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1. DEMANDA, ELASTICIDADES, DERIVADAS E RECEITA
MARGINAL

1.1. Interpretando a equação da demanda

Na aula passada já aprendemos o que significa demanda. Ela pode


ser representada por intermédio de uma curva e/ou uma equação (ou
expressão). De fato, qualquer curva de demanda é uma mera
representação de uma equação da demanda e vice-versa. Por exemplo,
se eu digo que a demanda de um bem é representada pela equação
Q=1+P; onde q é a quantidade demandada e p é o preço, esta equação
gerará um gráfico da demanda.

Pois bem, analisando a equação da demanda de um bem, podemos


tirar várias conclusões acerca deste bem. São conclusões bastante
simples, mas é bom alertar pois já caiu em concurso. Por exemplo,
suponha a seguinte equação da demanda de um bem qualquer:

! !!!!

Sem qualquer dado adicional, podemos tirar uma importante


conclusão acerca deste bem cuja demanda está acima representada. Este
bem é um bem de Giffen. E como sabemos isso? Basta verificar que, no
caso acima, o aumento de preços provoca aumento de quantidades, em
virtude dos sinais de Q e P serem positivos1. Isto é uma exceção à lei da
demanda, logo, a demanda da equação Q=1+P é representativa de um
bem de Giffen, tendo em vista as variáveis quantidades (Q) e preços (P)
terem uma relação direta.

Pelo bem acima ser um bem de Giffen e as variáveis P e Q terem


uma relação direta, sabemos que a inclinação da curva de demanda não
será decrescente como acontece normalmente. No caso do bem de Giffen,
a curva de demanda terá inclinação crescente, ascendente ou para cima.

Vamos prosseguir em nosso raciocínio. Tente descobrir algo a


respeito do bem X, cuja equação da demanda está representada abaixo:

!∀ ! !! !!!!! ! !∀! !∀ !!

Onde, QX é quantidade demandada de X, R é a renda dos consumidores,


PY é o preço do bem Y e PX é o preço do bem X.

&
∋()∗+,− ./ 01/#2∗ −+#−3425∗ 6−2− 7 # )−+).+# ∗ 8−+∗2 ∀# 9: ;64( 5((∗< −./#03# ∗ 8−+∗2 ∀# 7 #
)−+).+# 9 0∗8−/#03#: =∗)> 8#2? ≅.#< −∗ −./#03−2 7< 9 3−/ΑΒ/ −./#03−2?< 50∀5)−0∀∗ ≅.# −(
8−25?8#5( 3>/ ./− 2#+−Χ∆∗ ∀52#3−:

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Em primeiro lugar, vamos reescrever a equação readequando os
sinais negativos dos expoentes, a fim de tornar o nosso entendimento
mais claro:

!! !∀ !! !∀
!∀ ! !
!!!! ! !∀ ! ! ! !∀

Podemos tirar as seguintes conclusões:

1 – A demanda de X (QX) depende do preço Y (PY), da renda dos


consumidores (R) e, obviamente, do preço de X (PX).

2 – O aumento do preço de Y (PY) provoca aumento da demanda de X


(QX). Logo, podemos concluir que X e Y são bens substitutos.

3 – O aumento da renda (R) provoca redução2 de QX. Assim, podemos


concluir que X é bem inferior.

4 – O aumento de PX reduz QX, logo, o bem obedece à lei da demanda.


Então, neste caso, não há que se falar que X é bem de Giffen.

Veja que pudemos inferir bastante coisa a partir da equação de


demanda do bem.

1.2. A equação e o gráfico da demanda linear

Cada equação de demanda gera uma curva de demanda


equivalente. Em concursos, o caso exigido (pela viabilidade de cobrança
em questões) é aquele da demanda linear.

Demanda linear é a curva de demanda representada por uma reta3.


Isto acontece quando e equação de demanda é de primeiro grau4. Ou
seja, quando o expoente da variável preço é igual a 1. Assim, as
equações ! ! !∀ ! !!; ! ! ! ! !∀!; ! ! !! ! ! serão todas de primeiro grau
pois o expoente da variável das funções (o expoente da variável preço -
P) é igual a 1. Pelo fato de serem de primeiro grau, todos os gráficos de

Ε
; 8−25?8#+ Φ #(3? 0∗ ∀#0∗/50−∀∗2< #03∆∗< ≅.−03∗ /−5∗2 Γ∗2 ∗ 8−+∗2 ∀# Φ< /#0∗2 (#2? ∗ 8−+∗2 ∀−
!!!∀
∀585(∆∗ : 7∗23−03∗< ≅.−03∗ /−5∗2 Φ< /#0∗2 (#2? ∗ 8−+∗2 ∀# 9Η:
!!!∀
Ι
ϑ /−5( )∗22#3∗ 3#)05)−/#03# 0#(3# )−(∗ (#25− − 3#2/50∗+∗Κ5− Λ2#3− ∀# ∀#/−0∀−Μ< /−( ∗ ≅.# Β
.(−∀∗ 6#+∗( +582∗( # 6#+−( Α−0)−( Β Λ).28− ∀# ∀#/−0∀−Μ< /#(/∗ ≅.−0∀∗ 3#/∗( ./− 2#3− #/ 8#Ν ∀#
./− ).28−:
Ο
ϑ Κ2−. ∀− #≅.−Χ∆∗ Β ∀#Γ505∀∗ 6#+∗ #Π6∗#03# ∀− 8−25?8#+ ∀− Γ.0Χ∆∗: Θ− Γ.0Χ∆∗ ∀#/−0∀−< 3#/∗(
≅.−035∀−∀#( #/ Γ.0Χ∆∗ ∀∗( 62#Χ∗(< #03∆∗< ∗ #Π6∗#03# ∀− 8−25?8#+ 62#Χ∗ ∀#3#2/50−2? ∗ Κ2−. ∀−
#≅.−Χ∆∗: ;((5/< !∀ ! ! ! !∀ Β ./− #≅.−Χ∆∗ ∀# 625/#52∗ Κ2−.< 6∗5( ∗ #Π6∗#03# ∀# 7Η Β 5Κ.−+ − &: Ρ?
−( #≅.−ΧΣ#( !∀ ! ! ! !∀ ! # !∀ ! !∀ ! !∀ ! (#2∆∗< 2#(6#)358−/#03#< ∀# (#Κ.0∀∗ # ≅.−23∗ Κ2−.(<
∀#85∀∗ −∗( #Π6∗#03#( ∀−( 8−25?8#5( ∀−( Γ.0ΧΣ#( ∀# ∀#/−0∀−:

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Para treinar, façamos o seguinte exemplo numérico:

Exemplo: para a equação de demanda !∀ ! !∀ ! !! !∀! identifique


os valores dos preços (PX) e quantidades demandadas (QX) em que:
1) EPD=0,
2) EPD=∞ e
3) EPD=1.

Resolução:
1) EPD=0 exatamente quando PX=0 (no intercepto da curva de
demanda no eixo das quantidades). Basta fazer PX=0 e substituir
na equação da demanda:

!∀ ! !∀ ! !!!
!∀ ! !∀

Resposta 1: EPD será ZERO quando PX=0 e QX=24.

2) EPD=∞ quando QX=0 (no intercepto da curva de demanda no


eixo dos preços). Basta fazer QX=0 e substituir na equação da
demanda:

! ! !∀ ! !! !∀
!!∀ ! !∀
!∀ ! !

Resposta 2: EPD será INFINITA quando PX=6 e QX=0.

3) EPD=1 quando PX=a/2b e QX=a/2 para uma equação de demanda


linear !∀ ! ! ! !! !; como a equação dada pelo exemplo foi
!∀ ! !∀ ! !! !∀! então a=24 e b=4. Assim:

!∀
!∀ ! !!
!!!

!∀
!∀ ! ! !∀
!

Resposta 3: EPD será UNITÁRIA quando PX=3 e QX=12.

Raciocinando: a priori, não é necessário decorar que EPD é igual a 1


quando PX=a/2b e QX=a/2, basta entender que EPD é igual a 1
exatamente no ponto médio da curva de demanda (segmento BC da
figura 4). Como EPD=1 no ponto médio de BC, então este ponto terá
PX exatamente no ponto médio de OB e QX no ponto médio de OC.
O segmento OB será o valor de PX quando QX=0 (basta substituir QX
por 0 na equação da demanda para encontrar o valor do segmento

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;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
OB). Já o segmento OC será o valor de QX quando PX=0 (basta
substituir PX por 0 na equação da demanda para encontrar o valor o
segmento OC). Uma vez descobertos os valores dos segmentos OB
e OC, os seus pontos médios serão, respectivamente, os valores de
PX e QX quando EPD=1.

1.4. Derivadas

Neste tópico, teremos algumas noções de cálculo diferencial,


especificamente o cálculo de derivadas. Não se assustem, pois será
bastante simples. Aqueles que nunca estudaram o assunto devem saber
que o nosso objetivo é apenas saber os processos mais simples de
resolução e aplicação das derivadas e, de forma nenhuma, entender
amiúde o assunto. Assim, passarei somente as regras básicas de
derivação necessárias na microeconomia, bem como os seus usos.

Em um curso de cálculo, estudam-se previamente alguns temas


(limites, noções de continuidade) antes da derivada. Não faremos isso
aqui, caso contrário, necessitaríamos de outro curso para isso. Assim,
tentarei expor somente o que será necessário para os nossos objetivos no
que tange à microeconomia para concursos públicos.

A derivada é o conceito matemático que procura medir a variação


de uma variável em função da variação de outra variável. Considere a
seguinte função abaixo:

f(x) = 2x2 + 4x – 6

Ela pode ser escrita, de igual maneira, da seguinte forma:


y = 2x2 + 4x – 6

Derivar esta função seria medir a variação da variável y em função


da variação da variável x. Em outras palavras:

!∀ !∀
Derivada de y na variável x ! =
!∀ !∀

Não esqueça que o símbolo ∆ (delta) quer dizer variação: ∆x = x2 –


x1 ou ∆x = xFINAL – xINICIAL ou ∆x = x1 – x0. Assim, lembre que quando
temos um delta alguma coisa dividido por um delta outra coisa, teremos
uma derivada. Seguem alguns exemplos:

!∀ !∀ !∀ !∀ !∀ !∀
! ! ! ! !
!∀ !∀ !∀ !∀ !∀ !∀

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5) Q = 10 – 2P, sua derivada dQ/dP = -2. Repare que, desta vez, a


função é Q (está no lugar de Y) e a variável a ser derivada é P (está
no lugar de X).

6) Q = 3.R2.P2, sua derivada dQ/dP = 2.3.R2.P2-1 = 6.R2.P (repare que


só mexemos na variável a ser derivada que, no caso, é P. Assim, a
variável R2 é tratada como se fosse um número qualquer, não tendo
alteração de seu expoente).

7) Q=2.R.P + 3.P4, sua derivada dQ/dP=2.R.P1-1 + 4.3.P4-1=2R + 12P3


(assim como fizemos no exemplo 4, derivamos normalmente cada
termo em separado).

1.4.2. A derivada e o valor máximo de uma função

Uma importante aplicação da derivada para a economia diz respeito


à ajuda que ela nos presta para encontrarmos os valores máximos ou
mínimos de determinadas funções ou equações. Em microeconomia,
conforme veremos ao longo do curso, todos querem maximizar ou
minimizar algo. Os consumidores querem maximizar a satisfação; os
produtores querem maximizar ora os lucros, ora a produção; o governo
quer maximizar a arrecadação, os empresários querem minimizar os
custos, e assim por diante. A derivada nos ajuda nestes casos.

Quando temos qualquer função f(x) e desejamos saber o valor de x


que maximiza ou minimiza5 esta função, basta derivarmos f(x) na variável
x e igualar a 0. Segue abaixo um exemplo, já com uma aplicação para a
Economia:

Exemplo:

1) Dada a função de demanda Q=8 – P, determine qual a quantidade


demandada que repercutirá máxima receita total?

Resolução:

Para encontrar a quantidade (Q) que maximiza a receita total (RT),


devemos achar a derivada de RT em função de Q e, por fim, igualá-
la a 0. Não foi dada a função da receita total (RT), mas podemos
achá-la, uma vez que RT=PxQ.

%
7−2− 04(< Β 522#+#8−03# (−Α#2 ≅.−0∀∗ #+− /−Π5/5Ν−2? ∗. /505/5Ν−2? − Γ.0Χ∆∗: ;6#0−( (−5Α− ≅.# (#
8∗)> ≅.5(#2 (−Α#2 ≅.−+ ∗ /?Π5/∗ ∀# ./− Γ.0Χ∆∗< 8∗)> ∀#8# ∀#258?Τ+− # 5Κ.−+−2 ∗ 2#(.+3−∀∗ − Υ∋Φϑ:
ς# ≅.5(#2 (−Α#2 ≅.−+ ∗ /Ω05/∗< Γ−2? #Π−3−/#03# ∗ /#(/∗:

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Como devemos achar a derivada de RT em relação à Q, é
conveniente que isolemos a variável P na função de demanda.
Assim:

Q=8 – P ! P=8 – Q

Agora, fazemos RT = P x Q

RT=(8 – Q).Q = 8Q – Q2

Agora, derivamos RT em relação à Q:

dRT/dQ = 8 – 2Q

Agora, igualamos dRT/dQ a 0 para achar RT máxima:

8 – 2Q = 0
Q=4
(quando a quantidade é 4, a receita total é máxima!)

Para descobrir o preço (P) que nos dá RT máxima, basta substituir


Q=4 na função demanda (4 = 8 – P ! P=4).

Repare que, se não isolássemos a variável P na função de demanda,


chegaríamos ao seguinte resultado:

RT=P x Q=P.(8 – P)=8P – P2

Ou seja, teríamos RT em função de P e, logicamente, não seria


possível fazer dRT/dQ, pois não haveria a variável Q na expressão.
No caso acima, em que não temos Q na expressão, temos a
possibilidade de fazer dRT/dP=0 e, assim, descobrir o preço (P) que
nos dá RT máxima. Depois, substituímos P na função de demanda e
achamos Q que nos dá RT máxima (é um caminho diferente, mas
que chega ao mesmo resultado! Portanto, a escolha é sua!)

1.5. A elasticidade unitária (EPD=1) e a receita total máxima

Se você relembrar o exemplo 3 do item 1.3, verá que EPD=1 quando


PX=a/2b e QX=a/2. Ao mesmo tempo, observe, no exemplo do item
anterior, os valores de preços e quantidades (P=4 e Q=4) calculados para
a situação de receita total máxima (para a função de demanda Q=8 – P).
Você verá que os valores encontrados para receita total máxima são
exatamente iguais àqueles que encontraríamos para EPD=1. Vejamos:

Q=8 – P ! RT máxima quando P=4 e Q=4 (conforme vimos acima)

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! !∀
!∀# ! !
! !∀

Calcular as elasticidades utilizando a derivada, embora não pareça,


é mais simples. Para questões que trazem a equação da demanda, você
deve calcular a elasticidade preço da demanda utilizando a derivada.
Vejamos o seguinte exemplo numérico:

!∀!!
Exemplo: Considere a seguinte curva de demanda invertida: !∀ ! !
A elasticidade da demanda quando X=10 é:

Resolução:

! !∀
!∀# ! !
! !∀

Em primeiro lugar, veja que o X da demanda representa as quantidades.


A questão nos deu a demanda invertida (PX em função de X). Assim, para
calcular dX/dPX, devemos “desinverter” a equação da demanda.

!∀ ! !
!∀ !
!

!!∀ ! !∀ ! !
! ! !∀ ! !!∀ (1)

Agora, podemos fazer dX/dPX:

!∀
! !!
!∀#

Sabemos também que X=10 e PX=5 (basta substituir X=10 na equação


da demanda para encontrar PX). Agora podemos calcular EPD:

!∀ !∀ !
!∀# ! ! ! ! !! ! !! ! !
! !∀# !∀

!!∀#∃%!∃ !∀!!∀#∃%!

Nota ! segue outra maneira de resolvermos a questão: como nos foi


dada a função de demanda invertida, poderíamos calcular dPX/dX sem
“desinverter” a equação da demanda. A partir daí, bastaria inverter o
!
resultado. Por exemplo, se você calcular dPX/dX, chegará ao valor de ! !.
Como dX/dPX é o inverso de dPX/dX, basta inverter o resultado. Assim,
dX/dPX será -4 (que é o inverso de -1/4).

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;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
continuar investigando. Por semelhança de triângulos, sabemos que
ABC ! AEF, então:

!∀ !∀
!
!∀ !∀

Como OB=AF, temos que:

!∀ !∀
!
!∀ !∀

!∀
Multiplicando-se ambos os lados por , segue que:
!∀

!∀ !∀ !∀ !∀
! ! !
!∀ !∀ !∀ !∀

!∀ !∀
!
!∀ !∀

Observe que BC/OB é o valor absoluto (sem considerar o sinal negativo)


da EPD encontrado em (2). Assim:

!∀
!∀# ! !
!∀

Ufa! Não é tão fácil, concorda?!

O mais importante é que você guarde que a elasticidade será


calculada a partir dos segmentos da reta da demanda. Se você quer
calcular a elasticidade no ponto A, basta dividir o segmento da reta de
demanda em duas partes. A elasticidade preço da demanda será a
primeira parte dividida pela segunda. A primeira parte é a que vai do
eixo horizontal até o ponto A, a segunda parte é a que vai do ponto A até
o eixo vertical do gráfico.

Sabendo isso, no nosso exemplo da figura 5, você já saberia que


EPD=AC/AE sem realizar qualquer cálculo. Vemos aqui mais uma
comprovação do porquê EPD é igual a 1 no ponto médio da reta da
demanda (CE). Se o ponto A estivesse no ponto médio de CE, AC seria
igual a AE, então EPD=AC/AE=1.

Ainda ressalto que esse bizú de calcular o valor da elasticidade


dividindo o segmento da reta de demanda em duas partes pode ser
aplicado também aos segmentos que vão da origem do gráfico aos pontos
B e E (figura 5). Veja que, durante a demonstração, chegamos a EPD=-
BC/OB. Assim, temos o seguinte, valendo para a figura 05:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 15 ∀# ∃%


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ponto da reta. Dizemos, portanto, que a inclinação da função é dada por
∆y/∆x.

Ora, mas você já viu esta expressão em algum lugar, não?

∆y/∆x é a derivada da função y em função de x. Assim, a inclinação


da reta da função será dada ∆y/∆x = dy/dx.

Pois bem, vamos derivar a função, para calcularmos a inclinação


usando a derivada:

dy/dx = 1.x1-1 + 0 = 1.x0 = 1

Vemos claramente que atingimos o mesmo valor calculado pelo


método da tangente. Logo, podemos concluir que a inclinação da
reta/curva de uma função é dada pela sua derivada.

Pensando de forma análoga em relação à curva de demanda, se


você analisar o gráfico das figuras 1 a 5, verá que a inclinação da curva
de demanda é sempre ∆P/∆Q. Ou seja, é a derivada da função preço (P)
em relação à variável (Q). Em outras palavras, a inclinação da curva de
demanda é a derivada da função de demanda invertida (dP/dQ).
Importante: não confunda inclinação da curva/reta de demanda
(dP/dQ) com elasticidade preço da demanda, são coisas
diferentes!

Exemplo: calcule a inclinação da demanda linear Q=a – b.P

Inclinação = dP/dQ (lembre que a função de demanda coloca P no eixo


vertical – eixo Y – e coloca Q no eixo horizontal – eixo X. Por isso, a
inclinação é dP/dQ e não dQ/dP).

Para calcular dP/dQ, devemos transformar a função demanda em


demanda invertida (P=a/b – Q/b) ou calcular dQ/dP e depois inverter o
resultado. Façamos primeiramente com a demanda invertida:

P=a/b – Q/b
dP/dQ = -1/b

Outra maneira de calcularmos dP/dQ é calculando dQ/dP e, depois,


inverter o resultado:

Q=a – b.P
dQ/dP = -b
dP/dQ = -1/b

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;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
máximo da função. Esta afirmação é plenamente condizente com o gráfico
apresentado na figura 07.

1.9. A receita marginal (Rmg)

Ao longo do nosso curso, será bastante comum ouvir, ou melhor, ler


a palavra “marginal”. Durante a análise econômica, é bastante comum os
profissionais procurarem analisar os dados em perspectiva incremental.
Por exemplo, ao tomar uma decisão de quanto deve produzir ou quantos
trabalhadores deve contratar, a firma muitas vezes procurará saber em
quanto a receita vai aumentar depois do aumento de produção. Essa
perspectiva incremental, no “Economês”, é chamada de marginal (na
margem).

Em muitos casos, uma firma procurará basear sua decisão de


aumentar ou não a produção com fundamento no crescimento marginal
(incremental) da receita. Assim, o empresário pensará: quanto a mais de
R$ eu vou ganhar se aumentar a produção (e venda) da minha firma. A
partir daí, podemos entender o que vem a ser receita marginal:

Receita marginal (Rmg): é o acréscimo na receita total decorrente da


produção e venda de uma unidade a mais de um bem produzido.

Exemplo: suponha uma firma produtora de cervejas e que, em


determinado momento, ela venda 10.000 garrafas por mês e tenha uma
receita total (Receita Total = preços x quantidades) de R$ 30.000. Pense
agora que ela aumenta a produção em uma unidade e, como
consequência, a receita total vá para R$ 30.003. Qual foi o acréscimo na
receita total em decorrência desta garrafa adicional de cerveja vendida? A
resposta é fácil, o acréscimo na receita total foi de R$ 3,00. Assim, a
Receita marginal é igual a 3 para essa última garrafa produzida e
vendida.

10.000 garrafas ! Receita total = 30.000


10.001 garrafas ! Receita total = 30.003 ! Receita marginal = 3

Algebricamente, podemos representar a receita marginal da


seguinte maneira:

Rmg = ∆RT/∆Q = dRT/dQ

Logo, a receita marginal é a derivada da receita total em relação à


quantidade. Note que já trabalhamos com este conceito no item 1.4.2
sem citar, no entanto, que se tratava da receita marginal. Veja uma
aplicação prática:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 19 ∀# ∃%


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;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
! Se a função de demanda é Q=10 - P, qual será a expressão da receita
marginal?

Resolução:

Rmg=dRT/dQ. Assim, antes de resolver, necessitamos encontrar RT em


função de Q.

Q = 10 – P
P = 10 – Q
RT = P x Q = (10 – Q).Q
RT = 10Q – Q2

Agora, derivamos RT em relação a Q:

Rmg = dRT/dQ = 10 – 2.Q2-1


Rmg = 10 – 2Q (resposta!)

No item 1.4.2, vimos que a receita total é máxima quando a sua


derivada em relação a Q é igual a ZERO. Como esta derivada dRT/dQ é a
receita marginal, podemos concluir que a receita total dos produtores
(dispêndio total dos consumidores) é máxima quando a receita
marginal é igual a ZERO.

1.10. Demandas de elasticidade constante

Nós vimos que as demandas lineares apresentam elasticidades


variáveis, que vão do zero ao infinito. De fato, a imensa maioria das
funções de demanda terá elasticidades variáveis, ainda que não sejam
demandas lineares.

Entretanto, existe uma função de demanda com elasticidade


constante:

!
!! !∀ ! ! !! !!!
!!

Onde a é uma constante positiva. Não é difícil demonstrar por que a


elasticidade deste tipo de demanda é constante:

! !∀
!∀# ! ! !!!
! !∀

Calculemos agora somente o segundo termo da EPD:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 2: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
!∀
! !!! !! !!!!! !!!
!∀

Substituindo (2) em (1):

!
!∀# ! ! !!! !! !!!!!
!

Como Q=a.P-b,

! !! !!
!! !!! !! !!!
!∀# ! ! !!! !! ! ! ! !
!! !!! !! !!! ! !

!∀# ! !!

Como EPD é, regra geral, um número negativo, para evitar confusão,


utilizamos o valor absoluto (módulo). Assim, !∀# ! !

Veja, então, que se você se deparar com uma função demanda “tipo
potência”, em que possuímos apenas 01 termo, o valor absoluto da
elasticidade preço da demanda será exatamente o expoente da variável
“preço”.

Seguem alguns exemplos numéricos:

1) Q = 100.P-1 ! EPD=1

2) Q = P-1/3 ! EPD=1/3

!∀
3) Q = ! !∀! ! !! ! EPD=2
!!

4) Q = 100.P-1 + 20.P-2 ! não terá EPD constante, pois não é uma


função tipo “potência”, ou seja, não obedece ao formato Q=a.P-b

5) Q = P-2.R0,5.PY3 ! EPD=2, as variáveis R e PY são tratadas


como se fossem um número qualquer. Portanto, nossa função
demanda obedece ao formato Q=a.P-b, de modo que a=R0,5.PY3

1.11. Calculando a elasticidade renda e cruzada da demanda

A situação mais comum é a função demanda apresentar as


variáveis Q e P. No entanto, a expressão da demanda também pode estar
em função da renda (R) e dos preços de bens relacionados (PY).

Calculemos as elasticidades-preço cruzada e renda da demanda


para a função de demanda !∀ ! !∀! !∀!! ! !∀!!! ! !!!! , onde PX é o preço

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 21 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
do produto X, PY é o preço do produto substituto Y, e R indica a renda dos
consumidores.

Comecemos pela elasticidade renda (ERD):

! !∀
!∀# ! ! !!!
! !∀

Calculemos, antes, dQ/dR:

!∀
! !!!!!∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!!!! !!!
!∀

Nota ! lembre-se de que, neste caso, a variável derivada é R.


Desta forma, o expoente que desce é o expoente de R. Da mesma
maneira, é do expoente de R que reduziremos 01 unidade.

Substituindo (2) em (1):

!
!∀# ! ! !!!!!!! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!!!!
!∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!!

!! !!!!!∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!! ! !!! !! !!!!!∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!!


!∀# ! !
!∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!! !∀! !∀ !! ! !∀ !!! ! !!!! ! !

!∀# ! !!!

Veja que, no final, tudo se cancelou e o valor de ERD é exatamente


igual ao expoente da variável da renda (R). Isso não foi mera
coincidência! Portanto, guarde isto com você: para funções de
demanda “tipo potência7”, o valor das elasticidades será igual ao
valor dos expoentes das variáveis às quais elas se referem. O valor
da elasticidade renda será o valor do expoente da variável da renda (R).
O valor da elasticidade-preço cruzada da demanda será o valor do
expoente da variável preço do bem relacionado (PY). Por fim, conforme
vimos no item 1.11, exemplo 5, o valor da elasticidade preço da demanda
será o valor absoluto (módulo) do expoente da variável preço do bem de
que trata a demanda.

Assim, se tal questão caísse na prova, sem realizar qualquer


cálculo, você poderia inferir o seguinte para essa função:

EPD = 2 (demanda elástica, pois EPD>1)


ς∆∗ Γ.0ΧΣ#( #/ ≅.# 3#/∗( −6#0−( ./ 3#2/∗: ϑ. (#_−< 0∆∗ 3#/∗( 0#0,./− (∗/− ∗. (.Α32−Χ∆∗:
∋032# ∗( % #Π#/6+∗( ∀∗ 53#/ &:&&< 3∗∀−( (∆∗ Γ.0ΧΣ#( Λ6∗3>0)5−Μ< )∗/ #Π)#Χ∆∗ ∀∗ #Π#/6+∗ Ο: α−5(
[ Γ2#03# #/ 0∗((∗ ).2(∗< 04( 8#2#/∗( ≅.# Γ.0ΧΣ#( )∗/ #(3#( Γ∗2/−3∗( (∆∗ ),−/−∀−( ∀# Λβ∗ΑΑΤ
χ∗.Κ+−(Μ:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 22 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
É isso mesmo que você está pensando! Esta perda de excedentes
(C+E) não vai para lugar nenhum! A isto chamamos de peso morto dos
impostos, que é o excesso de perda de excedente dos produtores e
consumidores sobre a receita tributária. Em outras palavras, as perdas
suportadas pelos compradores e vendedores, a partir da
implementação do imposto, superam a receita obtida pelo governo
e o quantum dessa diferença é o montante do peso morto (área
cinza da figura 13: C+E).

Eficiência econômica

Falaremos um pouco mais de eficiência econômica em nosso curso, mas


já podemos tecer algumas considerações.

De modo simples, podemos definir que um mercado funciona


eficientemente quando os excedentes do consumidor e produtor, em
conjunto, são maximizados. Desta forma, podemos também concluir que
qualquer interferência no mercado que provoca peso morto (redução de
excedentes do consumidor e/ou produtor) será ineficiente, do ponto de
vista econômico.

Geralmente, quando o governo interfere em um mercado (através de um


imposto, por exemplo), temos, como resultado, alguma perda de peso
morto. Esta perda de peso morto é encarada como um perda de
eficiência econômica.

É importante ressaltar que uma política que é ineficientemente do ponto


de vista econômico não será obrigatoriamente ruim. Por exemplo, os
impostos trazem peso morto aos mercados, mas é inegável que eles são
necessários, pois os recursos advindos de sua cobrança satisfazem
objetivos considerados importantes pelo público em geral – saúde,
educação, infraestrutura, etc.

2.3.1. Determinantes do peso morto

Neste momento veremos o que determina a magnitude do peso


morto, o que o fará ser grande ou pequeno. Em primeiro lugar, devemos
raciocinar que um imposto é um peso morto porque ele muda o
comportamento dos compradores e vendedores.

Como o imposto induz à mudança de comportamento, somos


levados à conclusão de que quanto mais os compradores/vendedores
mudarem o comportamento após a tributação, maior será o peso morto.
Como essa reação é medida pelas elasticidades, podemos afirmar que
quanto maiores forem as elasticidades da demanda/oferta, maior
será o peso morto de um imposto.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 3: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

Observe, portanto, que a diferença algébrica das curvas de


demanda reside nas quantidades. Se assumíssemos que uma demanda
individual possui “q” quantidades demandadas para determinado preço,
então, a curva de demanda de mercado possui “N.q” quantidades
demandadas para o mesmo nível de preço, sendo “N” o número de
consumidores do mercado. O caminho inverso também é válido. Se
tivermos uma demanda de mercado com “Q” quantidades demandadas
para determinado preço, então, a curva de demanda individual possuirá
“Q/N” quantidades demandadas para o mesmo nível de preço, sendo “N”
o número de consumidores do mercado.

PS: nestes exemplos, estamos supondo que os consumidores possuem a


mesma disposição a comprar ou possuem as mesmas preferências.

Por fim, também é necessário ressaltar que é possível uma curva


de demanda individual ter inclinação positiva (uma mercadoria ser um
bem de Giffen para determinado consumidor), mas a curva de demanda
de mercado – para esse mesmo bem – ter inclinação negativa. Por
exemplo, o pão pode ser um bem de Giffen para João. Logo, a curva de
demanda individual do João terá inclinação positiva. No entanto, se
considerarmos um mercado com milhões de consumidores, a curva de
demanda de mercado terá inclinação negativa, de modo que um
aumento de preço do pão geralmente vai provocar redução nas
quantidades demandadas.

Agora, façamos algumas questões de prova:

Considerando a tabela acima, que apresenta as quantidades


demandadas e ofertadas de um produto, aos diferentes preços,
relativos a um mercado em concorrência perfeita, julgue os itens a
seguir.

01.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - O preço de equilíbrio


de mercado é igual a R$ 55,00.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 33 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

Comentários:
O preço de equilíbrio é aquele que iguala a demanda com a oferta.
Analisando a tabela, este preço é igual 50 (nele, a demanda e a oferta
são iguais a 09).

Gabarito: Errado

02.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço do


produto for R$ 40,00, o módulo da elasticidade preço da demanda
será igual a 0,40, o que caracteriza a demanda como inelástica ao
preço.

Comentários:
Se o preço é R$ 40,00 e o aumentarmos para R$ 50,00, teremos um
aumento de 25% (∆%P=25%). Ao mesmo tempo, se o preço aumenta
para R$ 50,00, a demanda diminui de 10 para 9, portanto, teremos uma
redução percentual da demanda no valor de 10% (∆%Q=-10%).

Como Epd = ∆%Q/∆%P; então:

Epd = -10%/25%
Epd = -0,4 (como, por convenção, utilizamos o módulo:)
|Epd| = 0,4

PS: se você fizer o mesmo trabalho raciocinando com a redução de preço


(com o preço indo de R$ 40,00 para R$ 30,00, chegaremos ao mesmo
resultado de Epd).

Gabarito: Certo

03.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço do


produto for R$ 40,00, o módulo da elasticidade preço da oferta
será igual a 0,50, o que caracteriza a oferta como elástica ao
preço.

Comentários:
Se o preço é R$ 40,00 e o aumentamos para R$ 50,00, teremos um
aumento de 25% (∆%P=25%). Ao mesmo tempo, se o preço aumenta
para R$ 50,00, a oferta aumenta de 8 para 9, portanto, um amento
percentual na oferta no valor de 12,5% (∆%Q=12,5%).

Como Epo = ∆%Q/∆%P; então:

Epo = 12,5%/25%
Epo = 0,5

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 34 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
A questão é errada pois uma elasticidade preço da oferta inferior a 01
(Epo < 1) nos indica uma oferta inelástica.

Gabarito: Errado

04.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço máximo


para a compra for fixado em R$ 60,00, haverá escassez de
produto.

Comentários:
Questão interessante. Este mercado (ou qualquer outro mercado) tende
ao equilíbrio, onde a demanda iguala a oferta. No mercado desta questão,
isto acontece quando o preço é igual a R$ 50,00.

Então, se for imposto um preço máximo de R$ 60,00 sobre este mercado,


nada acontecerá, pois o preço de equilíbrio já está obedecendo ao
teto máximo de R$ 60,00. Assim sendo, a questão é errada.

Se tivéssemos, no entanto, um preço mínimo de R$ 60,00, aí sim, haveria


mudanças no mercado. Com um preço mínimo de R$ 60,00, a oferta
aumentaria de 9 (no equilíbrio) para 10, enquanto a demanda seria
reduzida de 9 (no equilíbrio) para 8, havendo, portanto, excesso de
produto no valor de 02 unidades.

Gabarito: Errado

Acerca da teoria clássica da demanda e de conceitos gerais de


economia, julgue os itens a seguir.

05.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações –


2013) - Dois bens são ditos complementares se a elasticidade-
preço da demanda for negativa.

Comentários:
Se a elasticidade cruzada é negativa, os bens de fato são
complementares. Observe que a questão é errada porque fala em
elasticidade preço da demanda, e não em elasticidade preço cruzada.

Gabarito: Errado

06.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações –


2013) - Se o aumento do preço do bem X reduzir a quantidade
demandada do bem Y, então o bem Y será um bem inferior.

Comentários:
Se o aumento do preço de X reduzir a quantidade demandada do bem Y,
então, tudo o que podemos concluir é que X e Y são bens

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 35 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
complementares.

O aumento do preço de X irá reduzir a quantidade de X. Como X e Y são


complementares, possuindo consumo associado, haverá também redução
na quantidade demandada de Y.

Gabarito: Errado

07.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações –


2013) - A demanda agregada da economia é igual à soma das
demandas individuais.

Comentários:
A demanda agregada que estudamos na Macroeconomia, e representa o
somatório dos gastos dos agentes econômicos.

Em Microeconomia, o somatório das demandas individuais nos dá a


demanda do mercado (e não a demanda agregada).

Gabarito: Errado

08.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações –


2013) - Uma função demanda linear apresenta elasticidade-preço
constante.

Comentários:
A função demanda linear apresenta elasticidade preço variável ao longo
da curva.

Gabarito: Errado

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 36 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Vejamos agora a interpretação dos interceptos (vertical e
horizontal) e da inclinação da reta orçamentária.

O ponto A (intercepto vertical) representa o ponto em que o


consumidor gasta toda a sua renda com o bem 2, ou seja, é o ponto em
que, dada a renda m, q2 é máxima e q1=0. Para descobrirmos o valor de
q2 no ponto A, basta fazermos q1=0 na equação (2), obtendo, assim,
q2=m/p2. O raciocínio é este: qual a quantidade do bem 2 o consumidor
poderia comprar se gastasse todo o seu dinheiro no bem 2. A resposta é,
naturalmente, a sua renda dividida pelo preço do bem 2, logo, q2=m/p2.

O ponto B (intercepto horizontal) representa o ponto em que o


consumidor gasta toda a sua renda com o bem 1, ou seja, é o ponto em
que, dada a renda m, q1 é máxima e q2=0. Para descobrirmos o valor de
q1 no ponto B, basta fazermos q2=0 na equação (2), obtendo, assim,
q1=m/p1. O raciocínio é este: qual a quantidade do bem 1 o consumidor
poderia comprar se gastasse todo o seu dinheiro no bem 1. A resposta é a
sua renda dividida pelo preço do bem 1, logo, q1=m/p1.

A inclinação da reta orçamentária é –p1/p2. Para calcularmos a


inclinação da reta orçamentária, temos que calcular a tangente8 do ângulo
θ. Ela será igual ao cateto oposto (∆q2) dividido pelo cateto adjacente
(∆q1). Como medida de ∆q2, vamos utilizar o valor do segmento OA;
como medida de ∆q1, vamos utilizar o valor do segmento OB:

!!! !∀
!∀#∃%∀&#&∋ ! !∀! ! ! !
!!! !∀

O semento OA vale m/p2. O segmento OB vale m/p1. Então:

!
!! ! !!
!∀#∃%∀&#&∋ ! ! ! !
!! !
!!

!!
!∀#∃%∀&#&∋ ! !
!!

No final, nós colocamos “arbitrariamente” o sinal de menos na


frente da fração dos preços (p1/p2) pois a inclinação da reta orçamentária
é negativa (ela é inclinada para baixo). Lembra-se da aula demonstrativa,
quando falamos que a curva de demanda possuía inclinação negativa? A
curva de demanda era inclinada para baixo, não é mesmo?! A reta

δ
7−2− −≅.#+#( ≅.# #03#0∀#/ ∀# )?+).+∗ /−3#/?35)∗< − 50)+50−Χ∆∗ 6∗∀# (#2 #0)∗032−∀− 6∗2
/#5∗ ∀− ∀#258−∀− ∀≅Εε∀≅& #Π32−Ω∀− ∀− #≅.−Χ∆∗ ∀− 2#3− ∗2Χ−/#03?25−: ϑ 2#(.+3−∀∗ (#2?
∀≅Εε∀≅&φΤ6&ε6Ε:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 41 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
orçamentária também é inclinada para baixo, então, logicamente,
deduzimos que sua inclinação também é negativa.

Essa inclinação negativa significa que, para nos mantermos ao


longo da reta de restrição orçamentária (exaurindo a renda do
consumidor), um aumento do consumo do bem 2 (no eixo vertical do
gráfico) implicará obrigatoriamente uma redução do consumo do bem 1
(no eixo horizontal do gráfico), e vice-versa.

Apesar de toda essa explicação sobre a inclinação negativa da reta


orçamentária, é bastante frequente todas as bancas de concurso
(inclusive o CESPE!) simplesmente ignorarem o sinal negativo desta
inclinação, dizendo simplesmente que a inclinação da reta orçamentária é
a relação de preços dos bens.

Assim, em assertivas de prova, se o sinal negativo da inclinação da


reta orçamentária for ignorado, não entenda isso como algo falso, pois
não é errado. A banca está simplesmente seguindo a convenção adotada
pela maioria dos manuais, que é a de ignorar o sinal negativo (assim
como fazem com o sinal negativo da elasticidade preço da demanda). Por
outro lado, se a banca for “certinha” demais, deixando de ignorar o sinal
negativo, aí você também considera certo (rs!). Parece meio louco, não é
mesmo?! Fique tranquilo, na hora dos exercícios, você verá que é fácil!

A inclinação da reta orçamentária


é igual à relação dos preços dos
bens.

Mais tarde, veremos que essa inclinação da reta orçamentária


representa um dado importante para a teoria do consumidor. Ademais,
essa inclinação tem uma relevante interpretação econômica. Ela mede a
taxa à qual o consumidor está disposto a “substituir” o bem 1 pelo bem 2.

Por exemplo, suponha que o bem 1 custe R$ 100,00 e o bem 2


custe R$ 50,00. A inclinação da reta orçamentária será -2, o que nos
indica que o consumidor troca 01 unidade do bem 1 por 02 unidades do
bem 2. Veja que essa taxa de “troca” de 02 é exatamente o valor da
inclinação da reta orçamentária (a inclinação para p1=100 e p2=50 será
igual a –p1/p2= -2). O sinal negativo da inclinação se justifica pelo fato de
haver uma relação inversa entre as variações nas quantidades (para o
consumo de um bem aumentar, necessariamente, o consumo do outro
bem deve diminuir, e vice-versa).

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 42 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

Às vezes, também é dito que a inclinação da reta orçamentária


mede o custo de oportunidade de consumir o bem 1. Deixe-me, agora,
explicar resumidamente9 o que é custo de oportunidade. Tudo que
deixamos ou abrimos mão de fazer ao realizar uma escolha é chamado de
custo de oportunidade. Por exemplo, ao comprar o curso de Economia
para o TCDF (ao preço de R$ 180,00), você deixou de comprar cerca de 8
DVDs. Neste caso, podemos dizer que o custo de oportunidade deste
curso de Economia foi de 8 DVDs (estou utilizando o DVD apenas como
exemplo. Mas também podemos dizer que o custo de oportunidade deste
curso é, digamos, de uns 12 lanches no McDonald´s).

Outro exemplo: ao decidir ler esta aula de Economia, você está


deixando de aprender vários assuntos de Direito. Neste caso, o custo de
oportunidade de ler esta aula de Economia é o que você deixou de
aprender de Direito. Veja que o conceito de custo de oportunidade é
bastante amplo e aceita inúmeras situações, desde que, é claro,
tenhamos um caso em que se abre mão de algo ao realizar uma escolha.

No caso da reta de restrição orçamentária, ao consumir mais do


bem 1, é preciso deixar de consumir um pouco do bem 2. Este custo de
oportunidade do consumo do bem 1 é representado pelo que se deixou de
consumir do bem 2. No caso do bem 1 custar R$ 100 e o bem 2 custar R$
50, o custo de oportunidade do consumo do bem 1 é o valor de 02
unidades de consumo do bem 2, ou seja, o mesmo valor da inclinação da
reta orçamentária. Assim: custo de oportunidade do bem 1 = inclinação
da reta orçamentária.

Nota ! A reta orçamentária também é chamada, em inúmeras


obras, de linha do orçamento ou ainda reta de restrição orçamentária.

3.1.2. Mudando a reta orçamentária

A reta orçamentária poderá variar em função de dois fatores:

• Mudanças na renda
• Mudanças nos preços dos bens

3.1.2.1. Mudanças na renda

Verifiquemos o primeiro caso: mudanças na renda. Os interceptos


das reta orçamentária são m/p2 e m/p1. Caso m aumente para m’, os
interceptos aumentarão respectivamente para m’/p2 e m’/p1. Veja no
gráfico:


Θ− −.+− (∗Α2# ).(3∗(< Γ−+−2#/∗( ∀# /∗∀∗ /−5( −62∗Γ.0∀−∀∗ (∗Α2# ∗ ).(3∗ ∀# ∗6∗23.05∀−∀#:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 43 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
!
!! ! !! ! !! ! !! !
!

Assim, multiplicar ambos os preços por dois teve o mesmo efeito


que dividir a renda por dois. Podemos concluir, então, que ao multiplicar
ambos os preços por uma quantidade qualquer t, isso será equivalente a
manter os preços no mesmo patamar anterior, só que dividindo a renda
pelo valor da mesma constante t. Em outras palavras, aumentar todos os
preços em, digamos, 100% (multiplicá-los por 2) tem o mesmo efeito de
reduzir a renda em 50% (dividir a renda por 2).

Se os preços dos bens 1 e 2 variam ao mesmo tempo e a variação


em p1 é diferente da variação em p2, aí sim haverá mudança na inclinação
da reta orçamentária, tendo em vista que a relação –p1/p2 mudará.

E se os preços variarem de forma diferente e, ao mesmo tempo,


houver variação na renda. Suponha que a renda diminua e os preços dos
bens 1 e 2 aumentem. Se m diminui e p1 e p2 aumentam, os interceptos
m/p1 e m/p2 devem diminuir. Isso indica que a reta orçamentária será
deslocada para dentro. E a inclinação? Ela dependerá somente dos preços
p1 e p2. Se p2 aumentar mais que p1, de tal modo que –p1/p2 diminua
(considerando o valor absoluto ou o módulo), a inclinação será reduzida
(a reta ficará mais deitada ou menos inclinada); se p2 aumentar menos
que p1, a reta orçamentária ficará mais inclinada.

Se tivermos um ambiente de inflação perfeitamente estável,


onde a renda e os preços variam exatamente na mesma proporção, a reta
orçamentária não será deslocada, nem rotacionada. Veja por quê:

Conforme sabemos, a equação da linha de orçamento é:

p1.q1 + p2.q2 = m

Se você aumentar a renda e os preços na mesma proporção, a


equação não mudará em nada, de tal forma que a linha de orçamento do
consumidor permanecerá na mesma posição. Por exemplo, suponha que
os preços e a renda sejam aumentados em 10% (inflação perfeitamente
estável de 10%). A equação da linha de orçamento, após o aumento de
10%, será:

1,1p1.q1 + 1,1p2.q2 = 1,1m

Observe que as equações antes e depois do aumento são iguais.


Basta simplificar a equação depois do aumento, dividindo todos os termos
por 1,1. Assim, percebe-se que o aumento proporcional de preços e renda
não altera (não desloca, nem rotaciona) a linha de orçamento. A
inclinação não mudará, nem o valor dos interceptos.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 47 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
LOCC’: 1500 = 20V + 10A ! 20V = 1500 – 10A ! V = 75 – ½.A
" (Para PA=10 e PV=20)

A inclinação para as três linhas de orçamento é encontrada fazendo


a divisão dos preços dos bens alimento e vestuário. Nos três casos, a
inclinação é -½. Este termo, ½, significa a inclinação da linha de
orçamento. Note que todas as linhas de orçamento do nosso gráfico são
paralelas, isto é, possuem a mesma inclinação. Desta forma, o valor da
inclinação deve ser igual para todas elas.

Veja, então, que -1/2 é o preço do alimento dividido pelo preço do


vestuário. Isso não é mera coincidência e, em todos os casos, essa regra
valerá. Assim, concluímos que a inclinação da linha de orçamento é igual
à divisão do preço do alimento (PA) pelo preço do vestuário (PV).

Nota ! explicando novamente: a inclinação possui sinal negativo (-


1/2), pois há uma relação inversa entre as variações nas quantidades
consumidas dos bens vestuário e alimentos.

09. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2009) - Suponha


que uma pessoa tenha uma renda de R$ 1.200,00, despendida no
consumo de dois conjuntos de bens e serviços x e y, cujos preços
unitários são, respectivamente, iguais a R$ 1,00 e R$ 3,00.
Suponha, ainda, que a linha do orçamento seja representada pela
equação: qx + 3qy = 1.200. Nesse caso, se o preço de y se elevar
para R$ 4,00, por aumento da tributação, permanecendo
constantes a renda e o preço de x, a inclinação da reta se elevará
de um terço para um quarto.

COMENTÁRIOS:
A inclinação da reta de restrição orçamentária é dada pela razão dos
preços dos bens. No numerador, preço do bem do eixo das abscissas
(eixo X), no denominador, o preço do bem do eixo das ordenadas (eixo
Y). Assim, inicialmente, a inclinação era PX/PY=1/3. Após o aumento do
preço de Y para R$ 4,00, a inclinação mudou para PX/PY=1/4. Ou seja,
houve redução da inclinação, de 1/3 para 1/4, pois 1/3>1/4.

Nota importante ! para mensurar a inclinação da reta orçamentária


nesta assertiva, a banca CESPE/UnB considerou o valor absoluto da
inclinação, ou seja, não levou em conta –px/py, mas sim px/py. Se ela

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 5: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
levasse em conta o sinal de menos, a assertiva estaria certa, uma vez -
1/3<-1/4. Ou seja, se o sinal negativo fosse considerado, haveria
realmente aumento da inclinação de menos um terço para menos um
quarto.

Mas, como dissemos, as bancas costumam ignorar tal sinal, e devemos


observar isso com naturalidade.

GABARITO: ERRADO

Enunciado para a questão 10: A análise do comportamento dos


consumidores fundamenta a teoria da demanda. Com relação a
esse tópico, assinale a opção correta.

10. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências


Econômicas – TCE/AC 2009) - Os aumentos recentes do preço da
energia elétrica deslocam a restrição orçamentária dos
consumidores para baixo, porém, não alteram a sua inclinação.

COMENTÁRIOS:
A questão parece estranha, não é mesmo?! Pois é, o CESPE elabora
algumas dessas de vez em quando. Acostume-se!

Em regra, o fator que tem o poder de deslocar a reta de restrição


orçamentária para cima ou para baixo é a alteração na renda do
consumidor. Quem altera a inclinação da restrição são as modificações
nos preços. A assertiva está, portanto, errada pois inverteu os conceitos.

GABARITO: ERRADO

Enunciado para as questões 11 e 12: Um consumidor pode


escolher gastar sua renda m com o bem x1 ou com o bem x2 de
tal forma que a sua reta orçamentária seja descrita por p1x1 +
p2x2 = m, em que p1 e p2 são os respectivos preços. Com relação
a essa situação, julgue os itens que se seguem.

11. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – A


inclinação da reta orçamentária é expressa por uma relação
negativa entre os preços.

COMENTÁRIOS:
A inclinação da reta orçamentária é dada pela razão (relação) entre os
preços (-p1/p2). Ao mesmo tempo, sabemos que a inclinação da reta é
negativa (há uma relação indireta entre as variáveis do gráfico: o maior
consumo de um bem implica menor consumo do outro, ao longo da linha
de orçamento). Ou seja, está correta a assertiva.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 51 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Nota: veja que, aqui, a banca foi mais técnica, certinha. Não ignorou o
sinal negativo da inclinação.

GABARITO: CERTO

12. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – O conjunto


orçamentário é formado exclusivamente por todas as cestas que
custam exatamente m.

COMENTÁRIOS:
Muita atenção! Conjunto orçamentário é um conceito diferente de
reta orçamentária. Aquele é o conjunto de todas as cestas que o
consumidor pode comprar. Já a restrição orçamentária é o conjunto de
todas as cestas que exaurem a renda do consumidor. Assim, a assertiva
está errada, pois tratou do conceito de restrição orçamentária.

Na figura da aula, a reta orçamentária é o segmento AB, ao passo que o


conjunto orçamentário é a área cinza (que inclui também o segmento
AB).

GABARITO: ERRADO

Enunciado para a questão 13: a análise do comportamento do


consumidor e das forças que regem a oferta e demanda é
fundamental para o estudo dos fenômenos econômicos.
Considerando essas análises, julgue os próximos itens.

13. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia –


2007) - A substituição do financiamento da coleta de lixo
domiciliar mediante o uso de uma taxa anual fixa por um sistema
em que o pagamento efetuado seja proporcional à quantidade de
lixo recolhido modifica a inclinação da restrição orçamentária e
reduz o subsídio implícito auferido pelas famílias que geram uma
maior quantidade de lixo.

COMENTÁRIOS:
Questão sinistra essa, não! A primeira leitura assusta!

A substituição do pagamento anual fixo por outro pagamento, baseado


na proporção de lixo que cada um produz, altera a relação de preços.

Conforme vimos no estudo da reta de restrição orçamentária, alterações


na relação de preços provocam também alterações na inclinação da
restrição orçamentária.

Agora, vem o final da questão, que é meramente interpretativa. Ao


mesmo tempo em que altera a relação de preços, este novo sistema

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 52 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
reduz aquele subsídio que as famílias que produziam mais lixo acabavam
tendo (uma vez que o pagamento era fixo), já que elas pagavam a
mesma taxa que uma família que produzia pouco lixo.

GABARITO: CERTO (ufa!)

14. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Em uma economia


com inflação, quando os preços e a renda são reajustados na
mesma proporção a linha do orçamento do consumidor desloca-se
nessa mesma proporção.

COMENTÁRIOS:
A equação da linha de orçamento é:

p1.q1 + p2.q2 = m (1)

Onde p1, p2, q1 e q2 são, respectivamente, os preços e quantidades dos


bens 1 e 2; e m é a renda. Se você aumentar a renda e os preços na
mesma proporção (inflação perfeitamente estável), a equação não
mudará, de forma que a linha de orçamento do consumidor permanecerá
na mesma posição. Por exemplo, suponha que os preços e a renda sejam
aumentados em 10%. A equação da linha de orçamento será:

1,1p1.q1 + 1,1p2.q2 = 1,1m (2)

Observe que as equações (1) e (2) são iguais. Basta simplificar a


equação (2), dividindo todos os termos por 1,1. Assim, percebe-se que o
aumento proporcional de preços e renda não altera (não desloca) a
linha de orçamento.

GABARITO: ERRADO

15. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – O custo de


oportunidade de consumo de determinado bem é medido pela
inclinação da reta orçamentária.

COMENTÁRIOS:
Conforme comentamos na aula, a inclinação da reta orçamentária
representa o custo de opoortunidade do consumo de determinado bem.
Ou seja, para consumir um bem, e se manter ao longo da reta
orçamentária, é necessário reduzir o consumo do outro bem. Assim, ao
consumir um bem, deixa-se de consumir outro bem, o que representa o
conceito de custo de oportunidade.

GABARITO: CERTO

16. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – Se um

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 53 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
imposto específico é lançado igualmente sobre dois bens, a reta
orçamentária do consumidor desses bens não se desloca.

COMENTÁRIOS:
Um imposto específico é aquele de valor fixo. Por exemplo, se o governo
cobrar R$ 1,00 de imposto por cada bem produzido, este imposto é
específico. É diferente do imposto ad valorem (que é um percentual
sobre o preço do produto).

Se um imposto específico é lançado igualmente sobre dois bens, os


preços dos dois bens serão alterados (aumentados). Os dois interceptos
da reta orçamentária (m/p1) e (m/p2) serão alterados. Isto certamente
provocará algum deslocamento da reta orçamentária.

Nota: a menos que os preços sejam iguais, a relação de preços também


mudará, alterando também a inclinação da reta orçamentária.

GABARITO: ERRADO

3.2. UTILIDADE E UTILIDADE MARGINAL

Apenas relembrando: os pressupostos da teoria do consumidor são


de que o consumidor escolhe o melhor possível que ele pode adquirir. No
item passado, vimos a explicação do “pode adquirir”, explicando o que é a
restrição orçamentária. Agora, voltaremos nossos fogos para a análise do
“melhor possível”. Para isso, é necessário que entendamos os conceitos
de utilidade e utilidade marginal. Vejamos o raciocínio:

Imagine que você passou a semana toda trabalhando 15 horas por


dia e, quando chega o fim de semana, tudo o que você quer é tomar
um(as) cerveja(s) gelada(s) para relaxar. Ou, no caso das mulheres, ir ao
shopping fazer compras, com o cartão de crédito do marido, obviamente.

Ao tomar o primeiro copo de cerveja, certamente este copo trará


uma grande satisfação/utilidade ao homem. Ao mesmo tempo, a primeira
compra no shopping trará bastante utilidade/prazer à mulher. No segundo
copo de cerveja, ainda haverá bastante utilidade adicional para o homem.
Igualmente, a segunda compra também agregará satisfação adicional à
mulher.

Se formos aumentando a quantidade de cervejas, no caso dos


homens, e bugigangas compradas, no caso das mulheres, chegaremos ao
ponto em que um copo adicional de cerveja e uma bugiganga a mais
comprada representarão para o homem e a mulher, respectivamente, um

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 54 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
benefício adicional tão pequeno que, para eles, será quase indiferente
adquirir ou não esta unidade adicional de consumo.

Com este exemplo prático, podemos dizer que a utilidade total


cresce com o aumento do consumo (por exemplo: quanto mais cervejas
se tomam, maior é a utilidade total do homem. Ao mesmo tempo, quanto
mais bugigangas se compram, maior é a utilidade da mulher..rsrs).
Todavia, o valor acrescentado à utilidade total pela última unidade de
consumo (último copo de cerveja, por exemplo) é tão menor quanto
maior for o total consumido.

Em outras palavras, quanto mais se consome de um bem, maior é a


utilidade total. Ao mesmo tempo, quanto mais se consome de um bem,
menor é o acréscimo de utilidade decorrente do acréscimo de consumo.
Daí, surge o conceito de utilidade marginal:

Utilidade marginal (Umg): é o acréscimo de utilidade (U) em


virtude do acréscimo de uma unidade de consumo (q) de um
bem qualquer. De forma matemática:

!∀
!∀# !
!∀

À medida que aumentamos o consumo de um bem qualquer, a sua


utilidade marginal, isto é, a utilidade ou benefício adicional de seu
consumo vai diminuindo. Daí, concluímos que a utilidade marginal é
decrescente. Em outras palavras, quanto mais quantidades de um bem
nós possuímos, menos útil ele se torna. Isso acontece porque a sua
utilidade marginal é decrescente.

Isto que nós acabamos de falar é chamado de lei da utilidade


marginal decrescente: à medida que aumentamos o consumo de
determinada mercadoria, a utilidade marginal dessa mercadoria diminui.

Então, ficamos assim:

" Quanto maior é o consumo de um bem, maior será a utilidade


(total);

" Quanto maior o consumo de um bem, menor a utilidade


marginal.

Portanto, ao consumirmos mais e mais de um bem, estaremos


aumentando a utilidade total. Ao mesmo tempo, estaremos decrescendo o
valor da utilidade marginal. Até aqui, tudo bem, certo?! Agora, pense no
seguinte: o que acontece se aumentarmos o consumo de um bem
indefinidamente?

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 55 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

Ao consumir mais e mais de um bem, aumentaremos cada vez mais


a utilidade total. Por outro lado, diminuiremos cada vez mais a utilidade
marginal, já que está é decrescente com o consumo. Quando a utilidade
marginal atingir o valor NULO, se continuarmos a aumentar o consumo, a
utilidade marginal passará a assumir valores negativos. A partir deste
ponto, o aumento de consumo reduzirá a utilidade total. Assim, o
momento em que a utilidade é máxima acaba sendo quando a
utilidade marginal é NULA.

A utilidade é máxima quando a


utilidade marginal é nula:

UMÁX ! quando Umg=0

Em outras palavras: se, a partir do momento em que atingimos a


utilidade total máxima, continuarmos a consumir mais o bem, a utilidade
marginal continuará decrescendo (em virtude da lei da utilidade marginal
decrescente). Como ela é igual a zero neste ponto de UMÁX, então, a partir
daí, a utilidade marginal passa a ser negativa, de tal forma que o
aumento de consumo irá trazer um acréscimo de utilidade negativo
(utilidade marginal negativa), e irá reduzir a utilidade total.

Por fim, entenda que a esta condição de maximização da utilidade


não leva em conta qualquer restrição de renda do consumidor. Ou seja,
para um consumidor maximizar seu prazer, tudo o que ele tem que fazer
é buscar o ponto em que seu benefício marginal se anula.

No entanto, se ele tiver uma restrição de renda (restrição


orçamentária) ou o bem a ser consumido tiver um preço, tudo muda de
figura. Veremos isso mais à frente em nosso curso. Para fins de prova, o
que você deve saber, por enquanto, é que, não havendo restrição
orçamentária, o consumidor maximiza sua utilidade quando sua utilidade
marginal se anula.

Vale ainda ressaltar que, em concursos, a banca pode usar com o


mesmo significado os termos: prazer, benefício, felicidade, satisfação e
utilidade. Assim, benefício marginal é o mesmo que utilidade marginal,
que é o mesmo que prazer adicional, e assim por diante.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 56 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
3.2.1. Paradoxo do valor

Normalmente, os consumidores aceitam pagar por um bem algum


preço na medida em que tal bem aumenta o prazer ou a utilidade deste
consumidor. Por exemplo, se um bem aumentar bastante a utilidade de
um consumidor (utilidade marginal alta), este indivíduo aceitará pagar um
preço maior por tal bem. Por outro lado, se tal bem aumentar de modo
reduzido o prazer do consumidor (utilidade marginal baixa), este quererá
pagar um preço mais baixo.

Assim, os consumidores procuram igualar os seus benefícios


marginais com os seus custos marginais. O primeiro é o acréscimo de
utilidade decorrente do acréscimo do consumo do bem. O segundo é o
acréscimo de custo em virtude do consumo do bem (simplificando: o
custo marginal seria, neste exemplo, o próprio preço do bem).

Ou seja, os consumidores aceitam pagar um preço (custo marginal)


que iguale o benefício marginal. Isto é, se o bem vai aumentar bastante a
minha satisfação pessoal, eu estarei disposto a pagar mais por ele.

Pois bem, isto explica uma questão bastante intrigante. Por que os
diamantes são tão caros, e a água é tão barata? Rs!

O diamante é um bem (quase) inútil. Viveríamos sem ele, numa


boa! Já a água é essencial. Depois do ar que respiramos, a água é o que
existe de mais importante para a nossa sobrevivência. Então, porque
existe uma diferença tão crucial nos preços do diamante e da água?

Há muita água no mundo! Por isso, a utilidade marginal da água é


baixa. Há pouco diamante no mundo! Por isso, a sua utilidade marginal é
alta. Como os consumidores procuram igualar os preços às utilidades
marginais, o diamante acaba custando muito caro, e a água muito barata.
Este é o paradoxo do valor: bens inúteis custando tão caro, e bens
extremamente essenciais custando tão barato.

Se pensarmos que o ar que respiramos é encontrado ainda em


maior abundância que a água, entenderemos por que o ar é de graça! E
olha que se ficarmos poucos instantes sem respirar, isto já é o suficiente
para morrermos. Mas, então, porque o ar é gratuito? Há uma quantidade
inesgotável de ar no mundo, e isto faz com que sua utilidade marginal
seja zero. Como o consumidor aceita pagar o preço que iguale a utilidade
marginal do bem, então, o ar acaba saindo de graça. Por isso, o ar é
gratuito! Interessante, não?!

Para fins de prova, assinale como verdadeiro se você se deparar


com as seguintes assertivas:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 57 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
• Os consumidores procuram igualar os benefícios e os custos
marginais (preço).
• O consumidor aceita pagar um preço que seja igual ao benefício
(utilidade) marginal do bem.

Assinale como errado se você se deparar com a seguinte assertiva:

• A maximização da utilidade requer que o preço seja igual à utilidade


marginal do bem.

A assertiva acima é errada pois a maximização da utilidade requer


que a utilidade marginal seja igual a zero. Mas você pode se perguntar?
Mas não foi dito que o consumidor procura igualar preço com utilidade
marginal? É verdade, foi dito isto mesmo!

Neste (difícil) momento da aula, você deve entender o seguinte: o


consumidor não procura necessariamente a simples maximização da sua
utilidade. Esta maximização é muito “arbitrária”; ela não leva em conta
aspectos como o preço do bem e a restrição orçamentária do consumidor.
Já aquilo que o consumidor procura para ele (chamamos isso de ótimo
do consumidor) leva em conta algumas restrições (de orçamento).

Observe que a assertiva errada que nós colocamos fala tão somente
em maximização da utilidade, e nada mais. Neste ponto, não há o que
se discutir: a utilidade é máxima quando a utilidade marginal é zero. Por
isso, a assertiva é errada.

17. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2004) - Em alguns


provedores de Internet, a cobrança de uma mensalidade fixa pelo
uso ilimitado do serviço faz que os consumidores utilizem esse
serviço até o ponto em que o benefício marginal se anula.

COMENTÁRIOS:
Neste caso, não temos restrição de renda ou do preço do serviço, já que
o consumidor paga uma taxa fixa e pode usar o serviço ilimitadamente.
Assim, o consumidor buscará a máxima utilidade sem se preocupar com
nenhum limitador de consumo, não há restrição.

A utilidade (total), por sua vez, atinge o seu máximo justamente quando
a utilidade marginal é NULA. Nesse sentido, está certa a assertiva. Note
que a questão apenas trocou a palavra utilidade por benefício. Lembre

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 58 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
que há ainda vários outros sinônimos que podem ser utilizados: prazer,
satisfação, felicidade.

GABARITO: CERTO

18. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2009)


- A maximização da utilidade do consumidor requer que o
benefício marginal decorrente do consumo de um determinado
bem seja igual ao seu preço.

COMENTÁRIOS:
A maximização da utilidade do consumidor requer apenas que o benefício
marginal (utilidade marginal) decorrente do consumo de um determinado
bem seja NULO. Em outras palavras, a utilidade é máxima quando a
utilidade marginal é igual a ZERO.

GABARITO: ERRADO

3.3. PREFERÊNCIAS

Apenas relembrando, mais uma vez: os pressupostos da teoria do


consumidor são de que o consumidor escolhe o melhor possível que ele
pode adquirir. No item 1.1, vimos a explicação do “pode adquirir”,
explicando o que é a restrição orçamentária. No item 1.2, tivemos a
noção de dois importantes conceitos que nos serão bastante úteis. Agora,
iremos nos concentrar no estudo das preferências do consumidor, que é
uma tentativa de verificar como ocorre a “escolha do melhor possível”.

No estudo das preferências, a todo o momento, nós comparamos as


cestas de consumo, de modo que o consumidor tenha a possibilidade de
classificar as cestas de consumo de acordo com o grau de satisfação que
cada uma delas traz. Nesse sentido, será bastante comum ouvirmos, por
exemplo, que a cesta X é preferível à cesta Y, ou ainda que o consumidor
é indiferente11 entre o consumo da cesta X e o consumo da cesta Y. No
primeiro caso, o consumo da cesta X traz maior prazer ou utilidade ao
consumidor do que o consumo da cesta Y. No segundo caso, o consumo
de X ou Y traz o mesmo grau de satisfação ou utilidade.

Antes de adentrarmos no assunto, devemos saber que a teoria do


comportamento do consumidor inicia-se com quatro premissas básicas a

&&
7∗2 50∀5Γ#2#03# 50∀5)−/∗( ≅.# ≅.−+≅.#2 ./− ∀−( )#(3−( ∀#5Π−25− ∗ 50∀58Ω∀.∗ )∗/ − /#(/−
.35+5∀−∀#ε(−35(Γ−Χ∆∗:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 59 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
respeito das preferências das pessoas por determinada cesta de mercado
em relação a outra. Seguem essas premissas:

1. Integralidade ou exaustividade: as preferências são


completas. Isso quer dizer que os consumidores podem
comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Assim, para
quaisquer cestas que existam, o consumidor é capaz de ordená-
las em uma ordem de preferência e dizer se ele prefere uma ou
outra ou, ainda, se ele é indiferente a qualquer uma delas em
relação à outra.

2. Transitividade: as preferências são transitivas. Transitividade


quer dizer que, se um consumidor prefere a cesta de mercado A
à cesta B e prefere B a C, então ele também prefere A a C. Por
exemplo, se ele prefere picanha a alcatra e prefere alcatra a
coxão duro, também, necessariamente, prefere picanha a coxão
duro.

3. Quanto mais, melhor: a maior quantidade de um bem é


sempre preferível à menor quantidade do mesmo. Este princípio
também é chamado de princípio da não saciedade. Essa
suposição também é às vezes chamada de monotonicidade de
preferências, o que significa dizer que as preferências são
monotônicas (mais é melhor).

4. Reflexividade: as preferências são reflexivas. Em outras


palavras, uma cesta de mercadorias é tão boa quanto ela
mesma. Isto quer dizer que uma cesta A proporciona o mesmo
prazer que outra cesta que seja exatamente igual à cesta A (é
bem simples mesmo esse princípio!).

Essas premissas constituem um embasamento para a teoria do


consumidor. Especialmente, se as preferências obedecerem às duas
primeiras premissas, isto é, se as preferências são completas e
transitivas, então, podemos dizer que elas racionais.

Assim, a racionalidade das preferências satisfaz a duas


condições: completeza (ou integralidade) e transitividade (ou
consistência).

Agora, prosseguindo em nossa aula, para tornar o estudo das


preferências viável, partimos da premissa de que o consumidor tem à sua
disposição apenas duas mercadorias. Adotaremos como exemplo a
alimentação e o vestuário. Ou seja, a utilidade ou a satisfação deste
consumidor é função da alimentação e vestuário. Algebricamente, isso é
representado assim: U = f (A, V) ! (lê-se: a utilidade é função de
alimento e vestuário).

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 6: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
alimentos para que a utilidade permaneça constante. Isto é, quando o
consumo de vestuário é baixo e os alimentos são abundantes, o vestuário
é altamente valorizado (a perda do vestuário requer um enorme aumento
no alimento para que a utilidade permaneça constante). O princípio
norteador do raciocínio é o mesmo em todas as situações: o que é
escasso é mais valorizado (neste caso, precisa-se de bastante alimento
para compensar uma pequena perda de vestuário). Ver questão 35.

" A TMgS é decrescente:

Do ponto A ao B (figura 14), temos uma TMgS certamente maior


que 1 (∆V>∆A) em valores absolutos (módulo). Do ponto D ao E,
entretanto, temos o módulo da TMgS certamente menor que 1 (∆V<∆A).
Podemos perceber que do ponto A ao ponto E, o valor da TMgS diminui à
medida que nos deslocamos para baixo e para a direita ao longo da curva
de indiferença. Desta forma, a TMgS, além de ser negativa, possui o seu
valor declinante ou decrescente quando se substitui, progressivamente,
unidades de vestuário por alimentos. Concluindo: a TMgS é
decrescente.

3.3.2. Preferências “mal” comportadas (casos especiais)


No item 3.3.1, nós vimos algumas premissas que nos remetem a
preferências bem-comportadas e monotônicas. Vale ressaltar que o que
foi visto no item passado deve ser considerado sempre quando falamos
em preferências ou curvas de indiferença de modo genérico, sem
especificar se são preferências bem-comportadas, monotônicas ou não.

Neste item, veremos alguns casos de preferências que não seguem


o comportamento padrão estudado no item passado. Ou seja, são curvas
de indiferença que seguem as premissas das preferências
(monotonicidade, reflexividade, transitividade, integralidade), mas não
seguem o comportamento das curvas bem-comportadas (TmgS
decrescente e negativa, convexidade). Assim, você deve ter em mente
que apesar destes casos especiais não seguirem o comportamento
padrão de uma curva de indiferença bem-comportada, isto não
significa, entretanto, que elas não obedeçam às premissas das
preferências, vistas logo no início do item 1.3. Elas obedecem às
premissas básicas das preferências, apenas não seguem o caso geral (as
curvas de indiferença não têm o formato de curvas bem-comportadas).

Comecemos pelo caso em que os bens integrantes da cesta de


consumo são bens substitutos ou complementos perfeitos:

3.3.2.1. O caso dos substitutos e complementos perfeitos

A figura 15 apresenta, no gráfico da esquerda, as preferências de


um consumidor por coca-cola e pepsi. Para este consumidor, estas duas

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 69 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
vertical do L, a TMgS será igual a infinito (o ∆SAPATO_ESQUERDO será um valor
qualquer, enquanto o ∆SAPATO_DIREITO será igual a 0. Como qualquer
número dividido por 0 é igual a infinito, a TMgS na parte vertical do L
também será infinita). Na parte horizontal do L, a TMgS será igual a 0 (o
∆SAPATO_ESQUERDO será igual a 0, enquanto o ∆SAPATO_DIREITO será igual a um
valor qualquer. Como ZERO dividido por qualquer número é igual a ZERO,
a TMgS na parte horizontal do L também será sempre igual a 0).

Por fim, note que, no caso dos complementos perfeitos, o


consumidor prefere consumi-los em proporções fixas, não havendo
necessidade de que a proporção seja 1 por 1, como no caso do exemplo
dos sapatos direito e esquerdo. Por exemplo, se um consumidor consome
sempre dois refrigerantes para cada sanduíche, e não consome
refrigerante para mais nada, neste caso, os bens refrigerante e sanduíche
serão complementos perfeitos e as curvas de indiferença terão o formato
de L. Neste caso, as cestas que estarão nos vértices de cada L terão
sempre o dobro de refrigerantes em relação aos sanduíches. A proporção
no consumo dos bens será fixa, no entanto, teremos uma proporção de 2
para 1, em vez de 1 para 1, como no caso dos sapatos direito e esquerdo.

Nota ! os bens podem ser substitutos imperfeitos (o consumidor


percebe alguma diferença entre eles) ou complementos imperfeitos (o
consumo não será feito em proporções fixas). Neste caso, as curvas de
indiferença tenderão ao formato convencional, apresentando algum
grau de convexidade.

Bens substitutos perfeitos: taxa


marginal de substituição constante. Ou
se consome um, ou se consome o outro.

Bens complementos perfeitos: bens


consumidos em proporções fixas. Os
dois devem ser consumidos juntos.

3.3.2.2. Quando um bem é um mal


Quando um bem é uma mercadoria que o consumidor não gosta,
dizemos que este bem, na verdade, é um “mal”. Se tivermos uma cesta
com dois bens, um sendo um “bem” e outro sendo um “mal”, as curvas
de indiferença serão positivamente inclinadas. Isto é, para se manter na
mesma utilidade, ao aumentar o consumo do mal, deve-se também
aumentar o consumo do bem.

Peguemos uma cesta que consista de duas mercadorias: o bem


carne e o mal salada. Supondo que este consumidor não goste deste
último (para este consumidor, o consumo de salada não traz utilidade ou
prazer, logo, é um mal, e não um bem), se dermos a ele mais salada, o

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 71 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

“Um problema em usar as curvas de indiferença para descrever


preferências é que elas mostram apenas as cestas que o consumidor
percebe como indiferentes entre si – as curvas não distinguem as
cestas melhores das piores.”

Ou seja, o examinador fez a questão com base em um trecho isolado do


livro do Prof. Varian. No entanto, o gabarito, a nosso ver, ainda é
equivocado, pois esta citação do Prof. Varian está no começo do capítulo.
Logo nos tópicos seguintes, ele ensina como determinar a direção para
onde ocorre o aumento de utilidade. Portanto, ele ensina como as curvas
de indiferença podem distinguir cestas de consumo.

Não obstante a minha análise, o gabarito definitivo foi “Certo”. Vamos


torcer para uma assertiva como esta não cair na nossa prova.
Infelizmente, em concursos, ainda existem problemas desta natureza.
Afinal, o examinador é como nós: humanos, sujeitos a erros.

Gabarito: Certo (a nosso ver, Errado)

20.(CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - Curva


de indiferença de dois bens substitutos perfeitos é uma reta.

Comentários:
Questão sem problemas. Quando os dois bens são substitutos perfeitos,
as curvas de indiferença são retilíneas, com taxa marginal de substituição
(que é a própria inclinação da curva de indiferença) constante.

Gabarito: Certo

21.(CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - As


premissas de integralidade, transitividade e monotonicidade
explicam as preferências de um consumidor racional.

Comentários:
Na verdade, o que explica a racionalidade das preferências de um
consumidor são 02 premissas, apenas: integralidade e transitividade.

Gabarito: Errado

O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo para gastar na


aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ
planeja ocupar um prédio de sua propriedade, atualmente
alugado para profissionais liberais. Com base nessa situação
hipotética, julgue os itens seguintes.

22.(CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - A

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 75 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o
mesmo efeito, na linha do orçamento, que a redução, pela
metade, do montante fixo.

Comentários:
Se os preços dos 02 bens aumenta, ao mesmo tempo, e no mesmo
percentual, isto equivale a uma mesma situação na qual a renda do
consumidor diminui.

No caso desta questão, a duplicação dos preços dos 02 bens é o mesmo


que reduzir a renda dos consumidores pela metade. Segue abaixo uma
passagem de nossa aula de Teoria do Consumidor, onde o raciocínio é
explicado:

Na prática, quando duplicamos os preços dos dois bens ao mesmo


tempo, estamos, na verdade, fazendo o mesmo que dividir a renda por
dois. Vejamos:

!! ! !! ! !! ! !! ! !

Agora, dobramos os preços:

!!! ! !! ! !!! ! !! ! !

Manipulando algebricamente, chegamos a:

!! !!! ! !! ! !! ! !! ! ! ! !
!
!! ! !! ! !! ! !! !
!

Assim, multiplicar ambos os preços por dois teve o mesmo efeito


que dividir a renda por dois. Podemos concluir, então, que ao multiplicar
ambos os preços por uma quantidade qualquer t, isso será equivalente a
manter os preços no mesmo patamar anterior, só que dividindo a renda
pelo valor da mesma constante t. Em outras palavras, aumentar todos os
preços em, digamos, 100% (multiplicá-los por 2) tem o mesmo efeito de
reduzir a renda em 50% (dividir a renda por 2).

Gabarito: Certo

Suponha que as famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família


tenham preferências bem comportadas com relação a alimento e
vestuário, que esses dois bens sejam normais e que seus preços
mantenham-se constantes. Com base nessa situação, julgue os
itens.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 76 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
de vestuário.

Comentários:
No enunciado da questão, foi dito que os dois bens (vestuário e alimento)
são normais. Logo, o aumento de renda das famílias irá fazer com ambos
os consumos (de vestuário e alimento) sejam aumentados, de tal
maneira que não é possível inferir, somente com os dados da questão, se
vai haver substituição no consumo de alimento pelo consumo de
vestuário.

Teríamos, com certeza, uma substituição no consumo se houvesse


alteração no preço relativo dos bens (se, por exemplo, o preço dos
alimento aumentasse, enquanto o preço do vestuário mantivesse-se
igual).

Gabarito: Errado

25.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Curvas de


indiferença que representam níveis distintos de preferência
podem se cruzar.

Comentários:
Devido à premissa da transitividade, curvas de indiferença nunca podem
se cruzar.

Gabarito: Errado

26.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Curvas de


indiferença de dois bens substitutos têm inclinações iguais a -1.

Comentários:
Curvas de indiferença de dois bens substitutos têm inclinação constante,
mas não necessariamente essa inclinação será, em valor absoluto,
igual a 1.

Gabarito: Errado

27.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - As curvas de


indiferença entre bens complementares demonstram que os
consumidores querem consumir os bens em proporções fixas, ou
seja, uma unidade de um bem com uma unidade de seu bem
complementar.

Comentários:
A primeira parte da assertiva é correta. Realmente, curvas de indiferença
entre bens complementares demonstram que os consumidores querem
consumir os bens em proporções fixas.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 78 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
uma cesta melhor de uma pior. Afinal, todas as cestas ao longo de uma
mesma curva de indiferença trazem o mesmo nível de utilidade ao
consumidor.

Gabarito: Errado

30.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Um aumento da


renda do consumidor afeta a inclinação da reta orçamentária,
pois os preços relativos são afetados

Comentários:
Um aumento da renda desloca paralelamente a reta orçamentária, mas
não afeta sua a inclinação.

Somente a alteração nos preços relativos é que tem o poder de afetar a


inclinação da reta orçamentária.

Gabarito: Errado

31.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - A cobrança de um


imposto levar à duplicação dos preços dos bens equivale à
duplicação da renda do consumidor.

Comentários:
A cobrança de um imposto levar à duplicação dos preços equivale e
reduzir a renda pela metade.

Gabarito: Errado

32.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012)


- Considere que um consumidor prefira comprar determinada
cesta de bens em Manaus a comprá-la em Belém. Nesse caso, é
correto inferir que a renda desse consumidor é suficiente para
comprar a cesta tanto em Manaus quanto em Belém.

Comentários:
Se um consumidor prefere comprar uma cesta em Manaus a comprá-la
em Belém, isto diz respeito somente às suas preferências.

Nada é possível afirmar sobre a renda. A estrutura de preferências dos


consumidores (mapa de curvas de indiferença) independe da renda e
dos preços dos bens.

Por exemplo, todos nós temos preferências quanto a bens que não
podemos comprar, mas, mesmo assim, temos uma estrutura de
preferências quanto a estes bens.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 8: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Gabarito: Errado

33.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012)


- Com base na transitividade das preferências individuais, um
comportamento inato a todo ser humano, é correto afirmar que o
indivíduo que prefere comprar em Rio Branco a comprar em
Manaus e prefere comprar em Manaus a comprar em Belém
prefere comprar em Rio Branco a fazê-lo em Belém.

Comentários:
Esta é uma questão capciosa. Realmente, pela premissa da
transitividade, se o indivíduo prefere comprar em Rio Branco a comprar
em Manaus e prefere comprar em Manaus a comprar em Belém, prefere
comprar em Rio Branco a fazê-lo em Belém. Até aí correto.

Essa premissa da transitividade é uma hipótese necessária para


sistematizar o estudo da teoria do consumidor, porém ela não é inata a
todo ser humano. O gosto das pessoas nem sempre obedece à
transitividade.

Por exemplo, existem pessoas que preferem carne em vez de pizza, e


preferem pizza à comida japonesa. Mas é possível que, em alguma vez
na vida, elas escolham comida japonesa em vez de carne. As pessoas
são assim. Os gostos das pessoas são algo bastante subjetivo, de tal
forma que a transitividade não é inata, indistintamente, a todo mundo.

Segundo Eaton e Eaton, Microeconomia, página 43:

“O pressuposto da transitividade parece bastante objetivo, mas


será que de fato descreve o comportamento humano? ...

... concluem que as preferências da grande maioria dos adultos


são consistentes. É interessante que experiências sobre
preferências de crianças por diferentes cores revelam que as
preferências de pessoas mais jovens tendem a ser inconsistentes,
ou intransitivas.”

Desta forma, a questão é errada pela expressão “comportamento inato a


todo ser humano”.

Gabarito: Errado

34.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012)


- Se dois créditos bancários, um no Banco da Amazônia e outro no
Banco do Brasil, são substitutos perfeitos, então eles apresentam
taxa marginal de substituição constante.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 81 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Comentários:
Exatamente, bens substitutos perfeitos possuem taxa marginal de
substituição (inclinação da curva de indiferença) constante.

Gabarito: Certo

35. (Cespe/UnB – ANAC – 2012) Caso a renda nominal dos


consumidores seja constante, a elevação do preço do ingresso de
um jogo do campeonato brasileiro de futebol acarretará uma
tendência de queda da demanda por esse bem. Para continuar
consumindo a mesma quantidade de ingressos para os jogos
desse campeonato, os consumidores teriam de abrir mão do
consumo de outros bens.
Comentários:

Como a renda dos trabalhadores não acompanhou o aumento dos


ingressos, com certeza os consumidores os consumidores irão reduzir a
demanda por esses bens. Assim, se eles decidirem não diminuir a
demanda por ingressos, terão que deixar de consumir outros bens para
que a restrição orçamentária seja respeitada.

Gabarito: CERTO.

36. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – Para um


consumidor racional, a taxa marginal de substituição entre
cédulas de dez reais e cédulas de cinco reais é decrescente e será
tanto mais baixa quanto maior for o seu nível de renda.

COMENTÁRIOS:
Show de bola esta questão, não é mesmo?

Considerando os dois bens (cédulas de dez reais e cédulas de cinco


reais), a taxa marginal de substituição entre eles independe do
nível de renda. Quem depende da renda é a reta de restrição
orçamentária: quanto menor a renda, mais baixa estará a reta de
restrição orçamentária. Veja, então, que a curva de indiferença e a
estrutura de preferências do consumidor não dependem da renda.

Ademais, os bens citados (cédulas de dez e cinco reais) têm a taxa


marginal de substituição constante (nós trocamos uma cédula de dez por
duas de cinco reais). Assim, TMgS=2. Ou, se trocarmos uma cédula de
cinco reais por meia cédula de dez reais, a TMgS será igual a 1/2 . Enfim,
qualquer que seja o referencial, a TMgS será constante, indicando que
estes bens são substitutos perfeitos.

Portanto, a assertiva tem dois erros:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 82 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

i. A taxa marginal de substituição não é decrescente, mas sim


constante;
ii. A taxa marginal de substituição não depende da renda do
consumidor.

GABARITO: ERRADO

37. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – Se, para


determinado consumidor, as curvas de indiferença entre dois
bens são representadas por linhas retas negativamente
inclinadas, então, para esse consumidor, os bens examinados são
perfeitamente complementares.

COMENTÁRIOS:
Neste caso, em que as curvas de indiferença são linhas retas, os bens
serão substitutos perfeitos. Se fossem perfeitamente complementares, as
curvas de indiferença seriam representadas por retas perpendiculares
entre si (curvas de indiferença em “L”).

GABARITO: ERRADO

38. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – O princípio


da utilidade marginal decrescente explica por que a restrição
orçamentária do consumidor é negativamente inclinada.

COMENTÁRIOS:
O princípio da utilidade marginal decrescente explica por que a curva de
indiferença é negativamente inclinada. A banca tentou te confundir.

O que explica a inclinação negativa da reta de restrição orçamentária


é o fato de um consumo maior de um bem implicar obrigatoriamente um
consumo menor de outro bem, estando o consumidor limitado pela sua
renda (que está representada pela própria reta de restrição
orçamentária). Por exemplo, na figura 06, cesta Z, se quisermos
aumentar o consumo de vestuário, será necessário reduzir o consumo de
alimentos, devido à restrição da renda. Quando temos duas variáveis no
gráfico que variam em sentidos opostos (uma aumenta e a outra diminui)
e inclinação é decrescente.

GABARITO: ERRADO

39. (CESPE/Unb - Consultor Legislativo - Câmara dos Deputados


2002) - Em uma curva de indiferença, os consumidores são
indiferentes entre as possíveis combinações de bens porque, ao
longo dessa curva, a renda monetária é constante.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 83 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
COMENTÁRIOS:
Ao longo da curva de indiferença a utilidade é constante. A questão fez
confusão com a reta de restrição orçamentária. Nesta, a renda monetária
é constante.

GABARITO: ERRADO

40. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - Curvas de


indiferença mostram a combinação do consumo de dois bens. Por
exemplo, a curva de indiferença relativa a transporte urbano ou
veículo próprio mostra os diferentes níveis de utilidade desses
bens para determinado indivíduo.

COMENTÁRIOS:
A curva de indiferença mostra as diversas cestas de consumo que geram
a mesma utilidade. Ou seja, a assertiva está errada em sua parte final,
quando fala que a curva de indiferença mostra os diferentes níveis de
utilidade.

GABARITO: ERRADO

41. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - Curvas de


indiferença não mantêm relação com restrições orçamentárias ou
preços dos bens envolvidos na análise.

COMENTÁRIOS:
As curvas de indiferença mostram os gostos dos consumidores
independentemente da restrição de renda ou dos preços dos bens.
Quem mantém relação com a restrição de renda (orçamentária) e com os
preços dos bens envolvidos é a reta de restrição orçamentária e não a
curva de indiferença. Veja que a questão falou simplesmente na curva de
indiferença. Assim, a assertiva é correta, pois esta não mantém relação
com restrições orçamentárias ou com os preços dos bens envolvidos na
análise.

GABARITO: CERTO

42. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - A


inclinação de uma curva de indiferença é denominada taxa
marginal de substituição.

COMENTÁRIOS:
É exatamente o termo que define a inclinação da curva de indiferença
(esta era bem fácil ☺).

GABARITO: CERTO

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 84 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
43. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/ACE –
2008) - Se um consumidor gosta de refrigerante, mas não faz
nenhuma distinção entre as diferentes marcas disponíveis no
mercado, então, para esse consumidor, o mapa de indiferença
entre duas marcas quaisquer é formado por linhas retas
paralelas.

COMENTÁRIOS:
Se o consumidor não faz distinção entre as diferentes marcas de
refrigerantes, então elas são substitutas perfeitas para este indivíduo.

Neste caso, as curvas de indiferença são formadas por linhas retas


paralelas (figura 15, gráfico da esquerda), sendo a TMgS constante.

GABARITO: CERTO

44. (CESPE – Economista – MPU – 2010) - Os bens X e Y são


complementares perfeitos quando a taxa marginal de substituição
de um pelo outro é constante.

COMENTÁRIOS:
Quando é possível substituir dois bens a uma taxa marginal de
substituição constante (curvas de indiferença retilíneas), nós dizemos
que tais bens são SUBSTITUTOS perfeitos.

GABARITO: ERRADO

45. (CESPE – Economista – MPU – 2010) - Uma curva de


indiferença é convexa quando a taxa marginal de substituição
diminui na medida em que há movimentação para baixo ao longo
da mesma curva.

COMENTÁRIOS:
A taxa marginal de substituição é a taxa com que o consumidor substitui
o consumo de um bem pelo de outro bem, e se mantém com a mesma
utilidade (ou seja, se mantém na mesma curva de indiferença). A TMgS
também significa a própria inclinação da curva de indiferença. Em curvas
convexas, a taxa marginal de substituição (inclinação) é decrescente à
medida que nos movimentamos para baixo ao longo da mesma curva.
Observe:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 85 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
racional quando ela é completa e reflexiva.

COMENTÁRIOS:
Esta assertiva está errada. Nós vimos que a racionalidade das
preferências possui os seguintes pressupostos: completeza
(integralidade) e transitividade (consistência).

Assim, veja que a assertiva está errada, pois a existência da completeza


e da reflexividade não garante a racionalidade.

GABARITO: ERRADO

48. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) -


Supor que as preferências do consumidor são completas é admitir
que é possível comparar duas cestas quaisquer de bens.

COMENTÁRIOS:
Não há muito que comentar. É exatamente a descrição da premissa da
integralidade.

GABARITO: CERTO

49. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) - A


inclinação para baixo (negativa) das curvas de indiferença deriva
do princípio de que as preferências do consumidor são
transitivas.

COMENTÁRIOS:
A inclinação para baixo da curva de indiferença deriva do princípio da
utilidade marginal decrescente.

GABARITO: ERRADO

50. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) -


As curvas de indiferença nunca se cruzam em decorrência de as
preferências do consumidor serem transitivas.

COMENTÁRIOS:
Correta! Bem fácil esta!

GABARITO: CERTO

51. (CESPE/Unb – Especialista em Pesquisas Governamentais –


IJSN/ES – 2010) - Uma relação de preferência é completa caso
possua as propriedades transitiva e racional.

COMENTÁRIOS:

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 87 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Pegadinha!

Aqui, a banca trocou a ordem da relação, tentando o confundir o


candidato. O correto seria: uma relação de preferência é racional caso
possua as propriedades transitiva e completa.

GABARITO: ERRADO

Bem pessoal, por hoje é só!

Foi uma aula bem tranquila, não foi? Sabemos que não foi. Mas releia a
reoria e refaça todos os exercícios. Assim, você fixará o conteúdo. Na
próxima aula, continuaremos a estudar a Teoria do consumidor.

Abraço a todos e bons estudos!

Heber Carvalho e Jetro Coutinho

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 88 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

Considerando a tabela acima, que apresenta as quantidades demandadas


e ofertadas de um produto, aos diferentes preços, relativos a um mercado
em concorrência perfeita, julgue os itens a seguir.

01.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - O preço de equilíbrio de


mercado é igual a R$ 55,00.

02.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço do produto for


R$ 40,00, o módulo da elasticidade preço da demanda será igual a 0,40,
o que caracteriza a demanda como inelástica ao preço.

03.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço do produto for


R$ 40,00, o módulo da elasticidade preço da oferta será igual a 0,50, o
que caracteriza a oferta como elástica ao preço.

04.(CESPE/Unb – Economista – MS – 2013) - Se o preço máximo para a


compra for fixado em R$ 60,00, haverá escassez de produto.

Acerca da teoria clássica da demanda e de conceitos gerais de economia,


julgue os itens a seguir.

05.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações – 2013) -


Dois bens são ditos complementares se a elasticidade-preço da demanda
for negativa.

06.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações – 2013) - Se


o aumento do preço do bem X reduzir a quantidade demandada do bem
Y, então o bem Y será um bem inferior.

07.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações – 2013) - A


demanda agregada da economia é igual à soma das demandas
individuais.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 89 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
08.(CESPE/Unb – Economista – Ministério das Comunicações – 2013) -
Uma função demanda linear apresenta elasticidade-preço constante.

Acerca das preferências do consumidor e suas curvas de indiferença,


julgue os itens subsequentes.

09. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2009) - Suponha que uma


pessoa tenha uma renda de R$ 1.200,00, despendida no consumo de dois
conjuntos de bens e serviços x e y, cujos preços unitários são,
respectivamente, iguais a R$ 1,00 e R$ 3,00. Suponha, ainda, que a linha
do orçamento seja representada pela equação: qx + 3qy = 1.200. Nesse
caso, se o preço de y se elevar para R$ 4,00, por aumento da tributação,
permanecendo constantes a renda e o preço de x, a inclinação da reta se
elevará de um terço para um quarto.

Enunciado para a questão 10: A análise do comportamento dos


consumidores fundamenta a teoria da demanda. Com relação a esse
tópico, assinale a opção correta.

10. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo – Ciências Econômicas –


TCE/AC 2009) - Os aumentos recentes do preço da energia elétrica
deslocam a restrição orçamentária dos consumidores para baixo, porém,
não alteram a sua inclinação.

Enunciado para as questões 11 e 12: Um consumidor pode escolher


gastar sua renda m com o bem x1 ou com o bem x2 de tal forma que a
sua reta orçamentária seja descrita por p1x1 + p2x2 = m, em que p1 e
p2 são os respectivos preços. Com relação a essa situação, julgue os itens
que se seguem.

11. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – A inclinação da


reta orçamentária é expressa por uma relação negativa entre os preços.

12. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – O conjunto


orçamentário é formado exclusivamente por todas as cestas que custam
exatamente m.

Enunciado para a questão 13: a análise do comportamento do consumidor


e das forças que regem a oferta e demanda é fundamental para o estudo
dos fenômenos econômicos. Considerando essas análises, julgue os
próximos itens.

13. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2007) - A


substituição do financiamento da coleta de lixo domiciliar mediante o uso
de uma taxa anual fixa por um sistema em que o pagamento efetuado
seja proporcional à quantidade de lixo recolhido modifica a inclinação da

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 9: ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
restrição orçamentária e reduz o subsídio implícito auferido pelas famílias
que geram uma maior quantidade de lixo.

14. (CESPE/Unb – Economista – MPU – 2010) - Em uma economia com


inflação, quando os preços e a renda são reajustados na mesma
proporção a linha do orçamento do consumidor desloca-se nessa mesma
proporção.

15. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – O custo de


oportunidade de consumo de determinado bem é medido pela inclinação
da reta orçamentária.

16. (CESPE/Unb - Economista – SEPLAG/DF – 2008) – Se um imposto


específico é lançado igualmente sobre dois bens, a reta orçamentária do
consumidor desses bens não se desloca.

17. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2004) - Em alguns


provedores de Internet, a cobrança de uma mensalidade fixa pelo uso
ilimitado do serviço faz que os consumidores utilizem esse serviço até o
ponto em que o benefício marginal se anula.

18. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/AC – 2009) - A


maximização da utilidade do consumidor requer que o benefício marginal
decorrente do consumo de um determinado bem seja igual ao seu preço.

19.(CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - A utilização de


curvas de indiferença para descrever as preferências dos consumidores
não é indicada, já que as curvas não distinguem as cestas de consumo.

20.(CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - Curva de


indiferença de dois bens substitutos perfeitos é uma reta.

21.(CESPE/Unb – Auditor – Economia – TCE/RO – 2013) - As premissas


de integralidade, transitividade e monotonicidade explicam as
preferências de um consumidor racional.

O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo para gastar na


aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja
ocupar um prédio de sua propriedade, atualmente alugado para
profissionais liberais. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens
seguintes.

22.(CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - A


duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo
efeito, na linha do orçamento, que a redução, pela metade, do montante
fixo.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 91 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
Suponha que as famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família tenham
preferências bem comportadas com relação a alimento e vestuário, que
esses dois bens sejam normais e que seus preços mantenham-se
constantes. Com base nessa situação, julgue os itens.

23.(CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - O conjunto


orçamentário de uma família é formado por todas as combinações de
quantidades de bens e serviços que podem ser adquiridas, apresentando
como limites os preços relativos e a renda dessa família.

24.(CESPE/Unb – Economista – Ministério da Justiça – 2013) - O


aumento de renda das famílias atendidas pelo referido programa provoca
uma substituição do consumo de alimentos pelo consumo de vestuário.

25.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Curvas de indiferença que


representam níveis distintos de preferência podem se cruzar.

26.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Curvas de indiferença de


dois bens substitutos têm inclinações iguais a -1.

27.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - As curvas de indiferença


entre bens complementares demonstram que os consumidores querem
consumir os bens em proporções fixas, ou seja, uma unidade de um bem
com uma unidade de seu bem complementar.

28.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Se um indivíduo gosta de


um bem e é neutro em relação a outro, então a curva de indiferença será
uma linha paralela ao eixo do bem neutro.

29.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Por distinguir uma cesta


de produtos melhor de uma pior, a curva de indiferença é recurso
adequado para a descrição das preferências dos consumidores.

30.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - Um aumento da renda do


consumidor afeta a inclinação da reta orçamentária, pois os preços
relativos são afetados

31.(CESPE/Unb – Economista - TJ/AL – 2012) - A cobrança de um


imposto levar à duplicação dos preços dos bens equivale à duplicação da
renda do consumidor.

32.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012) -


Considere que um consumidor prefira comprar determinada cesta de bens
em Manaus a comprá-la em Belém. Nesse caso, é correto inferir que a
renda desse consumidor é suficiente para comprar a cesta tanto em
Manaus quanto em Belém.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 92 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ
33.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012) - Com
base na transitividade das preferências individuais, um comportamento
inato a todo ser humano, é correto afirmar que o indivíduo que prefere
comprar em Rio Branco a comprar em Manaus e prefere comprar em
Manaus a comprar em Belém prefere comprar em Rio Branco a fazê-lo em
Belém.

34.(CESPE/Unb - Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2012) - Se


dois créditos bancários, um no Banco da Amazônia e outro no Banco do
Brasil, são substitutos perfeitos, então eles apresentam taxa marginal de
substituição constante.

35. (Cespe/UnB – ANAC – 2012) Caso a renda nominal dos consumidores


seja constante, a elevação do preço do ingresso de um jogo do
campeonato brasileiro de futebol acarretará uma tendência de queda da
demanda por esse bem. Para continuar consumindo a mesma quantidade
de ingressos para os jogos desse campeonato, os consumidores teriam de
abrir mão do consumo de outros bens.

36. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – Para um consumidor


racional, a taxa marginal de substituição entre cédulas de dez reais e
cédulas de cinco reais é decrescente e será tanto mais baixa quanto maior
for o seu nível de renda.

37. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – Se, para


determinado consumidor, as curvas de indiferença entre dois bens são
representadas por linhas retas negativamente inclinadas, então, para esse
consumidor, os bens examinados são perfeitamente complementares.

38. (CESPE/Unb – Economista – Petrobrás – 2001) – O princípio da


utilidade marginal decrescente explica por que a restrição orçamentária
do consumidor é negativamente inclinada.

39. (CESPE/Unb - Consultor Legislativo - Câmara dos Deputados 2002) -


Em uma curva de indiferença, os consumidores são indiferentes entre as
possíveis combinações de bens porque, ao longo dessa curva, a renda
monetária é constante.

40. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - Curvas de


indiferença mostram a combinação do consumo de dois bens. Por
exemplo, a curva de indiferença relativa a transporte urbano ou veículo
próprio mostra os diferentes níveis de utilidade desses bens para
determinado indivíduo.

41. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - Curvas de


indiferença não mantêm relação com restrições orçamentárias ou preços
dos bens envolvidos na análise.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 93 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

42. (CESPE/Unb – Economista – SEPLAG/DF – 2008) - A inclinação de


uma curva de indiferença é denominada taxa marginal de substituição.

43. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCE/ACE – 2008) - Se


um consumidor gosta de refrigerante, mas não faz nenhuma distinção
entre as diferentes marcas disponíveis no mercado, então, para esse
consumidor, o mapa de indiferença entre duas marcas quaisquer é
formado por linhas retas paralelas.

44. (CESPE – Economista – MPU – 2010) - Os bens X e Y são


complementares perfeitos quando a taxa marginal de substituição de um
pelo outro é constante.

45. (CESPE – Economista – MPU – 2010) - Uma curva de indiferença é


convexa quando a taxa marginal de substituição diminui na medida em
que há movimentação para baixo ao longo da mesma curva.

46. (CESPE/Unb – Especialista em Pesquisas Governamentais – IJSN/ES –


2011) - As escolhas de consumo, por exemplo, entre almoçar hoje ao
meio-dia em Vitória e almoçar hoje ao meio-dia em Belo Horizonte
formam um conjunto convexo.

47. (CESPE/Unb – Especialista em Pesquisas Governamentais – IJSN/ES –


2011) - Entende-se que uma relação de preferência é racional quando ela
é completa e reflexiva.

48. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) - Supor


que as preferências do consumidor são completas é admitir que é possível
comparar duas cestas quaisquer de bens.

49. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) - A


inclinação para baixo (negativa) das curvas de indiferença deriva do
princípio de que as preferências do consumidor são transitivas.

50. (CESPE/Unb – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) - As


curvas de indiferença nunca se cruzam em decorrência de as preferências
do consumidor serem transitivas.

51. (CESPE/Unb – Especialista em Pesquisas Governamentais – IJSN/ES –


2010) - Uma relação de preferência é completa caso possua as
propriedades transitiva e racional.

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 94 ∀# ∃%


!∀#∃#%&∋ )#%∗+,−∋ ∗. /)! 0 1)23
1,#4&∋ 5 67,8−9,8 )!:;!.<∃=
;4#>8 ?,≅,4 )∋4Α∋+Β# , Χ,−4# )#7−&∃Β# ∆ /7+∋ ΕΦ

GABARITO
01 E 02 C 03 E 04 E 05 E 06 E 07 E
08 E 09 E 10 E 11 C 12 E 13 C 14 E
15 C 16 E 17 C 18 E 19 C 20 C 21 E
22 C 23 C 24 E 25 E 26 E 27 E 28 C
29 E 30 E 31 E 32 E 33 E 34 C 35 C
36 E 37 E 38 E 39 E 40 E 41 C 42 C
43 C 44 E 45 C 46 E 47 E 48 C 49 E
50 C 51 E

;4#>8 ?,≅,4 , Χ,−4# ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ 95 ∀# ∃%

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