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1 INTRODUÇÃO

A análise de rentabilidade constitui-se uma das importantes ferramentas de análise


empresarial, pois fundamenta um dos pressupostos básicos da gestão financeira: a
maximização da riqueza dos acionistas. (ASSAF NETO, 2010).

Falar da rentabilidade em termos bastante irrestritos, tem uma utilidade informativa bastante
reduzida. O melhor conceito de dimensão poderá ser o quanto uma empresa está sendo
lucrativa ou não, através dos capitais investidos, o quanto renderam os investimentos e qual o
resultado econômico da empresa.

A rentabilidade é resultante de todo um processo de tomada de decisões acertadas, em


condições favoráveis de mercado, de avanços tecnológicos ou processos empregados por elas
para gerir seus resultados em conformidade com a rentabilidade gerada. (OLINQUEVITCH;
FILHO, 2004)

Segundo Iudícibus (1998, p. 110), “o melhor conceito de dimensão poderá ser ora volume de
vendas, ora valor do ativo total, ora valor do patrimônio líquido, ou valor do ativo
operacional, dependendo da aplicação que fizermos”.

As demonstrações contábeis têm como objetivo analisar a situação financeira e econômica de


uma empresa e prever futuras situações, fornecer para seus usuários da informação uma
tomada de decisão favorável. Na compreensão de Assaf Neto (2010, p. 93) “pode-se afirmar
que o critério básico que norteia a análise é a comparação”.

Tendo em mãos as demonstrações, é possível desenvolver ações que permitem analisar a


condição econômico-financeira das organizações citadas, como a estrutura e evolução do
patrimônio, os resultados, a liquidez, o endividamento e o retorno do investimento e
lucratividade. Com as possibilidades que podem ser estudadas, a abordagem será os índices de
rentabilidade das empresas do segmento bens de consumo e que podem verificar
comparativamente, o melhor retorno dos investimentos através dos indicadores, ROA (retorno
sobre o ativo), ROE (retorno sobre patrimônio liquido), ML (margem líquida), GA (giro do
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ativo), que procuram medir a atuação da organização no mercado e reaver a capacidade do


valor investido.

Para chegarmos aos resultados propostos, é analisado as Demonstrações dos grupos


empresariais BRF, JBS e MARFRIG, as quais atuam no mercado com o segmento de carnes e
derivados. Este trabalho justifica-se por verificar comparativamente a evolução da
rentabilidade das Empresas citadas nos anos 2013 e 2014 através de análises dos indicadores
de rentabilidade o ROA (retorno sobre o ativo), ROE (retorno sobre patrimônio liquido), ML
(margem líquida), GA (giro do ativo).

Os indicadores econômico-financeiros são elementos que tradicionalmente


representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a
partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números
que ajudem no processo de classificação do entendimento da situação da empresa,
em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. (PADOVEZE, 2008,
p. 205).

Os principais fundamentos de comparação adotados para o estudo dos resultados empresariais


são o ativo total, o patrimônio líquido e as receitas de vendas. As implicações normalmente
utilizadas, por sua vez, são o lucro operacional, ou seja, lucro gerado pelos ativos e o lucro
líquido. Todas essas importâncias financeiras devem estar anunciar em moeda corrente de
mesmo poder de compra (ASSAF NETO, 2008).

Na condição de acadêmico do curso de Ciências Contábeis, com o desenvolvimento deste


trabalho, buscamos acrescentar os nossos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso. A
seleção desta pesquisa consiste em esclarecer, o crescimento econômico das empresas do
segmento bens de consumo, isto é, carnes e derivados e de aprimorarmos nossos
conhecimentos sobre os indicadores que as demonstrações contábeis permitem explorar para
ajudar na tomada de decisão sob a perspectiva das normas contábeis, buscando, assim, avaliar
o desempenho passado e presente.

Diante do exposto, parte-se para a seguinte problemática: qual o grupo empresarial no ramo
de carnes e derivados, apresenta melhor retorno sobre o capital investido, tendo como base
análise dos índices de rentabilidade?
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Sendo assim, o objetivo geral é analisar o desempenho, comparativamente da rentabilidade


dos grupos empresariais, BRF, JBS e MARFRIG, apresentar as demonstrações contábeis
exigidas pela Legislação Societária; demonstrar, através desses indicadores, o retorno
proporcionado pelos investimentos.

Quanto aos objetivos específicos, busca-se conceituar, analisar comparativamente os Índices


de Rentabilidade das empresas citadas, além disso, apresentar-se a situação econômico-
financeira das empresas, com base nos índices utilizados como instrumento de análise;
levantar quais os valores referentes aos índices de rentabilidade dos exercícios sociais
analisados; e analisar a situação econômica e financeira nos períodos estudados, buscando
descobrir características e tendências de investimentos.

A veracidade das hipóteses é demonstrada na prática, através dos indicadores estudados e


apontados, a sabedoria de nortear onde, como e quando saber qual a melhor análise dos
indicadores de rentabilidade auferida nos processos avaliados. Desta forma, através das
análises dos índices de rentabilidade, busca-se demonstrar qual das empresas estudadas
resultou o melhor retorno aos seus investidores.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

Pereira (2010, p. 161) explica que: “Método pode ser aceito como sequência de operações
realizadas pelo intelecto para atingir certo resultado; (...) é essencial a utilização de métodos
rigorosos, pois é dessa forma que se atinge um tipo de conhecimento sistemático, preciso e
objetivo”.

Conforme a definição acima, verifica-se que método é o caminho que será seguido para
realização da pesquisa. Nesta linha de pensamento, quanto aos objetivos, à pesquisa
caracteriza-se como descritiva, pois realiza o estudo, a análise, o registro e ainda descreve a
interpretação dos fatos e dos aspectos de cada variável, comparativa, pois utilizaremos as
Demonstrações Financeiras das três empresas para comparar qual delas proporciona melhor
retorno aos investidores através dos índices de rentabilidade.

Esse processo, visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis
que se relacionam com o processo estudado. Uma de suas características mais significativas
está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

No entanto, para Marion (2003, p. 269), metodologia “é o estudo do método para se buscar
determinado conhecimento, com alguns objetivos, entre eles, integrar conhecimentos,
estabelecer relações entre o conhecimento estudado atualmente com existentes, desenvolver
no pesquisador uma atitude investigativa, e outros”.

O motivo da escolha do material a ser analisado, fundamenta-se no estudo do segmento de


carnes e frigoríficos, ou seja, classificado com os objetivos em descritiva, bibliográfica,
documental e com enfoque qualitativo. Além disso, essas empresas, BRF, JBS e MARFRIG,
consistem em processos crescentes e continuados de envolvimento de empresa com operações
em outros países fora da sua base de origem.

O trabalho esta sendo desenvolvido, a partir dos dados secundários obtidos em jornais, livros,
internet, etc. Essas empresas negociam ações nas Bolsas de Valores; tendo assim, que
publicarem seus Balanços Patrimoniais e Demonstrações Financeiras. Sabendo-se que terão
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suas demonstrações analisadas por investidores nacionais e internacionais, têm a preocupação


em apresentá-las com informações condizentes com a realidade econômica de seus ativos.

Para a construção deste trabalho, utilizou-se como método a pesquisa bibliográfica. Para Gil
(2007, p. 44), “os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são sobre
investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições
acerca de um problema”.

No entanto, baseado nos livros de Cervo, Bervian, Silva (2007, p. 61), afirmam que “a
pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência e constitui o procedimento básico
para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre
determinado tema”.

Sendo assim, uma boa definição do que seria a pesquisa bibliográfica pode se dizer que é uma
das etapas da investigação científica de um projeto de pesquisa a partir de referências
publicadas, analisando e discutindo as contribuições culturais e cientificas ou ainda, uma
revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa
revisão bibliográfica, pode ser realizada em livros, artigos, jornais, sites da internet entre
outras fontes

Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266),

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de


referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições
científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi
pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto
apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o
pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa,
compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do
trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação.

Diante do exposto, o estudo comparativo de rentabilidade proposto irá utilizar o Balanço


Patrimonial e as Demonstrações Financeiras dos grupos empresariais BRF, JBS e MARFRIG.
O estudo destas empresas, partiu da representatividade que elas possuem no contexto do
agronegócio e ao fato do Brasil ser denominado celeiro do agronegócio.
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O estudo de caso é escrito baseando-se nas análises dos Balanços Patrimoniais e das
Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE), que são publicadas em jornais de grande
circulação, da própria instituição e da Bovespa, pois as empresas estudadas possuem ações
nas bolsas de valores.

Conforme Lakatos (2003, p. 269), “a metodologia qualitativa, preocupa-se em analisar e


interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano.
Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de
comportamento”.

A pesquisa caracteriza-se em qualitativa, pois será realizada com base teórica, buscando
analisar os dados numéricos para o desenvolvimento de idéias e conclusões, aplicadas a um
estudo de caso único, das amostras escolhidas dos grupos: BRF, JBS e MARFRIG.

A pesquisa qualitativa consiste em:

Conjuntos de metodologias, envolvendo, eventualmente, diversas referências


epistemológicas. São várias metodologias de pesquisas que podem adotar uma
abordagem qualitativa, modo de dizer que faz referência mais a seus fundamentos
epistemológicos do que propriamente a especificidade metodológica. (SEVERINO,
2007, p. 118)

Também será usada a pesquisa documental:

A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem


tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios,
documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de
empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, p. 32).

Gil (2008) menciona que uma pesquisa documental é muito semelhante com a bibliográfica.
A diferença entre elas está na natureza das informações prestadas, pois esta forma vale-se de
materiais que não receberam ainda uma formatação substancial, ou que ainda podem ser
reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos em
primeira mão, existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras
explicações ou informações adicionais, como exemplo os relatórios de empresas.
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Severino (2007) menciona que usando como fonte os documentos no sentido amplo, ou seja,
não só de documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de documentos, tais como
jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais e periódicos . Nestes casos, os conteúdos
dos textos ainda não tiveram nenhum tratamento analítico, são ainda matéria prima, a partir da
qual o pesquisador vai desenvolver sua investigação e análise.

2.2 Referencial Teórico

2.2.1 Objetivo da Empresa

Um dos grandes objetivos da Empresa é maximização da riqueza dos acionistas, para


Brigham (2008, p. 32), “os objetivos dos gestores das sociedades por ações, é a maximização
da riqueza dos acionistas”.

Já para Assaf Neto (2000, p. 43) uma empresa pode implicar diversos objetivos. Mesmo que o
objetivo escolhido seja de maximização da riqueza de seus acionistas (ou de seu valor de
mercado), a empresa pode ser justificada e analisada a partir de vários outros objetivos.
Complementa ainda que a idéia de maximização do valor de mercado de uma empresa é
resultado dos vários objetivos que podem ser estabelecidos para a empresa.

De acordo com Gitman (1997, p. 23):

Para chegar o objetivo de maximização do lucro, o acionista adota as providências


que, espera-se, maior contribuição para a lucratividade da empresa. Desta forma,
dentre as alternativas consideradas, o administrador financeiro escolherá aquela que
resultar no maior retorno monetário possível.

Para Groppelli e Nikbalht (2010, p. 348) “ existem vários meios para avaliar o desempenho de
uma empresa. Um deles consiste na análise de seus demonstrativos financeiros’’.

2.2.2 A Importância da Análise das Demonstrações Financeiras

O surgimento de oportunidades de investimento para uma empresa acontece a todo instante.


Para que a empresa consiga definir a viabilidade desse investimento é importante que se tenha
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uma estimativa de qual será o resultado alcançado com esse investimento em termo de retorno
de capital em um determinado espaço de tempo.

A empresa pode alcançar esse resultado utilizando o procedimento como os indicadores de


rentabilidade.

A se forem feitos utilizando métodos adequados, ambos chegaram ao mesmo


resultado, embora se argumente que ‘’os administradores financeiros têm a
tendência de confias, principalmente, em técnicas de valor presente, uma vez que
eles tomam decisões do tempo zero’’ (GITMAN, 1997, p. 153).

Ainda para Groppelli e Nikbalht (2010, p. 348):

A avaliação do desempenho da empresa, pode ser feita de três maneiras: estudar o


conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial,
analisar os demonstrativos de fluxo de caixa e examinar as relações entre o
demonstrativo de resultado e o balanço patrimonial, realizando uma análise de
índices financeiros.

De acordo com Matarazzo (2010, p. 24), “a análise das demonstrações visa extrair
informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado de cada conta
facilita a busca de informações precisas”.

Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):

Em verdade, a preocupação do analista centra-se nas demonstrações contábeis da


sociedade, das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-
financeira, e toma (ou influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito,
investir em seu capital acionário, alterar determinada política financeira, avaliar se a
empresa está sendo bem administrada, identificar sua capacidade de solvência
(estimar se irá falir ou não), avaliar se é uma empresa lucrativa e se tem condições
de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc.

As Análises Financeiras, através do Balanço Patrimonial, mostram a posição de uma empresa


em um determinado tempo e as operações de um longo período passado, pode-se analisar
através das Demonstrações de Resultados e Demonstrações de Fluxos de Caixa. Para os
gestores, elas podem ajudar a empresa a prever lucros e dividendos futuros. Sendo assim,
podemos afirmar que a importância em se proceder a análise financeira e de balanços é de
extrema relevância. É uma importante ferramenta para os usuários da informação contábil e
financeira, sejam internos ou externos, ou para pessoas que se relacionam com empresas.
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2.2.3 Índices de análise

Índices são relações entre contas das demonstrações contábeis utilizados pelo
analista para investigar a situação econômico-financeira de uma entidade (...). Em
outras palavras, os índices são indicadores semelhantes aqueles gerados pelos
exames laboratoriais que permitirão ao profissional traçar, com maior segurança, um
diagnóstico da saúde ou doença do paciente. (MARTINS; MIRANDA; DINIZ, 2014
p. 125).

São 4 (quatro) grandes grupos de análise de índices:

Índices de Liquidez: indica quanto a empresa possui de disponibilidade financeira, ou seja,


bens de direitos realizáveis no exercício seguinte para liquidação das obrigações com o
vencimento no período. Eles mostram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos,
principalmente os de curto prazo. Com uma liquidez baixa ou declinante é um alerta aos
gestores de dificuldades financeiras podendo chegar até mesmo a falência. (GITMAN, 2004).

Já para Marion (2012, p. 75), “índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de
pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade
para saldar seus compromissos, considerando longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.”

Índices de Endividamento: “Também são os indicadores de endividamento que nos informam


se a empresa utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”.
(MARION, 2012).

De acordo com Silva (2010, p. 140) “através desta análise é possível mensurar o volume de
dividas da empresa com vencimento no curto prazo em relação a divida total.”

Índice de Eficiência: É definido pela relação entre volumes produzidos/recursos consumidos.


Uma empresa eficiente é aquela que consegue o seu volume de produção com menor
dispêndio possível de recursos. (CATELLI, 2001).

Índice de Rentabilidade: Segundo Gitman (2004), a rentabilidade é o retorno do capital


empregado em determinado bem. Ele mede o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou
não, através dos capitais investidos, o quanto renderam os investimentos e, qual o resultado
econômico da empresa.
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Visam avaliar os resultados auferidos por uma empresa em relação a determinados parâmetros
que melhor revelem suas dimensões. Uma análise baseada exclusivamente no valor absoluto
do lucro líquido traz normalmente sério viés de interpretação ao não refletir se o resultado
gerado no exercício foi condizente ou não com o potencial econômico da empresa (ASSAF
NETO, 2010).

Rentabilidade é o resultado das operações da empresa em um determinado período em relação


aos investimentos realizados. Envolve todos os elementos econômicos, operacionais e
financeiros do empreendimento.

Segundo Basso (2005, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar informações de


ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o
planejamento – processo decisório”.

Marion (2002) relata que, o objetivo, então, é o cálculo da taxa de lucro, ou seja, confrontar o
lucro em valores absolutos com valores que guardam alguma relação entre a rentabilidade e a
lucratividade. Uma vez que a lucratividade esta relacionada com saúde financeira da empresa.
A rentabilidade é medida em função dos investimentos.

Através das análises comparativas dos indicadores de rentabilidade o ROA (retorno sobre o
ativo), ROE (retorno sobre o patrimônio liquido), ML (margem líquida), GA (giro do ativo) e,
dos grupos empresariais BRF, JBS e MARFRIG nos anos 2013 e 2014, busca-se comparar o
retorno do capital investido e identificar os fatores da rentabilidade obtida pelos
investimentos. Desta forma, será demonstrada a capacidade que as empresas possuem de
gerar resultados, evolução de vendas e despesas.

Os índices de rentabilidade são calculados com os dados mensurados nas demonstrações


contábeis financeiras, que por sua vez coletam os dados das transações econômicas
financeiras, possibilitando a análise dos indicadores.

As demonstrações contábeis são à base de estudos da contabilidade financeira, uma


vez que todos os registros contábeis relativos aos fatos contábeis originados de
operações de captação de recursos ou aplicação de recursos financeiros refletem em
variações patrimoniais (IUDÍCIBUS, 1998, p. 18).
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Cada indicador tem a sua função e fórmula para chegar ao resultado atual da empresa.

O ROA (Return on Assets)1 que significa Retornos sobre Ativos, mensura a eficiência


operacional de uma empresa para gerar lucros. Se separado o efeito do financiamento e o
efeito operacional o ROA proporciona medidas mais claras sobre do verdadeiro retorno sobre
o ativo segundo Damodaran (2004).

Segundo Wernke (2008, p. 284- 285):

Os benefícios do ROA são identificados na margem de lucro (se ela aumenta ou


deteriora), no medidor de eficiência para produzir vendas, na avaliação do capital de
giro através de indicadores mensurados em dias, habilita o gestor no controle de
custos e despesas no volume de vendas, ainda devido a comparação de todos os
benefícios citados o ROA estabelece o nível máximo de captação de recursos que a
empresa suporta.

O ROA que pode ser reconhecido por Rentabilidade Líquida dos Ativos, é calculado pelo
quociente entre valor de resultados líquidos obtidos em um determinado período (um ano
geralmente), como numerador, e o valor do ativo no final desse período, como denominador.
Os dados necessários para o seu cálculo são encontrados nos mapas de demonstração de
resultados (líquidos) e balanço (ativo).

Quadro 01 - Índice Rentabilidade do Ativo (ROA)


Fórmula Indica Interpretação

ROA: Lucro Líquido após o IR X 100 Quanto a empresa lucrou em relação ao


Quanto maior; melhor.
AtivoTotal seu investimento total.

Fonte: Matarazzo (2010, p. 113).

O Retorno sobre Patrimônio Líquido - ROE (Return on Equity)2 trata-se de uma taxa de
retorno do investimento, buscando mostrar se a empresa está gerando rentabilidade aos
acionistas. Para se calcular o indicador ROE toma-se o Lucro Líquido informado na DRE
(Demonstração do Resultado do Exercício) e dividindo-o pelo Patrimônio líquido informado
no Balanço Patrimonial da Empresa.

1
Return on Assets: retorno dos ativos.
2
Return on Equity: retorno sobre o patrimônio líquido
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Para Silva (2013, p. 246) “O lucro, portanto, é o prêmio do investidor pelo risco do negócio.”

Segundo Assaf Neto (2009, p. 231), o ROE “deve ser comparado sempre com a taxa de
retorno mínima exigida pelo acionista”. Para tornar-se mais atraente, “todo o investimento
deve oferecer uma rentabilidade pelo menos igual à taxa de oportunidade”.

Para Wernke (2008, p. 267), “o ROE evidencia o retorno do capital próprio (PL) aplicado na
empresa.” Ou seja, os acionistas são os que mais se interessam em acompanhar o desempenho
desse indicador, uma vez que este se trata do retorno do investimento que foi feito, analisando
se foi superior às outras alternativas ou se ultrapassou as taxas de rendimento.

Quadro 02 - Índice Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE)


Fórmula Indica Interpretação

ROE: Lucro Líquido X 100


Representa o rendimento do capital próprio Quanto maior; melhor.
Patrimônio Líquido

Fonte: Matarazzo (2010, p. 115).

A rentabilidade do patrimônio líquido é um índice que retrata quanto vai para o acionista do
lucro gerado pelo uso do ativo, quaisquer que tenha sido as fontes de recursos, próprios ou de
terceiros. (BORINELLI; PIMENTEL, 2010)

A Margem Líquida indica a capacidade da empresa em gerar lucro comparativamente a


receita líquida de vendas; ou seja, a margem líquida mede o percentual do lucro líquido que a
empresa obteve em relação ao seu faturamento, já com os impostos, abatimentos, devoluções,
todas as despesas deduzidas, incluindo o imposto de renda. Quanto maior for a margem
líquida, melhor será.

Quadro 03 - Índice Margem Líquida (ML)


Fórmula Indica Interpretação

ML: Lucro Líquido X 100 O percentual de lucro que a sociedade obteve em


Quanto maior; melhor
Vendas Líquidas relação às suas vendas.

Fonte: Matarazzo (2010, p. 112).


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Conforme Iudícibus (1998, p. 111), “este quociente, apesar dos esforços constantes para
melhorá-lo, comprimindo despesas e aumentando a eficiência apresenta-se baixo ou alto de
acordo com o tipo de empreendimento”.

O Giro do Ativo, mede o volume de vendas em relação ao investimento total. Quanto maior
for o giro do ativo, maior deverá ser a taxa de lucro. Por isso é recomendável manter o ativo a
um mínimo necessário. Os ativos ociosos, grandes investimentos em estoques, elevados
valores de clientes a receber prejudicam e sucessivamente compromete a rentabilidade.

Quadro 04 - Índice Giro do Ativo (GA)


Fórmula Indica Interpretação

Giro do Ativo: Vendas Quanto a empresa vendeu em relação ao seu


Ativo Quanto maior; melhor.
investimento total.

Fonte: Matarazzo (2010, p. 110).

Vendas – correspondem às receitas líquidas de prestação de serviço e vendas de produto,


líquidas de impostos, abatimentos e devoluções. Ativo Médio – refere-se ao ativo inicial mais
o ativo final dividido por dois.

O Giro do Ativo é conhecido também como “Produtividade”. Quanto mais o Ativo gerar em
vendas reais, mais eficiente a gerência está sendo na administração dos investimentos (Ativo).
A idéia é produzir mais, vender mais, numa proporção maior que os investimentos no Ativo.
(GITMAN, 2004).

2.3 Caracterização das Organizações

2.3.1 BRF S. A3

2.3.1.1 Dados gerais

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Todas as informações colhidas nesta seção foram obtidas no site do grupo empresarial BRF S.A. O perfil da
empresa no mercado. Disponível em: http://www.brf-global.com/brasil/sobre-brf# >. Acesso em: 05 maio.
2015
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BRF  ‐  Brasil Foods S.A, inscrita no CNPJ sob nº 01.838.723/0001‐27, com sede e foro na
Rua Jorge Tzachel, 475 – 88301-600 – Itajaí – SC, possui ações listadas na BM&BOVESPA,
Bolsa de Valores do México (BMV), além do principal mercado de ações norte-americano, a
Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). A BRF foi criada em 2009, a partir da associação
entre a Sadia e a Perdigão. Após o processo de fusão, finalizado em 2012, a empresa tornou-
se uma das gigantes do mercado alimentício mundial. Hoje, é a sétima maior empresa de
alimentos do mundo em valor de mercado, uma das principais exportadoras de proteína
animal do planeta (responsável por 9% da exportação mundial), com alimentos que chegam a
mais de 110 países em cinco continentes. As publicações legais e outros comunicados ao
mercado são divulgados nos jornais Valor Economico de São Paulo, Diário Oficial do estado
de Santa Catarina e no Diário Catarinense. A diretoria executiva é composta conforme segue:

Pedro de Andrade Faria - Diretor presidente global


Augusto Ribeiro Jr. - Diretor vice-presidente de finanças e relações com investidores
Gilberto Antonio Orsato - Diretor vice-presidente de qualidade e gestão
José Roberto Pernomian Rodrigues – Diretor vice-presidente legal e relações
Hélio Rubens Mendes dos Santos Junior – Diretor vice-presidente de supply chain
Rodrigo Reghini Vieira – diretor vice-presidente de gente

2.3.1.2 Histórico da empresa

A BRF foi criada a partir da união de Perdigão e Sadia, cuja fusão foi anunciada em 2009 e
concluída em 2012. É companhia de capital aberto desde 1980, está sujeita às exigências da
Lei das Sociedades por Ações e às regras e regulamentos da CVM. Ambas as companhias que
a compuseram (Perdigão e Sadia) eram negócios familiares que cresceram e se expandiram,
tornando-se grandes players do mercado de alimentos no Brasil e, posteriormente, no exterior,
com produtos que chegam a mais de 110 países.

A empresa integra o novo Mercado da BM&FBovespa (BRFS3) há oito anos e também tem
papéis negociados na Bolsa de Nova York (NYSE - ADR nível III). Desde 2005 é
reconhecida pelo forte comprometimento com o desenvolvimento sustentável, fazendo parte
da carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. Tal
compromisso é reforçado e internacionalmente reconhecido desde 2012, quando de sua
entrada na carteira de Emerging Markets do Dow Jones Sustainability Index.
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2.3.1.3 Associação BRF e Sadia

A BRF recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em


13 de julho de 2011. O negócio ficou condicionado ao cumprimento de um Termo de
Compromisso de Desempenho (TCD), que diz respeito à venda de um conjunto de ativos
composto por dez fábricas de alimentos processados e quatro de rações, dois abatedouros de
suínos e dois de aves, doze granjas de matrizes de frangos, dois incubatórios de aves e oito
centros de distribuição.

O TCD estabeleceu ainda a alienação das marcas Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Patitas,
Escolha Saudável, Light Elegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.
Adicionalmente, a BRF comprometeu-se a suspender temporariamente as marcas Perdigão e
Batavo em algumas categorias de produtos.

De acordo com análise feita sobre os resultados divulgados em 2010, a alienação de ativos e
marcas acordada com o CADE resulta em receitas de R$1,7 bilhão, com volumes relativos a
456 mil toneladas de produtos in natura, elaborados e processados, comemorativos e
margarinas.

Em dezembro de 2011, esses ativos foram negociados com a empresa Marfrig, sendo o
contrato de permuta de ativos firmado em 20 de março de 2012. Em troca, a BRF recebeu a
totalidade da participação acionária detida na Quickfood S.A., sediada na Argentina, (que foi
reestruturada para se adequar ao acordo firmado), equivalente a 90,05% do capital social, e o
pagamento adicional da importância de 350 milhões de reais.

A migração de unidades para Marfrig, seguindo as deliberações do CADE foram concluídas


em 2012.

O ano de 2013 foi marcado por diversas mudanças organizacionais da Companhia. Um novo
Conselho de administração foi eleito, houve reorganização de diretorias e adotou-se uma
estrutura matricial. A BRF passou a ter um CEO global, um CEO Brasil e um CEO
Internacional. Foi criada, também, uma Vice-Presidência de Marketing e Inovação, que
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corrobora o novo modelo de atuação, orientado ao consumidor, ao cliente e ao mercado,


oferecendo novos produtos, com tecnologia de ponta.

Ocorreu, ainda, a estruturação do novo plano estratégico, BRF-17, como um marco para
definição da direção da empresa. Ademais, foi anunciado um acordo para a transferência da
operação de bovinos à Minerva S.A, em troca da participação acionária nesta companhia. Este
acordo foi aprovado pelo Cade em 20 de Agosto de 2014.

Ademais, em 03 de setembro de 2014, a Companhia celebrou com a Parmalat S.p.A., empresa


com sede na cidade de Parma, Itália, e pertencente ao Groupe Lactalis ("Parmalat"), um
memorando de entendimentos de caráter vinculante ("Memorando de Entendimentos")
estabelecendo os termos e condições para a alienação das plantas de seu segmento de lácteos
localizadas em Bom Conselho (PE), Carambeí (PR), Ravena (MG), Concórdia (SC), Teutônia
(RS), Itumbiara (GO), Terenos (MS), Ijuí (RS), 3 de Maio I (RS), 3 de Maio II (RS) e Santa
Rosa (RS), incluindo os correspondentes ativos e marcas dedicados a tal segmento
("Transação").

A Companhia outorgou à Parmalat exclusividade durante o período de negociação dos


contratos definitivos da Transação. A celebração do Memorando de Entendimentos foi
aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia. Esta transação ainda está pendente
de aprovação pelos órgãos reguladores.

2.3.1.4 Estrutura Física

A estrutura física do grupo empresarial BRF esta demonstrada em sua imagem aérea
conforme encontra-se na sequencia.
27

Foto aérea do grupo empresarial BRF S/A

Fonte: BRF S.A (2015)

2.3.1.5 Estrutura Organizacional

A forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e


coordenadas, está evidenciada na (FIG. 01) do grupo empresarial BRF.

Figura 01- Organograma da empresa BRF S.A

Fonte: Autoria própria (2015).


28

2.3.2 JBS S.A4

2.3.2.1 Dados Gerais

A JBS S.A. inscrita com o CNPJ n. º 02.916.265/0001-60, com sede Avenida Marginal
Direita do Tiete, n. º 500, Vila Jaraguá, São Paulo – SP. É uma sociedade anônima de capital
aberto com ações negociadas na bolsa BM&F Bovespa S.A.

Como atividades preponderantes a industrialização e comercialização de produtos


alimentícios; criação e abate de aves e suínos; fabricação de rações e concentrados e
industrialização de carnes em oito unidades produtoras localizadas nos Estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul e dois centros de distribuição localizados
nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. A JBS Aves ainda possui atividades de
exploração de armazéns portuários.

A JBS USA nos Estados Unidos da América opera com nove frigoríficos de bovinos, três de
suínos, um de ovino, três fábricas de beneficiamento de cortes bovinos e suínos e onze
confinamentos. Na Austrália opera com dez frigoríficos, quatro fábricas de beneficiamento e
cinco confinamentos de bovinos. No Canadá a JBS USA opera com uma fábrica de
frigorificação de carne bovina e um confinamento.

A origem da JBS remonta a 1953, quando seu fundador, José Batista Sobrinho, iniciou as
operações de uma pequena planta com capacidade de processamento de cinco cabeças de
gado por dia, na cidade de Anápolis, em Goiás, na região Centro-Oeste do Brasil. A empresa
JBS é líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de ter uma
forte participação na produção de carne suína.

Com mais de 200 mil colaboradores ao redor do mundo, a companhia possui 340 unidades de
produção e atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e
produtos de limpeza. Presente em 100% dos mercados consumidores, a JBS é a maior
exportadora do mundo de proteína animal, vendendo para mais de 150 países.

4
Todas as informações colhidas nesta seção foram obtidas no site do grupo empresarial JBS S.A. O perfil da
empresa. Líder Global. Disponível em: <http://www.jbs.com.br/pt-br/sobre_jbs>. Acesso em: 14 mar. 2015
29

Atualmente, a JBS conta com 26 unidades fabris em 4 continentes, propiciando uma


flexibilidade e fácil acesso a diferentes tipos de matéria-prima, que permite a oferta de um
portfólio completo de produtos para todos os segmentos em que atua.

Além de unidades próximas aos rebanhos, que propiciam o processamento rápido das peles,
diminuindo o tempo de transporte e garantindo uma melhor qualidade destes materiais, as
unidades de semi e acabamento são posicionados estrategicamente para escoar os produtos
acabados, prontos para a comercialização nos principais mercados consumidores.

As publicações legais e outros comunicados ao mercado são divulgados nos jornais: Valor
Econômico de São Paulo, Diário Oficial do Estado.
Diretoria executiva:

Wesley Mendonça Batista Diretor - Presidente

Francisco de Assis e Silva - Diretor de Relações Institucionais

Jeremiah Alphonsus O‘Callaghan - Diretor de Relações com Investidores

Eliseo Santiago Perez Fernandez - Diretor de Administração e Controle

Joesley Mendonça Batista - Presidente do Conselho

Wesley Mendonça Batista - Vice-Presidente do Conselho

2.3.2.2 Histórico

A JBS S.A. (JBS, Companhia ou Controladora) é uma sociedade anônima de capital aberto
listada no nível "Novo Mercado" de governança corporativa, com sede na cidade de São
Paulo, Brasil, e tem suas ações negociadas na BM&F Bovespa S.A.

A JBS S.A. é uma Companhia de alimentos com 61 anos de tradição e líder global no
processamento de proteína animal. Operando em mais de 20 países, a companhia atende uma
base de mais de 300 mil clientes em mais de 150 países por meio de um variado portfólio de
produtos e marcas
30

JBS conta com mais de 216 mil colaboradores – presentes em plataformas de produção e
escritórios comerciais pelo mundo. A estrutura envolve unidades processadoras de bovinos,
suínos, ovinos, aves e couros, além de confinamentos de bovinos e ovinos.

2.3.2.3 Estrutura Física

A estrutura física do grupo empresarial JBS esta demonstrada em sua imagem aérea conforme
encontra-se na sequencia.

Foto aérea do grupo empresarial JBS S/A

Fonte: JBS S/A (2015).

2.3.2.4 Estrutura Organizacional

A forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e


coordenadas, está evidenciada na (FIG. 02) do grupo empresarial JBS S/A.
31

Figura 02- Organograma da empresa JBS S.A

Fonte: JBS S/A (2015).

2.3.3 MARFRIG GLOBAL FOODS S.A5

2.3.3.1 Dados Gerais

Marfrig Global Foods S.A., inscrita no CNPJ sob o nº 03.853.896/0001-40, com sede e foro
na Av. Chedid Jafet, 222 - Bloco A - 5º andar - Vila Olímpia - São Paulo – SP, possui ações
listadas na BM&FBovespa S.A. A Companhia tem com objeto social exploração das
atividades frigoríficas, com abate de bovinos, equinos, suínos, caprinos, ovinos, aves,
bufalinos e a industrialização e comercialização de produtos e subprodutos de origem animal,
comestíveis ou não, incluindo-se, mas não limitado à industrialização e comercialização de
produtos e subprodutos de couro, em estabelecimento próprio ou de terceiros; a sua principal
atividade é empresa de alimentos. As publicações legais e outros comunicados ao mercado
são divulgados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo e Valor Econômico. A
diretoria executiva é composta conforme segue:

Martin Secco Arias - Diretor Presidente


5
Todas as informações colhidas nesta seção foram obtidas no site do grupo empresarial MARFRIG GLOBAL
FOODS S.A. O perfil da empresa no mercado. Disponível em: <http://www.marfrig.com.br/pt/marfrig-global-
foods/a-empresa >. Acesso em: 14 mar. 2015
32

Ricardo Florence dos Santos - Diretor Administrativo e Financeiro


Heraldo Geres - Diretor Jurídico
Tang David - Diretor sem Designação Específica
Rodrigo Marçal Filho - Diretor sem Designação Específica

A Marfrig Global Foods S.A é uma das maiores companhias de alimentos à base de carnes
bovina, ovina, de aves e de peixes do mundo. Um modelo de negócio integrado e
geograficamente diversificado, composta com 78 (setenta e oito) unidades de produção,
centros de distribuição e escritórios. Com unidades produtivas, comerciais e de distribuição
instaladas em 16 países da América do Sul, América do Norte, Europa, Oceania e Ásia, a
Marfrig também é considerada uma das companhias brasileiras de alimentos mais
internacionalizadas e diversificadas. Seus produtos, vendidos para grandes cadeias de
restaurantes e supermercados, chegam à mesa de milhões de consumidores em mais de 110
(cento e dez) países diariamente.

Suas práticas de governança corporativa adotadas estão de acordo com os princípios de


transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa propostos pelo
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), além de seguirem as normas da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Seu capital social é composto apenas por ações
ordinárias, todas com iguais direitos em relação à alienação do controle acionário da
companhia.

2.3.3.2 Histórico

Atuante no mercado desde 1986, a Marfrig iniciou intenso processo de expansão no começo


dos anos 2000. Em 2007, realizou oferta inicial de ações no Novo Mercado da
BM&FBOVESPA. Seu capital social é composto apenas por ações ordinárias, todas com
iguais direitos em relação à alienação do controle acionário da companhia. Atualmente, é
reconhecida internacionalmente por sua atuação ética e responsável em processos e operações
que respeitam rígidos padrões de qualidade, de segurança alimentar e de bem-estar animal.

Com aproximadamente 45 mil colaboradores, é a maior companhia produtora de ovinos na


América do Sul, o segundo maior produtor de aves no Reino Unido e a maior no Uruguai e
Irlanda do Norte.
33

Com capacidade anual de produção de 900 mil toneladas de alimentos industrializados. Essa
plataforma de produção confere capacidade de crescimento significativa à Companhia, bem
como a habilidade de se proteger contra riscos inerentes ao setor.

O Grupo Marfrig é composto por três unidades de negócio, Marfrig Beef, Moy Park e
Keystone.

No contexto setorial, o Brasil no ano de 2014 teve um avanço das exportações brasileiras de
carne bovina retomando a sua posição de maior e principal exportador de carne bovina no
mundo. Apesar da seca em vários estados brasileiros, a desvalorização do Real frente ao
Dólar e a alta no custo do boi gordo, o Brasil encontra-se destaque em relação a Estados
Unidos e Austrália, os quais passam por um momento de recomposição do rebanho.

Já no Uruguai, a arroba do boi, sofreu menor ajuste no preço em 2014. Isso se deu por ter
maior disponibilidade de gado no país. Com aproximadamente, 75% (setenta e cinco por
cento) de exportação da produção do país, superando a marca de 365 (trezentos e sessenta)
mil toneladas de carne bovina embarcadas em 2014 com destinos diversos, Mafta, China,
Europa, Mercosul e Rússia.

Na Argentina, teve redução de 3,7% (três por cento). A produção de carne bovina é destinada
ao mercado interno. Ainda na Europa, o mercado das aves foi beneficiado pelo baixo custo
dos grãos. O consumo de aves, no Reino Unido, tem crescido devido a conscientização em
uma alimentação mais saudável, além dos clientes dando mais credibilidade a qualidade e
procedência do produto, Nos Estados Unidos, também houve queda nos preços dos insumos,
mas as aves continuaram com os preços elevados devido aos casos da gripe aviária.

2.3.3.3 Estrutura Física

A estrutura física do grupo empresarial MARFRIG esta demonstrada em sua imagem aérea
conforme encontra-se na sequencia.
Foto aérea do grupo empresarial MARFRIG GLOBAL FOOFS S/A
34

Fonte: MARFRIG GLOBAL FOODS S.A. (2015)

2.3.2.4 Estrutura Organizacional

A forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e


coordenadas, está evidenciada na (FIG. 03) do grupo empresarial MARFRIG.

Figura 03- Organograma da empresa MARFRIG S/A

Fonte: MARFRIG (2015)

2.4 Apresentação e análise de dados


35

As análises foram coletadas de acordo com o quadro a seguir:

Quadro 05- Comparativo dos índices de rentabilidade de 2013


2013
  ML GA ROA ROE LPA
BRF 3,84% 0,86 3,30% 7,26% 1,16502
JBS 1,20% 1,35 1,63% 4,83% 0,3233
MARFRIG (4,78)% 1,05 (5,03)% (28,76)% (1,7559)
Fonte: Autoria própria. (2015)

De acordo com o (quadro 05), percebe-se que a BRF em 2013 foi à melhor entre o
comparativo dos grupos, pois sua performance de resultado sobre as vendas líquidas (ML) é
de 3,84%, ou seja para cada 100,00 (cem reais) vendidos, o grupo auferiu 3,48% de lucro; em
contrapartida, a JBS auferiu uma margem liquida de 1,20%. Agora a MARFRIG foi grupo
que demonstrou a pior margem liquida, chegou à casa de (4,78)%. Conforme a (FIG. 04).

Figura 04-Gráfico Margem Líquida 2013

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos da Margem Líquida do ano 2013 através das fórmulas:

BRF 1.066.837 X 100 = 3,84%


27.787.477

JBS 1.118.325 X 100 = 1,20%


92.902.798
36

MARFRIG (897.088) X 100 = (4,78)%


18.752.376

No período de 2013, o grupo que melhor apresentou giro do ativo (GA) foi JBS, com R$ 1,35
seguido pela MARFRIG com R$ 1.05 e pela BRF com R$ 0,86. Entretanto, para cada R$ 1,00
de investimento, indica a efetividade dos grupos em gerarem vendas a partir dos seus ativos.
Sendo assim, quem melhor apresentou-se, no ano de 2013, a capacidade de gerar vendas foi o
grupo JBS. De acordo com a (FIG. 05).

Figura 05-Gráfico Giro do Ativo 2013

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Giro do Ativo do ano 2013 através das fórmulas:

BRF 27.787.477 = 0,86


29.006.843

JBS 92.902.798 = 1,35


68.670.221

MARFRIG 18.752.376 = 1,05


17.827.564

O retorno sobre ativos (ROA) a BRF foi que auferiu um melhor índice, de 3,30%, que
representa o lucro em relação ao seu investimento total. Já o grupo JBS auferiu um índice de
37

1,63% no lucro gerado pelos investimentos totais da empresa. Observando os índices da


MARFRIG, apresentou índice negativo de (5,03)%. Conforme demonstra a (FIG. 06).

Figura 06-Gráfico Retorno Sobre o Ativo 2013

Fonte: Autoria própria (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Retorno Sobre o Ativo do ano 2013 através das fórmulas:

BRF 1.066.837 X 100 = 3,30%


32.374.569

JBS 1.118.325 X 100 = 1,63%


68.670.221

MARFRIG (897.088) X 100 = (5,03)%


17.827.564

Examinando os dados obtidos do ROE, verificou-se que no ano de 2013, dentre os grupos
analisados, o que mais se destacou foi a BRF, ou seja, obteve o percentual de 7,26% de lucro
para cada R$ 100,00 de capital próprio investido. O grupo da JBS rendeu 4,83%, já a
MARFRIG não rendeu percentual referente o capital próprio, ele apresentou prejuízo com o
percentual negativo de (28,76)%. Conforme (FIG. 07).
38

Figura 07-Gráfico Retorno Sobre o Patrimônio Líquido 2013

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Retorno Sobre o Patrimônio Líquido do ano 2013 através das
fórmulas:

BRF 1.066.837 X 100 = 7,26%


14.696.154

JBS 1.118.325 X 100 = 4,83%


23.133.254

MARFRIG (897.088) X 100 = (28,76)%


3.119.022

Quadro 06-Comparativo dos índices de rentabilidade de 2014


2014

ROAROELPA 
BRFMLGA 7,67% 0,80 6,16% 14,18% 2,45195
JBS 2,00% 1,10 9,38% 9,38% 0,70649
MARFRIG -3,42% 1,04 -3,57% -34,77% (0,2912) 

Fonte: Autoria própria. (2015)

De acordo com o (quadro 06), analisando o índice de rentabilidade da margem líquida (ML),
percebe-se que o grupo BRF, em 2014, continua mantendo a liderança, foi a melhor entre o
39

comparativo dos grupos, pois sua performance de resultado sobre as vendas líquidas é de
7,16%, ou seja para cada 100,00 (cem reais) vendidos, o grupo auferiu 7,16% de lucro; em
seguida, a JBS auferiu uma margem liquida de 2,00%. Já o grupo MARFRIG continua
demonstrando margem liquida negativa, chegou à casa de (3,42)%. Conforme a (FIG. 08).

Figura 08-Gráfico Margem Líquida 2014

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos da Margem Líquida do ano 2014 através das fórmulas:

BRF 2.224.877 X 100 = 7,67 %


29.006.843

JBS 2.406.427 X 100 = 2,00 %


120.469.719

MARFRIG (720.293) X 100 = (3,42)%


21.073.322

No período de 2014, o grupo que melhor apresentou giro do ativo foi JBS, com R$ 1,47
seguido pela MARFRIG com R$ 1,04 e a BRF, com R$ 0,84. Entretanto, para cada R$ 1,00
de investimento, indica a efetividade dos grupos em gerarem vendas a partir dos seus ativos.
Sendo assim, quem melhor apresentou-se, no ano de 2014, a capacidade de gerar vendas a
partir dos ativos, foi o grupo JBS. De acordo com a (FIG. 09).
40

Figura 09-Gráfico Giro do Ativo 2014

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Giro do Ativo do ano 2014 através das fórmulas:

BRF 29.006.843 = 0,80


36.103.735

JBS 120.469.719 = 1,47


82.043.682

MARFRIG 21.073.322 = 1,04


20.185.908

O grupo BRF, manteve em primeiro lugar, em relação aos demais grupos analisados, em
relação ao melhor índice do retorno sobre ativos (ROA), auferiu 6,6% que representa o lucro
em relação ao seu investimento total, ou seja, para cada R$ 1,00 (um real) de ativo, o grupo
auferiu 6,6% de lucro sobre os investimentos. Já o grupo JBS, auferiu 2,93% no lucro
gerado pelos investimentos totais do grupo. Porém, o grupo MARFRIG, apresentou índice
negativo de (3,57)%, apresentando prejuízo. Conforme demonstra a (FIG. 10).
41

Figura 10-Gráfico Retorno Sobre o Ativos 2014

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Retorno Sobre o Ativo do ano 2014 através das fórmulas:

BRF 1.066.838 X 100 = 6,16%


32.374.569

JBS 2.406.427 X 100 = 2,93%


82.043.682

MARFRIG (720.293) X 100 = (3,57)%


20.185.908

Examinando os dados obtidos do ROE, verificou-se que no ano de 2014, dentre os grupos
analisados, o que mais se destacou foi a BRF que rendeu para seus acionistas o percentual
do capital próprio de 14,18%. O grupo da JBS rendeu 9,38%, já a MARFRIG não rendeu
percentual referente o capital próprio, ele apresentou prejuízo com o percentual negativo de-
34,77%. Conforme (FIG. 11).
42

Figura 11-Gráfico Retorno Sobre o Patrimônio Líquido 2014

Fonte: Autoria própria. (2015)

Demonstrativo dos cálculos do Retorno sobre o Patrimônio Líquido do ano 2014 através das
fórmulas:

BRF 2.224.877 X 100 = 14,18%


15.689.943

JBS 2.406.427 X 100 = 9,38%


25.642.525

MARFRIG (720.293) X 100 = (34,77)%


2.071.725

Observamos que a BRF, operacionalmente foi mais eficiente (ML), mas os ativos foram
menos direcionados para as atividades operacionais, do que os demais grupos (GA), neste
índice, a JBS foi a melhor.

Este desempenho em relação ao ativo (GA), refletiu no ROA, que seguiu a tendência do
Giro do Ativo (GA), tendo a JBS apresentado melhor desempenho do que os demais.
43

Já em relação ao ROE, o melhor retorno foi a BRF, ou seja, apresentou o melhor


desempenho para o capital próprio investido (7,26% em 2013 e 14,18% em 2014), em geral
mostrando melhor retorno de que aplicações alternativas do mercado. (Pode-se verificar
alguns exemplos, como poupança, renda fixa, etc).
O lucro por ação (LPA) corresponde ao lucro do período dividido pelo número de ações.
Verificando assim quanto de lucro que pode ser destinados aos acionistas.

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Balanço Patrimonial (BP) referentes a dos anos


específicos do grupo empresarial BRF conforme retratados no (QUADRO 07).

Quadro 07-Balanço Patrimonial da Empresa BRF S/A (Continua)

BRF S/A

Balanço Patrimonial - Consolidado (IFRS) 2014 2013

ATIVO

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 6.006.942 3.127.715

Aplicações financeiras 587.480 459.568

Contas a receber dos clientes 3.046.871 3.338.355

Títulos a receber 215.067 149.007

Juros sobre capital próprio a receber 10.248 16

Estoques 2.941.355 3.111.615

Ativos Biológicos 1.130.580 1.205.851

Tributos a recuperar 1.009.076 1.302.939

Outros ativos financeiros 43.101 11.572

Outros ativos circulantes 539.518 386.937

15.530.238 13.093.575

Ativos da operação descontinuada e mantidos para venda 1.958.007 148.948

Total do ativo circulante 17.488.245 13.242.523

NÃO CIRCULANTE
44

Aplicações financeiras 62.104 56.002

Contas a receber dos clientes 7.706 7.811

Títulos a receber 361.673 353.675

Tributos a recuperar 912.082 800.808

Impostos sobre a renda diferidos 714.015 665.677

Depósitos judiciais 615.719 478.676

Ativos biológicos 683.210 568.978

Caixa restrito 115.179 99.212

Outros ativos não circulantes 317.387 413.717

Investimentos 438.423 107.990

Imobilizado 10.059.349 10.821.578

Intangível 4.328.643 4.757.922

Total do ativo não circulante 18.615.490 19.132.046

TOTAL DO ATIVO 36.103.735 32.374.569

PASSIVO CIRCULANTE

CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 2.738.903 2.696.594

Fornecedores 3.977.327 3.674.705

Salários e obrigações sociais 427.058 433.467

Obrigações tributárias 299.951 253.678

Juros sobre capital próprio a pagar 430.909 336.677

Participação dos administradores e funcionários 395.767 177.064

Outros passivos financeiros 257.438 357.182

Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 242.974 243.939

Planos de benefícios a empregados 56.096 49.027

Outros passivos circulantes 234.439 213.698


45

9.060.862 8.436.031

Passivo de operação descontinuada 508.264 -

Total do passivo circulante 9.569.126 8.436.031

NÃO CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 8.850.432 7.484.596

Obrigações tributárias 25.902 19.494

Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 942.759 775.359

Impostos sobre renda diferido 90.184 20.566

Plano de benefício a empregados 257.974 242.236

Outros passivos não circulantes 677.415 700.133

Total do passivo não circulante 10.844.666 9.242.384

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 12.460.471 12.460.471

Reservas de capital 109.446 113.797

Reservas de lucros 3.945.825 2.511.880

Ações em tesouraria (304.874) (77.379)

Outros resultados abrangentes (620.391) (353.698)

Patrimônio líquido de controladores 15.590.477 14.655.071

Participação de não controladores 99.466 41.083

Total do Patrimônio líquido 15.689.943 14.696.154

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 36.103.735 32.374.569

Fonte: Autoria própria. (2015)

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)


referentes a dos anos específicos do grupo empresarial BRF S.A conforme retratados no
(QUADRO 08).
46

Quadro 08 - Demonstração de Resultado da empresa BRF S.A


BRF S/A  
Demonstrações de Resultados - Consolidado (IFRS) 2014 2013
Operações continuadas
Receita Líquida 29.006.843 27.787.477
Custo dos produtos vendidos (20.497.430) (20.877.597)
Lucro Bruto 8.509.413 6.909.880
Receitas (despesas) operacionais
Vendas (4.216.500) (4.141.016)
Gerais e administrativas (402.054) (427.344)
Outras despesas operacionais líquidas (438.110) (458.115)
Equivalência patrimonial 25.570 12.908
Lucro antes do resultado financeiro 3.478.319 1.896.313
Despesas financeiras (2.571.454) (1.564.832)
Receitas financeiras 1.580.756 817.296
Lucro antes do IR e contribuição social das operações continuadas 2.487.621 1.148.777
Imposto de renda e contribuição social corrente (117.361) (13.093)
Imposto de renda e contribuição social diferido (235.205) (116.026)
Resultado líquido das operações continuadas 2.135.055 1.019.658
Operações descontinuadas
Lucro líquido do exercício 2.224.877 1.006.837
Atribuível á
Acionistas controladores 2.225.036 1.062.430
Acionistas não controladores (159) 4.407
2.224.877 1.066.837
Fonte: Autoria própria. (2015)

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Balanço Patrimonial (BP) referentes a dos anos


específicos do grupo empresarial JBS S.A conforme retratados no (QUADRO 09).

Quadro 09- Balanço Patrimonial da Empresa JBS S/A (Continua)


JBS S/A    
Balanços patrimoniais (Em milhares de reais) 2014 2013
TOTAL DO ATIVO 82.043.682 68.670.221
CIRCULANTE    
Caixa e equivalentes de caixa 14.910.427 9.013.147
Contas a receber de clientes 9.577.548 8.919.926
Estoques 8.273.110 6.904.616
Ativos biológicos 1.567.866 1.419.343
Impostos a recuperar 2.300.624 2.003.256
(Continua)
Despesas antecipadas 181.881 152.425
47

Outros ativos circulantes 730.776 500.770


TOTAL DO CIRCULANTE 37.542.232 28.913.483
NÃO CIRCULANTE    
Realizável a Longo Prazo    
Créditos com empresas ligadas 370.072 733.958
Ativo biológico 633.689 496.903
Impostos a recuperar 1.546.038 1.149.725
Outros ativos não circulantes 2.121.092 1.182.302
Total do Realizável a Longo Prazo 4.670.891 3.562.888
Investimentos em coligada, controladas e joint ventures 295.350 277.571
Imobilizado 24.098.697 20.940.616
Intangível 15.436.512 14.975.663
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 44.501.450 39.756.738
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO    
CIRCULANTE    
Fornecedores 6.942.933 5.342.388
Empréstimo e financiamentos 13.686.975 9.430.892
Imposto de renda e contribuição social a pagar 505.799 19.760
Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 2.105.278 1.741.536
Dividendos declarados 484.013 220.494
Débito com terceiros para investimentos 344.881 264.264
Outros passivos circulantes 798.122 689.535
TOTAL DO CIRCULANTE 24.868.001 17.708.869
NÃO CIRCULANTE    
Empréstimos e financiamentos 26.392.165 23.330.449
Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 639.114 705.179
Débito com terceiros para investimentos 490.461 463.485
Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.839.966 2.119.594
Provisão para riscos processuais 705.844 849.324
Outros passivos não circulantes 465.606 360.067
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 31.533.156 27.828.098
PATRIMÔNIO LÍQUIDO    
Capital social 21.506.247 21.506.247
Ações em tesouraria (451.700) (595.849)
Transações de capital 90.338 86.444
Reserva de capital 212.793 211.879
Reserva de reavaliação 87.877 92.227
Reservas de lucros 4.261.815 2.705.084
Ajustes de avaliação patrimonial 101.658 132.787

(Conclusão)
Ajustes acumulados de conversão (1.935.205) (2.187.031)
Atribuído à participação dos acionistas e controladores 23.873.823 21.951.788
Participação dos acionistas não controladores 1.768.702 1.181.466
48

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.642.525 23.133.254


TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 82.043.682 68.670.221
Fonte: Autoria própria. (2015)

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)


referentes a dos anos específicos do grupo empresarial JBS S.A conforme retratados no
(QUADRO 10).

Quadro 10- Demonstração do Resultado da empresa JBS S.A


JBS S.A.    
Demonstrações do resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2014 e 2013 2014 2013
RECEITA LÍQUIDA 120.469.719 92.902.798
Custo dos produtos vendidos -101.796.347 -81.056.088
LUCRO BRUTO 18.673.372 11.846.710
(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS    
Administrativas e gerais (3.330.042) (2.519.993)
Com vendas (7.154.335) (5.262.199)
Resultado financeiro líquido (3.637.620) (2.380.331)
Resultado de equivalência patrimonial 26.103 6.722
Outras receitas (despesas) (385.655) 84.086
  -14.481.549 -10.071.715
RESULTADO ANTES DA PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL 4.191.823 1.774.995
Imposto de renda e contribuição social corrente -1.656.879 -166.231
Imposto de renda e contribuição social diferidos -128.517 -490.439
  -1.785.396 -656.670
LUCRO LÍQUIDO 2.406.427 1.118.325
ATRIBUÍDO A:    
Participação dos acionistas controladores 2.035.910 926.907
Participação dos acionistas não controladores 370.517 191.418
  2.406.427 1.118.325
Resultado básico por ação - em reais 706,49 323,32
Resultado básico por ação - em reais 706,49 323,32
Fonte: Autoria própria. (2015)

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Balanço Patrimonial (BP) referentes a dos anos


específicos do grupo empresarial MARFRIG conforme retratados no (QUADRO 11).

Quadro 11- Balanço Patrimonial da Empresa MARFRIG S.A (Continua)


MARFRIG GLOBAL FOODS S/A
Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais) 2014 2013
Ativo Total 20.185.908 17.827.564
49

Ativo Circulante 8.368.517 7.493.730


Caixa e Equivalentes de Caixa 1.091.685 771.254
Aplicações Financeiras 1.567.112 1.040.282
Clientes 1.618.760 1.951.462
Estoques 2.027.919 1.828.552
Ativos Biológicos 352.200 350.106
Tributos a Recuperar 1.361.635 1.110.436
Outros Ativos Circulantes 349.206 441.638
Ativo Não Circulante 11.817.391 10.333.834
Ativo Realizável a Longo Prazo 3.671.985 2.599.540
Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 970 1.030
Tributos Diferidos 1.708.437 1.447.965
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 1.708.437 1.447.965
Outros Ativos Não Circulantes 1.962.578 1.150.545
Investimentos 36.934 54.774
Participações Societárias 36.934 54.774
Outras Participações Societárias 36.934 54.774
Imobilizado 5.103.763 4.868.235
Imobilizado em Operação 5.103.763 4.868.235
Intangível 3.004.709 2.811.285
Intangíveis 3.004.709 2.811.285
Passivo Total 20.185.908 17.827.564
Passivo Circulante 4.662.465 3.688.566
Obrigações Sociais e Trabalhistas 341.979 337.931
Fornecedores 2.028.303 1.596.091
Obrigações Fiscais 200.312 114.651
Obrigações Fiscais Federais 200.312 114.651
Empréstimos e Financiamentos 1.730.048 1.172.905
Empréstimos e Financiamentos 1.470.237 1.096.970
Debêntures 190.582 26.272
Financiamento por Arrendamento Financeiro 69.229 49.663
Outras Obrigações 361.823 466.988
Outros 361.823 466.988
Fonte: Autoria própria. (2015).

A Demonstrações Contábeis utilizadas é a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)


referentes a dos anos específicos do grupo empresarial MARFRIG conforme retratados no
(QUADRO 12).

Quadro 12- Demonstração do Resultado da empresa MARFRIG


(Continua)
DRE MARFRIG GLOBAL FOODS S/A 2014 2013
Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 21.073.322 18.752.376
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -18.408.152 -16.442.702
Resultado Bruto 2.665.170 2.309.674
50

Despesas/Receitas Operacionais -1.580.717 -1.442.920


Despesas com Vendas -935.351 -805.303
Despesas Gerais e Administrativas -529.148 -563.524
Outras Receitas Operacionais -98.423 -64.984
Resultado de Equivalência Patrimonial -17.795 -9.109
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 1.084.453 866.754
Resultado Financeiro -2.126.764 -2.030.994
Receitas Financeiras 294.701 364.955
Variação cambial ativa 781.107 778.261
Despesas Financeiras -1.970.693 -1.806.023
Variação cambial passiva -1.231.879 -1.368.187
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -1.042.311 -1.164.240
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 322.018 361.330
Corrente -108.485 -20.199
Diferido 430.503 381.529
Resultado Líquido das Operações Continuadas -720.293 -802.910
Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 0 -94.178
Lucro/Prejuízo Líquido das Operações Descontinuadas 0 -94.178
Lucro/Prejuízo Consolidado do Período -720.293 -897.088
Atribuído a Sócios da Empresa Controladora -739.472 -913.593
Atribuído a Sócios Não Controladores 19.179 16.505
Fonte: Autoria própria. (2015).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do trabalho propôs realizar uma análise empírica sobre alguns índices de
rentabilidade que pode-se considerar fundamental no desenvolvimento de vantagens
51

competitivas das empresas, principalmente aquelas que possuem ações em bolsas de valores,
pois estes servem para medir a capacidade econômica de gerar riqueza para seus acionistas de
uma empresa.

Foi realizada uma comparação entre grupos empresariais do segmento de carnes e derivados,
BRF, JBS e MARFRIG e portando, conclui-se, através das análises apresentadas que o grupo
que melhor apresentou a rentabilidade sobre o patrimônio líquido, foi a BRF que no ano de
2013 um percentual de 7,26% e no ano de 2014 um percentual de 14,18% de rentabilidade
para os acionistas.

Observou-se também que os objetivos traçados pelo grupo foram plenamente alcançados, e a
pesquisa nos trouxe um conhecimento e oportunidade de crescimento profissional através de
uma análise básica no nível introdutório, podendo, futuramente, ampliar a análise mediante
aos conjuntos dos índices de rentabilidade.

Entretanto, os grupos empresariais estudados, do setor alimentício apresentam diante de um


fator desafiador. A procura por alimentos básicos, destinado ao público de baixa renda, faz
com que as empresas investem mais em produtos de outros segmentos para atender aos
clientes e tentar manter uma fidelidade aos seus produtos.

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