Você está na página 1de 50

Capítulo I- Introdução

1.1-Introdução

O presente trabalho está centrado em apresentar o empreendedorismo como uma atividade


geradora de valores positivos para a sociedade em diversos aspetos, ainda em análise a
influência do Benchmarking para uma gestão eficaz, pois o contexto competitivo em que as
organizações se encontram inseridas atualmente, requer destas, certos posicionamentos e
atitudes inovadoras.

A globalização tem permitido a proximidade maior do mundo como um todo, viver num mundo
globalizado é romper as grandes barreiras, que se faziam muito evidentes na era pré-
tecnológica. A área de gestão organizacional tem demonstrado grande destaque neste contexto
globalizado. A atividade de gestão, não perdeu seu carácter complexo e delicado, porém, vem
se firmando a cada dia e apresentado grandes inovações, em especial no que se refere a
reengenharia organizacional. Nesse ínterim, se faz mister ressaltar uma técnica de gestão
organizacional, que vem se destacando, a técnica do benchmarking.

Cada vez mais as organizações, quer visem lucros ou não, recorrem a essa técnica com o
propósito de, alcançarem a qualidade total em seus processos, produtos e serviços. Este trabalho
tem como objetivo apresentar a técnica do benchmarking, analisando-a quanto a seu carácter
de ferramenta estratégica na gestão organizacional, bem como demonstrar sua aplicabilidade.

Para alcançar tais objetivos, foram utilizados como procedimentos metodológicos, pesquisas
bibliográficas e eletrónicas, o projeto encontra-se dividido em quatro capítulos entre eles o
capítulo I: Introdução ao trabalho, onde de forma resumida e concisa foi realizada a
apresentação e distribuição do mesmo , capitulo II: Fundamentação Teórica, definir-se-á os
conceitos chaves relacionados ao trabalho e a apresentação dos conteúdos referentes a pesquisa,
posteriormente o Capitulo III onde, foi realizada a Analise e interpretação dos dados obtidos
durante a pesquisa, e por fim e não menos importante o capitulo IV, conclusão e as
recomendações, onde será apresentado as últimas considerações sobre o presente trabalho e a
síntese da pesquisa.

Pág. 1
1.2-Formulação do problema

O empreendedorismo é a capacidade e disposição de idealizar, gerenciar e realizar projetos;


transformar ideias em produto serviço ou negócio, uma atividade geradora de muitos benefícios
para as sociedades, economias e um todo, observa-se até agora um acesso moderado em função
dos riscos a serem suportados, existe uma coligação entre o empreendedorismo e a inovação,
as inovações são muito necessárias pois permitem que as empresas consigam acompanhar as
transformações que vêm com o tempo, uma corporação conservadora e inflexível pode ser
muito inefetiva… Com isso toda empresa deve adotar técnicas de gestão inovadoras que as
coloque em uma posição superior em relação a concorrência permitindo-as obter maior
estabilidade face a instabilidade que o mercado apresenta.

O benchmarking que consiste no processo de busca das melhores práticas de gestão empregues
no mercado surge no sentido de garantir maior solidez em relação as técnicas adotadas
para/numa empresa, este tipo de analise permite que uma empresa encontre as possíveis falhas
em seu desempenho e repare-os afim de oferecer produtos e serviços de qualidade ao público;
aumentando a eficiência das empresas, porém observa-se até então uma moderada aplicação e
estudo desta ferramenta, e muitas empresas não conhecendo-a ou não compreendendo a
influência que a mesma apresenta não a colocam em prática, e devido ao fraco estudo da mesma
muitas vezes a sua aplicação é errónea, dado isso surge a subsequente questão:

P1- Qual é o real impacto da aplicação do benchmarking nas empresas?

Pág. 2
1.3 – Hipóteses

H1- Deixa claro quais foram as estratégias de gestão que obtiveram êxito no mercado.

H2- O Benchmarking fornece informações que irão servir para que a empresa analise se existe
compatibilidade entre as suas técnicas, e as conhecidas como as mais adequadas de gestão em
seu mercado de atuação.

H3- Possibilita a compreensão das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa.

Pág. 3
1.4 – Justificativa

Elaboramos este tema pensando diretamente na realidade Angolana, na necessidade de criar


meios de subsistência, de motivar jovens como nós, e não só, a agregar valores para o mercado,
tornamo-nos os grandes empresários que admiramos, porém, não se pode negar que o mercado
empresarial é um ramo em constante mutação, tornando-se então uma responsabilidade dos
gestores estarem em constante atualização das melhores estratégias para o melhor
posicionamento da empresa. Neste sentido procuramos por uma ferramenta de gestão que
garantisse uma maior estabilidade para as mesmas, que as permitisse não cometer os mesmos
erros que outras em diversos sentidos, seja na comunicação com os clientes até a adoção de
técnicas de gestão e muitas outras decisões crucias, é então por nós apresentado o
Benchmarking, o mesmo pouco abordado e ao passar do tempo com o estudo feito pudemos
perceber que muitos não têm conhecimento do mesmo, suscitando-nos ainda mais o interesse
de desenvolver o tema, com o auxílio desta ferramenta de gestão a empresa inicia os seus
processos com uma maior segurança tendo analisado os seus procedimentos com base nas
melhores referências.

Para a comunidade estudantil e não só, este tema irá apresentar de forma resumida e direta as
vantagens de adotar o benchmarking como uma ferramenta de gestão, compreender melhor
sobre o seu estudo, como também aprofundar os conhecimentos em relação ao benchmarking,
foram estas as grandes motivações para a escolha deste tema.

Pág. 4
1.5 - Objetivos

1.5.1 - Objetivo Geral

-Avaliar o benchmarking como uma eficiente ferramenta de gestão para as empresas

1.5.2 - Objetivos específicos

-Destacar a relevância do empreendedorismo para a sociedade

-Explicar a necessidade de inovar em empreendimentos

-Apresentar o benchmarking como um diferencial para as empresas

-Demonstrar como o benchmarking pode ser aplicado

-Demonstrar de forma prática a eficiência do Benchmarking

1.6 - Procedimentos metodológicos

1.6.1-Definição de metodologia

Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos


utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é
necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que
possibilitou chegar ao conhecimento.

Conforme Marconi e Lakatos (2003), o método é o conjunto de atividades sistemáticas e


racionais, que permite com a maior segurança e economia alcançar o objetivo, traçando o
caminho a ser seguido, detetando erros e auxiliando as decisões do cientista.

O tipo de metodologia usada para a realização do trabalho foi a bibliográfica que utilizam
matérias e outras fontes para a obtenção do conhecimento

1.6.2-População

A população a ser considerada para este trabalho são os 220 trabalhadores e clientes da empresa
AVON situado em Angola, província de Luanda, município de Talatona.

Pág. 5
1.6.3-Amostra

A amostra considerada para este trabalho foi um total de 60 indivíduos, entre os quais cinco
funcionários do departamento de Recursos Humanos da Avon e 60 clientes (mulheres)

1.6.4 - Variáveis

1.6.4.2-Variáveis dependentes

-A permanência das empresas no mercado

1.6.4.3-Variáveis independentes

-Técnicas adequadas de gestão

-Atualização apropriada dos sistemas de gestão

-A atenção continua nos aspetos de inovação

1.6.5-Técnicas

A técnica usada para a realização do trabalho foi a descritiva onde observa elementos que
abordam bastante sobre monografias, com carácter mais exploratório, também pode agregar
valor em pesquisas voltadas ao mercado, também como técnica para a elaboração do presente
trabalho, além desta foi realizados revisão em livros que abordam sobre o empreendedorismo
e o benchmarking (ponto de referência), e por fim foi realizado um estudo de caso.

1.6.6-Instrumentos

Para a realização do presente trabalho utilizaram-se os seguintes materiais: computador,


telefone, livros que serviram de base para a aquisição dos conteúdos presentes na mesma.

1.6.7-Tipo de pesquisa

A pesquisa a ser usada no presente trabalho foi a bibliográfica que compreende o levantamento
de toda bibliografia já publicada baseada em livros, teses, dados em formato online.

Pág. 6
1.7-Limitação e delimitação do Trabalho

Limitação

O presente trabalho, com o tema o empreendedorismo e a aplicabilidade do benchmarking


limitasse a apresentar o empreendedorismo como uma atividade geradora de benefícios para a
sociedade, a necessidade da constante inovação; e o benchmarking como uma nova ferramenta
de gestão bastante útil para as empresas.

Delimitação

Esta pesquisa delimita- se a cidade de Luanda, município de Talatona, distrito Urbano Talatona.

Pág. 7
Capítulo II- Fundamentação teórica

2.1-Definição de termos e conceitos

Termos:

Empreendedorismo

A palavra empreendedorismo se originou a partir da palavra francesa “entrepreneur” que


significava “aquele que incentivava as brigas” e futuramente deu origem à palavra inglesa
“entrepreneurship”. “Entrepreneurship” é um neologismo da palavra “entrepreneur”.

Benchmarking

O Benchmarking surgiu na Americana Xerox. Nos anos 1970 a empresa já fazia pesquisas
sobre seus concorrentes e utilizava os dados para melhorar seus resultados. Mas foram os
japoneses que otimizaram a ferramenta e a usaram para dominar o mercado automobilístico nos
anos 1980.

Inovação

A inovação tem a sua origem no latim “innovatio; innovationes” (derivado do verbo “inovare”)
que significa renovação, mudança, ou seja, a ação de introduzir novidade ou mudanças em algo.
O início das reflexões sobre o conceito de inovação, é comumente atribuído aos trabalhos do
economista e cientista político Joseph Schumpeter em 1934.

Conceitos:

Empreendedorismo

Segundo Dornelas (2005), empreendedorismo é a transformação de ideias, oportunidades


através do envolvimento de pessoas e processos que gera a criação de negócios de sucesso.

De acordo com Hirsch e Peters (1992) apud Carloni e Michel (2006 p5) Empreendedorismo é
o processo de criar algo diferente e com valor dedicando tempo e esforço necessário assumindo
os riscos financeiros, psicológicos e socias correspondente e recebendo as consequentes
recompensas da satisfação económica e pessoal

Pág. 8
Para Angelo (2003) empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações
trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da aplicação de criatividade

Com base nestas definições foi por nos concluído que o empreendedorismo é o ato de criação
e implementação de projetos com o fim de gerar lucros económicos e socias.

Benchmarking

Segundo SPENDOLINI (1994, p. 10), benchmarking é “um processo contínuo e sistemático


para avaliar produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas
como representantes das melhores práticas, com a finalidade de melhoria organizacional”.

Conforme Araújo (2000, p. 185), a técnica do benchmarking é: Centrada na premissa de que é


imperativo explorar, compreender, analisar e utilizar as soluções de uma empresa, concorrente
ou não, diante de determinado problema, o benchmarking é uma excelente tecnologia de gestão
organizacional e oferece aos que acreditarem corretamente em seu potencial, alternativas que
aperfeiçoam processos organizacionais, produtos e serviços.

Já sob a ótica de MC NAIR & LEIBFRIED (1992) o benchmarking consiste em uma ferramenta
utilizada na obtenção das informações necessárias para apoiar a melhoria contínua e, através
dessa, auferir vantagem competitiva perante a concorrência.

Tendo em atenção as definições acima foi possível definir o benchmarking como uma
ferramenta de gestão que prima pelo aperfeiçoamento constante tendo em conta a analise de
técnicas já adotadas na empresa ou por outrem.

Inovação

Segundo Dosi (apud MAZZA 2013) defende que a inovação é um processo de solução de
problemas que envolvem a geração de valores para a organização.

De acordo a Unidade de Inovação, UK Department of Trade and Industry (2004) A inovação é


a boa exploração de novas ideias.

Segundo Peter Drucker, Innovation and Enterpreneurship.Harper & Row,NEW York 1985 A
inovação é a ferramenta especifica dos empreendedores pela qual eles se aprofundam nas

Pág. 9
mudanças como uma oportunidade para negócios ou serviço diferente. Pode ser considerada
como uma disciplina ser aprendida e ser praticada.

De acordo a estas definições podemos então concluir que a inovação é a introdução de novos
sistemas de gestão com vista a melhoria, e o desenvolvimento continuo.

Pág. 10
2.2- O Empreendedorismo

O empreendedorismo surgiu da tradução do termo inglês entrepreneuship, originado do verbo


francês entrepreneur que segundo Dornelas (2005) quer dizer aquele que assume riscos e
começa algo novo.

O conceito de empreendedorismo foi usado inicialmente pelo economista austríaco Joseph


Alois Schumpeter (1883-1945). Em 1942, ele publicou a Teoria da Destruição Criativa no livro
Capitalismo, Socialismo e Democracia. A teoria explica o empreendedorismo (criação de
produtos, serviços ou empresas inovadoras) como uma resposta a uma necessidade do
consumidor percebida pelo empreendedor.

No livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia”, o economista austríaco Joseph Schumpeter


associou o empreendedorismo ao desenvolvimento económico. Para ele, o empreendedor era
responsável pelo processo de destruição criativa: destruir o velho para se criar novos produtos,
novos métodos de produção e novos mercados. É por esse motivo que, até hoje,
empreendedorismo está muito ligado à inovação e à descoberta de novas oportunidades.

Na opinião de McClelland11 (1961 apud SANTOS, 2008), não é necessário, para ser
empreendedor, que o indivíduo tenha aberto uma empresa, ou seja dono de uma empresa.
Outras pessoas podem também ser empreendedoras. Para ele “um empreendedor é alguém que
exerce o controle sobre os meios de produção e produz mais do que ele pode consumir e em
decorrência vende (ou troca) essa produção objetivando renda pessoal (ou familiar)”
(McCLELLAND, 1961, p. 65 apud SANTOS, 2008).

Na prática o empreendedorismo é o processo de planejar, criar, desenvolver e gerir um negócio


ou projeto no mundo corporativo para lançar novos produtos, serviços ou tecnologias no
mercado. Esse processo “empreender” movimenta o mercado, trazendo benefícios financeiros
e sócias nas áreas de educação, saúde e segurança.

Assim, o papel do empreendedor se tornou um pilar na economia, afinal trata-se de um enorme


agente de mudanças, sendo responsável pelas novidades ofertadas aos consumidores e com
potencial para desenvolver grandes potências.

Pág. 11
2.3- O empreendedorismo e a inovação

Joseph A, Schumpeter (1883-1950) tornou-se uma referência, amplamente citada até os dias de
hoje, quando se discute a função empreendedora. Schumpeter (1961 apud SANTOS, 2008) e
sua obra Theory of Economic Development (Teoria do Desenvolvimento Econômico) trazem
uma grande contribuição teórica ao associar o empreendedor com a inovação e a partir daí com
o desenvolvimento económico. Schumpeter abordou o papel exercido pela inovação no
processo de empreender, na conexão do indivíduo empreendedor com ela.

Em decorrência, existe, para Schumpeter, um elo ligando o empreendedorismo à inovação, não


podendo, portanto, existir o primeiro sem o segundo ou vice-versa (SANTOS 2008).

Para a empresa de consultoria EPR Consultoria (2018), o empreendedorismo e inovação estão


diretamente relacionados e, para o alcance do sucesso de um negócio eles devem andar em
conjunto na criação e no cuidado com o seu desempenho. Nesse sentido, vale lembrar que uma
empresa precisa entrar no mercado com um diferencial que seja atualizado ao longo do tempo.

Inovação é a palavra de ordem no momento. Principalmente, entre a nova geração de


empreendedores que está surgindo no mercado. Prova disso é o número de startups, incubadoras
e empresas de inovação que estão surgindo a todo momento.

Em termos básicos, as startups são empresas jovens com um objetivo ambicioso de desenvolver
um produto ou serviço único para o mercado. Elas fazem isso, normalmente, ao identificar as
deficiências de um produto já existente e aprimorando-o com a tecnologia.

É necessário pensar fora da caixa, estar atento às necessidades do mercado, de olho naquilo que
ninguém ainda pensou e no que pode ser de grande utilidade para as pessoas.

Durante muito tempo, empreendedores consideravam que o melhor caminho era se adequar ao
que já fazia sucesso entre os consumidores. Isso garantia a presença no mercado e aumentava
a concorrência. Mas o que fazer quando o mercado globaliza e a oferta de determinado produto
ou serviço fica saturada? É hora de inovar e de considerar esse processo, não como um risco,
mas como uma oportunidade de crescimento.

Inovação é um novo impulso para qualquer negócio. E consiste em identificar oportunidades


de mercado, onde o resultado possa apresentar um lucro maior com menos gastos. O famoso
“mais com menos”. A inovação depende de criatividade, atitude, disciplina, estudo e resultado.

Pág. 12
Para inovar é preciso sair da zona de conforto e descobrir como criar algum produto novo e
revolucionário ou, ainda, um processo ou serviço que possa facilitar, fazendo a diferença na
vida das pessoas. Para isso, é preciso conhecer muito bem o seu negócio e as principais
demandas do seu público. A inovação atrai e fideliza clientes. Afinal, cada vez mais as pessoas
buscam produtos e serviços inovadores.

A inovação não precisa ser exatamente tecnológica, pode estar ligada a outro tipo de recurso.
Porém, não podemos deixar de considerar a utilização de recursos tecnológicos para agilizar e
facilitar todo o trabalho.

Optar por sistemas de gerenciamento virtuais que facilitem o dia a dia e que conduzam os
processos da empresa de forma automatizada vai proporcionar muito mais tempo para pensar e
desenvolver novas ideias. Por isso, é necessário saber sobre a importância de ter um software
eficiente para gestão de uma empresa.

Dessa maneira, a tecnologia é uma grande aliada para inovar, como por meio de tendências
como a automação, computação em nuvem, entre outros. Porém, além de investimentos, para
inovar com sucesso, três pontos merecem destaque, sendo eles:

Atender aos interesses dos consumidores;

Despertar a criatividade;

Ouvir a equipe que faz o negócio.

Empreendedorismo e inovação são meios para realizar entregas de valor que satisfaçam os
desejos e necessidades dos clientes internos e externos. Em conjunto, criam ou modificam
produtos, serviços, tecnologias e processos com soluções que rompem padrões estabelecidos e
impactam o contexto em que são aplicadas.

Dessa forma, o empreendedorismo garante que a empresa chegue ao mercado para a resolução
de um problema recorrente da sociedade que ainda não foi atendido, e a inovação garante o
diferencial do negócio frente à competitividade do mercado. Esse diferencial deve se manter
em constante desenvolvimento para a sustentabilidade da empresa, almejando, ainda, aumentar
seu market share.

Pág. 13
Um grande exemplo de negócio inovador do nosso cotidiano são os serviços de transporte
urbano por meio de aplicativos. Esses serviços vieram para substituir os táxis, pois se adaptaram
tanto à nova realidade quanto à tecnologia e à demanda da sociedade. Assim, passaram a
abranger uma grande parcela dos usuários de táxis e, ainda, pessoas que antes utilizavam outros
meios de transporte.

Empreender com sucesso é, inevitavelmente, ter a inovação no mindset da criação, pois o


empreendedorismo atende novas questões da sociedade e tem a iniciativa de colocar soluções
em prática. Entretanto, a empresa que manter sua solução engessada no tempo não consegue se
sustentar a longo prazo e, muito menos, crescer.

As organizações que incentivam o empreendedorismo e a inovação podem obter ganhos, tanto


na capacidade de comunicação e troca de informações dentro da organização como na
motivação dos funcionários ao exporem suas ideias e participarem ativamente das mudanças
organizacionais (NUNES, 2009), independente do contexto. Contudo, é fundamental que as
organizações propiciem ambientes favoráveis para o surgimento de ideias inovadoras. Dornelas
(2003, p. 117) afirma que “a organização deve incorporar o empreendedorismo em sua
estratégia de negócio, em seus valores organizacionais e deve definir metas de inovação, bem
como implementar meios para atingi-las.” O autor defende que a organização deve estimular o
comportamento inovador, propiciando a superação de possíveis barreiras existentes e
estabelecendo um plano para geração de inovação.

Muitas vezes não inovamos, pois, estamos na nossa zona de conforto e não queremos sair dela.
Uma das necessidades de um negócio é estar sempre inovando.

Pág. 14
2.4- O empreendedorismo em Angola

O empreendedorismo muda vidas, transforma economias e garante a independência financeira,


não é apenas um ato ilusório, é uma tentativa de mudar de vida.

Em Angola, o empreendedorismo tem estado no cerne das preocupações governamentais, sendo


este considerado uma parte vital do processo de crescimento da sua economia através da criação
de empresas. Ora, a crise financeira mundial de 2008 criou um desafio particular para a
economia, com a urgência de ter de deixar de depender dos recursos naturais e mudar a atenção
para o crescimento do sector privado de acordo com Rafael Marques de Morais (jornalista e
ativista dos direitos humanos angolano, 2011).

O poder legislativo e o executivo angolano, em conjunto, têm acompanhado a dinâmica


necessária à criação de legislação, programas e políticas governamentais de apoio à atividade
empresarial. Desde 2011 com a Lei n.º 30/11 de 13 de setembro, que estabelece as normas
relativas ao tratamento diferenciado que devem merecer as Micro, Pequenas e Médias Empresas
(MPME), bem como, as condições de acesso aos respetivos incentivos e facilidades, uma série
de outros documentos e instrumentos reguladores e instituições de apoio (de cariz executivo e
fiscalizador) têm sido implementados.

Em termos institucionais, a atividade empreendedorismo, é apoiada pelos seguintes Institutos


e Centros: Instituto de Fomento Empresarial (IFE), Instituto Nacional de Apoio a Pequenas e
Médias Empresas (INAPEM)10, Centro Locais de Empreendedorismo e Serviços de Emprego
(CLESE) e Balcão Único do Empreendedor (BUE).

O empreendedorismo influencia o crescimento económico através da “criação de novas


empresas e novos negócios, que por sua vez criam empregos, reforçam a competição, e podem
até aumentar a produtividade através de mudanças tecnológicas” (Acs, 2006, p. 97 para o Jornal
aberto de ciências socias).

São muitos os obstáculos no caminho de quem empreende, seja a queda nas vendas, aumento
de impostos, falta de pessoal, dificuldade de obter crédito, entre tantos outros desafios. Para
superar tudo isso, é preciso uma boa estratégia, saber como controlar as finanças da empresa e,
acima de tudo, ter muita resiliência. E isso tem de sobra nas histórias de quem começou do zero
e alcançou o sucesso. Segundo a escola de negócios FIA (2021) conhecer as suas jornadas, pode
inspirar outros empreendedores a seguir adiante, independentemente das dificuldades. Afinal,

Pág. 15
repetir os seus acertos e evitar os seus erros pode poupar novos empresários de muitas deceções.
E mesmo sem ter atenção aí começamos a evidenciar o benchmarking nos nossos negócios.

2-5- O Benchmarking

O trabalho em questão teve em atenção abordar sobre a necessidade da constante inovação pois
muitas das vezes as empresas caiem na mesmice, o que consequentemente leva ao seu
desaparecimento até porque adequar-se as transformações do mercado entre outros fatores é
que garante o bom funcionamento continuo das empresas.

Uma das principais características do mundo moderno em que vivemos foi a grande mudança
que acarretou em todos os sectores da sociedade. Tais mudanças são muito evidentes nos
sectores da economia e serviços, exigindo urgentes adaptações a esse rápido processo de
desenvolvimento. O maior desafio hoje para qualquer tipo de empreendimento, quer vise lucro
ou não, é manter-se atualizado e sempre a frente neste mercado.

Nas condições atuais de competição, a procura de vantagens competitivas tornou-se um critério


indispensável para a sobrevivência das organizações, as empresas que não procuram
acompanhar estas mudanças autocondenam-se ao desaparecimento.

Deste modo a melhoria contínua passa a ser uma arma muito poderosa para aqueles que desejam
manter-se competitivos. Pois mais eficaz do que entrar neste mercado agressivo e em constante
mutação é manter-se, e desenvolver-se no mesmo, pois a ruína de uma empresa não representa
apenas o sonho “destruído” de um empreendedor como também o desemprego de outras
pessoas. É apresentado então uma estratégia que impulsiona a melhoria continua, o
Benchmarking.

Em livre tradução, “benchmarking” significa “ponto de referência”. No contexto corporativo,


benchmarking se refere ao processo em que uma empresa pesquisa e avalia as práticas e
estratégias adotadas por outras organizações que atuam no mesmo mercado.

Para Michael J. Spendolini (1993, p. 10), o benchmarking pode ser definido como “um
processo contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e processo de trabalho de
organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade
de melhoria organizacional”. Essa definição parece bem completa, quando mostra ou mesmo
apresenta o benchmarking como um processo contínuo e sistemático, enfatizando assim o

Pág. 16
carácter metodológico que tal técnica apresenta. Assim, percebe-se que o benchmarking deve
seguir um rigor metodológico ao ser utilizado.

Michael J. Spendolini (1993) e Robert C. Camp (1998) também conhecido como o pai do
benchmarking, afirmam que a técnica do benchmarking, por apresentar certa flexibilidade, é
perfeitamente adaptável a qualquer tipo de organização ou empreendimentos empresariais, que
poderão se beneficiar das vantagens desta técnica, em especial, ao entenderem a mesma como
uma ferramenta de gestão organizacional.

O Benchmarking tornou-se uma das mais valiosas ferramentas para o sucesso das organizações
interessadas no aumento da produtividade, na melhoria contínua e no desempenho excelente.
O método, nada mais é do que aprender com as experiências positivas ou não de outros. Uma
das maiores autoridades mundiais no assunto e precursor do método, Robert Camp (1996),
aborda no seu livro: “Benchmarking dos processos de negócio” a gestão do Benchmarking, que,
no seu entender, é determinante do seu sucesso. Segundo o autor (1998: 128; cit. Doliveiras et
al., 2010), o Benchmarking é a “busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao
desempenho superior”. É um processo que começa com uma empresa identificando quais são
as suas forças e fraquezas em relação a empresas concorrentes e não concorrentes que possuem
desempenho superior, ou seja, empresas que são capazes de melhor realizar processos
necessários a um melhor desempenho

Basicamente, os pilares do benchmarking são quatro: analisar, interpretar, avaliar e mensurar o


comportamento e gerenciamento da concorrência e não só. É a partir dessas práticas que a
empresa terá a chance de criar em cima do que já é realizado e por que não? Até superar a
concorrência!

Pág. 17
2.6-Fases de implementação do Benchmarking

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, benchmarking não é espionagem, copiar um


processo ou serviço, rápido e fácil de realizar e nem um modismo para se administrar melhor.

Para aplicação do benchmarking, como todo processo, é preciso seguir algumas regras e
procedimentos para que os objetivos sejam alcançados e exista uma constante melhoria do
mesmo. Nesse processo, existem então as seguintes fases apresentadas no quadro abaixo.

Fonte: Amarildo de Souza Nogueira Livro Logística Empresarial 2ª edição– Grupo GEN ,editora Atlas, 2018.

A empresa interessada em implantar benchmarking deve analisar os seguintes fatores: ramo,


objetivo, amplitude, diferenças organizacionais e custos, antes da definição ou aplicação do
melhor método, pois cada empresa individualmente tem as suas necessidades que devem ser
avaliadas antecipadamente à aplicação do processo.

1ª Fase: Planejar

Entender detalhadamente o objeto do estudo de benchmarking. Assim, é necessário:

-Objetivos estratégicos

-Fatores críticos de sucesso

Pág. 18
-Diferencial perante a concorrência

-Contribuição para a relação receita/despesa

-Importância para a satisfação do cliente

2ªFase: Coletar

Definir claramente o que deve ser coletado. É importante entender que nenhuma fonte de
informação é capaz de suprir todas as informações relativas ao parceiro de benchmarking.
Quanto mais informações antecipadas são obtidas sobre os parceiros, mais objetiva e direta será
a visita à empresa caso seja necessária.

3ªFase: Analisar

A determinação precisa dos diferenciais ou das razões das diferenças de desempenho


encontradas é a essência e o principal benefício do estudo de benchmarking.

4ªFase: Adaptar

Antes de implementar qualquer melhoria visualizada no processo de benchmarking, é


necessário analisar se realmente vale a pena. É importante se lembrar de que em alguns
processos nem sempre o que é bom para uma empresa é bom para outra também, porém existem
aspetos significativos que se podem colocar em prática. Assim, é importante questionar:

As melhores práticas podem ser incorporadas?

O que pode ser mudado/melhorado?

Como as mudanças podem ser implementadas?

Existem barreiras à mudança?

Qual o impacto da mudança no negócio?

Quanto vai custar a mudança?

Quanto tempo vai demorar?

Pág. 19
5ªFase: Melhorar

Avaliar se os benchmarks (referências) obtidos continuam sendo referenciais de excelência e


ainda representam as melhores práticas de mercado. Além da avaliação, é importante
acompanhar se o processo está sendo colocado em prática, pois é normal do ser humano, quando
não cobrado, se esquecer do que foi implementado.

Portanto, benchmarking não é uma maneira mágica de resolver um problema, mas um processo
em que temos a oportunidade de facilitar a implementação de um novo projeto. Com um
benchmarking de sucesso, todos ganham: consumidor, organização e colaboradores. Pois as
melhores práticas aplicadas trazem melhorias para todos!

Pág. 20
2.7- Tipos de benchmarking

Há na literatura algumas divergências entre autores quanto a questão dos tipos de benchmarking
existentes. Autores como Michael J. Spendolini (1993), Araújo Júnior (2001) e Araújo (2000)
afirmam haver apenas três tipos de benchmarking: o interno, o competitivo e o funcional ou
genérico. Porém, autores como Robert C Camp (1998), Dias (2008) e Amaral Júnior (1993)
concordam que existe quatro tipos: o interno, o competitivo, o funcional e o genérico. Na
verdade, o ponto de divergência entre estes autores está entre o benchmarking funcional e o
genérico, ou seja, uns colocam tais tipos de benchmarking de forma separada, enquanto outros
os colocam como único. Para efeito deste trabalho, será considerado apenas os três tipos citados
por Spendolini (1993), Araújo Junior (2001) e Araújo (2000), visto que de fato há grande
semelhança entre o benchmarking funcional e o genérico.

Benchmarking interno

Este tipo de benchmarking é desenvolvido e praticado dentro da própria empresa. O que se


espera com essa prática é identificar dentro da organização as melhores práticas com o objetivo
de disseminá-las por todas as áreas da empresa. É tanto uma forma de busca de melhorias,
quanto uma oportunidade de autoconhecimento para a empresa.

Benchmarking competitivo

Nesta categoria, as ações são diretamente orientadas para detetar as melhores práticas dos
concorrentes. Esse tipo de benchmarking tem sua essência na concorrência existente entre as
empresas e na luta por manter-se sempre à frente no mercado. Sua principal vantagem é
possibilitar um posicionamento de destaque no mercado à organização que está aprendendo de
seus concorrentes.

Benchmarking funcional/genérico

Neste tipo de benchmarking a ideia de concorrência não existe.

O foco está em identificar técnicas interessantes adotadas por empresas tidas como excelentes,
porém não necessariamente concorrentes. Nesta perspetiva qualquer processo realizado por
uma empresa poderá servir de parâmetro para possíveis melhorias. Estes tipos de
benchmarking, quer seja utilizado individuais, quer seja utilizado de forma conjunta, devem na
verdade buscar soluções para a organização. Eles precisam cumprir o objetivo do

Pág. 21
benchmarking, que para Amaral Júnior (1993, p. 9) é: “descobrir como se tornar o melhor em
um determinado processo. Ele por si só não melhora o desempenho. É preciso que as
informações coletadas sejam analisadas e transformadas em ações estratégicas para se obter
uma vantagem competitiva.”

Pág. 22
2.7.1- Princípios do Benchmarking

Tendo em analise o artigo de Ivan Nunes de Castro, diretor de vendas global da empresa SMB
e enterprise, para realizar essa comparação, não basta coletar dados e compará-los. É preciso
seguir alguns princípios éticos, garantindo não só a boa execução do processo, mas também
resultados. Com base nisso existem alguns princípios a serem levados em conta.

Entre eles:

Legalidade

É indispensável que todos os dados sejam obtidos de maneira legal e transparente. Se for
necessário solicitá-los a uma empresa, é preciso tomar cuidado com a discussão de preços e a
manipulação do mercado, por exemplo.

Troca

Ao solicitar informações específicas, vale oferecer dados equivalentes em troca. Manter a


honestidade é fundamental, assim como o senso de parceria e de colaboração.

Confidencialidade

Qualquer informação de um benchmarking deve ter a finalidade de estudo, aprendizado e


desenvolvimento. Como prejudicar os concorrentes não é ético, a confidencialidade é
obrigatória. A menos que o empreendimento aceite a divulgação específica dos dados, eles
devem ser mantidos ocultos.

Contacto

Para melhorar os resultados, o ideal é que as informações circulem nos chamados contactos de
benchmarking. A seleção de profissionais específicos para ambas a parte faz com que as
informações não vazem e garante atendimento às necessidades de coleta de informações.

Preparação

Demonstrar preparação é essencial para aproveitar o benchmarking. Saber quais dados são
necessários, como eles serão usados e por que são importantes são pontos essenciais para o
aproveitamento eficiente dos recursos.

Pág. 23
2.8- Objetivos do benchmarking

Tendo em analise o artigo publicado pela escola de negócios FIA (2022) qualquer organização,
pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer sector ou porte, pode utilizar o
benchmarking para entender e melhorar os seus processos.

O objetivo central do benchmarking é melhorar o desempenho de um processo, tarefa, estratégia


ou qualquer outra atividade dentro da empresa, tendo como base as práticas que deram certo
para os concorrentes.

Mas o processo também se desdobra em outras metas, por exemplo:

Mapear as principais tendências do seu segmento e nicho de mercado

Entender as oportunidades e ameaças do sector, como ocorre na Análise SWOT

Estudar casos de sucesso de empresas do mesmo segmento que o seu ou que miram o mesmo
público-alvo

Conhecer melhor os processos e métricas da sua própria empresa

Engajar os colaboradores nos objetivos do negócio, usando como exemplo o sucesso de


empresas que aplicaram estratégias parecidas e foram bem-sucedidas

Conhecer melhor o mercado em que você está inserido e o posicionamento de cada concorrente

Promover o aprendizado de gestão e planejamento com base na trajetória de outras empresas

Tomar decisões sobre investimentos futuros, partindo da realidade de concorrentes e do


mercado como um todo.

Entre os principais objetivos do Benchmarking destacam-se os seguintes:

Descobrir práticas de sucesso de empresas que já têm conhecimento estabelecido sobre um


determinado assunto;

Identificar novas tendências e sair à frente;

Receber novas referências de empresas que atuam no mesmo segmento que o seu;

Pág. 24
Criar um plano para desenvolver estratégias e habilidades que colocarão a empresa no rumo do
crescimento;

Melhorar o conhecimento que a organização tem de si mesma;

Aprimorar seus processos e práticas empresariais para chegar o mais próximo da excelência;

Motivar sua equipe para alcançar objetivos realizáveis, já atingidos por outras empresas;

Ganhar maior conhecimento do mercado;

Aprender com quem já passou pelos mesmos desafios;

Buscar redução de custos, aumento na produtividade e ampliação na margem de lucro.

Pág. 25
2.9- Benefícios do benchmarking

Do Benchmarking, podem beneficiar as empresas, independentemente da dimensão, dos


seguintes sectores de atividade (comércio; indústria; prestação de serviços às empresas;
construção; logística e transportes, ou seja, aplica-se a quase todas as empresas) ou entidades
da envolvente empresarial, como ferramenta de apoio ao aconselhamento às empresas suas
clientes.

Quem pensa que o estudo das melhores práticas é algo que só cabe às grandes corporações está
enganado. Não importa o tamanho da companhia ou agência, fazer benchmarking é
fundamental, o benchmarking mune de técnicas de melhoria a qualquer um na envolvente
negocial.

O feedback recebido sobre o que está funcionando ou não no mercado, ajuda os executivos a
tomarem melhores decisões a fim de melhorarem seus resultados e desenvolverem seus
negócios.

De uma forma geral, cada empresa identifica os fatores que impactam a sua performance e
mercado em relação a estes fatores.

Eles servirão assim de “benchmark”, ou seja, referência que poderá ser usada pela equipe de
marketing para desenvolver iniciativas que melhorem a posição da empresa ou aumentem a sua
fatia de mercado. Uma atitude excessivamente reativa aos resultados do benchmarking pode
ser, inclusive, prejudicial. O uso correto, porém, pode trazer incontáveis benefícios.

Entre eles:

Ampliação do conhecimento do gestor sobre o funcionamento da própria organização

Para que possa ter dados sólidos para comparar com as informações das outras empresas, é
preciso fazer um levantamento de tudo o que se passa na companhia. Assim, todos os processos
da empresa serão mapeados. Desse modo, ao aplicar o método do benchmarking, o gestor ficará
a saber sobre tudo o que se passa na empresa. Isso fará com que gargalos sejam identificados e
que melhorias sejam aplicadas antes mesmo de se iniciar o processo comparativo com as outras
empresas.

Pág. 26
Identificação sobre como o mercado se movimenta

O dia a dia corrido nas empresas faz com que tenhamos foco apenas em nosso negócio e naquilo
que estamos nos propondo a fazer. Essa realidade por um lado é positiva, mas por outro nos
deixa reféns do universo em que nossa empresa está envolva, sem que sejam observados aspetos
de mercado que talvez já estejam sendo analisados pela concorrência.

Talvez, a empresa esteja se preocupando muito com telefonia, enquanto para os concorrentes
isso já é ultrapassado e eles estão já desenvolvendo ferramentas mais eficientes de inteligência
artificial.

Verificação sobre o que os concorrentes têm feito para se destacar

Nenhuma empresa fica parada no mercado, caso contrário não conseguirá se manter viva e com
clientes. Por isso, verificar o que os concorrentes têm feito para se destacar é relevante.

Com base nessas informações, será possível investir em ações ainda melhores que as das outras
empresas. Isso fará com que a companhia seja vista como pioneira pelos clientes, aumentando
o destaque e relevância da marca.

Aumento nas vendas e facturamento

Na prática do benchmarking uma coisa puxa a outra. Logo, com mais destaque e relevância da
marca, haverá um aumento nas vendas e no facturamento da empresa. Afinal, os clientes
perceberão a empresa como a mais qualificada, caso consiga se manter adiante das concorrentes
no mercado.

Redução de custos

Há uma redução de custos considerável ao aplicar o benchmarking, uma vez que as verbas são
destinadas para aquilo que realmente se sabe que dará resultados. Assim, ao identificar que algo
deu errado e trouxe prejuízo para uma concorrente, por exemplo, não repetirá no seu negócio.

Prevenção de erros

O benchmarking possibilita que erros cometidos no passado não se repitam na empresa. Além
disso, deixa claro quais foram as estratégias da concorrência que não obtiveram êxito, de modo
que não se repitam em um negócio.

Pág. 27
2.10- A importância do benchmarking

A comparação é algo natural. Para crescer e desenvolver, queremos saber como nos
posicionamos em relação aos outros.

Para uma melhor compreensão da importância do benchmarking analisemos o quadro abaixo


da autoria de Robert C. Camp (1994) onde resume do uso da ferramenta comparando empresas
com e sem benchmarking.

Empresa sem benchmarking Empresa com benchmarking


1.Definição das necessidades dos clientes
Baseada no passado, no "achismo" e "impreciso" Baseada no mercado, criteriosa e precisa.
2.Estabelecimento de objetivo e metas
Pouco foco externo, reativo e retardatário Exequível, pró-ativo e focada na
liderança
3.Medição de produtividade
Caminho mais fácil com menos resistência sem Solução de problemas reais,
conhecimento das forças e fraquezas compreensão do desempenho e baseada
nas melhores práticas
4.Competividade
Voltada para dentro com mudanças esperadas e Compreensão da concorrência, novas
evolutivas sem muitas responsabilidades ideias para processos e tecnologias
testadas com responsabilidades
5.As melhores práticas
Síndrome de "não invente aqui" com soluções Busca por mudança com muitas opções e
esperadas inovações

Fonte: Marcos Ronaldo, Holder Kohl, Sérgio B. Elias. Manual do Benchmarking, Brasil, Imprensa Universitária
2015, página nª32

O ditado “a grama do vizinho é sempre mais verde”? O benchmarking quebra um pouco essa
ideia. Ao realizar uma pesquisa mais aprofundada e fazer uma comparação com outras
empresas, você consegue visualizar melhor as dores de cada negócio ou segmento.

Pág. 28
Os desafios podem ser diferentes, já que cada negócio tem a sua própria realidade. Mas dentro
do mesmo segmento, será possível se identificar com muitos pontos de melhoria dos
concorrentes. Afinal, cada um tem as suas dificuldades e pontos que precisam ser melhorados.
Fazer benchmarking é muito saudável para o negócio, pois através dele é possível ter novas
ideias e soluções a partir do modo que as empresas concorrentes estudadas reagem aos
problemas, e contexto semelhantes aos que você enfrenta.

Finalizando, o benchmarking não deve ser visto como uma ação pontual, mas sim como uma
ferramenta de gestão que, continuamente, mostra onde estamos, determina para onde
precisamos ir, objetivando o aumento de eficiência e eficácia de nossos processos e produtos.

Pág. 29
Capítulo III- Análise e interpretação de dados da empresa “AVON”

3.1- Apresentação da empresa

Avon Cosméticos ou simplesmente Avon, é uma empresa de cosméticos. Sua história teve
início em 1886 quando David H. McConnell fundou a Califórnia Perfume Company, uma
empresa nova-iorquina que se tornaria mais tarde a Avon. Como um vendedor de livros, embora
em todos os sentidos bem-sucedido, ele teve uma ideia empreendedora e lançou um perfume
rosa como um incentivo grátis para incentivar as pessoas a comprarem mais os seus livros. A
Avon começou a sua história como a conhecemos hoje em 1886, graças a Sra. Persus Foster
Eames Albee, a primeira revendedora da Avon. A Srta. Albee vendia perfumes de porta em
porta e para aumentar as vendas, decidiu recrutar uma equipe de consultoras por conta própria.

A revenda de produtos de beleza se tornou um sucesso em pouco tempo, oferecia às mulheres


a chance de trabalhar por conta própria em um momento em que elas tinham poucas
oportunidades de fazer isso.

Atualmente, a principal sede está em Nova York (EUA), mas a Avon Products Inc. tem
aproximadamente 18 fábricas em 15 países diferentes, alcançando um facturamento líquido
capaz de colocar a empresa no topo do ranking de empresas do segmento. Sheri McCoy é a
presidente mundial da Avon desde 2012. Em 2018, Jan Zijderveld, ex-presidente da divisão
europeia da Unilever, assumiu a companhia após a saída de Sheri McCoy, sendo propriedade
da Natura &Co (73%)

A pesquisa de estudo apresentada neste trabalho foi realizada na filial localizada em Angola,
Luanda no Município de Talatona, Distrito Urbano do Talatona.

3.2 - Definição da empresa

A empresa “AVON Cosméticos” caracteriza-se como uma empresa do sector comercial,


definida como uma grande empresa, juridicamente é representada em nome coletivo, é uma
empresa do tipo capital aberto trabalhando com um grande número de revendedoras, atualmente
não só na sede, mas também nas suas filias conta com aproximadamente um milhão de
funcionários fixos.

Pág. 30
3.3- Missão, Visão e Valores

Missão: Ser a marca de escolha das mulheres, líder em vendas diretas, a maior fundação para
as mulheres.

Visão: Ser a companhia que melhor entende e satisfaz as necessidades de produtos, serviços e
autorrealização das mulheres no mundo todo.

Valores: Confiança, respeito, humildade, integridade.

3.4 – Objetivos

A empresa tem como um dos objetivos ajudar as mulheres a se sentirem mais confiantes e
bonitas. Além disso, a Avon tem uma rede mundial de mulheres empresárias que trabalham
como revendedoras dos produtos da empresa, empoderar mulheres, promover independência
financeira e realçar todo tipo de beleza são os principais objetivos da Avon.

Pág. 31
3.5 - Analise SWOT

A análise S.W.O.T é uma ferramenta utilizada para a formulação de estratégias. No quadro


abaixo apresentamos o ambiente interno e externo da empresa AVON(Angola)

Internos

Forças Fraquezas

Excelente Plataforma online Marca jovem em Angola e ainda


Capacidade de inovação, primeira marca de pouco conhecida
beleza a produzir o protinol Pouco Marketing e publicidade em
Capacidades de gerar renda extra através das Angola
revendas de produtos Pouca transparência do negócio
Localização privilegiada
Externos

Oportunidades Ameaças

Nicho de consumidores recetivo Concorrência com mais tempo no


Produtos complementares mercado Angolano
A demanda de novos produtos Alta taxa para a importação dos
produtos

Pág. 32
3.6 Análise e interpretação de dados

Para o alcance dos objetivos da nossa análise fez-nos subdividir a pesquisa em duas fases
distintas. Na primeira realizou-se entrevistas de forma estruturada com a responsável pelos
Recursos Humanos da Avon Cosméticos Lena Rodrigues entre outros membros da
administração. A segunda foi realizada com alguns trabalhadores em pleno momento de labor,
se prestaram a responder as nossas questões. Umas com maior precisão outras nem tanto, devido
a concentração no trabalho e constantes mutações de lugar.

3.6.1 População

Como população consideramos os 20 funcionários que colaboram na Avon Cosméticos, e as


200 mulheres que formam a média de clientes diários da empresa em analise e da sua
concorrente direta, totalizando 220.

3.6.2 Amostragem

Os dados amostrais, para sua recolha foram utilizadas técnicas de entrevistas dirigidas
quantitativas e qualitativas. Face as dificuldades de trabalho, como o pouco tempo livre dos
entrevistados e a questão psicológica do momento de muitos em responder as nossas questões
tomou-se então a área administrativa, constituída por 5 funcionárias e as 60 clientes inqueridas
totalizando 65.

3.6.3 Perfil dos entrevistados

As entrevistas foram realizadas a área administrativa, por constituir a população alvo do nosso
estudo, e ser então a área com maior domínio sobre as práticas de gestão da empresa, com
idades compreendidas entre 18 aos 35 anos, do sexo feminino, ainda este inquérito estendeu-se
as clientes, para então realizar uma análise comparativa.

Pág. 33
Apresentamos a seguir as tabelas que ilustram estes dados:

Tabela Nª1: Distribuição dos inqueridos por sexo.

Fonte: Elaboração própria

Entrevistado Sexo %
Masculino Femenino
Func.
Administrativo 5 7,6
Clientes 60 92,3
Total de
entrevistados 65 100

Título do Gráfico
100

80

60

40

20

0
Func. Clientes Total
Adiministrativo

Sexo %

Gráfico Nª1: Distribuição dos inqueridos por sexo

Fonte: Elaboração própria

Ao analisar e interpretar esta tabela, bem como o gráfico concluímos que, 100% das
inqueridas correspondem ao sexo feminino, sendo 92,3% clientes, e 7,6% funcionárias
administrativas da empresa.

Pág. 34
Tabela Nº2- Referente as estratégias incorporadas pela Avon Cosméticos relativamente à
concorrência

Fonte: Elaboração própria

Respostas Frequência %
Limitadoras 1 20
Auxiliares 2 40
Negativas 0
Eficientes 2 40
Total 5 100

100

80

60

40

20

0
Limitadoras Auxiliares Negativas Eficientes Total
Frequência %

Gráfico Nª2- Referente as estratégias incorporadas pela Avon Cosméticos relativamente à


concorrência

Fonte: Elaboração própria

Das 5 inqueridas, 20% apontou as estratégias incorporadas pela Avon cosméticos face à
concorrência limitadoras, já, 40% das inqueridas as consideram auxiliares, e por fim 40% as
tomam por eficientes, pois possibilita uma melhor visão sobre como diferenciar-se perante a
mesma, acresceram.

Pág. 35
Tabela Nª3- Referente a eficiência das estratégias adotadas provenientes da sede

Fonte: Elaboração própria

Resposta Frequência %
Limitadoras 1 20
Auxiliares 2 40
Negativas 0
Eficientes 2 40
Total 5 100

Gráfico Nª3- Referente a eficiência das estratégias adotadas provenientes da sede

Fonte: Elaboração própria

100

80

60

40

20

0
Limitadoras Auxiliares Negativas Eficientes Total
Frequência %

Das 5 inqueridas, 20% apontaram que ao utilizar as estratégias adotadas pela sede sentem uma
pequena limitação, pois os países são diferentes bem como as exigências, já para 40%
auxiliares, pois são ideias e estratégias que já deram certo, logo iniciam os seus processos com
uma vantagem, por fim para 40% das inqueridas as estratégias são eficientes para a gestão diária
da empresa, concluíram sem mais argumentos.

Pág. 36
Tabela Nª4- Referente a visão que as gestoras têm em relação ao Benchmarking

Fonte: Elaboração própria

Respostas Frequência %
Otimiza a rotina da empresa 0 0
Ofereceu uma visão abrangente sobre a
concorrência 1 10
Fácil resolução de problemas diários 0 0
Melhora os procedimentos da empresa nas suas
mais diversas áreas ou departamentos 4 90
Total 5 100

Frequência %

0 20 40 60 80 100

Total

Melhora os procedimentos da empresa


nas suas mais diversas áreas ou…

Fácil resolução de problemas diários

Ofereceu uma visão abrangente sobre a


concorrência

Otimiza a rotina da empresa

0 2 4 6

Gráfico Nª4- Referente a visão que os gestores têm em relação ao Benchmarking

Fonte: Elaboração própria

Com base no gráfico apresentado acima, é possível observar que para 90% das inqueridas o
Benchmarking é uma ferramenta de gestão que melhora os procedimentos da empresa, e apenas
para 10% o Benchmarking oferece uma visão abrangente sobre a concorrência.

Pág. 37
Tendo em conta que a nossa amostra é probabilística, para uma melhor perceção foi então
realizado um estudo comparativo entre a Avon e uma das suas maiores concorrentes, o
Boticário empresa esta que oferece produtos similares ao mercado, com o fim de apresentar um
estudo comparativo entre as mesmas, foram inqueridas para esta pesquisa 60 mulheres.

Tabela Nª5- Referente a Avon perante a sua concorrência

Fonte: Elaboração própria

Frequência Respostas %
Cliente Avon 14 23,3
Cliente Boticário 23 38,3
Não conhecem a Avon 8 13,3
Cliente de ambas 15 25
Total 60 100

Gráfico Nª5- Referente a Avon perante a sua concorrência

Fonte: Elaboração própria

Respostas

Cliente Avon Cliente Boticário


Não reconhecem a marca Cliente de ambas
Total

Das inqueridas 23,3% são clientes da Avon, enquanto que, 38,3% são clientes da Boticário
sendo 25% clientes de ambas empresa, estas apontaram que são clientes a mais tempo do
Boticário, mas atualmente têm aderido à Avon devido a veracidade dos seus preços, pois os
produtos Boticários sofrem muitas alterações durante a sua venda/revenda, por outro lado os
produtos da Avon são vendidos tendo acompanhado o catálogo, logo existe menos disparidade
Pág. 38
relativamente ao preço de venda, foi possível observar através da pesquisa que 13,3% das
inqueridas não conhecem a Avon, e nunca ouviram falar sobre, o que demonstra um marketing
fraco no mercado Angolano.

Pág. 39
Capítulo IV- Conclusão e recomendações

4.1 – Conclusão

A presente pesquisa teve como finalidade o estudo sobre o empreendedorismo e a aplicabilidade


do benchmarking, os objetivos estabelecidos anteriormente foram alcançados, bem como as
hipóteses levantadas confirmadas, pois com base na pesquisa realizada, constatou-se que, de
facto, o benchmarking pode vir a ser uma solução inteligente, adotada por diversos, visto que
por ser uma estratégia ampla adequa-se a todo tipo de empresa para a busca de melhorias. A
técnica do benchmarking apresenta grandes vantagens, porém é necessário que seus
procedimentos sejam devidamente entendidos e sua prática seja realizada por alguém com
experiência em seu uso.

Foi possível ainda responder a problemática levantada inicialmente, “Qual o impacto do


benchmarking para as empresas” com base na pesquisa realizada a empresa Avon cosméticos,
verificou-se que, de facto, esta ferramenta tende a melhorar o seu desempenho através do
aperfeiçoamento continuo em seus processos, ainda com o estudo foi possível compreender a
eficiência das estratégias aplicadas perante a concorrência sendo estas; limitadoras em uma
pequena percentagem, na sua maioria auxiliar e eficiente como é possível observar no gráfico
Nª2, destacar que, melhora os procedimentos da empresa nas suas mais diversas áreas ou
departamentos como pode observar-se no gráfico Nº 4, durante a pesquisa foi possível observar
que a pratica da disseminação das melhores estratégias são um tanto limitadoras, mas acima
disso auxiliares e eficientes, até porque para a empesa em estudo as estratégias adotadas que
provêm da sede realmente oferecem uma vantagem competitiva..

Frisar que, esta pesquisa teve o intuito de trazer ao leitor uma visão mais ampla sobre o
benchmarking não apenas como mais uma estratégia ou um modismo para se administrar
melhor, mas uma estratégia diferenciada e inovadora que possibilita que as empresas iniciem
os seus processos com as melhores práticas do mercado que se encontra, e não só, garantido
uma maior estabilidade e uma grande vantagem perante a concorrência.

Pág. 40
4.2 - Recomendações

Tendo em conta os resultados dos dados apresentados em prol da pesquisa sugerimos:

A todo e qualquer indivíduo a permitir-se empreender, pois empreender não se limita apenas a
arrecadar valores financeiros vai além, movimenta o mercado e permite a independência
financeira.

A todo e qualquer empreendimento, o uso do benchmarking visto que assegura uma maior
estabilidade, pois verificou-se que esta ferramenta tende a melhorar o seu desempenho através
do aperfeiçoamento continuo em seus processos, auxiliando na compreensão das mudanças do
ambiente externo e interno.

A comunidade estudantil; mais pesquisas sobre esta ferramenta que é o benchmarking e a sua
implementação, visto que ao longo desta pesquisa observamos que o estudo sobre a mesma
ainda é escasso não só pelas empresas como também pelos estudantes;

Aos gestores, a implementação do Benchmarking como uma das ferramentas para o seu
posicionamento competitivo.

À empresa Avon, ainda recente no mercado e em um bom ritmo, numa fase significativa de
crescimento e que provavelmente será determinante para os próximos anos que se avizinham,
que invista mais no seu marketing pois apesar de ser uma empresa internacional e de grande
renome internacionalmente, tem muito a desenvolver no mercado Angolano, pelo que não se
limite e invista bastante no mercado Angolano, uma vez que é um ambiente bastante favorável
para o seu desenvolvimento, pois como foi visto nesta pesquisa, ainda existe um grande
percurso para de facto superar a concorrência.

Pág. 41
Referências bibliográficas

ARAÚJO JÚNIOR, Rogério Henrique de. Benchmarking. In: TARAPANOFF, Kira (Org.).
Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: EDUNB, 2001. p. 241-263.

Amaral Júnior, Geraldo. Benchmarking: a arte de vencer com o acerto dos outros e vencer a
competição. Enfoque, São Paulo, v.3, ano XX, p. 8-11, jul. / set., 1993.

Cardia, W & Grings Z. (2013). Benchmarking mais do que um conceito de moda. Disponível
em https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/32800/1/2019.04.031_.pdf

CAMP, Robert C. Benchmarking: o caminho da qualidade total; identificando, analisando e


adaptando as melhores práticas da administração que levam à maximização da performance
empresarial. 3a ed., São Paulo, SP, Ed. Pioneira, 2002. 250 p

Camp, R.C. (2010). O Caminho da Qualidade Total. 3a ed. São Paulo: Cengage Learning (Ed

Empresas numa-economia-competitiva https://gennegociosegestao.com.br/benchmarking-de-


sucesso-como-fazer/ para implantação bem-sucedida, imprensa UNIVERSITÁRIA, Fortaleza
2015

https://maisretorno.com/portal/termos/e/empreendimento
https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/14640/1/Almeida_Aldair.pdf

https.://news.comschool.com.br/saiba-o-que-e-benchmarking-competitivo-e-como-fazer/
https://www.faculdadefgi.com.br/post/a-importancia-do-benchmarking
https://stoom.com.br/benchmarking/ https://neilpatel.com/br/blog/benchmarking/

https://sites.google.com/site/edyneydasilvajunior/empreendedorismo/conceitosdeempreended
orismo
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos08/516_516_benchmarking_logistico_seget.pdf

https://www.teclogica.com.br/entenda-a-importancia-do-benchmarking-para-o-
crescimentoda-empresa/ https://blog.fnq.org.br/benchmarking-nas-empresas-entenda-seu-
impacto-para-o-negocio/

https://pesquisa-eaesp.fgv.br/publicacoes/pibic/importancia-do-benchmarking-para-

Marcos Ronaldo, Holger Kohl, Sérgio José Barbosa Elias. Manual do Benchmarking, um guia
Pág. 42
SPENDOLINI, Michael J. Benchmarking. São Paulo, SP, Ed. Makron Books, 1993, 226 p.

WATSON, Gregory H. Benchmarking Estratégico; como transformar as técnicas de


benchmarking em fator de competitividade e acréscimo de produtividade. 1a ed., São Paulo,
SP, Ed. Makron Books, 1994, 284 p.

Pág. 43
Anexos

Pág. 44
Questionário

Tendo em conta a abrangência do tema, foi realizado também um inquérito de perguntas abertas
com a representante de Recursos Humanos da empresa Lena Rodrigues, que serviram para uma
melhor compreensão sobre a empresa.

1-Quais os objetivos principais desta nova empresa para o mercado Angolano?

R: Ser a companhia que melhor entende e satisfaz as necessidades de produtos, serviços e


autorrealização das mulheres no mundo todo, a missão vem sendo ser líder no mercado de
beleza a marca de escolha das mulheres, líder em vendas diretas, o melhor lugar para se
trabalhar

2- Quem é o público alvo da Avon?

R: Homens, mulheres, e crianças a partir dos três anos de idade.

3- O seu diferencial?

R: Inovação, pois é a primeira marca a usar o ingrediente colágeno na sua composição, e ser a
empresa que trabalha com revendedoras direitamente e com contrato assinado, fornecendo
treinamento e considerando-as como membros da empresa.

4- Quem são os seus principais concorrentes?

R: O Boticário

5- Uma das estratégias mais conhecida praticada desde a sede mãe até todas as filiais é a técnica
de revenda, formar os revendedores e os reconhecer como membros da empresa esta estratégia
teve êxito para a filial de Angola?

R:” Nem tudo dá certo, é como tudo, a estratégia é de facto boa, mas para a realidade angolana
não tem mostrado os melhores resultados, devido ao valor de inscrição muitas mulheres não
olhando para longo prazo não têm aderido, ainda assim temos crescido, mais 1500 revendedoras
em dois anos já é de louvar!

Pág. 45
6- O que torna a Avon diferente das outras empresas de cosméticos?

R: As estratégias, as estratégias adotadas pela Avon Cosméticos são diferenciadas, uma delas
pelo facto que a Avon antes de implementar uma nova Filial em algum país ou cidade analisa
para a forma de trabalho das melhores empresas concorrentes, observamos os seus requisitos e
como pode ser comparada com a Avon, nesse mercado de revendas em Angola entrando a fundo
nós temos um critério todo não é só negócio, nós ajudamos a gerenciar este mesmo negócio, e
até os matérias para a venda fornecemos, por exemplo, a maior parte das nossas revendedoras
são pessoas inexperientes em vendas e conseguem vender os produtos da Avon porque nós
sempre oferecemos um treinamento para a pessoa poder entender a fundo o negócio e não é
considerada apenas uma revendedora, elas fazem parte da Avon, e não vejo empresas aqui em
Angola neste nível. A Avon é para todo mundo, não é para quem tem tudo, porque um dos
motivos de muitas mulheres não começarem a empreender é “vou começar como? faço como?
não tenho um espaço” e para a Avon isso não importa por isso tem esse conceito de
independência, não trabalhamos com pessoas que já têm um empreendimento ou uma empresa
constituída, trabalhamos com quem está a começar, a Avon começa contigo para levar-te a
lugares altos, mesmo sem lugar fixo melhor ainda porque nós trabalhamos com pessoas
autónomas, independentes, esse é o nosso grande diferencial.

Através desse questionário foi então possível perceber que a Avon aplica o benchmarking
interno e competitivo, é uma empresa com mais de 50 filiares, uma empresa que é considerada
líder mundial em venda direta, com mais de 100000 de revendedoras no seu todo, em Angola
a empresa existe a dois anos e já conta com mais de 1500 revendedoras.

Após as respostas da inquerida para uma melhor compreensão, concluiu-se o inquérito com a
seguinte pergunta para a representante dos Recursos Humanos Lena Rodrigues “Qual o impacto
teve o benchmarking para a empresa?”

R: Como uma empresa filial adotar todas as técnicas da empresa principal foi muito auxiliador,
no mercado Angolano muitas empresas trabalham com revendedoras mas a Avon diferente de
muitas permite o acesso a uma formação, documentos certificados, bem como outros descontos,
em relação à concorrência a Avon tem um conceito diferente, olhamos para as necessidades
independentemente de existir um espaço físico ou não ainda pode ser uma revendedora oficial,
e esta e outras técnicas são disseminadas desde a principal até esta nova filial em Angola.

Pág. 46
Fotos dos produtos e da empresa Avon Cosméticos

Pág. 47
Pág. 48
Pág. 49
Pág. 50

Você também pode gostar