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então, que a necessidade da escolha só existe justamente em razão de
haver escassez.

BENS E SERVIÇOS

Bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades


humanas. Os bens podem ser classificados em bens livres e bens
econômicos.

Bens livres são aqueles existentes em quantidade ilimitada (luz solar,


ar, mar, etc).

Bens econômicos são relativamente escassos e supõem a ocorrência de


esforço humano na sua obtenção. Outra característica dos bens
econômicos repousa no fato de que eles podem ser transferidos entre os
agentes econômicos. Para o nosso estudo, são os bens econômicos que
nos interessam.

Quanto à sua natureza, os bens econômicos podem ser classificados em


materiais, ou imateriais.

Os bens materiais são aqueles de natureza material, sendo, portanto,


tangíveis (possuem peso, altura, volume, etc). Alimentos, livros, roupas
são exemplos de bens materiais, tangíveis.

Nota: vale ressaltar que é bastante comum, ao lermos textos


econômicos, a palavra “bem”, sem maiores especificações, indicar, na
verdade, tratar-se de um bem material. Portanto, ao ler a palavra bem,
de forma solta em um texto, você pode entender que se trata geralmente
de um bem material.

Os bens imateriais são intangíveis, ou seja, não podem ser tocados.


Tais bens são chamados de serviços (bem intangível). Os cuidados de
um médico, os serviços de um advogado, as aulas de um professor, os
serviços de transporte são exemplos de serviços, bens intangíveis. Veja
que os bens imateriais (serviços) não podem ser estocados, ao contrário
dos bens materiais.

Quanto ao destino, os bens materiais classificam-se em bens de


consumo e bens de capital.

Bens de consumo são aqueles diretamente utilizados para a satisfação


das necessidades humanas (alimentos, roupas, eletrodomésticos,
automóveis, etc).

Bens de capital (ou bens de produção) são aqueles que permitem


produzir outros bens. São exemplos de bens de capital as máquinas,

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b) Como produzir?

Em segundo lugar, a sociedade tem de decidir a maneira pela


qual o conjunto de bens escolhido será produzido. Normalmente,
os bens podem ser obtidos mediante diferentes combinações de
recursos e técnicas. Assim, deve-se optar pela técnica que
resulte no menor custo por unidade de produto a ser obtido. É a
eficiência produtiva.

c) Para quem produzir?

Uma vez decidido que bens produzir e como produzi-los, a


sociedade tem de tomar uma terceira decisão fundamental:
quem vai receber esses bens e serviços? Sabemos que a
produção total de bens e serviços deverá ser distribuída entre os
diferentes indivíduos que compõem a sociedade. De que maneira
essa distribuição ocorrerá? Será que todos receberão a mesma
quantidade de bens de serviços? Será que a distribuição de bens
e serviços será feita segundo a contribuição de cada um à
produção? Ou segundo a necessidade de cada indivíduo? É a
eficiência distributiva.

2.1. Custo de oportunidade: abrindo mão de algo

Acabamos de ver que é a escassez a variável que dá o tom na


economia. Genericamente falando, todos gostariam de ter dinheiro para
comprar alimentos de boa qualidade, roupas, carros, assim como todos
querem mais tempo para lazer, esporte, viagens, etc. Enfim, todos
gostariam de ter uma riqueza maior, entretanto, os recursos de todos
(pelo menos da maioria) são escassos, no sentido de estarem disponíveis
em quantidades limitadas.

Canalizar nossos esforços para a obtenção de uma quantidade


maior de algo conflita com a possibilidade de obtermos mais de outras
coisas. Podemos consumir mais lazer se sacrificarmos alguma renda (que
poderia ser obtida durante o tempo em que nos dedicamos ao lazer).
Podemos comprar mais roupas, desde que abramos mão de consumir um
outro bem. Assim, ao escolher uma alternativa de consumo, somos
levados, obrigatoriamente, a abrir mão de algo associado às outras
alternativas.

Por exemplo, ao decidir ler esta aula on-line, você abriu mão de
várias outras coisas: estudar Contabilidade, consumir lazer, dormir,
ganhar dinheiro (poderia estar trabalhando em vez de estudando), etc.

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Este aluguel que deixa de ser recebido representa o custo de
oportunidade de ocupação do prédio.

GABARITO: CERTO

02.(CESPE/Unb - Analista Administrativo – ANAC – 2012) -


Suponha que um profissional recém-formado em economia
pretenda pedir demissão da firma em que trabalha para atuar
como autônomo em um escritório de consultoria, e, para isso,
calcule os custos que envolverão o funcionamento do escritório e
os custos de deixar de receber o salário do emprego atual. Nessa
situação, as despesas efetuadas com sua formação, como livros e
mensalidade escolar, devem ser ponderadas, pois representam
custos de oportunidade.

COMENTÁRIOS:
Nesta situação, os custos de oportunidade serão representados pelo
salário que ele vai deixar de receber, no caso de pedir demissão.

GABARITO: ERRADO

03.(CESPE/Unb - Economista – TJ/AL – 2012) - Se cada hora


diária de estudo aumenta em três pontos a nota de um indivíduo
em uma prova de matemática, então o custo de oportunidade de
não estudar e jogar videogame por uma hora diária é igual a 0,3
ponto a mais na prova de matemática.

COMENTÁRIOS:
Questão muito mais de Matemática do que de Economia. O custo de
oportunidade de jogar videogame, deixando de estudar, é de 3 pontos a
mais na prova.

GABARITO:ERRADO

04.(CESPE/Unb - Economista – TJ/AL – 2012) - O custo de


oportunidade de estar no Brasil em determinado instante
equivale ao custo de oportunidade de não estar em qualquer
outro lugar nesse mesmo instante.

COMENTÁRIOS:
Exatamente isso. Descrição correta da ideia do custo de oportunidade.

GABARITO:CERTO

05.(CESPE/Unb - Economista – TJ/AL – 2012) - Se, para


participar de um curso no exterior por certo período, é necessário
pagar R$ 140 mil e abrir mão de um emprego no Brasil com

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a terceiros. Neste caso, o custo de oportunidade seria o valor do aluguel
que não está sendo ganho pelo proprietário. Assim sendo, está incorreta
a assertiva pois o custo de oportunidade não é nulo (apenas o custo
contábil é nulo).

GABARITO: ERRADO

09. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCDF – 2002) -


Para um estudante brasileiro, os custos de oportunidade de
cursar um MBA nos Estados Unidos da América, em regime de
dedicação exclusiva, correspondem aos gastos com tudo aquilo
de que o estudante abre mão para fazer o curso, como os salários
não ganhos em alguma atividade remunerada ou o ganho em
capital humano que deixa de obter se participasse de outro curso.

COMENTÁRIOS:
O custo de oportunidade de cursar um MBA inclui tudo o que se deixa de
ganhar, caso tivesse decidido não cursá-lo. Assim, além dos próprios
gastos que serão incorridos para custear o MBA, dentro do custo de
oportunidade, há aquilo que se deixa de ganhar caso estivesse, por
exemplo, trabalhando e auferindo salários ou fazendo outro curso e
adquirindo outros conhecimentos.

GABARITO: CERTO

10. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia –


2007) - O custo de oportunidade da decisão de assumir um novo
emprego, cujo salário é superior àquele pago na ocupação
anterior, inclui tanto o valor da remuneração atual como o
aumento do tempo de transporte necessário para se chegar ao
novo local de trabalho.

COMENTÁRIOS:
O custo de oportunidade de se assumir um novo emprego é o que se
deixou de ganhar caso não tivesse tomado essa decisão. Assim, esse
custo inclui o salário do emprego antigo, bem como todos os seus
benefícios, entre os quais citamos, conforme está na assertiva, o menor
tempo de transporte que era necessário para se chegar ao trabalho.

GABARITO: CERTO

11. (CESPE/Unb – Economista – ECT – 2011) O conceito de


escassez de recursos indica que a sociedade tem recursos que
são limitados e não pode produzir todos os bens que as pessoas
desejam, justificando a não utilização dos recursos do governo
com economia.

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estão sendo utilizados para produzir vestuário. À medida que decidimos
produzir mais alimento, obrigatoriamente, temos que deixar de produzir
vestuário. Para isso, deslocamos os insumos (capital e trabalho) para a
produção de alimentos, em vez de vestuário. Inicialmente, precisamos
abrir mão de pouca produção de vestuário (∆V pequeno) para aumentar a
produção de alimento (∆A grande). No entanto, à medida que a produção
deste último vai aumentando e vamos deslocando mais insumos para
produzi-lo, estes insumos vão perdendo a sua eficiência e temos que,
cada vez mais, abrir mão de mais quantidade de vestuário produzido para
produzir menos quantidade de alimento (no ponto D, temos ∆V grande e
∆A pequeno. Ou seja, perdeu-se bastante produção de vestuário para
ganhar pouca produção de alimento).

Em outras palavras, o custo (marginal) de oportunidade3 de


produzir alimento vai crescendo; daí, podemos dizer que a
concavidade da CPP implica custos de oportunidades crescentes.
Falando a mesma coisa de forma diferente: a concavidade da CPP
também implica rendimentos decrescentes, pois os insumos da
produção (capital e trabalho), à medida que vão sendo alocados para
produzir outros bens diferentes, vão perdendo eficiência ou reduzindo os
seus rendimentos (ou seja, as alternativas de usos para os insumos
são limitadas/escassas).

Nota: estamos falando que os custos de oportunidade são crescentes em


virtude dos rendimentos decrescentes. A lei dos rendimentos marginais
decrescentes decorre do estudo da produção no curto prazo, onde
mantemos um fator de produção fixo e outro fator de produção variável.
Ao longo da CPP, é pressuposto que a quantidade de todos os fatores de
produção é mantida fixa. Ou seja, a situação em que a CPP é analisada
(todos os fatores fixos) não permite introduzir a lei dos rendimentos
marginais decrescentes (onde consideramos um fator fixo, e outro
variável).

A concavidade da CPP é a regra geral. Isto acontece porque os


insumos da produção não são perfeitamente substituíveis na produção
das diferentes mercadorias. O custo de oportunidade é crescente ou o
rendimento é decrescente porque, quando deslocamos capital e trabalho
da produção de um bem para a produção de outro bem, estes recursos
deslocados, que eram adequados e eficientes na produção de um bem,
apresentam-se menos eficientes e menos adequados para produzir outro
bem. Assim, por exemplo, no ponto B, os recursos de produção da
economia (capital e trabalho) já estão mais adaptados à produção de
vestuário do que à produção de alimento. Quando os realocamos para a
produção de alimentos, os trabalhadores (trabalho) e as máquinas
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Seguem abaixo os principais motivos que levam a nossa CPP a se


deslocar para a direita e para cima (neste caso, toda a CPP é deslocada
para cima), indicando que a fronteira de produção foi expandida:

1) Um aumento nos investimentos: investir, em economia, significa


adquirir bens de capital (máquinas, ferramentas, etc). Assim, uma
economia que destina a maior parte de seus recursos para a
compra de bens de investimento (=bens de capital), em vez de
bens de consumo, terá maiores possibilidades de produção que
outra economia que destina mais recursos para compra de bens de
consumo. Isto acontece porque estes bens de investimento servem
para aumentar a produção. Assim, pelo menos no longo prazo, a
CPP de uma economia que adquire mais bens de capital estará mais
alta e mais à direita que a CPP de uma economia que deu mais
importância aos bens de consumo.

2) Melhorias tecnológicas expandem as possibilidades de


produção: a tecnologia determina o máximo de produção física que
se pode obter, a partir de um conjunto particular de fatores de
produção. Uma nova tecnologia torna possível a maior produção de
bens e serviços para a mesma base de recursos existentes,
deslocando a CPP para cima e para a direita. Vale ressaltar que
tecnologia não quer dizer somente invenções científicas. Qualquer
aprimoramento da técnica significa melhoria tecnológica. Por
exemplo, Henry Ford não inventou o carro, nem descobriu um
motor mais potente e barato. Ele simplesmente introduziu, de
forma pioneira, o sistema de linha de montagem na produção.
Assim, seus carros eram produzidos em maior quantidade e com
menor custo. Veja que, neste caso, a mudança no jeito de se
produzir o mesmo bem significou uma melhoria tecnológica que,
com certeza, expandiu a CPP para cima e para a direita.

3) Melhorias no sistema legal: mudanças no sistema institucional


também podem expandir a CPP. Por exemplo, um país que tenha
uma legislação do trabalho justa, tanto para o empregado quanto
para o empregador, certamente incentiva a produção, deslocando a
CPP para cima e para direita. Por outro lado, se o sistema
institucional é bagunçado, não é justo e incentiva a ineficiência
(altos impostos, por exemplo), a CPP é deslocada para baixo e para
esquerda (retração da CPP).

4) Aumento na quantidade disponível de fatores de produção: é


pressuposto da CPP que a quantidade de fatores de produção (mão-
de-obra, capital, matéria-prima, terra, etc) é fixa. Se houver
aumento dos fatores de produção disponíveis (por exemplo, um
movimento imigratório aumente a quantidade de mão-de-obra

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GABARITO: ERRADO

13. (CESPE/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 –


adaptada) Em uma economia que produz dois bens, um ponto da
curva de possibilidades de produção em que os dois bens são
produzidos é sempre mais eficiente do que um ponto em que a
economia produz um único bem.

COMENTÁRIOS:
Se essa economia produzir sobre a CPP, por exemplo, a produção de um
único bem será tão eficiente quanto a produção de dois bens. Na figura
1, por exemplo, os pontos B e C (produção de dois bens) são tão
eficientes quanto a produção nos pontos Oa e Ox (produção de um único
bem.

GABARITO: ERRADO

14. (CESPE/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 -


adaptada) Todos os pontos situados na fronteira da curva de
possibilidade de produção são igualmente eficientes,
indepentemente da quantidade de bens produzida na economia.

COMENTÁRIOS:
Questão correta. Se a economia produzir sobre a CPP, essa produção
será eficiente.

GABARITO: CERTO

15. (Cespe/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 -


adaptada) Um ponto interno à curva de possibilidades de
produção será sempre eficiente.

COMENTÁRIOS:
Ao produzir em um ponto interno à CPP, temos capacidade ociosa, ou
seja, desemprego dos fatores de produção. Ou seja, se a economia
produzir em um ponto interno à possibilidade de produção, ela não é
eficiente.

GABARITO: ERRADO.

16. (CESPE/UNB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 -


adaptada) Um ponto interno à curva de possibilidades de
produção indica que a economia está operando com plena
capacidade produtiva.

COMENTÁRIOS:

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curva de possibilidade de produção seja convexa em relação à
origem.

COMENTÁRIOS:
A presença de custos de oportunidade crescentes faz com que a FPP seja
côncava (e não convexa). Convexas são as curvas de indiferença e as
isoquantas, mas não a FPP.

GABARITO: ERRADO

21. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - O custo


de oportunidade de imóveis utilizados pelos seus donos para
sediar empresas de sua propriedade é nulo visto que, nesses
casos, não há pagamentos de aluguéis que onerem os custos
contábeis dessas empresas.

COMENTÁRIOS:
O custo de oportunidade de imóveis utilizados pelos seus donos é o que
deixa de ser ganho caso o dono tivesse, por exemplo, locado seu imóvel
a terceiros. Neste caso, o custo de oportunidade seria o valor do aluguel
que não está sendo ganho pelo proprietário.

GABARITO: ERRADO

22. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - A


existência de custos de oportunidade crescentes entre a produção
de bens para consumo interno e bens exportáveis é compatível
com uma curva de possibilidades de produção linear, entre esses
dois tipos de bens.

COMENTÁRIOS:
Quando a curva de possibilidades de produção é linear (é uma reta), os
custos de oportunidade são constantes (e não crescentes).

GABARITO: ERRADO

23. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - O


processo sustentável de crescimento econômico provoca um
deslocamento ao longo dessa curva.

COMENTÁRIOS:
O processo sustentável de crescimento econômico indica que as
possibilidades de produção estão aumentando. Logo, haverá expansão da
CPP; ela será deslocada para cima e para a direita (não haverá
deslocamento ao longo dessa curva).

GABARITO: ERRADO

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(fronteira) de possibilidades de produção, como os recursos de produção
(capital e trabalho) são fixos ou limitados, deve-se fazer escolhas do que
será produzido.

Produzir mais de uma determinada mercadoria significa produzir menos


de outra. Em outras palavras, há um custo de oportunidade em jogo. Ao
se produzir, por exemplo, vestuário, há um custo de oportunidade
envolvido, que é a produção de alimento que se abre mão para produzir
vestuário. Isto acontece justamente porque, dentro da FPP, os recursos
de produção são fixos ou escassos (limitados). Logo, a noção de custo de
oportunidade relaciona-se com o conceito de escassez na FPP. Caso
contrário, se não houvesse escassez, poderíamos aumentar a produção
de um bem sem ter que diminuir a produção de outro bem. Assim, não
haveria custo de oportunidade em jogo.

GABARITO: CERTO

28. (CESPE/Unb – Escrivão da Polícia Federal – 2004) - Na curva


de possibilidades de produção, a lei dos custos de oportunidades
crescentes significa que os recursos econômicos não são
perfeitamente substituíveis em usos alternativos.

COMENTÁRIOS:
Na FPP, o fato dos custos de oportunidade serem crescentes (ou os
rendimentos decrescentes) significa que os recursos de produção não são
perfeitamente substituíveis na produção de diferentes mercadorias. Esta
é regra geral da FPP, portanto, correta a assertiva.
Apenas para complementar o comentário da assertiva, é bom
destacarmos o caso em que os insumos (recursos/fatores de produção)
são perfeitamente substituíveis na produção de diferentes bens. Neste
caso, que é uma exceção à regra, os custos de oportunidade não são
crescentes; são constantes.

GABARITO: CERTO

29. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2004) - Quando os


custos de oportunidade para os recursos produtivos são
crescentes – a curva de possibilidades de produção é uma linha
reta (adaptada).

COMENTÁRIOS:
Quando a FPP é uma linha reta, os custos de oportunidade são
constantes; não são crescentes nesse caso.

GABARITO: ERRADO

30. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia –

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4. ECONOMIA DE MERCADO (CAPITALISMO)

Antes de definir o que é economia de mercado, vamos definir


sistema econômico:

Sistema econômico e seus elementos básicos

Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política,


social e econômica pelo qual está organizada uma sociedade. Engloba o
tipo de propriedade, a gestão da economia, os processos de circulação
das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento tecnológico
e da divisão do trabalho.

De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um


sistema econômico são:

1) Os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção,


que são os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial),
o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia;

2) O complexo de unidades de produção, que são constituídas pelas


empresas e;

3) O conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e


sociais, que constituem a base de organização da sociedade.

A economia de mercado é um sistema econômico típico das


economias capitalistas, cujas características básicas são a livre iniciativa e
a existência da propriedade privada dos meios de produção, tais como
terras, fábricas. A exploração destes meios de produção tem por objetivo
trazer o lucro para os seus proprietários, sob condições em que
predomine, preferencialmente, a concorrência.

Tal concorrência deve ocorrer nos diversos mercados existentes:


concorrência entre vendedores de bens similares, para atrair clientes;
concorrência entre compradores, para garantir os bens que desejam;
concorrência entre trabalhadores, para obter empregos; concorrência
entre empregadores, para conseguir trabalhadores.

Os pressupostos da propriedade privada e da livre iniciativa fazem


com que os agentes econômicos (famílias e empresas, principalmente)
preocupem-se em resolver isoladamente os seus problemas, tentando
sobreviver na concorrência imposta pelos mercados.

Assim, neste tipo de sistema econômico, os consumidores e


empresas agem individualmente, interagindo através dos mercados. As

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Para que haja fluxo real entre os dois mercados é preciso a


presença da moeda que é utilizada para remunerar os fatores de
produção (trabalho, capital, etc) e pagamento dos bens e serviços via
sistema de preços. Deste modo, paralelamente ao fluxo real da Economia
temos o fluxo monetário.

Se unirmos os fluxos real e monetário, teremos o fluxo circular da


renda (ou fluxo circular da atividade econômica):

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transformam em material, ex. comércio, transportes, saúde,
sistema financeiro, segurança, educação, lazer.

5. ECONOMIA PLANIFICADA CENTRALMENTE

Esse tipo de sistema econômico é típico dos países socialistas,


em que prevalece a propriedade estatal dos meios de produção.
Nesse tipo de sistema, as questões econômicas fundamentais (o que,
como e para quem) não são resolvidas descentralizadamente, por meio
dos mercados e do sistema de preços, mas pelo planejamento central, em
que a maior parte das decisões de natureza econômica é tomada pelo
Estado.

Nesse tipo de sistema econômico, o sistema de preços existe sim,


não tem a mesma importância ( ou seja, ele tem importância, mas não
tanta quanto no sistema capitalista) que é verificada na economia de
mercado, aqui ele tem por finalidade apenas facilitar ao Estado a atingir
os seus objetivos de produção.

Em uma economia de mercado, o sistema de preços serve como


elemento sinalizador do comportamento de consumidores e produtores.
Em uma economia centralizada, as decisões de produção são
determinadas pelo Estado, e não pelo sistema de preços. Assim sendo, se
o governo deseja estimular determinada indústria, ele pode fazê-lo,
mesmo que essa indústria seja ineficiente e apresenta prejuízos. Neste
caso, o sistema de preços apenas vai indicar que a indústria é ineficiente,
mas a decisão de produção é tomada pelo governo, ela não é
determinada pelo sistema de preços, como na economia de mercado.

6. ECONOMIA MISTA

Os sistemas ou organizações econômicas citadas anteriormente são


muito difíceis de serem encontrados na prática, em sua forma mais pura.
O que se observa, pelo mundo, é uma mescla desses dois sistemas.
Alguns países se aproximam mais da economia de mercado (EUA, por
exemplo), enquanto outros se aproximam mais da economia centralizada
(Cuba, por exemplo). Entretanto, na realidade, em ambos os casos,
encontramos ao mesmo tempo as características dos dois tipos de
sistemas econômicos.

Quando ocorre esta mescla, temos um sistema econômico


denominado economia mista. Neste sistema, uma parte dos meios de
produção pertence ao Estado e a outra parte pertence ao setor privado.
Cabe ao Estado a orientação e o controle de muitos aspectos da

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ônus dessa produção.

GABARITO: ERRADO

36. (CESPE/UNB – Economia – BASA – 2006) A mão-invisível de


Adam Smith age levando um mercado a atingir seu ponto de
equilíbrio, mesmo que as decisões dos consumidores e
produtores sejam descentralizadas.

COMENTÁRIOS:
Calma! Adam Smith não tem uma mão-invisível! RS. A redação do
Cespe não ficou muito boa nesse item. A questão está se referindo à
teoria da Mão Invisível que foi criada por Adam Smith. Essa mão invisível
seria a mão do mercado, do sistema de preços, que regularia a
oferta/demanda em uma economia e, portanto, não precisaríamos da
intervenção de quem quer que seja (governos, consumidores ou
produtores). Assim, sob ótica dessa teoria, a questão está correta.

GABARITO: CERTO.

............

Bem pessoal, por hoje é só!

Segue agora a lista das questões. Até a próxima aula!

Abraços e bons estudos!

Heber Carvalho e Jetro Coutinho

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08. (CESPE/Unb – Ciências Econômicas – UEPA – 2008) - 27 - O custo de
oportunidade de imóveis utilizados pelos seus donos para sediar
empresas de sua propriedade é nulo visto que, nesses casos, não há
pagamentos de aluguéis que onerem os custos contábeis dessas
empresas.

09. (CESPE/Unb – Analista de Controle Externo – TCDF – 2002) - Para um


estudante brasileiro, os custos de oportunidade de cursar um MBA nos
Estados Unidos da América, em regime de dedicação exclusiva,
correspondem aos gastos com tudo aquilo de que o estudante abre mão
para fazer o curso, como os salários não ganhos em alguma atividade
remunerada ou o ganho em capital humano que deixa de obter se
participasse de outro curso.

10. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2007) - O


custo de oportunidade da decisão de assumir um novo emprego, cujo
salário é superior àquele pago na ocupação anterior, inclui tanto o valor
da remuneração atual como o aumento do tempo de transporte
necessário para se chegar ao novo local de trabalho.

11. (CESPE/Unb – Economista – ECT – 2011) O conceito de escassez de


recursos indica que a sociedade tem recursos que são limitados e não
pode produzir todos os bens que as pessoas desejam, justificando a não
utilização dos recursos do governo com economia.

12. (CESPE/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 – adaptada)


O deslocamento para a direita da curva de possibilidades de produção
indica que ocorreram mudanças nos preços da economia.

13. (CESPE/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 – adaptada)


Em uma economia que produz dois bens, um ponto da curva de
possibilidades de produção em que os dois bens são produzidos é sempre
mais eficiente do que um ponto em que a economia produz um único
bem.

14. (CESPE/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 - adaptada)


Todos os pontos situados na fronteira da curva de possibilidade de
produção são igualmente eficientes, indepentemente da quantidade de
bens produzida na economia.

15. (Cespe/UnB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 - adaptada)


Um ponto interno à curva de possibilidades de produção será sempre
eficiente.

16. (CESPE/UNB – Analista do Executivo – SEGER/ES – 2013 - adaptada)


Um ponto interno à curva de possibilidades de produção indica que a
economia está operando com plena capacidade produtiva.

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26. (CESPE/UnB – Téc Economia – BASA – 2006) A teoria da fronteira de
possibilidades de produção implicitamente leva em consideração o avanço
tecnológico.

27. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2004) - A noção de custo


de oportunidade, subjacente à curva de possibilidades de produção,
relaciona-se, estreitamente, com o conceito de escassez.

28. (CESPE/Unb – Escrivão da Polícia Federal – 2004) - Na curva de


possibilidades de produção, a lei dos custos de oportunidades crescentes
significa que os recursos econômicos não são perfeitamente substituíveis
em usos alternativos.

29. (CESPE/Unb – Agente da Polícia Federal – 2004) - Quando os custos


de oportunidade para os recursos produtivos são crescentes – a curva de
possibilidades de produção é uma linha reta (adaptada).

30. (CESPE/Unb – Técnico Científico – Banco da Amazônia – 2007) - Ao


provocarem mortes e desabamentos e destruírem parte da infraestrutura
regional, os temporais que atingiram as regiões Sul e Sudeste do Brasil
no início de 2007 elevaram o custo de oportunidade dos recursos
produtivos, o que aumentou a inclinação da curva de possibilidades de
produção das economias dessas regiões.

31. (CESPE/Unb – Consultor Legislativo – Senado – 2002) - Se a curva de


possibilidades de produção for uma linha reta, o custo de oportunidade de
se produzir determinado bem será constante.

32. (Cespe/UnB – Téc de Nível Superior – UEPA – 2007 - Adaptada) A


existência de custos de oportunidades crescentes entre a produção de
bens para consumo interno e bens exportáveis é compatível com uma
curva de possibilidades de produção linear, entre esses dois tipos de
bens.

33. (CESPE/UNB – Economia – BASA - 2006) Em uma economia


centralizada, o mecanismo de preços não tem nenhuma função.

34. (CESPE/UNB – Economia – BASA - 2006) Economia de mercado e


economia centralizada buscam ambas eficiência, cada uma delas à sua
maneira.

35. (CESPE/UNB – Economia – BASA – 2006) Qualquer que seja o tipo de


economia (de mercado ou centralizada) os preços de venda são
superiores aos custos de produção.

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