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Aluno: Clidenor issac de Almeida Cabral

Matrícula: 496922
1. (2.5 points) Determine o valor-verdade de cada uma destas
proposições, considerando como domı́nio para todas as variáveis
o conjunto dos números naturais N.

(a) ∀x(x < 7 → ∃a∃b∃c(a² + b² + c² = x))

*Para todo x pertencente aos naturais, se x for menor que 7, então


existe um a, e existe um b, e existe um c , tal que a² + b² + c² = x

Testaremos todos os naturais menores que x para poder confirmar a


proposição

*testando para x = 0:
para a = 0, b = 0, c = 0 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 0²+0²+0² = 0
*testando para x = 1:
para a = 1, b = 0, c = 0 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 1²+0²+0² = 1
*testando para x = 2:
para a = 1, b = 1, c = 0 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 1²+1²+0² = 2
*testando para x = 3:
para a = 1, b = 1, c = 1 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 1²+1²+1² = 3
*testando para x = 4:
para a = 2, b = 0, c = 0 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 2²+0²+0² = 4
*testando para x = 5:
para a = 2, b = 1, c = 0 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 2²+1²+0² = 5
*testando para x = 6:
para a = 1, b = 1, c = 2 temos,
a²+b²+c² = x
Logo, 1²+1²+2² = 6

Conclusão: Com isso, nota-se que Para todo x pertencente aos naturais,
se x for menor que 7, então existe um a, e existe um b, e existe um c ,
tal que a² + b² + c² = x. ​Proposição verdadeira.

(b) ∃!x((x − 4)² = 9)

*Existe um único x tal que ((x − 4)² = 9)


Vejamos:
(−b ± √Δ)
dado bhaskara, definido por: x = 2*a e Δ = b² − 4 * a * c ,

(x − 4)² (Produtos notáveis)


(a − b)² = a² − 2ab * b²

Obtemos
x² − 8x + 16 = 9
x² − 8x + 7 = 0

Aplicando Bhaskara:
a = 1, b =− 8, c = 7
Δ = (− 8)² − 4(1) * (7)
Δ = 36

8+√36
x′ = 2
x′ = 7
8−√36
x′′ = 2
x′′ = 2

Encontramos dois valores para x. que são x = 2, x = 7. Portanto, a


proposição possui valor verdade ​FALSO.

(c) ∃y∀x(2x − y = 0)
*Existe um y tal que para todo x, 2x − y = 0

Da equação temos que


y = 2x

se x = 2, então y = 4
se x = 3, então y = 6
O que obviamente 4 =/ 6
O que nos leva a concluir que o valor verdade da proposição é ​FALSO.
Pois NÃO existe um y tal que para todo x, y = 2x

(d) ∀x∃y(y > x ∧ ∃z(y + z = 100))

PROPOSIÇÃO FALSA

pois basta que tomemos um número y > 100


para tornar a expressão falsa.
Pois se y > 100 e y é maior que x, y não pode ser zero, pois y é maior
que x. E 0, dado o conjuntos naturais, não pode ser maior que nenhum
outro. Então, basta qualquer y > 100 para tornar a expressão, ∀x∃y(y
> x ∧ ∃z(y + z = 100)) FALSA.

2. Expresse cada uma das proposições abaixo usando predicados,


quantificadores e conectivos lógicos. Depois, forme a negação da
proposição; nenhuma negação pode ficar do lado esquerdo de um
quantificador. Em seguida, expresse a negação em português.

(a) Alguns cães velhos aprendem truques novos.

Vamos chamar a frase de


∃x(P (x))
Negando ¬∃x(P (x))
≡ ∀x¬P (x) (lei da negação para quantificadores)

Português: Para todos os cães velhos, nenhum deles aprende truques


novos.
(b) Um de seus instrumentos não está no lugar correto, mas está em
excelente condição.

∃x(¬P (x) ⋀ Q(x))


P (x) = "x está no lugar certo"
Q(x) = "x está em excelente condição"

Negando ¬∃x(¬P (x) ⋀ Q(x))


≡ ∀x ¬(¬P (x) ⋀ Q(x)) (Lei da negação para quantificadores)
≡ ∀x (¬¬P (x) ⋁ ¬Q(x)) (De Morgan)
≡ ∀x (P (x) ⋁ ¬Q(x)) (Negação dupla)
≡ ∀x (¬Q(x) ⋁ P (x)) (Comutatividade)
≡ ∀x (Q(x) → P (x)) (Lei da condicional)

Português: Para todos os seus instrumentos, se estiver em excelente


condição, então está no lugar correto.

(c) Não há cães que falem.

∀x(¬P (x))
P (x) = "x f ala"
Negando ¬∀x(¬P (x))
≡ ∃x ¬(¬P (x)) (Lei da negação para
quantificadores)
≡ ∃x(P (x)) (Negação
dupla)

Português: Existe pelo menos um cão que fale

(d) Não há nesta sala alguém que fale francês e russo.

∀x ¬(P (x) ⋀ Q(x))


P (x) = "x f ala f rancês"
Q(x) = "x f ala Russo"

Negando ¬∀x ¬(P (x) ⋀ Q(x))


≡ ∃x ¬(¬(P (x) ⋀ Q(x))) (Lei da negação para quantificadores)
≡ ∃x ¬(¬P (x) ⋁ ¬Q(x)) (De Morgan)
≡ ∃x(¬¬P (x) ⋀ ¬¬Q(x)) (De Morgan)
≡ ∃x(P (x) ⋀ Q(x)) (Negação dupla)

Português: Existe alguém nesta sala que fale Francês e Russo

3. (2.5 points)
(a) Mostre que ∃x ∈ AP (x) ∨ ∃x ∈ BP (x) é equivalente a
∃x ∈ (A∪B)P (x).

∃x ∈ A P (x) Significa que existe x ε A para o qual P (x) é verdadeira,


isto é, ∃x (x ∈ A ⋀ P (x))

Então,
∃x ∈ A P (x) = ∃x (x ∈ A ⋀ P (x))

∃x ∈ B P (x) Significa que existe x ε B para o qual P (x) é verdadeira,


isto é, ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))

Então,
∃x ∈ B P (x) = ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))

Proposição: ∃x (x ∈ A ⋀ P (x)) ⋁ ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))


≡ ∃x ((x ∈ A ⋀ P (x)) ⋁ (x ∈ B ⋀ P (x))) (Comprimindo)
≡ ∃x ((P (x) ⋀ x ∈ A) ⋁ ( P (x) ⋀ x ∈ B )) (Associativa)
≡ ∃x (P (x) ⋀ (x ∈ A ⋁ x ∈ B ))
(Distributiva)
≡ ∃x ((x ∈ A ⋁ x ∈ B )) ⋀ P (x))
(Associativa)
≡ ∃x ((x ∈ A ⋃ x ∈ B )) ⋀ P (x)) (Definição
de ⋃ )
≡ ∃x ε((A ⋃ B )) ⋀ P (x)) (Comprimindo)
≡ ∃x ε(A ⋃ B )P (x)) (Comprimindo)

Tá provado que
∃x ∈ A P (x) ⋁ ∃x ∈ B P (x) ≡ ∃x ε(A ⋃ B )P (x))

(b) ∃x ∈ A P (x) ∧ ∃x ∈ B P (x) é equivalente a ∃x ∈ (A ∩ B) P (x)?


Explique.

∃x ∈ A P (x) Significa que existe x ε A para o qual P (x) é verdadeira,


isto é, ∃x (x ∈ A ⋀ P (x))

Então,
∃x ∈ A P (x) = ∃x (x ∈ A ⋀ P (x))

∃x ∈ B P (x) Significa que existe x ε B para o qual P (x) é verdadeira,


isto é, ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))

Então,
∃x ∈ B P (x) = ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))

Proposição: ∃x (x ∈ A ⋀ P (x)) ⋀ ∃x (x ∈ B ⋀ P (x))


≡ ∃x ((x ∈ A ⋀ P (x)) ⋀ (x ∈ B ⋀ P (x))) (Comprimindo)
≡ ∃x ((P (x) ⋀ x ∈ A ) ⋀ (P (x) ⋀ x ∈ B )) (Associativa)
≡ ∃x ((P (x) ⋀ P (x) ⋀ x ∈ A ⋀ x ∈ B )) (Associativa)
≡ ∃x ((P (x) ⋀ x ∈ A ⋀ x ∈ B ))
(Idempotente)
≡ ∃x ((x ∈ A ⋀ x ∈ B ) ⋀ (P (x))) (Associativa)
≡ ∃x ((x ∈ A ⋂ x ∈ B ) ⋀ (P (x))) (Definição de ⋂ )
≡ ∃x ε((A ⋂ B )(P (x))) (Comprimindo)
≡ ∃x ε(A ⋂ B )P (x)

Com isso, concluímos que


∃x ∈ A P (x) ⋀ ∃x ∈ B P (x) E ∃x ε(A ⋂ B )P (x) são equivalentes

4. (2.5 points) O famoso detetive Sherlock Holmes foi chamado


para resolver um assassinato misterioso. Ele determinou os
seguintes fatos:
(a) Lord Craven, o homem assassinado, foi morto com uma pancada na
cabeça com um castiçal.
(b) Ou Lady Diana ou a empregada Shelley estavam na sala de jantar
no momento do assassinato.
(c) Se o cozinheiro estava na cozinha no momento do assassinato,
então o açougueiro matou Lord Craven com uma dose fatal de arsênico.
(d) Se Lady Diana estava na sala de jantar no momento do assassinato,
então o motorista matou Lord Craven.
(e) Se o cozinheiro não estava na cozinha no momento do assassinato,
então Shelley não estava na sala de jantar quando o assassinato
ocorreu.
(f) Se Shelley estava na sala de jantar no momento do assassinato,
então o ajudante pessoal de Lord Craven o matou.
É possível para o detetive Sherlock Holmes deduzir quem matou Lord
Craven? Se sim, quem é o assassino?

Sejam os seguintes argumentos:


p = “Lady Diana estava na sala de jantar no momento do assassinato”
q = “A empregada Shelley estava na sala de jantar no momento do
assassinato”.
¬q = “A empregada Shelley não estava na sala de jantar no momento
do assassinato”.
r = “O cozinheiro estava na cozinha no momento do assassinato”.
¬r = “O cozinheiro não estava na cozinha no momento do assassinato”
s = “O açougueiro matou Lord Craven com uma dose fatal de arsênico”.
t = “O motorista matou Lord Craven”.
u = “O ajudante pessoal de Lord Craven o matou”.
v = ”Lord Craven foi morto com uma pancada na cabeça
Tradução dos fatos para as proposições:

(b) p ⋁ q (d) p → t ( f) q → u
(c) r → s (e) ¬r → ¬q

As seguintes deduções podem ser feitas:

1. q → r ≡ ¬r → ¬q (e) (Propriedade da condicional)


r→s (c)
∴​ q → s Silogismo Hipotético
2. p ⋁ q (b)
¬p ⋁ t ≡ p → t (d) (Propriedade da condicional)
∴ q⋁t Resolução
3. ¬p → q = p ⋁ q (b) (Propriedade da condicional)

Como q → s é verdade
e
q ⋁ t é verdade

Os valores de ‘q’ e ‘s’ que tornam q → s verdade, só podem ser F para


‘q’ e F para ‘s’.
Pois ‘s’ não pode ser verdade já que Lord Craven foi assassinado com
uma pancada na cabeça com castiçal.
Então, para q ⋁ t ser verdade, ‘q’ assume F e ‘t’ assume V. Logo, Lord
Craven foi morto pelo motorista

q→s
q=F
s=F
q→s =V
q⋁t
q=F
t=V
q⋁t =V

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