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Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo
09 de Janeiro de 2022
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do Trabalho - AFT) Economia do Trabalho - 2022 (Pré-Edital) 1
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Aula 03
DIFERENCIAIS DE SALÁRIO
Em aulas anteriores, nós vimos que o raciocínio do trabalhador é, de certa forma, um tanto
diferente do raciocínio do empresário ou empregador. Este sempre visa à maximização
dos lucros, enquanto aquele visa à maximização da utilidade ou satisfação.
Daí decorre a ideia de que mais satisfação ou utilidade nem sempre significa salários mais
elevados. A suposição de que os trabalhadores estão tentando maximizar a utilidade
implica que eles estão interessados nos aspectos financeiros e não-financeiros de seus
empregos. É bastante claro que o pagamento não é tudo o que importa: as tarefas a
serem executadas e como as preferências dos trabalhadores se interligam com essas
tarefas passam a ser importantes.
Entretanto, nem todos os empregos são iguais. Alguns empregos situam-se em belos,
modernos e climatizados escritórios; outros ao ar livre, sob sol escaldante, barulho e sujeira.
Alguns empregos exigem bastante preparo educacional e treinamento, outros exigem
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Aula 03
apenas saber ler e escrever. Alguns empregadores oferecem mais pacotes de benefícios
(plano de saúde, estacionamento grátis, etc) que outros, e assim por diante.
Assim, fica bastante evidente que o salário de R$ 10,00 por hora não constitui um salário
de equilíbrio para este mercado de trabalho, que contém estas duas empresas. Uma vez
que a empresa A considera fácil atrair trabalhadores a R$ 10,00, ela tenderá a impor limites
sobre quaisquer aumentos salariais futuros. No entanto, a empresa B deve melhorar as
condições de trabalho, ou deve pagar salários mais altos, ou fazer as duas coisas se quiser
preencher o seu quadro de funcionários.
Presumindo que a empresa B decida não melhorar as condições de trabalho, ela deve,
obrigatoriamente, pagar um salário acima de R$ 10,00 se quiser ser competitiva no
mercado de trabalho. O salário extra que deve pagar para atrair os trabalhadores é
chamado de diferencial de salário compensatório porque o salário mais elevado é pago
1 Pode haver algumas pessoas que são indiferentes ao barulho e sujeira, de forma que para essas
pessoas tanto faz trabalhar para o empregador A ou B. Presumimos que estas pessoas são tão
raras que elas não influem na situação empregatícia do setor.
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Aula 03
Suponha que a empresa B elevasse seu salário para R$ 12,00 enquanto o salário oferecido
por A continuasse R$ 10,00. Esse diferencial de R$ 2,00 por hora – aproximadamente R$
4.000,00 por ano2 - é capaz de atrair todos os trabalhadores do grupo para a empresa B?
Se atraísse a todos, haveria um incentivo para a empresa A elevar seus salários e a
empresa B poderia querer reduzir um pouco seus salários. Nesse caso, o diferencial de R$
2,00 não seria um diferencial de equilíbrio.
Por outro lado, se este diferencial (R$ 2,00) fosse a diferença exata que fizesse com que as
duas empresas pudessem obter a quantidade de trabalhadores que quisessem, o
diferencial de R$ 2,00 seria um diferencial de equilíbrio no sentido de que não haveria
forças que fizessem com o que o diferencial mudasse.
Esse diferencial de salários serve a duas necessidades: uma do ponto de vista social e outra
do ponto de vista individual.
Em nível individual, serve como recompensa aos trabalhadores que aceitam tarefas
desagradáveis, à medida que eles auferem pagamentos mais elevados do que aqueles
recebidos pelos trabalhadores que estão em empregos mais agradáveis.
2Considerando 8 horas diárias de trabalho, 5 dias de trabalho por semana, 4 semanas por mês e
12 meses por ano.
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Aula 03
Da mesma forma, nós podemos dizer que aqueles trabalhadores que optam por
condições de trabalho mais agradáveis, na verdade, eles “compram” tais condições ao
aceitar um pagamento mais baixo. Se o trabalhador ao escolher entres as empresas A e
B, escolhe A, por ela oferecer condições melhores de trabalho, ele, de fato, está desistindo
do pagamento horário de R$ 12,00 trabalhando em condições piores na empresa B. Ou
seja, as melhores condições de trabalho estão sendo compradas por R$ 2,00 a hora.
3
Custo de oportunidade de trabalhar em A (ou preço/custo de se trabalhar em A) é o que se deixou
de ganhar caso tivesse escolhido trabalhar em B. Isto é, R$ 2,00 por hora de trabalho.
4
Custo de oportunidade de trabalhar em B (ou preço/custo de se trabalhar em B) é o que se deixou
de ganhar caso tivesse escolhido trabalhar em A. Isto é, o bem-estar de trabalhar em um ambiente
limpo e seguro.
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Aula 03
HIPÓTESES DO MODELO
Segundo o que aprendemos até agora, temos que diferenciais positivos (salários mais
altos) acompanham as características ruins, enquanto os diferenciais negativos (salários
mais baixos) acompanham as características boas. Entretanto, é muito importante
compreender que essa previsão somente pode ser feita desde que os outros fatores se
mantenham constantes (coeteris paribus).
5
Ehrenberg, R.; Smith R.; A MODERNA ECONOMIA DO TRABALHO.
6 Aqui já estamos supondo que pode haver discriminação. Ou seja, dependendo da raça e sexo, os
salários podem variar para maior ou menor.
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Aula 03
relação àquele que está no armazém. Mas note que, em qualquer caso, ele receberá a
taxa salarial adequada para um trabalhador não-qualificado. Ou seja, a comparação
deve ser feita entre trabalhadores semelhantes ou comparáveis. Em outras palavras,
mantendo-se as os outros fatores constantes, inclusive as características dos trabalhadores.
Assim, não vale comparar um indivíduo que é “segurança” de uma multinacional com o
“CEO7” da mesma, e dizer que o segurança receberá um diferencial positivo porque suas
condições de trabalho são mais desagradáveis 8 que as condições do CEO. Neste caso,
não se aplica a teoria porque os dois não são funcionários comparáveis, não foi
obedecida a condição: desde que os outros fatores se mantenham constantes.
Apesar disso, devemos saber que o raciocínio da ESAF ao elaborar suas provas é algo
complexo, o que deixa muitos candidatos loucos. Ao estatuir qualquer assunto sem
colocar as condições pressupostas, tome cuidado, pois a ESAF considera a assertiva
correta! Como exemplo, avalie como verdadeiro ou falso a assertiva abaixo:
→ O salário extra que se deve pagar para atrair trabalhadores para empregos com
aspectos indesejáveis é definido como diferencial de salários compensatório.
Ademais, seguem mais alguns pressupostos ou hipóteses admitidas para que a teoria do
diferencial de salários compensatório seja possível:
8
Tem que ficar de pé o dia inteiro, geralmente não há intervalos para “cafezinho”, não pode
conversar, etc
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Aula 03
O RISCO DE ACIDENTES
Considerações do empregado
Certamente existem outras combinações (cestas) de taxas salariais e níveis de risco que
geram a mesma utilidade de R$ 10,00/hora – 1% de risco. Essas inúmeras combinações
podem ser conectadas em uma curva de indiferença, que está plotada em um diagrama
com o nível de risco de acidentes no eixo das abscissas (horizontal) e a taxa salarial no
eixo das ordenadas (vertical). Desta maneira, nós temos que todos os pontos ao longo da
mesma curva de indiferença geram a mesma utilidade U1.
Note que, ao contrário do que vimos em aula anterior, esta curva de indiferença possui
inclinação positiva ou crescente (a curva se inclina para cima e não para baixo). Isto
acontece porque, se o risco aumenta, os salários devem se elevar para que a utilidade
seja mantida constante (em outras palavras, o risco de acidente é uma característica ruim
e é esse detalhe que exige maiores salários para maiores riscos a fim de se manter a
utilidade ao longo de uma curva de indiferença).
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Taxa
salarial
(W)
U1
C
WC
B
WB
A
WA
Risco de acidente
RA RB RC
No entanto, à medida que os níveis de risco e as taxas salariais caem (para o ponto A, por
exemplo), a pessoa se torna menos disposta a ceder salários em troca de reduções no
risco. O nível de risco já é suficientemente baixo a ponto de não colocar mais a pessoa
em perigo e, ao mesmo tempo, o nível de salário também é baixo de forma que este
pouco salário que a pessoa recebe será bastante valorizado. Assim, será bastante difícil
para ela aceitar reduções salariais neste ponto da curva.
Há uma curva de diferença para cada nível de utilidade possível. Temos, então, um mapa
de curvas de indiferença. Da mesma forma que estudado em aula anterior, curvas de
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indiferença mais altas serão preferíveis às curvas mais baixas. A diferença é que as curvas
que geram maior utilidade apontam para noroeste (para cima e esquerda):
Curvas de
Taxa indiferença
salarial crescem a
(W) noroeste U3
U2
U1
3
W3
2 U3 > U2 > U1
W2
1
W1
Risco de acidente
R
Note que para o mesmo nível de risco R, as curvas mais à noroeste apresentam níveis
salariais maiores, indicando maior utilidade ao mesmo nível de risco.
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Pessoa altamente
avessa ao risco
Taxa
salarial
(W)
Pessoa menos
avessa ao risco
WC
C
WB
WA B
A
Risco de acidente
R1 R2
Pessoas mais avessas ao risco, em qualquer nível de risco, terão curvas de indiferença mais
inclinadas ou agudas do que as dos trabalhadores menos sensíveis ao risco, conforme se
vê na figura acima. Observe que no ponto A, os dois trabalhadores possuem a mesma
cesta de utilidade, ao mesmo nível de risco (R1) e taxa salarial (W1). Ao aumentarmos o
risco para (R2), o trabalhador mais avesso ao risco exigi um diferencial compensatório (WC-
WA), enquanto aquele menos sensível ao risco exigi um diferencial menor, (W B-WA),
ratificando nossa tese de que pessoas mais sensíveis ao risco irão requerer maiores
aumentos salariais para qualquer aumento no risco e de que curvas mais inclinadas
sugerem maior aversão ao risco.
Considerações do empregador
Desta maneira, devemos saber que é altamente custoso para o empregador reduzir o risco
de acidentes no ambiente de trabalho. Ele incorre em gastos com equipamentos,
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Assim, do ponto de vista do empregador, riscos baixos estarão associados a baixos salários
e altos riscos estarão associados a altos salários, mantendo-se os outros fatores constantes.
Assim, se uma empresa gastar mais em segurança, ela deve gastar menos em salários a
fim de permanecer competitiva (com os mesmos lucros).
A união dos vários pontos oriundos das diversas combinações entre salários e níveis de risco
de acidentes, que geram o mesmo nível de lucros, dá origem à curva de isolucros
10 Aqui se imagina o tempo de produção que é sacrificado ou perdido em virtude das sessões de
treinamento de segurança.
11 Ao falarmos que a firma estará operando com “lucro zero”, estamos, na verdade, querendo dizer
que todos os custos são cobertos e a taxa de retorno sobre o investimento (ou capital) será
aproximadamente igual àquela verificada para outros investimentos semelhantes. Ou seja, apesar
da nomenclatura “lucro zero”, o que se quer dizer é que os lucros serão iguais aos que a firma teria
se tivesse feito outros investimentos semelhantes.
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(iso=igual). Assim, todos os pontos ao longo de uma curva dada, tais como mostrados na
figura 4, são combinações de salário/risco que rendem o mesmo nível de lucros.
Taxa
salarial
C
WC L1
B
WB
A
WA
Risco de acidente
RA RB RC
12 As curvas de indiferença dos empregados são convexas, para quem as vê de baixo. Já as curvas
de isolucros são côncavas, para quem também as vê de baixo.
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manter os lucros constantes (transição do ponto C para o ponto B, por exemplo). Ou seja,
onde a curva de isolucros é mais plana, a redução de riscos é mais barata e a redução
de salários será menor por consequência (se a redução de riscos é barata, a firma irá
gastar pouco com segurança e, desta forma, não precisa reduzir muito os salários para se
manter na mesma curva de isolucros).
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Taxa
salarial
(W) L3 > L2 > L1
L1
W1 L2
1
L3
W2
2
W3
3 Curvas de isolucros
crescem a sudeste
Risco de acidente
R
Taxa
salarial
Redução do risco
C MAIS CARA
WC
WB Redução do risco
B MAIS BARATA
A
WA
Risco de acidente
R1 R2
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Note que a firma possuidora da curva de isolucros mais plana (AB), tem menores custos
para reduzir os riscos. Ao reduzir o risco de R2 para R1, ela deve reduzir os salários em (WB –
WA). Já a firma possuidora da curva de isolucros mais inclinada (AC) possui maiores custos
para reduzir os custos. Ao reduzir o risco de R2 para R1, ela deve reduzir os salários em (WC
– WA), portanto, mais cara esta redução de riscos.
Taxa
salarial
(W)
Y’
X’
R’
X Y
Risco de acidente
R
A empresa X, que é a empresa que pode reduzir o nível de risco de acidentes de forma
mais barata (curva de isolucros mais plana), pode fazer ofertas salariais mais altas do que
a empresa Y em níveis baixos de risco (à esquerda da reta RR’). Já que pode produzir de
forma mais barata quando o risco reduzido, ela pode pagar salários mais elevados em
baixos níveis de risco. Assim, qualquer ponto ao longo do segmento XR’ será preferível a
qualquer outro ponto ao longo de YR’ porque, para mesmos níveis de risco, salários mais
elevados serão pagos em XR’ (portanto, pagos pela empresa X).
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Por outro lado, em níveis de risco mais altos, a empresa Y pode pagar salários mais altos
do que a empresa X. Veja que quando os riscos são altos (à direita da reta RR’), os salários
pagos pela empresa Y são maiores, de forma que qualquer ponto ao longo do segmento
R'Y’ será preferível a qualquer outro ponto ao longo de R'X’ porque, para mesmos níveis
de risco, salários mais elevados serão pagos em R'Y’ (portanto, pagos pela empresa Y).
Assim, a partir desta simples análise, nosso modelo hedonístico gera duas importantes
conclusões:
No concurso para AFT, em 2006, a ESAF elaborou uma interessante questão sobre o
diferencial de salários compensatório. Era uma questão mais de Matemática do que de
Economia verdadeiramente falando, mas, para resolvê-la, o candidato deveria ter pelo
menos a noção básica de que o trabalhador procura manter-se no mesmo nível de
utilidade (conhecimento de Economia), mesmo que as condições dos empregos variem.
A partir desta pré-condição de se manter no mesmo nível de utilidade, calcular os valores
que levariam a condição.
Vejamos:
AFT/2006 – ESAF – Suponha que todas as pessoas tenham a mesma preferência quanto a
trabalhar num emprego que ofereça um ambiente poluído. Em particular, a função
utilidade para todos os trabalhadores é dada por:
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𝑼 = √𝑾 − 𝑿
a) 11
b) 25
c) √5
d) 9
e) 15
COMENTÁRIOS:
Primeiro devemos definir o que a questão quer. Ela quer o diferencial de salários
compensatório. Ou seja, é a diferença. É o salário do emprego sujo (que será maior para
compensar o aspecto indesejável da sujeira) subtraído do salário do emprego limpo. Ou
seja:
Diferencial compensatório = W1 – W0
Diferencial compensatório = W1 – 16
Pela teoria que estudamos na aula, sabemos que o trabalhador deve apresentar a mesma
utilidade no emprego sujo e no emprego limpo. O que irá garantir que o trabalhador
permaneça no mesmo nível de utilidade (mesma curva de indiferença) mesmo
trabalhando no emprego sujo é justamente o diferencial compensatório positivo (salário
maior). Então, vamos aos cálculos:
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Nós possuímos o W0 e X para emprego limpo (X=0 e W0=16). Assim, podemos calcular a
utilidade U0 quando o emprego é limpo:
𝑼 = √𝑾 − 𝑿
𝑼 = √𝟏𝟔 − 𝟎
𝑼= 𝟒
𝑼 = √𝑾 − 𝑿
𝟒 = √𝑾 − 𝟏
𝟓 = √𝑾
𝑾 = 𝟐𝟓
GABARITO: D
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DISCRIMINAÇÃO/SEGMENTAÇÃO
A discriminação e/ou a segmentação são fontes de diferenças salariais entre
trabalhadores considerados substitutos perfeitos 13. A diferenciação por discriminação
ocorre quando trabalhadores de trabalhos e aptidões idênticos (substitutos perfeitos)
recebem diferentes remunerações em razão de raça, cor, gênero ou etnia.
Exemplo: um engenheiro que trabalha em uma grande capital tende a ganhar mais que
um engenheiro que trabalha em uma cidade do interior, em virtude da segmentação do
mercado. Um guia turístico que trabalhe em uma cidade que receba mais turistas que
outra tende a receber remuneração maior que outro guia que trabalhe em uma cidade
menor, com atividade turística mais baixa. Veja que a segmentação do mercado também
causa diferenciais de salários, mas por outras razões que não sejam a discriminação.
Hoje, não só no Brasil, mas em quase todos os países do mundo, há diferença nos ganhos
entre homens x mulheres, negros x brancos, adultos x jovens x idosos, etc. No entanto,
apesar de sabermos que há discriminação do mercado de trabalho, não podemos atribuir
totalmente à discriminação a diferença de ganhos existente entre os diversos grupos da
mão-de-obra. Isto porque, mesmo em um mercado sem discriminação, pessoas recebem
salários diferentes, já que o capital humano varia para os vários grupos em questão
(homens brancos, homens negros, mulheres brancas, mulheres negras). Em outras
palavras, a simples diferença de ganhos salariais entre os grupos não prova que os
empregadores discriminam.
A teoria do capital humano explica em parte as diferenças nos ganhos. Por exemplo, o
percentual de homens brancos que possuem diploma de nível superior é maior que o
13
Substitutos perfeitos são bens que realizam as mesmas tarefas com os mesmos custos, com a
mesma qualidade, mesma produtividade, mesmo tempo, etc. Dois trabalhadores são considerados
substitutos perfeitos quando um substitui o outro com perfeição.
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Veja que muitas das diferenças salariais estão embasadas na teoria do capital humano e
não somente na discriminação em si. Acontece, pois, que essas diferenças no capital
humano podem ser o reflexo e não a causa da discriminação. Por exemplo, o fato de as
piores escolas públicas estarem disponíveis em bairros onde a incidência de negros é maior
pode ser considerado uma prática discriminatória. Enfim, veja que este assunto é bastante
filosófico, o que dificulta bastante um estudo objetivo para concursos. Então, vou parar
por aqui e apresentar logo as teorias da discriminação.
TEORIAS DA DISCRIMINAÇÃO
➢ Preconceito pessoal
o Preconceito do empregador
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o Preconceito do empregado
➢ Preconceito estatístico
➢ Poder de monopólio
o Saturação
o Ação de conluio
Preconceito pessoal
14 Por exemplo: os clientes que contratam serviços na área de segurança preferem trabalhadores
homens grandes e fortes. Naturalmente, ocorrerá uma segregação profissional nesta área de
atuação em detrimento das mulheres e dos homens pequenos e fracos. Para que alguém não
pertencente ao perfil desejado pelos clientes (homem grande e forte) encontre emprego nesta
função, ele deve ou aceitar salários mais baixos ou ser mais qualificado para a função do que o
homem grande e forte. O motivo para isto é que seu valor para a empresa é mais baixo do que o
do homem grande e forte igualmente qualificado devido às preferências dos clientes por esse
último.
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Discriminação estatística
15 Uma área óbvia para análise é a de autônomos, um grupo cujas rendas são diretamente
dependentes do comportamento dos clientes e evidentemente independente de preconceitos do
empregador. Uma pesquisa realizada em 1980 nos EUA estimou que se homens negros autônomos
tivessem tido as mesmas características que o homens brancos autônomos, eles teriam ganhado
cerca de 19% menos, fruto da discriminação dos clientes. Ademais, é notável que essa diferença
residual de 19% entre os autônomos foi maior do que a diferença de 11% que o mesmo estudo
estimou para indivíduos comparáveis negros e brancos, com a diferença de que eram empregados.
Ou seja, neste caso, o preconceito dos clientes foi mais intenso e provocador de diferenças de
ganhos que o preconceito dos empregadores.
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Assim, a discriminação estatística pode levar a uma preferência sistemática por homens
brancos sobre outros com as mesmas características mensuráveis, e também criar uma
situação em que as minorias ou mulheres que são iguais aos homens brancos em
produtividade real recebam menos devido ao estigma ou à crença de que os homens
brancos tiveram maior qualidade na instrução.
Alguns economistas sugerem que a discriminação existe e persiste porque é lucrativo para
os preconceituosos. A partir daí, surgem as teorias do poder de monopólio da
discriminação. Embora tais teorias variem entre substituição de importações, elas
partilham da hipótese de que a característica de raça ou sexo é utilizada coletivamente
para dividir a força de trabalho em grupos não competitivos, de tal forma que seja mais
fácil para os empregadores maximizarem seus lucros tendo grupos de trabalhadores não
competitivos sob sua égide. Três versões deste modelo são delineadas a seguir:
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Aula 03
Todas as teorias da discriminação que vimos são o resultado de forças ou motivações que
não são competitivas ou são muito lentas em se ajustar a forças competitivas. Embora não
se possa demonstrar que qualquer modelo seja superior aos outros na explicação dos
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CAPITAL HUMANO
Em Economia, investimento significa a compra de bens que possibilitarão aumentar a
produção. Em outras palavras, significa aumentar o estoque de capital 16. Assim, investir
significa aumentar o capital da economia, pois quanto mais capital determinada
economia tiver, maior será a sua capacidade de produção.
O uso deste capital, por sua vez, pode gerar rendimentos ao seu possuidor. Dizemos, então,
que o capital pode ser alugado ou arrendado a terceiros. É possível também que o dono
do capital usufrua diretamente dele e obtenha rendimentos na forma de lucros, em vez
de arrendá-lo. Enfim, ao adquirir capital, na maioria dos casos, o seu possuidor quer
retornos financeiros sobre o investimento.
✓ Educação e profissionalização,
✓ Migração e
16 São os bens utilizados pela firma para efetivar e operacionalizar a sua respectiva produção.
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Aula 03
Assim, o valor total do patrimônio das sociedades deve ser visto como uma combinação
tanto de capital humano como capital não-humano. O capital humano inclui os
investimentos acumulados em atividades como educação, treinamento e migração, ao
passo que o capital não-humano inclui o estoque de máquinas, instalações, ferramentas,
etc.
Nos dias de hoje, o capital humano tem ganhado bastante importância, e tem se exigido
cada vez mais qualificações e habilidades dos trabalhadores, em todos os níveis. Um(a)
secretário(a) atualmente deve saber utilizar com alguma intimidade diversos softwares de
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Aula 03
computador. Em alguns casos, exige-se até que ele(a) saiba falar outro idioma, mesmo
que não seja necessário para o seu emprego (rs!). Antigamente, pessoas com tais
qualificações eram bem mais raras no mercado de trabalho. Hoje, isso é o mínimo que se
exige!
Neste sentido, surge outro ponto interessante acerca do capital humano. É o fato de
que ele é uma fonte de diferenciação de salários, no sentido de que quanto mais capital
humano se possui, maior será a remuneração recebida pelas pessoas. Isto é algo bastante
intuitivo: quanto maior a qualificação das pessoas, maior será o salário recebido. Em outras
palavras, o nível salarial depende diretamente do capital humano.
De fato, grande parte da riqueza de uma comunidade está baseada no capital humano,
isto é, no talento, conhecimento e habilidades de seus trabalhadores. Dois exemplos
recorrentes usados para comprovar esta teoria são o ataque atômico a Hiroxima, no
Japão, e os bombardeios que devastaram Hamburgo, na Alemanha, ambos ocorridos
durante a segunda guerra mundial. Nos dois casos, o estoque de capital não-humano foi
destruído em mais de 50%. No entanto, foi verificado que poucos dias após a bomba
atômica e os bombardeios, respectivamente, os sistemas essenciais das duas cidades
estavam funcionando (energia elétrica, gás, serviços telefônicos, serviço ferroviário,
abastecimento de água, serviço postal, etc). A velocidade e sucesso da recuperação a
partir desses desastres levaram os economistas a fazer duas observações:
Mas o que faz os trabalhadores investirem no capital humano? O que faz com que eles
gastem, em muitos casos, rios de dinheiro em sua educação e profissionalização,
migração e busca de novos empregos?
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Como vimos acima, a demanda pela educação é influenciada pelas diferenças nos
ganhos decorrentes de um investimento educacional. No entanto, estes ganhos são
dependentes das interações entre oferta e demanda de mão-de-obra. Em outras
palavras, os retornos para a educação em si são afetados pelo número de pessoas que
frequentam a universidade e competirão no mercado de trabalho.
Para obtermos uma visão geral de como o número de universitários e os retornos dos
investimentos em educação são relacionados, é necessário voltar ao nosso modelo
simples de mercado de trabalho visto na aula 00 (visão geral da demanda e oferta de
mão-de-obra).
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Taxa
O
salarial
(W)
WE ’
WE
D’
NE NE ’
Número de empregados bacharéis (N)
Taxa
salarial
O’
(W)
WE
WE ”
NE NE ”
Número de empregados bacharéis (N)
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(W)
O
W1
W*
W0
D1
D0
N0 N*
Número de empregados bacharéis (N)
Veja que o salário W1, o salário atual dos engenheiros, situa-se acima de W*, o novo salário
de equilíbrio de longo prazo causado pela intersecção de D 1 e O. O mercado, por sua
vez, não está ciente de W*, está observando somente W 1. Assim, as pessoas presumem
que W1 é o novo salário de equilíbrio, portanto, N1 pessoas (ver figura abaixo) entrarão na
área de engenharia a fim de ofertar sua mão-de-obra. Quando essas N1 pessoas se
formarem, haverá um excedente de engenheiros (pois W 1 está acima do salário de
equilíbrio de longo prazo).
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(W)
O
W1
W3
W*
W2
W0
D1
D0
N0 N2 N* N3 N1
Número de empregados bacharéis (N)
Como o caminho do ajustamento na figura anterior se parece com uma teia de aranha,
o processo de ajustamento descrito é chamado de modelo de teia de aranha.
O pressuposto crítico para que haja o modelo de teia de aranha é a suposição de que os
trabalhadores formam expectativas míopes ou ingênuas sobre o futuro comportamento
dos salários. Em nosso caso acima, inicialmente, eles supõem que W 1 prevalecerá no futuro
e ignoram a possibilidade de que as decisões de escolha dos outros irão, ao fim de quatro
ou cinco anos mais tarde, fazer com que o salário caia para valores abaixo de W 1. A forma
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A forma mais simples e ingênua de se prever os futuros níveis salariais está em presumir que
o observado hoje se repetirá no futuro. Essa suposição ingênua é a que causa o modelo
da teia de aranha.
Outra forma de se prever os futuros níveis salariais está em se estabelecer que os salários
esperados futuros sejam uma espécie de média dos salários correntes e passados. A este
tipo de formação de expectativas chamamos de expectativas adaptativas.
É normal que maior peso seja dado aos salários correntes na formação das expectativas
adaptativas, porém as mudanças nesses níveis antes do período atual não são ignoradas.
O uso das expectativas adaptativas ainda tem grande possibilidade de levar ao
comportamento que observamos na teia de aranha. No entanto, as flutuações devem ser
menores e as previsões provavelmente estejam mais próximas do alvo do que as feitas
ingenuamente.
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Até agora, utilizamos a teoria do capital humano para analisar a demanda pela
educação, em particular a educação universitária. Agora, veremos as relações entre o
nível educacional e os ganhos do trabalhador.
2. O aumento mais rápido nos ganhos ocorre no começo da vida de trabalho, dando assim
uma forma convexa aos perfis de idade/ganhos tanto de homens como de mulheres
(figuras abaixo). Inicialmente, quando a idade é baixa, os ganhos são poucos pois nesta
fase da vida estão sendo feitos grande parte dos investimentos no capital humano (em
treinamento). À medida que novas qualificações são adquiridas, os ganhos elevam-se
rapidamente. No entanto, à medida que os trabalhadores envelhecem, o ritmo dos
treinamentos se reduz e o mesmo ocorre com os ganhos médios (já que consideramos que
maiores investimentos em treinamentos estão relacionados com maiores níveis de ganhos
e vice-versa), até o ponto em que as antigas qualificações se depreciam excessivamente
como resultado da falta de continuidade de investimentos e do processo de
envelhecimento.
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4. Os perfis idade/ganhos dos homens tendem a ser mais convexos e a se espalhar mais
do que os das mulheres (figuras abaixo). Geralmente a vida de trabalho esperada para
as mulheres é mais curta18 do que para os homens. Assim, as mulheres não têm
apresentado a mesma continuidade de treinamento e experiência acumulada por seus
colegas homens. Por isso, nós vemos claramente na figura 13 que as curvas de
idade/ganhos das mulheres são mais planas que a dos homens (espalham menos),
indicando que elas não mantêm o mesmo nível de investimento no capital humano dos
homens ao longo da sua vida, por razões explicadas na nota de rodapé 15, logo abaixo.
Por não manter os investimentos no capital humano, ela tem menores crescimentos de
ganhos (curva mais plana, espalha menos).
18 Isso é causado pelo papel que as mulheres têm desempenhado historicamente na criação dos
filhos e na produção doméstica. Esse papel tradicional, embora esteja passando por significantes
mudanças, tem feito com que muitas mulheres saíssem do mercado de trabalho por certo tempo
durante o período de criação dos filhos.
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GANHOS GANHOS
Pós-graduação
Superior completo
Pós-graduação
Superior incompleto
Superior completo
Superior incompleto
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c) somente a II é correta.
d) somente a I é correta.
(AFT/ESAF – 2003)
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(AFT/ESAF - 2010)
b) A firma, ao não ser proprietária de seus assalariados, tenderá a dar-lhes uma formação
o mais específica possível a fim de não gerar (ou minimizar) as externalidades.
c) O investimento nos próprios assalariados pode tornar-se inviável (em termos de valor
presente) se o tempo de permanência do mesmo na firma é reduzido.
(QUESTÃO PROFESSOR)
b) dado o mesmo trabalhador com seu mapa de indiferenças, ele preferirá curvas de
indiferença mais a sudeste.
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(QUESTÃO PROFESSOR)
Suponha que todas as pessoas tenham a mesma preferência quanto a trabalhar num
emprego que ofereça um ambiente seguro. Em particular, a função utilidade para todos
os trabalhadores é dada por:
𝑼 = √𝑾/𝑿
a) 10
b) 125
c) √50
d) 90
e) 75
(QUESTÃO PROFESSOR)
a) os investimentos em capital humano podem ser divididos em: despesas diretas, ganhos
cessantes ou cedidos e perdas psicológicas.
c) a riqueza real representada pelo capital humano pode de fato ser bastante relevante
para uma comunidade.
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(QUESTÃO PROFESSOR)
I. Pessoas preocupadas mais com o presente têm menor propensão a entrar para a
faculdade.
II. A freqüência nas faculdades aumentará se a diferença entre os ganhos dos formados
==1e00d3==
(QUESTÃO PROFESSOR)
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(QUESTÃO PROFESSOR)
Analise as assertivas a seguir com base na teoria do capital humano e as relações entre
educação e ganhos:
II. Quanto maior a diferença de nível educacional, maiores serão as diferenças de ganhos
com o passar do tempo.
III. Ao longo dos anos, a tendência é que os ganhos dos homens apresentem crescimento
maior que os das mulheres.
GABARITOS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B E D E D C B B
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QUESTÕES RESOLVIDAS
(AFT/ESAF – 1998)
c) somente a II é correta.
d) somente a I é correta.
COMENTÁRIOS:
III. Correta. Imagine uma legislação sobre segurança no trabalho aprovada pelo Governo
no sentido de diminuir os riscos existentes ao trabalhador. Quando o risco do trabalho é
alto (mergulho em águas profundas, trabalho em minas), há uma diferenciação
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GABARITO: B
(AFT/ESAF – 2003)
COMENTÁRIOS:
Questão de nível bastante simples! Foi para ninguém zerar a prova de Economia do
Trabalho!
GABARITO: B
(AFT/ESAF - 2010)
b) A firma, ao não ser proprietária de seus assalariados, tenderá a dar-lhes uma formação
o mais específica possível a fim de não gerar (ou minimizar) as externalidades.
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c) O investimento nos próprios assalariados pode tornar-se inviável (em termos de valor
presente) se o tempo de permanência do mesmo na firma é reduzido.
COMENTÁRIOS:
Uma assertiva que pode ter causado dúvida na hora de responder foi a letra D. De fato, a
interação entre oferta e demanda de trabalho determina o nível dos salários NOMINAIS
de equilíbrio. Acontece que o salário real (W/P), por definição, é o salário nominal (W)
dividido pelo índice de preços (P). Assim, a interação entre a oferta e a demanda de
trabalho, ao determinar os salários nominais (W), acaba influenciando também os salários
reais de equilíbrio (W/P).
GABARITO: E
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(QUESTÃO PROFESSOR)
b) dado o mesmo trabalhador com seu mapa de indiferenças, ele preferirá curvas de
indiferença mais a sudeste.
COMENTÁRIOS:
b) dado o mesmo trabalhador com seu mapa de indiferenças, ele preferirá curvas de
indiferença mais a NOROESTE. Incorreta.
d) Correta.
GABARITO: D
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(QUESTÃO PROFESSOR)
Suponha que todas as pessoas tenham a mesma preferência quanto a trabalhar num
emprego que ofereça um ambiente seguro. Em particular, a função utilidade para todos
os trabalhadores é dada por:
𝑼 = √𝑾/𝑿
a) 10
b) 125
c) √50
d) 90
e) 75
COMENTÁRIOS:
Diferencial compensatório = W1 – W0
Diferencial compensatório = W1 – 25
Nós possuímos o W0 e X para emprego seguro (X=1 e W0=25). Assim, podemos calcular a
utilidade U0 quando o emprego é seguro:
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𝑼 = √𝑾/𝑿
𝑼 = √𝟐𝟓/𝟏
𝑼= 𝟓
𝑼 = √𝑾/𝑿
𝟓 = √𝑾/𝟐
𝟏𝟎 = √𝑾
𝑾 = 𝟏𝟎𝟎
GABARITO: E
(QUESTÃO PROFESSOR)
a) os investimentos em capital humano podem ser divididos em: despesas diretas, ganhos
cessantes ou cedidos e perdas psicológicas.
c) a riqueza real representada pelo capital humano pode de fato ser bastante relevante
para uma comunidade.
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COMENTÁRIOS:
Questão que serve de revisão sobre os conceitos básicos sobre a teoria do capital
humano.
GABARITO: D
(QUESTÃO PROFESSOR)
I. Pessoas preocupadas mais com o presente têm menor propensão a entrar para a
faculdade.
II. A freqüência nas faculdades aumentará se a diferença entre os ganhos dos formados
em universidades e os dos formados em escolas secundárias reduzir.
COMENTÁRIOS:
I. Correta.
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II. Incorreta. A frequência nas faculdades aumentará se a diferença entre os ganhos dos
formados em universidades e os dos formados em escolas secundárias AUMENTAR.
GABARITO: C
(QUESTÃO PROFESSOR)
COMENTÁRIOS:
GABARITO: B
(QUESTÃO PROFESSOR)
Analise as assertivas a seguir com base na teoria do capital humano e as relações entre
educação e ganhos:
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II. Quanto maior a diferença de nível educacional, maiores serão as diferenças de ganhos
com o passar do tempo.
III. Ao longo dos anos, a tendência é que os ganhos dos homens apresentem crescimento
maior que os das mulheres.
COMENTÁRIOS:
I. Correta. Quando a idade é baixa, à medida que novas qualificações são adquiridas, há
grandes saltos de renda. No entanto, à medida que o tempo passa, os ganhos continuam
a crescer, porém a taxas de crescimento menores.
GABARITO: B
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Saiba que, ao optar pelos Estratégia Concursos, estará fazendo a escolha certa.
Isso será perceptível no decorrer do curso, a medida em que formos desenvolvendo
os assuntos.
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https://www.instagram.com/profvicentecamillo/
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