIO 65%
DEBT/TERCEIROS 35%
EQUITY + DEBT 100%

CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

TAXA LIVRE DE RISCO (Rf) 3,1%


BETA d 0,75
BETA r 1,02
PRÊMIO DE RISCO (Rm - Rf) 6,14%
PRÊMIO PELO TAMANHO (Rs) 3,89%
RISCO BRASIL 1,9%
Re nominal em US$(=) 15,2%
INFLAÇÃO AMERICANA (PROJEÇÃO) 2,0%
Re Real(=) 12,9%

CUSTO DA DÍVIDA

TAXA LIVRE DE RISCO (Rf*) 2,0%


RISCO ESPECÍFICO (ALFA) 8,1%
RISCO BRASIL 1,9%
Rd nominal em R$(=) 12,0%
INFLAÇÃO BRASILEIRA (PROJEÇÃO) 4,5%
Re Real(=) 7,2%

WACC

CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12,9%


CUSTO DA DÍVIDA 7,2%
TAXA DE DESCONTO REAL (=) 10,0%

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 5/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - VALOR ECONÔMICO

taxa de retorno esperado 9,5% 10,0% 10,5%


taxa de crescimento perpetuidade 3,0% 3,0% 3,0%

VALOR DE ECONÔMICO R$ (mil)

LUCRO LÍQUIDO DESCONTADO 6.564 6.446 6.330

VALOR RESIDUAL DESCONTADO 48.186 43.855 40.120

VALOR OPERACIONAL DO MANDI R$ (mil) 54.750 50.301 46.450


ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO (24.145) (24.145) (24.145)
ATIVO NÃO OPERACIONAL - - -

VALOR ECONÔMICO DE MANDI 30.605 26.156 22.305

Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000


Valor por ação 11,771121 10,059979 8,578822

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 6/7


LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-0084/12-01 ANEXO 1 - VALOR HOLDING

MANDI HOLDING PARTICIPAÇÕES S/A DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

SALDOS
SALDOS AJUSTE DE AJUSTES SALDOS
AJUSTADOS
BALANÇO PATRIMONIAL - (R$ mil) EM EQUIVALÊNCIA A A
EM
29/02/2012 (*) MERCADO MERCADO
29/02/2012

ATIVO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PERMANENTE 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Investimentos: 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
- Mandi Indústria e Comércio de Vestiário S.A. 100,00% 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
TOTAL DO ATIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
PASSIVO CIRCULANTE 9 0 9 0 9
Outras Contas a Pagar 9 0 9 0 9
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 0 0 0 0 0
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 0 0 0 0 0
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.587 -1.925 662 25.485 26.147
Capital Social 2.600 0 2.600 0 2.600
Resultado do exercício 0 0 0 0 0
Prejuízos Acumulados -13 -1.925 -1.938 0 -1.938
Ajustes a Mercado 0 0 0 25.485 25.485
TOTAL DO PASSIVO 2.596 -1.925 671 25.485 26.156
Quantidade de ações 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000 2.600.000
Valor por ações 0,994886 -0,740307 0,254579 9,802008 10,056587
(*) Ajuste de equivalência patrimonial em controlada na data base.

APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. 7/7


ANEXO 2
ABL – área bruta locável. Área total de construção – resultante do somatório da área real privativa e da área
comum atribuídas a uma unidade autônoma, definidas conforme a ABNT.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Área útil – área real privativa subtraída a área ocupada pelas paredes e outros
Abordagem da renda - método de avaliação pela conversão a valor presente de elementos construtivos que impeçam ou dificultem sua utilização.
benefícios econômicos esperados.
Arrendamento mercantil financeiro - o que transfere substancialmente todos os
Abordagem de ativos - método de avaliação de empresas onde todos os ativos e riscos e benefícios vinculados à posse do ativo, o qual pode ou não ser futuramente
passivos (incluindo os não contabilizados) têm seus valores ajustados aos de transferido. O arrendamento que não for financeiro é operacional.
mercado. Também conhecido como patrimônio líquido a mercado.
Arrendamento mercantil operacional - o que não transfere substancialmente todos
Abordagem de mercado - método de avaliação no qual são adotados múltiplos os riscos e benefícios inerentes à posse do ativo. O arrendamento que não for
comparativos derivados de preço de vendas de ativos similares. operacional é financeiro.

Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou goodwill) - Ativo - recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados dos
benefícios econômicos futuros decorrentes de ativos não passíveis de serem quais se esperam benefícios econômicos futuros para a entidade.
individualmente identificados nem separadamente reconhecidos.
Ativo imobilizado - ativos tangíveis disponibilizados para uso na produção ou
Amortização - alocação sistemática do valor amortizável de ativo ao longo de sua fornecimento de bens ou serviços, na locação por outros, investimento, ou fins
vida útil. administrativos, esperando-se que sejam usados por mais de um período contábil.

Amostra – conjunto de dados de mercado representativos de uma população. Ativo intangível - ativo identificável não monetário sem substância física. Tal ativo é
identificável quando: for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da
Aproveitamento eficiente – aquele recomendável e tecnicamente possível para o entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, tanto
local, em uma data de referência, observada a tendência mercadológica nas individualmente quanto junto com contrato, ativo ou passivo relacionados; ou origina
circunvizinhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente. direitos contratuais ou outros direitos legais, independente desses serem
transferidos, separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Área equivalente de construção - área construída sobre a qual é aplicada a
equivalência de custo unitário de construção correspondente, de acordo com os Ativos não operacionais - aqueles não ligados diretamente às atividades de
postulados da ABNT. operação da empresa (podem ou não gerar receitas) e que podem ser alienados sem
prejuízo do seu funcionamento.
Área homogeneizada - área útil, privativa ou construída com tratamentos
matemáticos, para fins de avaliação, segundo critérios baseados no mercado Ativos operacionais - bens fundamentais ao funcionamento da empresa.
imobiliário.
Ativo tangível - ativo de existência física como terreno, construção, máquina,
Área privativa - área útil acrescida de elementos construtivos (tais como paredes, equipamento, móvel e utensílio.
pilares etc.) e hall de elevadores (em casos particulares).
Avaliação - ato ou processo de determinar o valor de um ativo.

1
BDI – percentual que indica os benefícios e despesas indiretas incidentes sobre o Controlada - entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal como uma
custo direto da construção. associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora).

Bem – coisa que tem valor, suscetível de utilização ou que pode ser objeto de Controladora - entidade que possui uma ou mais controladas.
direito, que integra um patrimônio.
Controle - poder de direcionar a gestão estratégica política e administrativa de uma
Benefícios econômicos - benefícios tais como receitas, lucro líquido, fluxo de caixa empresa.
líquido etc.
CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis
Beta - medida de risco sistemático de uma ação; tendência do preço de determinada
ação a estar correlacionado com mudanças em determinado índice. Custo – total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou
Beta alavancado – valor de beta refletindo o endividamento na estrutura de capital. aquisição de um bem em uma determinada data e situação.

Campo de arbítrio – intervalo de variação no entorno do estimador pontual adotado Custo de capital - taxa de retorno esperado requerida pelo mercado como atrativa
na avaliação, dentro do qual se pode arbitrar o valor do bem desde que justificado de fundos para determinado investimento.
pela existência de características próprias não contempladas no modelo.
Custo de reedição – custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo
CAPEX (Capital Expenditure) – investimento em ativo permanente. em vista o estado em que se encontra.

CAPM (Capital Asset Pricing Model) - modelo no qual o custo de capital para Custo de reprodução – gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar
qualquer ação ou lote de ações equivale à taxa livre de risco acrescida de prêmio de eventual depreciação.
risco proporcionado pelo risco sistemático da ação ou lote de ações em estudo.
Geralmente utilizado para calcular o Custo de Capital Próprio ou Custo de Capital do Custo de substituição – custo de reedição de um bem, com a mesma função e
Acionista. características assemelhadas ao avaliando.

Capital investido – somatório de capital próprio e de terceiros investidos em uma Custo direto de produção – gastos com insumos, inclusive mão de obra, na produção
empresa. O capital de terceiros geralmente está relacionado a dívidas com juros de um bem.
(curto e longo prazo) devendo ser especificadas dentro do contexto da avaliação.
Custo indireto de produção – despesas administrativas e financeiras, benefícios e
Capitalização - conversão de um período simples de benefícios econômicos em valor. demais ônus e encargos necessários à produção de um bem.

Códigos alocados – ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
características qualitativas dos imóveis.
Dado de mercado – conjunto de informações coletadas no mercado relacionadas a
Combinação de negócios - união de entidades ou negócios separados produzindo um determinado bem.
demonstrações contábeis de uma única entidade que reporta. Operação ou outro
evento por meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, Dano – prejuízo causado a outrem pela ocorrência de vícios, defeitos, sinistros e
independente da forma jurídica da operação. delitos, entre outros.

2
Data base – data específica (dia, mês e ano) de aplicação do valor da avaliação. Empresa - entidade comercial, industrial, prestadora de serviços ou de investimento
detentora de atividade econômica.
Data de emissão – data de encerramento do laudo de avaliação, quando as
conclusões da avaliação são transmitidas ao cliente. Enterprise value – valor econômico da empresa.

DCF (Discounted Cash Flow) - fluxo de caixa descontado. Equity value – valor econômico do patrimônio líquido.

D&A – Depreciação e Amortização. Estado de conservação – situação física de um bem em decorrência de sua
manutenção.
Depreciação - alocação sistemática do valor depreciável de ativo durante a sua vida
útil. Estrutura de capital - composição do capital investido de uma empresa entre capital
próprio (patrimônio) e capital de terceiros (endividamento).
Desconto por falta de controle - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de
100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de parte ou da totalidade de Fator de comercialização – razão entre o valor de mercado de um bem e seu custo
controle. de reedição ou substituição, que pode ser maior ou menor que 1 (um).

Desconto por falta de liquidez - valor ou percentual deduzido do valor pró-rata de FCFF (Free Cash Flow to Firm) - fluxo de caixa livre para a firma, ou fluxo de caixa
100% do valor de uma empresa, que reflete a ausência de liquidez. livre desalavancado.

Dívida líquida – caixa e equivalentes, posição líquida em derivativos, dívidas Fluxo de caixa - caixa gerado por um ativo, grupo de ativos ou empresa durante
financeiras de curto e longo prazo, dividendos a receber e a pagar, recebíveis e determinado período de tempo. Geralmente o termo é complementado por uma
contas a pagar relacionadas a debêntures, déficits de curto e longo prazo com fundos qualificação referente ao contexto (operacional, não operacional etc.).
de pensão, provisões, outros créditos e obrigações com pessoas vinculadas, incluindo
bônus de subscrição. Fluxo de caixa do capital investido – fluxo gerado pela empresa a ser revertido aos
financiadores (juros e amortizações) e acionistas (dividendos) depois de considerados
Documentação de suporte – documentação levantada e fornecida pelo cliente na custo e despesas operacionais e investimentos de capital.
qual estão baseadas as premissas do laudo. Fração ideal – percentual pertencente a cada um dos compradores (condôminos) no
terreno e nas coisas comuns da edificação.
Drivers – direcionadores de valor ou variáveis-chave.
Free float – percentual de ações em circulação sobre o capital total da empresa.
EBIT (Earnings Before Interests and Taxes) - lucro antes de juros e impostos.
Frente real – projeção horizontal da linha divisória do imóvel com a via de acesso.
EBTIDA (Earnings Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization) -
lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Gleba urbanizável – terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana,
visando o seu aproveitamento eficiente, por meio de loteamento, desmembramento
Empreendimento – conjunto de bens capaz de produzir receitas por meio de ou implantação de empreendimento.
comercialização ou exploração econômica. Pode ser: imobiliário (ex.: loteamento,
prédios comerciais/residenciais), de base imobiliária (ex.: hotel, shopping center, Goodwill – ver Ágio por expectativa de rentabilidade futura (fundo de comércio ou
parques temáticos), industrial ou rural. goodwill)

3
Hipótese nula em um modelo de regressão – hipótese em que uma ou um conjunto Liquidação forçada – condição relativa à hipótese de uma venda compulsória ou em
de variáveis independentes envolvidas no modelo de regressão não é importante para prazo menor que a média de absorção pelo mercado.
explicar a variação do fenômeno em relação a um nível de significância pré-
estabelecido. Liquidez – capacidade de rápida conversão de determinado ativo em dinheiro ou em
pagamento de determinada dívida.
Homogeneização – tratamento dos preços observados, mediante a aplicação de
transformações matemáticas que expressem, em termos relativos, as diferenças Loteamento – subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com abertura
entre os atributos dos dados de mercado e os do bem avaliando. de novas vias de circulação de logradouros públicos ou prolongamento, modificação
ou ampliação das já existentes.
IAS (International Accounting Standard) – Normas Internacionais de Contabilidade.
Luvas – quantia paga pelo futuro inquilino para assinatura ou transferência do
IASB (International Accounting Standards Board) – Junta Internacional de Normas contrato de locação, a título de remuneração do ponto comercial.
Contábeis.
Metodologia de avaliação – uma ou mais abordagens utilizadas na elaboração de
Idade aparente - idade estimada de um bem em função de suas características e cálculos avaliatórios para a indicação de valor de um ativo.
estado de conservação no momento da vistoria.
Modelo de regressão – modelo utilizado para representar determinado fenômeno,
IFRS (International Financial Reporting Standard) – Normas Internacionais de com base em uma amostra, considerando-se as diversas características
Relatórios Financeiros, conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais influenciantes.
publicados e revisados pelo IASB.
Múltiplo – valor de mercado de uma empresa, ação ou capital investido, dividido por
Imóvel – bem constituído de terreno e eventuais benfeitorias a ele incorporadas. uma medida da empresa (EBITDA, receita, volume de clientes etc.).
Pode ser classificado como urbano ou rural, em função da sua localização, uso ou
vocação. Normas Internacionais de Contabilidade - normas e interpretações adotadas pela
IASB. Elas englobam: Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS); Normas
Imóvel de referência – dado de mercado com características comparáveis às do Internacionais de Contabilidade (IAS); e interpretações desenvolvidas pelo Comitê de
imóvel avaliando. Interpretações das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRIC) ou pelo
antigo Comitê Permanente de Interpretações (SIC).
Impairment – ver Perdas por desvalorização
Padrão construtivo – qualidade das benfeitorias em função das especificações dos
Inferência estatística – parte da ciência estatística que permite extrair conclusões projetos, de materiais, execução e mão de obra efetivamente utilizados na
sobre a população a partir de amostra. construção.
Infraestrutura básica – equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, redes de esgoto sanitário, abastecimento de água potável, Parecer técnico – relatório circunstanciado ou esclarecimento técnico, emitido por
energia elétrica pública e domiciliar e vias de acesso. um profissional capacitado e legalmente habilitado, sobre assunto de sua
especificidade.
Instalações - conjunto de materiais, sistemas, redes, equipamentos e serviços para
apoio operacional a uma máquina isolada, linha de produção ou unidade industrial,
conforme grau de agregação.

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Passivo - obrigação presente que resulta de acontecimentos passados, em que se Propriedade para investimento - imóvel (terreno, construção ou parte de
espera que a liquidação desta resulte em afluxo de recursos da entidade que construção, ou ambos) mantido pelo proprietário ou arrendatário sob arrendamento,
incorporam benefícios econômicos. tanto para receber pagamento de aluguel quanto para valorização de capital, ou
ambos, que não seja para: uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços,
Patrimônio líquido a mercado - ver Abordagem de ativos. como também para fins administrativos.

Perdas por desvalorização (impairment) - valor contábil do ativo que excede, no Rd (Custo da Dívida) – medida do valor pago pelo capital provindo de terceiros, sob
caso de estoques, seu preço de venda menos o custo para completá-lo e despesa de a forma de empréstimos, financiamentos, captações no mercado, entre outros.
vendê-lo; ou, no caso de outros ativos, seu valor justo menos a despesa para a
venda. Re (Custo de Capital Próprio) – retorno requerido pelo acionista pelo capital
investido.
Perícia – atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica
para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas Risco do negócio - grau de incerteza de realização de retornos futuros esperados do
que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos. negocio, resultantes de fatores que não alavancagem financeira.

Pesquisa de mercado – conjunto de atividades de identificação, investigação, coleta, Seguro - transferência de risco garantida por contrato, pelo qual uma das partes se
seleção, processamento, análise e interpretação de resultados sobre dados de obriga, mediante cobrança de prêmio, a indenizar a outra pela ocorrência de sinistro
mercado. coberto pela apólice.

Planta de valores – representação gráfica ou listagem dos valores genéricos de Sinistro - evento que causa perda financeira.
metro quadrado de terreno ou do imóvel em uma mesma data.
Taxa de capitalização - qualquer divisor usado para a conversão de benefícios
Ponto comercial – bem intangível que agrega valor ao imóvel comercial, decorrente econômicos em valor em um período simples.
de sua localização e expectativa de exploração comercial.
Taxa de desconto - qualquer divisor usado para a conversão de um fluxo de
Ponto influenciante – ponto atípico que, quando retirado da amostra, altera benefícios econômicos futuros em valor presente.
significativamente os parâmetros estimados ou a estrutura linear do modelo.
Taxa interna de retorno – taxa de desconto onde o valor presente do fluxo de caixa
População – totalidade de dados de mercado do segmento que se pretende analisar. futuro é equivalente ao custo do investimento.

Preço – quantia pela qual se efetua uma transação envolvendo um bem, um fruto ou Testada - medida da frente de um imóvel.
um direito sobre ele.
Tratamento de dados – aplicação de operações que expressem, em termos relativos,
Prêmio de controle - valor ou percentual de um valor pró-rata de lote de ações as diferenças de atributos entre os dados de mercado e os do bem avaliando.
controladoras sobre o valor pró-rata de ações sem controle, que refletem o poder do
controle. Unidade geradora de caixa - menor grupo de ativos identificáveis gerador de
entradas de caixa que são, em grande parte, independentes de entradas geradas por
Profundidade equivalente – resultado numérico da divisão da área de um lote pela outros ativos ou grupos de ativos.
sua frente projetada principal.

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Valor atual - valor de reposição por novo depreciado em função do estado físico em Valor em risco - valor representativo da parcela do bem que se deseja segurar e que
que se encontra o bem. pode corresponder ao valor máximo segurável.

Valor contábil - valor em que um ativo ou passivo é reconhecido no balanço Valor em uso - valor de um bem em condições de operação no estado atual, como
patrimonial. uma parte integrante útil de uma indústria, incluídas, quando pertinentes, as
despesas de projeto, embalagem, impostos, fretes e montagem.
Valor da perpetuidade - valor ao final do período projetivo a ser adicionado no fluxo
de caixa. Valor (justo) de mercado - valor pelo qual um ativo pode ser trocado de
propriedade entre um potencial vendedor e um potencial comprador, quando ambas
Valor de dano elétrico - estimativa do custo do reparo ou reposição de peças, as partes têm conhecimento razoável dos fatos relevantes e nenhuma está sob
quando ocorre um dano elétrico no bem. Os valores são tabelados em percentuais do pressão de fazê-lo.
Valor de Reposição e foram calculados através de estudos dos manuais dos
equipamentos e da experiência em manutenção corretiva dos técnicos da Apsis. Valor justo menos despesa para vender - valor que pode ser obtido com a venda de
ativo ou unidade geradora de caixa menos as despesas da venda, em uma transação
Valor de investimento - valor para um investidor em particular, baseado em entre partes conhecedoras, dispostas a tal e isentas de interesse.
interesses particulares no bem em análise. No caso de avaliação de negócios, este
valor pode ser analisado por diferentes situações tais como sinergia com demais Valor máximo de seguro - valor máximo do bem pelo qual é recomendável que seja
empresas de um investidor, percepções de risco, desempenhos futuros e segurado. Este critério estabelece que o bem com depreciação maior que 50% deverá
planejamentos tributários. ter o Valor Máximo de Seguro igual a duas vezes o Valor Atual; e aquele com
depreciação menor que 50% deverá ter o Valor Máximo de Seguro igual ao Valor de
Valor de liquidação - valor de um bem colocado à venda no mercado fora do Reposição.
processo normal, ou seja, aquele que se apuraria caso o bem fosse colocado à venda
separadamente, levando-se em consideração os custos envolvidos e o desconto Valor presente - estimativa do valor presente descontado de fluxos de caixa líquidos
necessário para uma venda em um prazo reduzido. no curso normal dos negócios.

Valor de reposição por novo – valor baseado no que o bem custaria (geralmente em Valor recuperável - valor justo mais alto de ativo (ou unidade geradora de caixa)
relação a preços correntes de mercado) para ser reposto ou substituído por outro menos as despesas de venda comparado com seu valor em uso.
novo, igual ou similar.
Valor residual - valor do bem novo ou usado projetado para uma data, limitada
Valor de seguro - valor pelo qual uma companhia de seguros assume os riscos e não àquela em que o mesmo se torna sucata, considerando estar em operação durante o
se aplica ao terreno e fundações, exceto em casos especiais. período.

Valor de sucata - valor de mercado dos materiais reaproveitáveis de um bem, na Valor residual de ativo - valor estimado que a entidade obteria no presente com a
condição de desativação, sem que estes sejam utilizados para fins produtivos. alienação do ativo, após deduzir as despesas estimadas desta, se o ativo já estivesse
com a idade e condição esperadas no fim de sua vida útil.
Valor depreciável - custo do ativo, ou outra quantia substituta do custo (nas
demonstrações contábeis), menos o seu valor residual. Variáveis independentes – variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do
imóvel objeto da avaliação.

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Variáveis qualitativas – variáveis que não podem ser medidas ou contadas, apenas
ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por
exemplo, padrão construtivo, estado de conservação e qualidade do solo).

Variáveis quantitativas – variáveis que podem ser medidas ou contadas (por


exemplo, área privativa, número de quartos e vagas de garagem).

Variáveis-chave – variáveis que, a priori e tradicionalmente, são importantes para a


formação do valor do imóvel.

Variável dependente – variável que se pretende explicar pelas independentes.

Variável dicotômica – variável que assume apenas dois valores.

Vício – anomalia que afeta o desempenho de produtos e serviços, ou os torna


inadequados aos fins a que se destinam, causando transtorno ou prejuízo material ao
consumidor.

Vida remanescente – vida útil que resta a um bem.

Vida útil econômica - período no qual se espera que um ativo esteja disponível para
uso, ou o número de unidades de produção ou similares que se espera obter do ativo
pela entidade.

Vistoria – constatação local de fatos, mediante observações criteriosas em um bem e


nos elementos e condições que o constituem ou o influenciam.

Vocação do imóvel – uso economicamente mais adequado de determinado imóvel


em função das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais.

WACC (Weighted Average Cost of Capital) - modelo no qual o custo de capital é


determinado pela média ponderada do valor de mercado dos componentes da
estrutura de capital (próprio e de terceiros).

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! ! Teste de Impairment - Redução ao Valor Recuperável de Ativos !
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! ! Avaliação para Alocação de Preço de Aquisição (PPA - Purchase !
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! vPrice Alocation) !
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! ! Combinação de Negócios !
! Assessoria a Investidores e Fundos !
! Propriedade para Investimento !
! Estudos de Vocação e Viabilidade de Empreendimentos !
! Cálculo de Vida Útil Econômica e Valor Residual !Avaliação Imobiliária e Pesquisa de Mercado
! Busca de Novos Investidores !
!Renegociação de Aluguéis
! Fundamentação de Ágio (Regulamento da Receita Federal e CPC - Comitê !
!Prospecção de Produtos Imobiliários (Tenant Representation)
vde Pronunciamentos Contábeis) !
! Fusões e Aquisições (M&A) !Imóveis Sob Medida (Built-to-suit)
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! Reestruturação Societária (Lei das S/A) !Desmobilização e Locação de Imóveis (Sale & Leaseback)

! Acompanhamento de Resultados e Desempenho Econômico

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!Gestão de Ativo Imobilizado !
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! O mundo empresarial entrou na era do DESENVOLVIMENTO
!Outsourcing Patrimonial !
! Avaliação para Alocação de Preço de Aquisição SUSTENTÁVEL, através do tripé fundamental PATRIMONIAL, AMBIENTAL
!Cálculo de Vida Útil Econômica e Valor Residual (PPA - Purchase Price Alocation) E SOCIAL, que acentua a percepção da empresa, sua imagem e reputação,
!Inventário e Emplaquetamento de Bens !Alocação de Valores de Ativos Intangíveis onde atuamos de forma estratégica, agregando aos serviços patrimoniais
e financeiros, novos serviços nas áreas de GESTÃO AMBIENTAL E
!Avaliação para Fins de Seguro !Avaliação de Softwares GESTÃO SOCIAL.
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