Você está na página 1de 13

Polinômios I

Prof. Cı́cero Thiago

Definição. Um polinômio na variável x é uma expressão que pode ser escrita na


forma
P (x) = an xn + an−1 xn−1 + . . . + a1 x + a0 ,
onde n ∈ N e ai (i = 0, 1, . . . , n), chamados coeficientes, são números em algum
dos conjuntos (Z, Q, R, C). O número n será chamado de grau do polinômio e re-
presentado por n = deg P . Chamamos de coeficiente lı́der o coeficiente do termo de
maior grau, nesse caso an , e chamamos de termo independente o coeficiente a0 . Um
polinômio com todos os coeficientes iguais a zero é chamado de polinômio nulo. Um
polinômio com coeficiente lı́der igual a 1 é chamado de polinômio mônico.

Definição. Polinômios podem ser adicionados, subtraı́dos e multiplicados e o resul-


tado também é um polinômio:
A(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + . . . + an xn , B(x) = b0 + b1 x + b2 x2 + . . . + bm xm
A(x) ± B(x) = (a0 ± b0 ) + (a1 ± b1 )x + . . . ,
A(x) · B(x) = a0 b0 + (a0 b1 + a1 b0 )x + . . . + an bm xn+m .
Teorema 1. Se A e B são dois polinômios então:
i. deg(A ± B) ≤ máx(deg A, deg B), com igualdade ocorrendo se deg A 6= deg B.
ii. deg(A · B) = deg A + deg B.

Definição. Seja c um número, o número P (c) = an cn +an−1 cn−1 +. . .+a1 c+a0 é cha-
mado de valor numérico do polinômio aplicado ao número complexo c. Se P (c) = 0,
dizemos que c é um zero ou raiz do polinômio P (x).

Definição. Dizemos que um polinômio P é identicamente nulo quando P assume o


valor numérico zero para todo x complexo. Ou seja,
P ≡ 0 ⇔ P (x) = 0, ∀x ∈ C.
Teorema 2. Um polinômio P é nulo se, e somente se, todos os coeficientes de P
forem nulos.

Definição. Dizemos que dois polinômios P (x) = an xn + . . . + a1 x + a0 e Q(x) =


bn xn + . . . + b1 x + b0 são iguais quando assumem valores iguais para todo complexo
x.
Teorema 3. Os polinômios P (x) = an xn +. . .+a1 x+a0 e Q(x) = bn xn +. . .+b1 x+b0
são iguais se, somente se, aj = bj , para 0 ≤ j ≤ n.
Teorema 4. Dados dois polinômios P (x) e M(x) 6= 0 , dividir P (x) por M(x) é
determinar dois outros polinômios Q(x) e R(x) de modo que se verifiquem as duas
condições seguintes:
(a) P (x) = M(x) · Q(x) + R(x).
(b) O grau de R(x) é menor que o grau de M(x) ou R(x) = 0, caso em que a divisão
é exata.

Teorema 5. Seja P (x) um polinômio tal que x − a é um fator de P (x), então


P (a) = 0.
Demonstração. Se x − a é um fator de P (x), então P (x) = (x − a) · Q(x) para algum
polinômio Q(x). Fazendo x = a temos que P (a) = (a − a) · Q(a) = 0 · Q(a) = 0,
então a é uma raiz de P (x).

Teorema 6. Seja P (x) um polinômio tal que P (a) = 0, então x − a é um fator de


P (x).
Demonstração. Se a é uma raiz de P (x), então P (a) = 0. Pelo algoritmo da divisão,
temos que o resto quando P (x) é dividido por x − a é P (a). Como P (a) = 0 então
o resto é zero. Isto mostra que x − a é um fator de P (x).

Dispositivo de Briot - Ruffini


Dados os polinômios P (x) = an xn + an−1 xn−1 + . . . + a1 x+ a0 , an 6= 0 e M(x) = x−a.
Nosso desejo é determinar o quociente Q(x) e o resto R(x) da divisão de P (x) por
M(x). Seja Q(x) = qn−1 xn−1 + qn−2 xn−2 + . . . + q0 , então:
(qn−1 xn−1 + qn−2 xn−2 + . . . + q0 ) · (x − a) =
qn−1 xn + qn−2 xn−1 + . . . + q0 x − aqn−1 xn−1 − aqn−2 xn−2 − . . . − aq1 x − aq0 =
qn−1 xn + (qn−2 − aqn−1 )xn−1 + . . . + (q0 − aq1 )x − aq0
Fazendo P (x) = Q(x) · (x − a) + R(x), temos:
qn−1 = an
qn−2 − aqn−1 = an−1 ⇒ qn−2 = aqn−1 + an−1
..
.
q0 − aq1 = a1 ⇒ q0 = aq1 + a1
R(x) − aq0 = a0 ⇒ R(x) = aq0 + a0
Exemplo. Vamos achar o quociente e o resto da divisão de P (x) = 2x4 − 7x2 + 3x − 1
por M(x) = x − 3. Para isso usaremos o dispositivo de Briot - Ruffini:
3 2 0 −7 3 −1
2 2 · 3 + 0 6 · 3 − 7 11 · 3 + 3 36 · 3 − 1

2
3 2 0 −7 3 −1
2 6 11 36 107
Portanto, Q(x) = 2x3 + 6x2 + 11x + 36 e R(x) = 107.

Teorema 7. (Teorema Fundamental da Álgebra) Todo polinômio de coefici-


entes complexos P (x) e de grau n ≥ 1 possui n raı́zes complexas (podendo ou não
serem reais puras).
Teorema 8. Seja P (x) = an xn + an−1 xn−1 + . . . + a1 x + a0 um polinômio de grau n
(n ≥ 1) e an 6= 0, então

P (x) = an (x − x1 )(x − x2 ) . . . (x − xn ),

em que x1 , x2 , . . . , xn são as raı́zes de P (x).

Teorema 9. (Lagrange) Dados n ∈ N, a0 , a1 , . . . , an e b0 , b1 , . . . , bn números


complexos com a0 , a1 , . . . , an distintos, existe um único polinômio P (x), de grau
no máximo n, tal que
P (αi ) = βi , 0 ≤ i ≤ n.
Demonstração.
Vamos inicialmente determinar o polinômio. Para isto, observe os polinômios

(x − α0 )(x − α1 ) . . . (x − αk−1 )(x − αk+1 ) . . . (x − αn )


Dk (x) =
(αk − α0 )(αk − α1 ) . . . (αk − αk−1 )(αk − αk+1 ) . . . (αk − αn )
é fácil ver que

1, i = k
Dk (αi ) =
0, i =
6 k
Agora multiplique Dk (x) pelo número βk e, então, adicione todos esses polinômios
resultando no polinômio
n
X
P (x) = βk Dk (x)
k=0

que satisfaz as condições do enunciado. Para demonstrar a unicidade sejam P1 e


P2 dois polinômios, que satisfazem as condições impostas. O polinômio H(x) =
P1 (x) − P2 (x) tem grau no máximo n e possui n + 1 raı́zes α0 , α1 , . . . , αn , portanto,
é identicamente nulo. Com isso, P1 (x) ≡ P2 (x).

O polinômio Dk (x) não caiu do céu, então vamos ver a sua construção. Temos que

3

1, i = k
Dk (αi ) =
0, i =
6 k
Como Dk (αi ) = 0 para todo i 6= k, então

Dk (x) = C(x − α0 ) . . . (x − αk−1 )(x − αk+1 ) . . . (x − αn ).

Para determinar o valor de C vamos substituir x = αk e usar a condição Dk (αk ) = 1.


Então,
1 = C(αk − α0 ) . . . (αk − αk−1 )(αk − αk+1 ) . . . (αk − αn ).
Portanto,
(x − α0 )(x − α1 ) . . . (x − αk−1 )(x − αk+1 ) . . . (x − αn )
Dk (x) = .
(αk − α0 )(αk − α1 ) . . . (αk − αk−1 )(αk − αk+1 ) . . . (αk − αn )
Exercı́cios Resolvidos

1. Determine as constantes a, b e c tais que

(2x2 + 3x + 7)(x2 + bx + c) = 2x4 + 11x3 + 9x2 + 13x − 5.

Solução. A única maneira de produzir um termo x4 expandindo o produto


do lado esquerdo da igualdade é multiplicando (2x2 )(ax2 ) = 2ax4 , assim, 2a =
2 ⇔ a = 1. Vamos agora encontrar as constantes b e c tais que

(2x2 + 3x + 7)(ax2 + bx + c) = 2x4 + 11x3 + 9x2 + 13x − 5.

Vamos agora olhar para o termo x3 . No lado direito, temos 11x3 e, no lado
esquerdo na expansão teremos (2x2 )(bx) e (3x)(x2 ) e, portanto, 2bx3 + 3x3 =
11x3 ⇔ 2b + 3 = 11 ⇔ b = 4. Necessitamos encontrar c e, para isso, temos que
7c = 35 ⇔ c = 5.
2. Sejam a, b, c e d as raı́zes (nos complexos) do polinômio x4 + 6x2 + 4x + 2. En-
contre um polinômio p(x), do quarto grau, que tenha como raı́zes a2 , b2 , c2 e d2 .

Solução. Seja Q(x) = x4 +6x2 +4x+2 = (x−a)(x−b)(x−c)(x−d). Queremos


encontrar
P (x) = (x − a2 )(x − b2 )(x − c2 )(x − d2 ).

Fazendo x = y 2,

P (y 2) = (y 2 − a2 )(y 2 − b2 )(y 2 − c2 )(y 2 − d2 )

4
= (y + a)(y − a)(y + b)(y − b)(y + c)(y − c)(y + d)(y − d)
[(y − a)(y − b)(y − c)(y − d)][(y + a)(y + b)(y + c)(y + d)]
Q(y)Q(−y).
Assim,
P (y 2) = (y 4 + 6y 2 + 4y + 2)(y 4 + 6y 2 − 4y + 2)
= (y 4 + 6y 2 + 2)2 − (4y 2)2
y 8 + 12y 6 + 40y 4 + 8y 2 + 4.
Voltando para a variável x pela substituição y 2 = x, temos:
P (x) = x4 + 12x3 + 40x2 + 8x + 4.

3. Determine o número de raı́zes reais da equação


x1994 − x2 + 1 = 0.

(a) 0 (b) 2 (c) 4 (d) 1994

Solução. (A) Se |x| < 1 então 1 − x2 > 0 e x1994 ≥ 0 o que implica


x1994 − x2 + 1 > 0.

Se |x| ≥ 1 então x1994 − x2 = x2 (x1992 − 1) e, com isso,


x1994 − x2 + 1 > 0,

portanto a equação não possui raı́zes reais.

4. Seja f (x) = x4 + 17x3 + 80x2 + 203x√ + 125. Determine


√ o polinômio,
√ √ de
g(x),
menor grau possı́vel, tal que f (3 ± 3) = g(3 ± 3) e f (5 ± 5) = g(5 ± 5).

Solução. Seja g(x) o polinômio que desejamos


√ encontrar e √
h(x) um polinômio
tal que h(x) = f (x) − g(x). Com isso h(3 ± 3) = 0 e h(5 ± 5) = 0. Portanto,
√ √ √ √
f (x) − g(x) = h(x) = a(x)(x − 3 − 3)(x − 3 + 3)(x − 5 − 5)(x − 5 + 5) ⇔
f (x) − g(x) = h(x) = a(x)(x4 − 16x3 + 86x2 − 180x + 120) ⇔
g(x) = f (x) − a(x)(x4 − 16x3 + 86x2 − 180x + 120) ⇔
g(x) = x4 + 17x3 + 80x2 + 203x + 125 − a(x)(x4 − 16x3 + 86x2 − 180x + 120).
Finalmente, g(x) terá grau menor que 4 se, e somente se, a(x) ≡ 1. Nesse caso
g(x) = 33x3 − 6x2 + 383x + 5.

5
5. Determine todos os polinômios f com coeficientes reais tais que

(x − 27)f (3x) = 27(x − 1)f (x)

para todo número real x.

Solução. Considere a equação

(x − 27)f (3x) = 27(x − 1)f (x) (1)

Se x = 27 temos que 0 = 0 · f (81) = 27 · 26 · f (27), então f (27) = 0. De maneira


análoga, se x = 1 temos que 0 = 27 · 0 · f (1) = −26 · f (3) então f (3) = 0.

Com isso, f (x) = (x − 3)(x − 27)q(x). Substituindo esse resultado encontrado


na equação inicial temos que

(x − 27)(3x − 3)(3x − 27)q(3x) = 27(x − 1)(x − 3)(x − 27)q(x).

Para x 6= 1, 27 temos que

(x − 9)q(3x) = 3(x − 3)q(x). (2)

Agora, se x = 3 temos que 0 = 3 · 0 · q(3) = −6q(9), ou seja, q(9) = 0, assim


q(x) = (x − 9)g(x) que substituiremos na equação (2) obtendo

(x − 9)(3x − 9)g(3x) = 3(x − 3)(x − 9)g(x),

que para x 6= 1, 3, 9, 27 resulta g(3x) = g(x).

Em particular, se x = 2 então g(2) = g(6) = g(18) = . . . = g(2 · 3k ), ∀k. Assim,


g(x) = g(2) possui infinitas raı́zes, o que é impossı́vel, ou g(x) é uma constante,
digamos g(x) = a.
Finalmente, q(x) = a(x − 9) e f (x) = a(x − 3)(x − 9)(x − 27), a ∈ R.

6. Prove que o polinômio 4x8 − 2x7 + x6 − 3x4 + x2 − x + 1 não possui raı́zes reais.

Solução. Temos que

P (x) = 4x8 − 2x7 + x6 − 3x4 + x2 − x + 1 ⇔


 2  2
4 1  3 2 1
P (x) = 3 · x − + x (x − 1) + x − .
2 2

6
Portanto, P (x) é uma soma de quadrados. Para que P (x) = 0 todos os quadra-
r
1
dos precisam ser iguais a zero, assim teremos que as duas igualdades x = ± 4
2
1
e x = devem acontecer simultaneamente, absurdo. Finalmente, P (x) não
2
possui raı́zes reais.

7. Seja F1 = F2 = 1, Fn+2 = Fn+1 + Fn e seja f um polinômio de grau 990 tal que


f (k) = Fk , k ∈ {992, 993, . . . , 1982}. Mostre que f (1983) = F1983 − 1.

Solução. Temos que f (k + 992) = Fk+992 , para k = 0, 1, . . . , 990 e precisamos


provar que f (992 + 991) = F1983 − 1. Seja g(x) = f (x + 992), que também
possui grau 990. Nosso novo problema é tal que se g(k) = Fk+992 , para k =
0, 1, . . . , 990, então g(991) = F1983 − 1. Usando o polinômio interpolador de
Lagrange temos que
990
X (x − 0)(x − 1) . . . (x − k + 1)(x − k − 1) . . . (x − 990)
g(x) = g(k) · .
k=0
(k − 1)(k − 2) . . . 1 · (−1) . . . (k − 990)

Então

990  990  
X 991 k
X 991
g(991) = g(k) (−1) = Fk+992 (−1)k .
k=0
k k=0
k
√ √
an − bn 1+ 5 1− 5
Sabemos que Fn = √ , em que a = eb= . Assim,
5 2 2

990   " 990   990   #


X 991 1 X 991 X 991
Fk+992 (−1)k = √ ak+992 (−1)k − bk+992 (−1)k .
k=0
k 5 k=0 k k=0
k

Usando binômio de Newton temos que


990   990  
X 991 k+992 k
X 991
992
(−a)k = a992 (1 − a)991 + a991 .
 
a (−1) = a
k=0
k k=0
k

Mas a2 = a + 1, então

a992 (1 − a)991 + a991 = a(a − a2 )991 + a1983 = −a + a1983 .


 

Temos que b2 = b + 1 então

7
990  
X 991 1
Fk+992 (−1)k = √ (a1983 − b1983 − a + b)
k=0
k 5
a1983 − b1983 a − b
= √ − √ = F1983 − 1.
5 5
8. Sejam a, b, c, d, e e f números inteiros positivos. Se S = a + b + c + d + e + f
divide abc + def e ab + bc + ca − de − ef − f d. Prove que S é composto.

Solução. Todos os coeficientes do polinômio

f (x) = (x + a)(x + b)(x + c) − (x − d)(x − e)(x − f )

= Sx2 + (ab + bc + ca − de − ef − f d)x + (abc + def )


são múltiplos de S. Então, f (d) = (a + d)(b + d)(c + d) é um múltiplo de S.
Isto implica que S é composto pois a + d, b + d e c + d são menores que S.

Exercı́cios propostos

1. Seja P (x) = a2000 x2000 + a1999 x1999 + a1998 x1998 + . . . + a1 x + a0 . Então a2000 +
a1998 + a1996 + . . . + a0 é igual a:
P (1) − P (−1) P (1) + P (−1)
(a) (b) (c) P (2000) + P (1998) + . . . + P (0) (d)
2 2
P (0) · P (1) (e) P (−1) · P (1)

2. O polinômio

P (x) = xn + a1 xn−1 + a2 xn−2 + . . . + an−1 x + an

com coeficientes inteiros a1 , a2 , . . . , an , é tal que existem quatro inteiros dis-


tintos a, b, c, d tais que

P (a) = P (b) = P (c) = P (d) = 5,

mostre que não existe um inteiro k tal que P (k) = 8.

3. Se x2 +2x+5 é um fator de x4 +px2 +q, os valores de p e q são, respectivamente:


(a) −2, 5 (b) 5, 25 (c) 10, 20 (d) 6, 25 (e) 14, 25

8
a
4. Determine o valor de se 2x4 − 3x3 + ax2 + 7x + b é divisı́vel por x2 + x − 2.
b

5. O resto R(x) obtido pela divisão de x100 por x2 − 3x + 2 é um polinômio de


grau menor que 2. Determine R(x).
6. Determine o resto da divisão de x3 − 2 quando dividido por x2 − 2.
7. Determine o produto dos coeficientes do resto da divisão de x100 − 4x98 + 5x + 6
por x3 − 2x2 − x + 2.
8. Qual o resto da divisão de x18 + 1 por x − 1?
9. Se P (x) = ax2 + bx + c deixa resto 4 quando dividido por x, deixa resto 3
quando dividido por x + 1 e deixa resto 1 quando dividido por x − 1. Determine
o valor de P (2).
10. Um polinômio f (x) deixa resto c quando dividido por x − a e deixa resto d
quando dividido por x−b. Determine o resto da divisão de f (x) quando dividido
por (x − a)(x − b).
11. Determine os valores de a e b se f (x) = x4 − 5x3 + 11x2 + ax + b é divisı́vel por
g(x) = (x − 1)2 .

12. Seja (1 + x + x2 )n = a0 + a1 x + a2 x2 + . . . + a2n x2n . Determine o valor de


a0 + a2 + a4 + . . . + a2n .
13. Determine as outras duas raı́zes de P (x) = 6x3 + 19x2 + 2x − 3 se uma das
raı́zes é igual a −3.
14. O gráfico do polinômio P (x) = x5 + ax4 + bx3 + cx2 + dx + e tem 5 pontos de
intersecção com o eixo x, uma delas o ponto (0, 0). Qual dos coeficientes não
pode ser zero?
(a) a (b) b (c) c (d) d (e) e
15. Um polinômio P (x) deixa resto 3 quando dividido por x − 1 e deixa resto
5 quando dividido por x − 3. Determine o resto da divisão de P (x) quando
dividido por (x − 1)(x − 3).
16. Seja f (x) = x3 + 7x2 − x + 11 e d(x) = x − 5. Determine o polinômio q(x) e
uma constante r tais que
f (x) r
= q(x) + .
d(x) d(x)

9
17. Seja P (x) um polinômio tal que P (x) quando dividido por x − 19, deixa resto
99 e quando dividido por x − 99, deixa resto 19. Determine o resto da divisão
de P (x) por (x − 19)(x − 99).
18. Determine o resto da divisão de x81 + x49 + x25 + x9 + x por x3 − x.

19. Quando dividimos y 2 + my + 2 por y − 1, obtemos quociente f (y) e resto R1 .


Quando dividimos y 2 + my + 2 por y + 1, obtemos quociente g(y) e resto R2 .
Se R1 = R2 , determine m.
20. Um polinômio P (x) dividido por x + 1 tem como resto 4, e dividido por x2 + 1
deixa resto 2x + 3. Calcular o resto da divisão de P (x) por (x + 1)(x2 + 1).
21. Seja P (x) um polinômio de grau n, cujo coeficiente do termo lı́der (termo de
grau N) é igual a n!2n . Mostre que se as raı́zes de P (x) são os n primeiros
números naturais ı́mpares, então |P (0)| = (2n)!.

22. Determine todos os números inteiros a e√b de modo que uma das raı́zes da
equação 3x3 + ax2 + bx + 12 = 0 seja 1 + 3.

23. Seja P um polinômio do quarto grau, sem termo independente, que verifica a
idantidade P (x) − P (x − 1) ≡ x3 .
(a) Determine P .
 2
3 3 3 n(n + 1)
(b) Mostre a igualdade 1 + 2 + . . . + n = .
2

24. (a) Determine a função polinomial P , de grau 3, que apresenta uma raiz nula e
satisfaz a condição P (x − 1) = P (x) + 25x2 , para todo x real.
(b) Calcular, em função de n, a soma 25 + 100 + 225 + . . . + (5n)2 .

25. Determine as raı́zes reais da equação x6 − (a2 + 1)x2 + a = 0, onde a é um


parâmetro real positivo.

26. (ITA) Dividindo o polinômio x3 + x2 + x + 1 pelo polinômio Q(x) obtemos o


quociente S(x) = 1 + x e o resto R(x) = x + 1. O Polinômio Q(x) satisfaz
(a) Q(2) = 0. (b) Q(3) = 0. (c) Q(0) 6= 0 (d) Q(1) 6= 0 (e) n. r. a

27. (ITA) Os valores reais a e b, tais que os polinômios

x3 − 2ax2 + (3a + b)x − 3b e x3 − (a + 2b)x + 2a

10
sejam divisı́veis por x + 1 são
(a) dois números inteiros positivos.
(b) dois números inteiros negativos.
(c) números inteiros, sendo que um é positivo e o outro negativo.
(d) dois números reais, sendo um racional e outro irracional.
(e) nenhuma das respostas anteriores.

28. Mostre que se o resto da divisão de um polinômio f (x) por x − a é r, então o


resto da divisão de f (x) por c(x − a) é também r para qualquer constante c.

29. Prove que se um polinômio f (x) deixa um resto da forma px + q quando di-
vidido por (x − a)(x − b)(x − c), em que a, b e c são todos distintos, então
(b − c)f (a) + (a − b)f (b) + (a − b)f (c) = 0.

30. O elemento da i - ésima linha e j - ésima coluna de uma matriz n × n é igual


a ai + bj , onde a1 , a2 , . . . , an , b1 , b2 , . . . , bn são números reais distintos. Os
produtos dos números em cada linha são iguais. Prove que os produtos dos
números em cada coluna também são iguais.

31. Seja P (x) um polinômio de grau 2 tal que P (0) = cos3 10◦ , P (1) = cos 10◦ sin2 10◦
e P (2) = 0. Determine P (3).

32. Se f é um polinômio de grau n tal que f (i) = 2i para i = 0, 1, . . . , n, determine


f (n + 1).

33. f (x) é um polinômio de grau maior que 3. Se f (1) = 2, f (2) = 3 e f (3) = 5,


determine o resto da divisão de f (x) por (x − 1)(x − 2)(x − 3).

34. (IME) Sejam a, b e c números reais e distintos. Ao simplificar a função real, de


variável real,
(x − b)(x − c) (x − c)(x − a) (x − a)(x − b)
f (x) = a2 + b2 + c2 ,
(a − b)(a − c) (b − c)(b − a) (c − a)(c − b)
obtém - se f (x) igual a:
(a) x2 − (a + b + c)x + abc (b) x2 + x − abc (c) x2 (d) −x2 (e) x2 − x + abc

11
35. (ITA) Se P (x) é um polinômio do 5◦ grau que satisfaz as condições:
1 = P (1) = P (2) = P (3) = P (4) = P (5) e P (6) = 0,

então temos
(a) P (0) = 4. (b) P (0) = 4. (c) P (0) = 9. (d) P (0) = 2. (e) n. r. a

36. (ITA) Dada a equação x3 + (m + 1)x2 + (m + 9)x + 9 = 0, em que m é uma


constante real, considere as seguintes afirmações:
I. Se m ∈ ]−6, 6[, então existe apenas uma raiz real.
II. Se m = −6 ou m = 6, então existe uma raiz com multiplicidade 2.
III. ∀m ∈ R, todas as raı́zes são reais.

Então, podemos afirmar que é(são) verdadeira(s) apenas:


(a) I (b) II (c) III (d) II e III (e) I e II

√ √
37. Determine um polinômio com coeficientes inteiros que possui 2+ 3 3 como raiz.

p
3
√ p
3

38. (ITA) (a) Mostre que o número real α = 2+ 5+ 2 − 5 é a raiz da
equação x3 + 3x − 4 = 0.

(b) Conclua de (a) que α é um número racional.

39. Seja P (x) = (x − 1)(x − 2)(x − 3). Para quantos polinômios Q(x) existe um
polinômio R(x), de grau 3, tal que
P (Q(x)) = P (x) · R(x)?

40. (IME) Considere o polinômio de grau mı́nimo, cuja representação gráfica passa
pelos pontos P1 (−2, −11), P2 (−1, 0), P3 (1, 4) e P4 (2, 9).
(a) Determine os coeficientes do polinômio.
(b) Determine todas as raı́zes do polinômio.

41. (IME) Determine o polinômio em n, com no máximo 4 termos, que representa


!
n
X
2
o somatório dos quadrados dos n primeiros números naturais, k .
k=1

42. (IME) Prove que o polinômio P (x) = x999 + x888 + · · · + x111 + 1 é divisı́vel por
x9 + x8 + . . . + x + 1.

12
43. Seja P (x) um polinômio com coeficientes inteiros tal que P (17) = 10 e P (24) =
17. Se a equação P (n) = n + 3 possui duas soluções distintas n1 e n2 , determine
o valor de n1 · n2 .

44. Determine todos os polinômios satisfazendo a equação polinomial (x+1)P (x) =


(x − 10)P (x + 1).

Respostas
1. B 3. D 4. −2 5. 2100 (x − 1) − (x − 2) 6. 2x − 2 7. 10 8. 2 9. −6 10.
c−d ad − bc 3n + 1
x+ 11. a = −11, b = 4 12. 13. D 14. x + 2 15. x + 2
a−b a−b 2
3 9
16.q(x) = x2 + 12x + 59 e r = 306 17. −x + 118 18. 5x 19. m = 0 20. x2 + 2x +
2 2
x4 x3 x2 25 3 25 2 25
22. a = −12 e b = 6 23. (a) + + 24. (a) P (x) = − x − x − x e (b)
4 2 4 r √ 3 2 6 √
25n(n + 1)(2n + 1) √ −a + a + 4
2 3
25.x = ± a e x = ± 26. D 27. C 31.
6 2 2
2
x x
32. 2n+1 −1 33. − +2 34. C 35. D 36. E 37. x6 −6x4 −6x3 +12x2 −36x+1 = 0
2 2
√ √ n3 n2 n
39. 22 40. (a) a = 1, b = −1, c = 1, d = 3 e −1, 1 + 2i e 1 − 2i 41. + +
3 2 6
43. 418 44. P (x) = ax(x − 1)(x − 2) . . . (x − 10)

13

Você também pode gostar