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SUMÁRIO PÁGINA
1. As preferências dos trabalhadores 2
2. Restrição orçamentária 13
3. A escolha do trabalhador e a oferta de trabalho 16
4. Elasticidade da oferta de trabalho e mais um pouquinho sobre
26
elasticidade
Questões Propostas 47
Gabarito 54
Porque eu sei que tem gente que deve estar tendo dificuldade em acompanhar, mas
fiquem tranquilos. Economia funciona assim, você vai estudando e absorvendo os
conceitos aos poucos e, quando se derem conta, vocês terão total domínio da
disciplina.
Esta aula será tão “malvada” quanto à anterior. Lembram-se que na última aula eu
peguei pesado? Esta a aula será também, mas será muito útil por vários motivos:
1) cai pra burro;
2) ela ajudará na fixação do conteúdo da aula anterior, ambas tem muitos conceitos
semelhantes; e
3) vamos aproveitar para mandar ver nos exercícios!
Vamos lá!
Sabe por que o modelo de preferência dos trabalhadores se baseia na escolha entre
lazer e trabalho? É meio que óbvio, não? Qual será a escolha do nosso
trabalhador? Se ele decide ou não trabalhar. E se decide trabalhar, quantas horas
ele vai querer trabalhar.
A escolha que o trabalhador deve fazer é quantas horas ele irá trabalhar,
podendo, inclusive, ser 0 (zero) horas, ou seja, não trabalhar.
Toda teoria econômica se baseia no conceito de que, na maioria dos casos, “para
se ter uma coisa, é preciso abrir mão de outra”. Isso é conhecido na teoria como
trade-off. Ou seja, a maior parte das escolhas com que os agentes econômicos se
defrontam segue o princípio de que não há como uma escolha só gerar ganhos,
pois, se isso fosse possível, o agente já a teria feito anteriormente, dado que todas
as pessoas são racionais, têm informação perfeita e visam à maximização do
Veja, se o trabalhador ganha R$ 10,00 por hora e tem 10 horas do dia disponíveis
para o trabalho (isso é, 24 horas menos o tempo necessário para dormir, descansar,
comer e outras necessidades fundamentais), o mesmo irá escolher sua
remuneração com base nestas variáveis.
Vamos supor que o mesmo decida trabalhar 8 horas, dedicando duas horas para o
lazer. Neste caso, a sua remuneração será de R$ 80,00 por dia. Mas, é só isso?
Não! Esta escolha está custando R$ 20,00 ao trabalhador. Por que? Este é o custo
de oportunidade do lazer, pois ele está deixando de ganhar este valor por ter
decidido descansar essa quantidade de horas. Ou seja, há um custo implícito no
lazer, que é a própria taxa salarial!
Assim, podemos pensar na escolha do trabalhador como uma decisão entre o valor
a ser ganho através do trabalho, que será utilizado no consumo de bens (𝐶), e a
quantidade de tempo que será dedicado ao lazer (𝐿)!
Lembram da função de produção? Agora vocês terão de pensar em uma função que
nos dê um valor de “utilidade” (𝑈) para cada escolha feita pelo trabalhador. Assim:
𝑈 = 𝑓(𝐶, 𝐿)
𝑈1 = 2𝐿 + 𝐶
𝑈2 = 𝐿 + 𝐶
Neste caso, o trabalhador que tem a função de utilidade 𝑈1 dá mais valor ao lazer
do que o outro com a função 𝑈2 . Isso porque, a variação do lazer em uma unidade
gerará maior alteração positiva de 𝑈 no trabalhador 1 do que no 2.
Ambos estes fatores que compõem a função de utilidade, são chamados de “bens”.
Bem óbvio, “estes são bens porque não são males”. O aumento em suas
quantidades torna o trabalhador mais feliz, ou seja, aumenta o valor de sua função
utilidade.
Mas, uma pergunta, como nós podemos medir a alteração de utilidade decorrente
de uma variação no uso (ou consumo, como os economistas chamam) de algum
destes bens?
Oba! Agora é fácil! Lembram-se da Produtividade Marginal? Agora nós vamos falar
da Utilidade Marginal! E o que é a Utilidade Marginal (UMg)?
Utilidade total
20
15
Utilidade
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Utilidade Marginal
6
5
4
3
2
Utilidade
1
0
-1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-2
-3
-4
Perfeito, futuro AFT! Agora vocês vão conhecer as Curvas de Indiferença! Você
tentaria chutar o que elas representam?
Este gráfico está te dizendo o seguinte: o trabalhador fica “indiferente”, ou seja, ele
obtém a mesma utilidade ao ter 5 (cinco) horas de lazer e obter R$ 100,00 de renda
do que ter 8 (oito) horas de lazer e obter uma renda de R$ 20,00. Nesta curva há
inúmeras, até infinitas, combinações que fazem com que a utilidade do trabalhador
seja constante. Esta é a Curva de Indiferença (CI)!
Isso é, dentro de cada CI, há uma infinidade de combinações possíveis que geram
um mesmo valor de utilidade. Tal como os pares ordenados do exemplo acima
(100,5) e (20,8).
Vamos de novo!
Veja, a Curva U(2), mais deslocada para fora que U(1), associa um consumo de R$
100,00 a 6 horas de lazer, e não mais 5. Como ambos os fatores são “bens”, uma
maior quantidade de lazer, para um dado valor de consumo, resulta em maior
utilidade total. Portanto, curvas mais deslocadas estarão associadas a valores
maiores de utilidade.
3) As CI se inclinam negativamente.
Lembrem-se da aula anterior! Por que elas são inclinadas para baixo?
4) As CI nunca se cruzam.
Mas, se há duas CI com a mesma utilidade total, a formulação das curvas está
incorreta, pois só pode haver uma única CI associada a um determinado nível
utilidade.
Isso quer dizer: todas as CI “bem comportadas” têm “a boca virada para cima”, tal
como no gráfico:
Essa propriedade deriva de uma condição teórica que vocês não precisam saber
para fazer sua prova, ok?
Decoraram? Agora é a segunda vez que vocês estão lendo, então tente forçar
a memória de forma a memorizar de vez essas propriedades!
Vocês devem estar achando que eu estou repetindo a aula anterior, mas é que
os conceitos são muito semelhantes mesmo! Só para vocês verem, vamos à
definição de inclinação de uma CI!
𝚫𝑪 𝑼𝑴𝒈𝑳
𝑻𝑴𝑺 = =
𝚫𝑳 𝑼𝑴𝒈𝑪
A intuição por detrás deste conceito é semelhante à das isoquantas, que pode ser
entendido por meio de uma operação desta função de forma a (multiplicando
invertido):
𝑈𝑀𝑔𝐶 ∙ Δ𝐶 = 𝑈𝑀𝑔𝐿 ∙ Δ𝐿
Tentem entender. O que esta função está dizendo é que, ao longo de uma CI, a
utilidade marginal do lazer (o quanto varia a utilidade total com o acréscimo de uma
unidade nas horas de lazer) multiplicada pela variação quantidade de horas de
lazer deve ser igual à utilidade marginal do consumo (o quanto varia a utilidade total
com o acréscimo de uma unidade de consumo) multiplicada pela variação
quantidade consumida total. Se isso não estiver ocorrendo sairemos de uma
determinada CI.
Tal como na produção, em que a forma das isoquantas será determinada pela
tecnologia, no caso do trabalhador, a forma de suas CI dependerá de suas
preferências.
Veja que o trabalhador 1 não aumenta muito sua quantidade de horas dedicadas ao
trabalho com uma elevação salarial. No caso, ao elevar o salário em R$ 20,00, o
trabalhador aumenta sua oferta de trabalho (ou, de forma equivalente, reduz o seu
tempo de lazer) em 1 hora. Por outro lado, o trabalhador 2 aumenta a sua oferta de
horas de trabalho em 11 horas (20 menos 9) com a mesma elevação salarial. Daí
tiramos uma característica interessante, as CI mais inclinadas indicam um
trabalhador mais avesso ao trabalho, enquanto que as menos inclinadas
representam um trabalhador mais propenso ao trabalho.
Esse é só um tipo de representação das preferências por trabalho, dado que esta
poderia representar bens substitutos perfeitos, por exemplo, tal como explicado na
aula anterior, dentre infinitas possibilidades.
Respire um pouco! Vai valer a pena todo este esforço, você vai ser AFT!
Vamos continuar.
2. Restrição Orçamentária
Veja, a renda de um trabalhador é determinada pela sua taxa salarial (salário por
hora, que, por hipótese, será constante independentemente da quantidade de horas
de trabalho ofertadas) multiplicada pela quantidade de horas trabalhadas mais a
renda do não trabalho. Assim:
𝐶 =𝑤∙+𝑉
𝐶 = 𝑤 ∙ (𝑇 − 𝐿) + 𝑉
𝑪= 𝒘∙𝑻+𝑽 −𝒘∙𝑳
Essa é a restrição orçamentária do trabalhador! Veja o que ela te diz, que a renda
total disponível para o consumo será igual à taxa salarial multiplicada pelas horas
disponíveis para o trabalho mais a renda do não trabalho menos a taxa salarial
𝐶 = 𝑤∙𝑇+𝑉 −𝑤∙𝐿
Perceba que todos os pontos abaixo da reta estão disponíveis para o trabalhador,
enquanto que os pontos acima não. A união da reta orçamentária com todas as
escolhas que estão abaixo dela compõe o conjunto de oportunidades do
trabalhador. Isso é, este conjunto é composto por todas as escolhas possíveis pelo
trabalhador, inclusive aquelas com que o valor disponível para o consumo seja
menor do que 𝐶.
Daí nós podemos perceber porque o trabalhador pode, mas nunca escolherá um
ponto interior à fronteira do conjunto de possibilidades, como A. Isso decorre do fato
de que o trabalhador visa maximizar sua utilidade, assim, com a renda de 𝑤 ∙ 𝑇 ∙
0,3 pode ser associada a uma quantidade de horas de lazer de 𝑇 − 5, mas, no ponto
A, ela estará associada a 𝑇 − 10, o que não seria uma escolha racional. O ponto A
faz parte do conjunto de oportunidades do trabalhador, sendo que nunca será
escolhido por estar “atrás” da reta orçamentária.
Do mesmo modo, um ponto como B geraria mais utilidade para o trabalhador do que
C, já que uma renda de (𝑤 ∙ 𝑇) ∙ 0,3 + 𝑉 poderia estar associada a 𝑇 + 4 horas de
lazer e não mais 𝑇 − 5. Mas, devido à limitação das horas diárias disponíveis, seria
impossível atingir tal ponto, apesar de ele ser preferível.
𝑀𝑎𝑥 𝑈 = 𝑓 𝐶, 𝐿
𝑠. 𝑎. 𝐶 = 𝑤∙𝑇+𝑉 −𝑤∙𝐿
Mas, calma! Não precisa ficar nervoso, vou explicar isso com mais calma para
vocês mais a frente. Apenas que quero que vocês lembrem-se da aula
anterior, na qual eu explico que para encontrar o ponto de ótimo de uma
função é preciso derivá-la e igualar o resultado a zero.
Vamos começar falando da escolha ótima em termos geométricos, que é mais fácil.
Todo ponto de tangência significa que a inclinação das duas curvas são iguais.
Portanto, no ponto de maximização de utilidade:
𝚫𝑪 𝑼𝑴𝒈𝑳
𝑻𝑴𝑺 = = =𝒘
𝚫𝑳 𝑼𝑴𝒈𝑪
Entenderam? Veja que tudo que vocês aprenderam nesta aula serve para o
entendimento da aula anterior e vice-versa!
O que você acha que acontece se, no nosso exemplo, a renda do não trabalho, se
eleva de 0 (zero) para R$ 100,00?
Assim, por hipótese iremos trabalhar com a hipótese de que, ao aumentar a renda
de um trabalhador, mantido tudo mais constante, ele decidirá dedicar mais tempo ao
lazer, ok? Isso é chamado de efeito renda!
Antes de irmos tão fundo ao problema, temos de destacar dois efeitos distintos, o
efeito renda, já estudado, e o efeito substituição.
A ideia é a seguinte, ao ter sua taxa salarial alterada, há como decompor o efeito
desta variação sobre a oferta de trabalho em 2 efeitos:
1) O Efeito Renda (𝐸𝑅): você concorda que uma alteração salarial afeta a riqueza de
um trabalhador? Por exemplo, se o trabalhador tiver um aumento salarial, ele se
torna “mais rico”, portanto, toda a renda auferida pelas suas horas já trabalhadas
será maior.
Assim, seria possível “enxergar um efeito riqueza”, de forma que, mantida a taxa
salarial constante, possamos avaliar qual seria o impacto de uma variação da
renda do trabalhador sobre sua oferta de trabalho. Nós já conhecemos este efeito e
o chamamos de Efeito Renda e sabemos que ele irá operar de forma a reduzir a
oferta de trabalho quando há uma elevação da “renda”.
2) O Efeito Substituição (𝐸𝑆): por outro lado, se o trabalhador tem uma alteração em
sua taxa salarial, há uma “variação nos termos de troca” de trabalho por lazer. A
intuição nos diz que, se o salário se altera e mantida a renda constante, a
oferta de trabalho irá variar no mesmo sentido da variação salarial! Ou seja,
salários maiores (menores) estarão associados a uma menor (maior) demanda
por lazer.
É o seguinte, uma variação salarial pode ser decomposta nestes dois efeitos no que
se refere ao seu impacto na oferta de trabalho. Vou explicar com calma.
Suponha que haja uma elevação salarial, neste caso ocorrem 2 coisas: aumento
da “riqueza” do trabalhador e mudança nos termos de troca de lazer por
salário! A ideia é separar estes dois efeitos e isolá-los de forma a podermos estudar
seu comportamento de maneira mais pormenorizada.
Neste exemplo:
Seria como se fosse aquele trabalhador que está para entrar em uma nova faixa do
imposto de renda. Se o salário dele aumentar, a sua renda não irá alterar (no nosso
exemplo de que a variação salarial é igual ao montante a mais que o fisco irá retirar
dele), mas o “preço do seu lazer” mudou. Essa alteração no custo de oportunidade
do lazer (aumento do salário), mantida a renda constante, gera maior oferta de
trabalho no nosso exemplo.
O resultado da soma destes efeitos nos diz qual o impacto da variação sobre a
oferta de trabalho (𝑂), de forma que:
Δ𝑂
= 𝐸𝑆 + 𝐸𝑅
Δ𝑤
Assim, podemos ver o impacto final de uma variação salarial, o que nos permite
construir a oferta de trabalho. Assim, a conclusão é que a oferta de trabalho irá
em direção oposta à variação salarial se o efeito renda for maior do que o
substituição e, se o efeito substituição for maior do que o renda, a oferta de
trabalho irá operar no mesmo sentido da alteração salarial.
Vamos supor que houve uma sequência de aumentos na taxa salarial, de forma
que:
Veja, começamos na restrição orçamentária dada pela reta que liga os ponto T e C,
que chamaremos, por convenção de reta TC. Na reta TC, a escolha ótima do
trabalhador está na sua intersecção com a CI mais alta possível, ou seja, no ponto
de tangência 1.
O aumento do salário do trabalhador faz com que sua restrição fique mais inclinada,
já que a inclinação da mesma é dada por 𝑤, sem mudar o intercepto horizontal (que
é fixo, dado pela quantidade máxima de horas de lazer).
Você que é espertinho percebeu que este não é o único formato de curva possível,
não?
Olhe, quando nós aumentamos a inclinação da restrição, fazendo com que ela
tangenciasse uma CI mais elevada, nós supusemos que esta nova CI estaria
associada a uma maior oferta de trabalho! Isso não é necessariamente verdade,
pois, o efeito renda poderia ter sido maior do que o efeito substituição,
resultando em uma menor oferta de trabalho.
Segundo a teoria:
Vocês têm que conhecer essa curva. Mas, daqui para frente, a menos que seja
dito o contrário, nós só trabalharemos nos pontos onde ES > ER, ou seja, em
que a reta é crescente!
Bom gente, a parte teórica está quase no fim. Só vou aproveitar que estamos
aqui e dar uma aprofundada no tópico “elasticidade”, pois, pelas provas da
CESPE, dá para ver que ela adora o conceito! Os tópicos nesta seção não
guardam relação direta entre si, ok? É só um aprofundamento da matéria para
atendermos à CESPE.
Na aula 00 eu já dei uma pincelada para vocês em alguns fatores que afetam o
valor da elasticidade, que nada mais é do que uma medida de “sensibilidade” de
uma variável com relação à outra.
Já falei para vocês, quanto mais inclinada uma curva de oferta de trabalho,
menor a sua elasticidade da oferta.
Veja:
A curva o1 é mais inclinada do que o2. Perceba que uma variação igual de preços
para ambas as curvas (de P0 para P1) tem impactos muito diferentes em cada uma.
A curva o2 é mais sensível a variações de preço (mais elástica), sendo que o
impacto final em termos de quantidade de horas ofertadas de trabalho é muito
grande (de q3 para q4), no caso, bem maior do que em o1 (de q1 para q2).
Neste caso, de infinitamente elástica ou inelástica, tanto faz! Elas terão o mesmo
formato!
Gente, tem um jeito de calcular a elasticidade de uma curva qualquer via derivada
(𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜𝑔 = 𝑥 , 𝑠𝑢𝑎 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 é 𝑑 𝑔 𝑜𝑢 𝑑( 𝑥 ) ). A forma de se fazer
isso é a seguinte, dada uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥), a elasticidade no ponto (𝜀) é:
𝑥 𝑥
𝜀 = 𝑑𝑦 ∙ = 𝑑𝑓 𝑥 ∙
𝑦 𝑓(𝑥)
Veja porque essa é a forma da elasticidade! A derivada não é:
Δ𝑦
𝑑𝑓 𝑥 =
Δ𝑥
quando x tende a zero? Então, ao realizarmos a expressão da elasticidade acima, o
que estaríamos fazendo é:
𝚫𝒚
Δ𝑦 𝑥 𝒚
∙ → =𝜺
Δ𝑥 𝑦 𝚫𝒙
𝒙
Mas, o que é isso? É a variação percentual em 𝒚 para uma variação percentual
de 1% em 𝒙. Isso é a elasticidade de 𝒚 com relação a 𝒙.
Vamos a um exemplo:
Calcule a elasticidade!
-“Fácil, professor”!
80 − 100
100 20%
𝜀= = = 𝟎, 𝟖
12,5 − 10 25%
10
E se:
Neste caso:
100 − 80
80 25%
𝜀= = = 𝟏, 𝟐𝟓
10 − 12,5 20%
12,5
Neste caso a demanda é elástica!
Δ𝐷
𝐷1 + 𝐷2
Γ= 2
Δ𝑤
𝑤1 + 𝑤2
2
Assim:
20
100 + 80
2 20 11,25
Γ= = ∙ =𝟏
90 2,5
2,5
22,5
2
Este tópico é só para decorar, ok? Uma curva de demanda linear (veja a aula 00
para definição de função linear), ou melhor, uma linha reta, tem elasticidade
decrescente ao longo dela, de forma que:
Decorem isso!
Guarde:
2) Uma curva de oferta como O2 tem elasticidade maior que 1 e variável ao longo
da curva.
3) Uma curva de oferta como O3 tem elasticidade menor que 1 e variável ao longo
da curva.
É isso aí pessoal! Chega de blá, blá e blá, vamos aos exercícios! Vou
compensar vocês pela aula anterior e vou caprichar na quantidade de
exercícios.
Exercício 1
O efeito Renda altera o preço relativo dos bens, mantendo o poder aquisitivo
constante.
Resolução
Exercício 2
Resolução
Falso. Essa alternativa não tem lógica. A ideia o efeito substituição é exatamente o
contrário, mudar os preços relativos do lazer e do consumo, mantendo constante a
renda. Nada pode ser dito quanto à utilidade.
Exercício 3
Resolução
Lembrem-se da aula anterior, as isoquantas que têm o formato de “L” são às dos
fatores de produção que são complementares entre si. Portanto, falsa.
Exercício 4
A elasticidade de uma demanda por trabalho linear tem elasticidade que tende
para o infinito quando o salário é zero.
Resolução
Neste caso, estaríamos no ponto D, salário igual a zero. Neste ponto a elasticidade
é zero. Alternativa falsa.
Exercício 5
Resolução
Exercício 6
Resolução
Exercício 7
Resolução
Perfeito! Olhem o gráfico da questão 4 e vejam que o ponto médio está sempre
relacionado à elasticidade unitária em uma demanda linear.
Exercício 8
Resolução
“Perceba que há uma relação bastante óbvia entre as curvas PMg e PMe. O
produto marginal de um fator será maior que o produto médio enquanto este
último estiver aumentando e será menor enquanto o produto médio estiver
diminuindo.
Isso decorre da própria definição de média. O PMe é uma média, enquanto que o
PMg são “valores acrescentados à média”, pois trata-se da variação da produção
a cada unidade de trabalho. Assim, ao acrescentarmos valores superiores
(inferiores) à média, a média irá aumentar (diminuir). Graficamente”:
PMg e PMe
PMg
PMe
Viram? Dada esta definição, onde ocorrerá a intersecção das duas curvas? O ponto
de máximo da curva de produto médio.
Alternativa falsa.
Exercício 9
Resolução
Falso. Nós vimos na aula anterior que esta é uma propriedade das isoquantas de
bens substitutos perfeitos.
Exercício 10
II. O salário de reserva é aquele que torna o indivíduo indiferente entre ofertar
zero horas de trabalho ou ofertar horas positivas de trabalho.
A opção correta é:
a) I, II, III estao incorretas.
b) I e II estao corretas e III esta incorreta.
c) I esta incorreta; II e III estao corretas.
d) I e III estao incorretas; II esta correta
e) I, II e III estao corretas.
Resolução
𝚫𝑪 𝑼𝑴𝒈𝑳
𝑻𝑴𝑺 = = =𝒘
𝚫𝑳 𝑼𝑴𝒈𝑪
II) Nós vimos este conceito na aula 00. O salário de reserva é aquele valor que
deixa o empregado indiferente entre ofertar e não ofertar trabalho. Verdadeiro.
III) Olhe pessoal, desconsidere estes nomes de “efeito renda ordinário” e “efeito
renda dotação”, já que os manuais modernos de Economia do Trabalho não fazem
mais esta separação. Quando você ver estas palavras leia, somente, efeito renda e
pronto!
Bom, veja o que a alternativa está te falando, que quando ER>ES, a curva de oferta
de trabalho se curva para trás! Mas, é isso mesmo que fizemos quando derivamos a
curva de oferta reversa, não?
Exercício 11
Resolução
Vamos às alternativas:
Exercício 12
Resolução
Essa é a definição da curva reversa, viu como cai? Ela vira para trás quando ER >
ES. Alternativa (e).
Exercício 13
Resolução
𝒑 ∙ 𝑷𝑴𝒈𝑳 = 𝑽𝑷𝑴𝒈𝑳 = 𝒘
Isso define a escolha ótima de mão de obra, no curto prazo, por uma empresa. Isso
vale para o curto e longo prazo, mas no longo prazo temos de considerar a
interação entre os preços dos fatores e suas produtividades marginais.
Bom isso faz com que a curva de demanda de trabalho desloque-se para fora,
até porque a curva VPMgL é a curva de demanda por trabalho no curto prazo.
Como o exercício não falou de outros fatores, supõe-se que eles estão sendo
mantidos constantes, tal como ocorre no curto prazo. Assim, vamos trabalhar
assim.
Bom, isso nós vamos ver na próxima aula, mas vamos interagir as curvas de
demanda por trabalho e oferta de trabalho, na sua parte de inclinação positiva (A
menos que o exercício fale, trabalhe na região positivamente inclinada. Só
cuidado com as pegadinhas tipo “sempre é positivamente inclinada, etc). Mas,
vocês já viram os formatos das curvas de oferta e demanda por trabalho, além de
terem aprendido sobre a dinâmica de oferta e demanda na aula 00, então vamos lá:
Viram? O emprego na empresa irá se elevar (de L1 para L2) com o deslocamento
para fora da demanda de D1 para D2. Por consequência, o salário de equilíbrio
também irá se altera, elevando-se de w1 para w2.
Este efeito ocorrerá em todas as empresas da economia, o que fará com que
toda economia apresenta aumentos salariais e de emprego, já que a totalidade
do mercado é resultado do somatório das empresas individuais.
Alternativa (c).
Exercício 14
Resolução
Exercício 15
Resolução
Já falamos disso. A CESPE gosta disso hein? O Produto Marginal não é nulo
quando a produtividade média atinge seu máximo, este último é interceptado pela
curva de produto marginal no seu máximo. Falsa.
Exercício 16
(Proposta pelo autor) Se há uma mudança nos gostos dos trabalhadores, que
mudam sua preferência entre lazer/trabalho de modo a dar mais preferência ao
lazer, a curva de oferta de trabalho desloca-se para fora e há uma redução no
salário de equilíbrio.
Resolução
Gente, como eu disse, o assunto equilíbrio será tratado mais a frente, mas acredito
que, como vocês conhecem os formatos das curvas de oferta e demanda de
trabalho e estudaram os conceitos básicos de equilíbrio na aula 00, vocês já tem
condições de resolver a questão.
Veja o que houve! O deslocamento para trás da curva de oferta gera um aumento
salarial e uma redução do número de trabalhadores empregados no equilíbrio.
Alternativa falsa.
Questões Propostas
Exercício 1
O efeito Renda altera o preço relativo dos bens, mantendo o poder aquisitivo
constante.
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
A elasticidade de uma demanda por trabalho linear tem elasticidade que tende
para o infinito quando o salário é zero.
Exercício 5
Exercício 6
Exercício 7
Exercício 8
Exercício 9
Exercício 10
II. O salário de reserva é aquele que torna o indivíduo indiferente entre ofertar
zero horas de trabalho ou ofertar horas positivas de trabalho.
A opção correta é:
a) I, II, III estao incorretas.
b) I e II estao corretas e III esta incorreta.
c) I esta incorreta; II e III estao corretas.
d) I e III estao incorretas; II esta correta
e) I, II e III estao corretas.
Exercício 11
Exercício 12
Exercício 13
Exercício 14
Exercício 15
Exercício 16
(Proposta pelo autor) Se há uma mudança nos gostos dos trabalhadores, que
mudam sua preferência entre lazer/trabalho de modo a dar mais preferência ao
lazer, a curva de oferta de trabalho desloca-se para fora e há uma redução no
salário de equilíbrio.
1–F
2–F
3–F
4–F
5–F
6–F
7–V
8–F
9–F
10 – e
11 – e
12 – e
13 – c
14 – V
15 – F
16 – F