Universidade Federal do Tocantins

Alunos: Grasiele Ramos, João Paulo Fernandes, Mara Lívia Soares, Suzanny
Ribeiro e Victória Coêlho
Professora: Me. Otília Paiva Nunes Alves
Disciplina: Contabilidade Gerencial

Trabalho aplicado à disciplina de Contabilidade

Gerencial como forma de avaliação parcial, com o
tema: Lucro empresarial e Variações de Preços:
Conceito de Cadeia de Valor e o foco em processos
e Atividades.

Palmas/TO
2023
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conceito de Cadeia de Valor

Em linhas introdutórias, é relevante iniciar essa pesquisa com os conceitos de cada

palavra, para compreender a sua junção e também obter um melhor entendimento acerca do
tema abordado. Segundo o dicionário, cadeia é “uma série de elos entrelaçados que forma um
conjunto flexível assim como uma corrente”. Já o valor pode ser definido como a percepção
dos clientes sobre os produtos ou serviços de uma organização, principalmente no que se refere
ao custo-benefício.
O conceito de cadeia de valor foi desenvolvido pelo professor da universidade de
Harvard em 1985, conhecido como Michael Eugene Porter. Em seu livro “Vantagem
Competitiva”, o professor introduz o conceito básico da cadeia de valor. Segundo ele, esse
método é um processo que as empresas podem seguir para examinar suas atividades e analisar
a conexão entre elas, chamado também de elos. Tendo o objetivo principal de criar uma
vantagem competitiva e propor uma oferta comercial interessante aos seus clientes.
Portanto, contribui para uma empresa que busca obter uma gestão estratégica no
mercado, tendo seus processos bem mapeados, afim de entregar mais valor aos seus clientes e
acima de tudo, com qualidade. Essa cadeia favorece o crescimento da empresa e
consequentemente de seus lucros.
Segundo Porter, à alguns elementos básicos, ao qual são divididas em atividades
primárias, atividades de apoio e margem. As atividades primárias relacionam-se com a criação
e transformação dos produtos, vendas, manutenção e suporte. Já as atividades de apoio têm
como função auxiliar, mesmo que direta ou indiretamente, as atividades primárias. E por fim,
a margem, ao qual corresponde à diferença entre o valor do produto e o custo pela execução
das atividades para a criação do produto.

Importância da Análise de Cadeia de Valor

A importância da Cadeia de Valor em uma empresa está ligada ao fato de que permite
atingir uma vantagem competitiva sustentável. É uma análise realizada desde a aquisição de
matérias-primas até a entrega final do produto aos clientes. Para isso, objetiva fornecer aos
clientes o máximo valor pelo menor custo total. Criar valor, por sua vez, representa agregar
valores, de quaisquer tipos, que favoreçam a situação econômica da empresa e sua
competitividade no mercado.
 Portanto, esse método ajuda identificar áreas onde uma empresa precisa melhorar sua
eficiência operacional, reduzir custos, tomar decisões estratégicas, atender as necessidades e
expectativas dos clientes. Além disso, permite verificar maneiras de se destacar da
concorrência, por meio da inovação e otimização dos recursos.

Teorias de Lucro Empresarial

A teoria do lucro empresarial é um campo de estudo na economia que se concentra a

análise dos lucros obtidos pela empresa. No mundo dos negócios, a função primordial de uma
empresa sempre foi vista como a busca pelo lucro. A maximização dos ganhos financeiros tem
sido considerada uma métrica fundamental para avaliar o sucesso e a sustentabilidade de uma
organização.
No caso de uma empresa o lucro pode ser operacionalizado por fluxo de caixa, mais
variação no valor da empresa (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 2010). Assim, pode-se afirmar
que lucro, em Contabilidade, é o que se pode distribuir durante um período, mantendo-se a
potencialidade do patrimônio líquido inicial intacta (IUDÍCIBUS, 2010).
A teoria predominante, conhecida como o paradigma da maximização do lucro,
argumenta que a principal responsabilidade de uma empresa é gerar retornos financeiros para
seus proprietários e/ou acionistas.
Essa visão tem suas raízes na teoria econômica tradicional, que enfatiza a busca pela
eficiência econômica e a alocação de recursos escassos. Nessa perspectiva, as empresas devem
focar em suas operações e estratégias com o objetivo de maximizar os lucros, o que por sua vez
beneficia a economia como um todo.

Teorias de Precificação

No dicionário, precificação significa “ato de determinar um preço”, mas seu sentido é

muito mais amplo no mundo dos negócios. Os principais métodos adotados pelas empresas são:
Margem de contribuição: A margem de contribuição é a mais recomendada, pois
determina o quanto sobra dentro do custo de venda, após serem deduzidos os custos e despesas
variáveis.
Markup: corresponde a um método que se baseia nos custos envolvidos em cada
produto. O objetivo é encontrar um preço que cubra todas as despesas e ofereça um lucro
desejado.
 Precificação baseada na concorrência: corresponde ao levantamento dos preços que
são praticados pelos concorrentes. Essa pesquisa busca manter-se em destaque no mercado,
sendo o seu maior diferencial o preço do produto.
Precificação baseada no lucro: baseia-se no lucro nominal desejado, levando em
consideração os custos.
Percepção de valor: a percepção de valor do cliente é uma das principais formas de
precificar, pois ela considera o quanto o seu cliente estaria disposto a pagar pelo seu produto
através da análise de todos os valores tangíveis e intangíveis do mesmo.

METODOLOGIA

A metodologia aplicada ao presente trabalho foi realizada através da análise estatística

e da coleta de dados. Em relação à análise estatística, foram analisados os demonstrativos
contábeis e financeiros da empresa GOL LINHAS AEREAS S.A. e em relação à coleta de
dados, foram realizadas por meio dos sites oficiais da empresa.
A análise estatística é a ciência responsável por coletar, explorar e apresentar os
dados em busca da descoberta de padrões e de tendências futuras. Essas informações estatísticas
coletadas podem ser usadas por pesquisadores a fim de tornar a tomada de decisão um processo
mais assertivo. A cada dia que passa, as tecnologias para essa análise evoluem mais e
os softwares utilizados tornam-se mais acessíveis.
A estatística faz parte da área do ensino como um conjunto de técnicas, sendo estas
coletas, organização ou análise das informações (FERRÃO, 2018; FERREIRA; PASSOS,
2015). Tradicionalmente, é ensinada por meio de conceitos e fórmulas matemáticas que
dificultam o entendimento do aluno que não apresenta condições de interpretar esses dados
(LOPES, 2014; GRANDO; NACARATOI; LOPES, 2014). Diante disso, é preciso praticar
ações que despertem o interesse do discente por essa área, promovendo o desenvolvimento de
habilidades que lhes possibilitem o senso crítico, o pensar sobre o mundo por meio da
exploração das informações (SANTANA, 2016).
Entre os diversos temas da estatística, é importante destacar a parte descritiva,
aquela que permite a descrição de dados obtidos em pesquisa (SILVESTRE, 2007). Ela é
considerada, também, uma importante ferramenta para solução de problemas, pois possibilita,
além da organização de dados, as interpretações e apresentações, assim como o apontamento
de tendências e variabilidades de dados que levam a previsões e suposições de fatos (LOPES,
2008; SILVESTRE, 2007).
A coleta de dados é um processo que visa reunir os dados para uso secundário por
meio de técnicas específicas de pesquisa. Esses dados são utilizados para tarefas de pesquisa,
planejamento, estudo, desenvolvimento e experimentações. A coleta de dados para pesquisa
científica é definida a partir da problematização, objetivos geral e específico e metodologia.

Análise da Cadeia de Valor

Exatamente em 15 de janeiro de 2001, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes deu início

a suas operações, realizando seu primeiro voo e já com uma frota composta por 10 Boeings
737. Naquela época, com seu conceito low cost, teve papel fundamental na democratização do
setor no País, ampliando o acesso ao transporte aéreo entre os brasileiros. Foi também a
primeira companhia aérea do País a vender bilhetes online. Em 2004, a companhia abriu capital
para investimentos com oferta pública de ações, tanto no mercado nacional, na Bovespa (Bolsa
de Valores de São Paulo), quanto em Nova York.
Além disso, deu início aos voos internacionais, começando pela Argentina. Ao
completar cinco anos de atividades, se tornou a única companhia aérea a voar para todas as
capitais do País. Nessa mesma época, a empresa inaugurava seu Centro de Manutenção de
Aeronaves, em Confins (MG) - o maior da América Latina. Em 2007, adquiriu a Varig e quatro
anos depois, a Webjet, o que a transformou em um dos maiores grupos de aviação do Brasil;
contribuindo para o aumento da oferta de poltronas em voos com tarifas cada vez mais
competitivas e estimulando também o crescimento das viagens aéreas.
Ao longo da história, a GOL firmou importantes parcerias, contabilizando hoje 12
acordos de codeshare e mais de 70 de interline, entre eles os acordos estratégicos com a Delta
Air Lines e a Air France-KLM, assinados em 2011 e 2014, respectivamente. A trajetória da
empresa também é marcada por fortes investimentos em soluções de produtos, serviços e no
lançamento de tecnologias que proporcionam a melhor experiência aos clientes. Como
exemplos estão a venda de bilhetes online; o cartão de embarque no celular; o aplicativo mobile
com a função de geolocalização, entre outros. Outro destaque é a reconfiguração das aeronaves
para oferecer mais conforto, resultando na maior oferta de assentos com o selo “A” da Anac.
 O ano de 2015 chancelou toda essa evolução e crescimento da GOL com o lançamento
da nova identidade visual, mais forte e moderna, que representa todas as conquistas de sua
história, chancelada por uma nova marca.
Inicialmente, para abordar a cadeia de valor da Gol Linhas Aéreas, faz-se necessário
introduzir as atividades principais:
Logística de entrada: Porter (1989), afirma que a logística de entrada diz respeito ao
recebimento e armazenamento de mercadorias, controle de estoque e programação de
transporte. No setor aéreo, muitas empresas atuam na logística de entrada, entre as quais estão
os fabricantes de aeronaves, as empresas de serviços alimentícios, os aeroportos, os serviços de
transporte local, as empresas de combustíveis, as empresas de arrendamento de aeronaves, os
sindicatos, etc. Na logística de entrada se encontram alguns dos principais elos com os
fornecedores da indústria de Aviação Civil.
Operações: As operações das companhias aéreas diretamente relacionadas aos
clientes dizem respeito à venda de bilhetes, ao embarque e desembarque de passageiros, manejo
de bagagens e os serviços de bordo. No âmbito do transporte de cargas, envolve o transbordo e
a acomodação das cargas. Inclui a manutenção da aeronave e os constantes reparos, bem como
a substituição das peças gastas. Atualmente, grande parte das companhias aéreas contratam
empresas específicas para o gerenciamento, a inspeção e manutenção das aeronaves. Fazem
parte da operação, também, os serviços de handling – atividades de apoio às operações aéreas
realizadas em terra, tais como limpeza das aeronaves, abastecimento de água potável, limpeza
de lavatórios, manuseio de cargas e bagagem, transporte de passageiros e tripulantes, etc. – que,
geralmente, são terceirizados. Ainda, todos os serviços aeroportuários e os serviços de
navegação aérea são considerados parte fundamental da operação das companhias aéreas.
Logística de saída: Para o setor aéreo, a logística de saída inclui serviços que visam
garantir ao cliente o recebimento do produto. No transporte aéreo, o produto inclui a aquisição
e o recebimento do bilhete aéreo (via física ou por plataforma online ou aplicativo para
smartphones), a verificação, o armazenamento, a retirada e a recuperação de mercadorias
extraviadas – quando necessário. Em alguns casos, pode incluir o translado dos clientes até o
destino final.
Marketing e vendas: São as atividades para garantir a compra dos assentos e destinos
ofertados, que incluem apelo publicitário e parcerias com agências de viagem e outras empresas
que se utilizam dos serviços aéreos para viagens a negócios. Atualmente, a Internet tem sido
utilizada pelas companhias aéreas como o principal canal de marketing e distribuição dos
serviços, por meio da venda online direta ao usuário. Serviços de fidelização e dos clientes e
programas de milhagens também são recursos amplamente explorados pelas companhias aéreas
num cenário mais recente.
Serviços: De acordo com Porter (1989), os serviços são atividades que visam agregar
valor ao produto e abrangem: suporte ao cliente, reparo de serviços, instalação de novos planos,
treinamento em serviço, gerenciamento de peças sobressalentes e atualização dos sistemas
existentes ao nível da tecnologia mais recente. Isso significa, no âmbito do transporte aéreo, o
investimento em modernos aplicativos para a compra online de passagens, para a manutenção
de registros das passagens e para os serviços de atendimento ao cliente. Além disso, inclui a
modernização das aeronaves e tecnologias de voo, o que requer treinamento contínuo dos
funcionários para acompanhar os avanços tecnológicos do setor.

Atividades de Suporte:
Infraestrutura: Fazem parte da infraestrutura das empresas do setor aéreo os sistemas
de planejamento, finanças, contabilidade e controle de qualidade. Podem ser citadas, também,
as questões relacionadas à Governança Corporativa e às atividades de gerenciamento de
informações. No setor aéreo, permeiam a infraestrutura a regulação e a legislação do setor e
demais acordos firmados entre as companhias aéreas para a padronização operacional nos
aeroportos, visando o ganho de eficiência da indústria como um todo.
Gestão de recursos humanos: Envolvem o recrutamento, gerenciamento,
treinamento, desenvolvimento de relações e os meios de remuneração dos prestadores de
serviço diretamente ligados às empresas. Para as companhias aéreas, o treinamento abrange as
equipes de terra – para o manejo de bagagens e cargas, atendimento ao cliente, analistas
operacionais, manutenção de aeronaves, etc. – e equipes de ar – pilotos, copilotos, comissários
de bordo, etc. No setor aéreo, as questões de treinamento visam, sobretudo, a minimização dos
riscos de acidentes, a qualidade dos serviços prestados aos usuários e a eficiência operacional
visando redução de custos e lucratividade.
Desenvolvimento tecnológico: São todas as atividades que possuem tecnologia –
incluindo know-how e conhecimento – que trate diretamente de produtos e serviços ou
processos. Na indústria de Aviação Civil, destacam-se as pesquisas de mercado, os sistemas de
rastreamento de bagagem, os sistemas de voo e comunicação com torre de comando,
plataformas online para vendas de bilhetes aéreos e check-in, etc. O setor requer pesquisa
contínua sobre tecnologias, a fim de garantir a melhoria dos serviços prestados e maior
eficiência operacional das companhias aéreas. Novas tecnologias são utilizadas como meio de
atrair novos clientes e fidelizar os mais antigos, sendo utilizadas como estratégia de
diferenciação para a obtenção de vantagem competitiva.
Aquisição e compras: Utilizam tecnologia e comunicação para a aquisição dos
insumos e recursos para o desenvolvimento de todas as atividades primárias da organização. As
peças sobressalentes compradas pelas companhias aéreas são compatíveis com o tipo de
aeronave que possuem. Estas são melhor compradas quando os preços de mercado estão
bastante acessíveis. O setor de aquisição e compras das organizações deve estar atento às
necessidades dos setores de logística de entrada e operações, mantendo os estoques em níveis
desejados para a manutenção de aeronaves e serviços de bordo, por exemplo.

Variações de Preços e seu Impacto

Em 2021, houve uma notável melhora no setor aéreo do Brasil, com a aviação
retomando após os impactos da pandemia de coronavírus que começou em 2020. Em 2022,
ocorreram cerca de 831 mil voos, incluindo voos domésticos e internacionais, representando
um aumento de 39% em relação a 2021. No total, aproximadamente 98 milhões de passageiros
foram transportados. Essas informações foram divulgadas no Anuário do Transporte Aéreo
2022, lançado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Dados detalhados revelam que no mercado doméstico, houve cerca de 731 mil voos,
um aumento de 33,7% em relação a 2021 e foram transportados 82 milhões de passageiros, um
aumento de 31,4% em comparação com o ano anterior. A taxa de ocupação das aeronaves ficou
em 79,4%, uma redução de 1,2% em relação a 2021.
Já no mercado internacional, a recuperação tem sido mais lenta. Além da oferta de
assentos, fatores econômicos, como a variação cambial, também devem ser considerados. O
Anuário do Transporte Aéreo de 2022 indica que cerca de 100 mil voos internacionais foram
realizados em 2022, um aumento de 89% em relação aos números de 2021, quando foram
registrados 53 mil voos. O número de passageiros transportados aumentou 227%, indo de 5
milhões para aproximadamente 16 milhões. Além disso, a taxa de ocupação das aeronaves subiu
de 55% em 2021 para 83% no ano passado.
Em termos de participação das empresas no mercado doméstico, a Latam ultrapassou
a Azul no número de passageiros transportados, atingindo a marca de 28,7 milhões de viajantes.
A Azul e a Gol transportaram 26,5 milhões e 26,3 milhões, respectivamente. Entre 2021 e 2022,
a Gol, Latam e Azul aumentaram seus números de passageiros transportados em 40%, 44% e
16%, respectivamente.
 Além do mais, o Anuário do Transporte Aéreo 2022 revela que 82% das receitas das
empresas aéreas brasileiras são oriundas da venda de passagens, 10% provêm do transporte de
carga, e apenas 2% das receitas são oriundas do transporte de bagagens. No entanto, a
participação dos gastos com combustível na composição dos custos das empresas aumentou de
26% em 2021 para 41% em 2022. Em 2022, as empresas áreas brasileiras tiveram prejuízos no
valor de R$ 2,2 bilhões.

Cadeia de valor da Gol

Ao realizar a análise da cadeia de valor, é crucial garantir a comparabilidade das

informações, concentrando-se nas semelhanças na estrutura das atividades de valor. Para
desenvolver a cadeia de valor do concorrente de maneira ética, podem ser adotadas algumas
medidas, como:
Examinar as demonstrações contábeis publicadas: analisar os relatórios financeiros
divulgados pela empresa concorrente, como balanços e demonstrações de resultados, para
entender melhor sua estrutura de custos e receitas.
Acompanhar a publicação de estatísticas do setor e a posição do concorrente: estar
atento às estatísticas do mercado e às informações sobre a posição do concorrente, como
participação de mercado e desempenho financeiro, disponíveis em relatórios setoriais e
publicações especializadas.
Efetuar análise física de produtos competitivos: examinar fisicamente os produtos
concorrentes para entender sua composição, funcionalidades e qualidade, sem infringir direitos
autorais ou utilizar métodos ilegais.
Identificar a existência de clientes e fornecedores comuns: investigar quais clientes
e fornecedores a empresa concorrente compartilha, procurando identificar possíveis parcerias
estratégicas ou acordos comerciais relevantes.
Efetuar pesquisas em associações comerciais: utilizar recursos disponíveis em
associações comerciais e setoriais para obter informações sobre o concorrente, como eventos,
pesquisas e publicações.
Fazer contatos com empregados e ex-empregados: conversar com funcionários
atuais ou antigos da empresa concorrente para obter insights sobre suas operações, processos
ou estratégias.
 Identificar concorrentes em potencial: pesquisar empresas que possam se tornar
concorrentes no futuro, levando em consideração novos participantes no mercado, tecnologias
emergentes ou tendências do setor. É importante ressaltar que, ao realizar qualquer uma dessas
medidas, é necessário agir dentro dos limites éticos e legais, respeitando os direitos autorais, a
privacidade e as regras do mercado.
Shank e Govindarajan (1997:14) adotam um enfoque amplo para cadeia de valor, e
dizem que:
“A cadeia de valor de qualquer empresa em qualquer setor é o conjunto de atividades
criadoras de valor desde as fontes de matérias-primas básicas, passando por
fornecedores de componentes e até o produto final entregue nas mãos do consumidor.”

Dessa maneira, a cadeia de valor é individualizada para cada empresa, já que mesmo
empresas do mesmo setor possuem estruturas e mercados distintos.

Lucro Empresarial

Lucro é o que a empresa ganha com a venda de produtos ou serviços. No entanto, para
saber qual a lucratividade do negócio, é preciso subtrair todas as despesas como aluguel,
pagamento de funcionários, dívidas com fornecedores, custos com água, luz e outras demandas
que são necessárias para manter a empresa em funcionamento.
Figura 1: Demonstração de Resultados – GOL Linhas Aéreas

Fonte: Investing.com
 Conforme analisado, durante os anos de 2019 a 2022 a empresa obteve algumas
variações em suas receitas, nos anos de 2020 e 2021 é notável uma queda significativa, isso se
deve a maior parte devido a pandemia enfrentada, e com isso as linhas aéreas tiveram uma
queda em suas vendas.
Algo notado foi que diante de uma pandemia a empresa buscou meios para não entrar
em crise, demonstrou uma gestão financeira eficiente, com a redução de despesas e a redução
da dívida líquida. Além disso, a GOL também destacou a sua liderança no mercado doméstico
e os avanços em sua estratégia de transformação digital.
No entanto, a empresa também ressaltou os desafios e incertezas que ainda existem no
setor de aviação, devido à pandemia de COVID-19. A GOL se mostrou confiante em sua
capacidade de se adaptar e se recuperar no longo prazo, mas ressaltou a importância de medidas
de apoio e estímulo do governo e de uma retomada sustentável do setor.
No ano de 2022, a empresa esteve constante e suas vendas aumentaram e com isso o
seu lucro empresarial também. De acordo com uma pesquisa realizada, esse ano de 2022 foi o
maior em 12 anos no valor das passagens áreas e isso é mostrado com o aumento da receita da
Gol Linhas Aéreas
CONCLUSÃO

A análise minuciosa da GOL Linhas Aéreas S.A. revela a trajetória da empresa em um

ambiente de negócios volátil e desafiador, principalmente em um contexto afetado pela
pandemia de COVID-19. Durante o período de 2019 a 2022, a GOL enfrentou variações
notáveis em suas receitas, destacando-se as quedas significativas em 2020 e 2021, consequência
direta das restrições de viagem e da incerteza econômica global.
No entanto, a resiliência e a adaptabilidade demonstradas pela GOL são notáveis. A
empresa empreendeu uma gestão financeira eficaz, reduzindo despesas e dívida líquida para
enfrentar as adversidades. Além disso, a GOL não apenas manteve sua posição de liderança no
mercado doméstico, mas também avançou em sua estratégia de transformação digital. Em 2022,
observou-se uma recuperação significativa, com um aumento notável nas vendas e no lucro
empresarial.
Um ponto de destaque é o aumento no valor das passagens aéreas em 2022, atingindo
patamares que não eram vistos há mais de uma década. Isso reflete a confiança renovada dos
passageiros em retomar as viagens aéreas e o otimismo no setor de aviação.
No entanto, a GOL Linhas Aéreas não ignora os desafios e as incertezas contínuas no
setor. A pandemia de COVID-19 deixou um legado de incertezas e mudanças nas dinâmicas do
mercado, e a empresa destaca a importância de medidas de apoio do governo e de uma
recuperação sustentável.
A GOL se mostra confiante em sua capacidade de adaptação e recuperação a longo
prazo, mas enfatiza a necessidade de colaboração e apoio, tanto do governo quanto de outros
setores relacionados. O setor de aviação, essencial para a conectividade e mobilidade, depende
de um ambiente regulatório favorável e de uma recuperação econômica estável.
A história da GOL Linhas Aéreas é um testemunho da resiliência das empresas em
face de desafios inesperados. Sua gestão financeira eficiente, inovações estratégicas e otimismo
diante das incertezas mostram sua determinação em manter sua competitividade e liderança no
mercado de aviação. O setor aéreo, por sua natureza, está sujeito a altos e baixos, e a GOL se
mantém preparada para enfrentar o futuro com confiança e determinação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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resultados-financeiros-do-ultimo-trimestre
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te%20a%C3%A9reo
https://www.laboneconsultoria.com.br/cadeia-de-valor/" \l "Cadeia-de-Valor:-o-conceito
https://www.totvs.com/blog/negocios/cadeia-de-valor/" \l
":~:text=A%20cadeia%20de%20valor%20%C3%A9,seus%20processos%20produtivos%20e
%20estrat%C3%A9gicos
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/analise-estatistica
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IUDÍCIBUS, S.. Teoria da Contabilidade. 10ª edição, São Paulo, Editora Atlas S/A, SP, 2010
SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A revolução dos custos: como reinventar e
redefinir sua estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos.
Traduzido por Luiz Orlando Coutinho Lemos. Rio de Janeiro: Campus,
1997.https://fia.com.br/blog/como-calcular-o-lucro/