Você está na página 1de 22

Vitória - Outubro de 2019

Documento Nacional 2019


Introdução

O Documento Nacional 2019 é um compromisso da ABRAMAN com a comunidade


brasileira de manutenção, através da participação das empresas de diversos
segmentos que, com a contribuição dos dados provenientes de um questionário
padronizado, foi possível o processamento das informações que permitiram o
cálculo de 28 (vinte e oito) indicadores de desempenho mais utilizados no país e
no mundo, desta vez apresentando uma série histórica de resultados (anos
ímpares) desde o ano de 2005 até 2019.
Documento Nacional 2019
Participação das Empresas

• A elaboração do Documento Nacional depende exclusivamente da constante e


efetiva participação das empresas, através da informação dos seus indicadores
relacionados aos processos de manutenção e gestão de ativos.

• Para garantir uma melhor assertividade e acurácia dos resultados compilados,


torna-se necessário que haja uma maior participação de todas as empresas que
buscam referências de mercado (benchmarking), no sentido de promover um
volume maior de dados para as análises estatísticas.
Documento Nacional 2019
Segmentos Representados

O Documento Nacional 2019 apresenta os resultados das empresas dos seguintes


segmentos:

Ø Agroindustrial e Agropecuário
Ø Automotivo
Ø Energia
Ø Siderurgia
Ø Transporte
Ø Outros Setores Industriais
Ø Química e Petroquímica
Ø Serviços
Documento Nacional 2019
Visão Geral dos Resultados

Através dos resultados gráficos que serão apresentados a seguir, visando a


contribuição direta das práticas de manutenção para a gestão e ativos nas
empresas, observou-se as seguintes tendências :
ü A manutenção vem apresentando avanços no contexto da aplicação da
modalidade planejada.
ü O impacto financeiro dos custos de manutenção (Opex) no resultado do
negócio, vem se mantendo.
ü Melhoria na entrega dos ativos físicos para a operação, gerando um maior
fator de disponibilidade física.
ü Com as melhorias apresentadas acima, houve uma contribuição direta no
aumento da rotatividade do estoque de materiais.
Organização da Manutenção - Forma de Atuação
Centralizada - Descentralizada - Mista (%)
1
• Tendência de alinhamento com a série histórica de 2005 até 2011.
• Período de 2013 a 2017: enxugamento dos efetivos de manutenção com muitas
fusões das empresas.
60
55
55
49
50 47,3
46
45
39,75 40,74 40,69
40
35,96
35 32,59 31,72
36,14 31
30
33,97 29,05 31
25
25 27,2 26,67 27,59
26,28
23,65 23
20 22
20
15

10
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Pessoal Próprio de
Manutenção (PPMA) pelo Total Efetivo da Empresa (%)
2
• Tendência negativa devido ao desemprego no período de 2013 a 2017.
• Para o ano de 2019, os resultados são positivos devido aos primeiros sinais de
recuperação econômica, e a reversão da tendência decrescente poderá ser
confirmada nos próximos anos.
40

35

30 27,77
26,31 25,48
25 23,24
21,74 21
20 17

15
15

10
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Pessoal Contratado x
Pessoal Próprio de Manutenção (PCPM) (%)
3
• Período de 2009 a 2013: apresenta uma queda significativa no ritmo de
contratação de serviços terceirizados, mas a partir de 2013 houve uma reversão
neste cenário.

50

45
41,39
39
40 40,15

35
31,5 33
32,45
30
26,25 29
25

20

15

10
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Treinamento na
Manutenção (%) (HH Treinado x HH Trabalhado)
4
• Período de 2015 a 2019: A principal justificativa para o aumento da capacitação é atender
às legislações vigentes e aos requisitos de segurança industrial (NR’s).
• Busca de melhoria da capacitação em virtude do mercado de trabalho cada vez mais
competitivo.
• Aproveitamento do HH ocioso para capacitação (utilização dos ativos oscilante).
8

6
5,03
5

3,92 3,93 4
4 3,65
3,35
3
3,1
2,7
2

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Qualificação Nível Superior e
Técnico Nível Médio (QTNM) e Pessoal Qualificado (PEQU) e Pessoal
não Qualificado (PNQU) (%)
5
• Período de 2015 a 2019: O pessoal de nível superior e de nível médio/técnico tiveram seus
percentuais aumentados de forma significativa.
• Em contrapartida, a mão de obra qualificada (curso profissionalizante tipo Senai) e não
qualificada tiveram seus percentuais reduzidos em torno de 70%.
• Fica evidenciada a substituição do pessoal por níveis mais qualificados, mantendo o custo
estável em relação ao período anterior.
70

60 58,6

52
48,65 50,33
50
45,84
40,82 42,97
39,8
40
38,27
36,05
32,6
30 25
18,23 32,49 25,37 24,51
22,11

20 16,07 16,23
16
13,63
17
10 12,37 12,91 13,25
10,37 11,38
8,7 8,52
7,06 6
3,64
0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Rotatividade de Pessoal
na Manutenção (%)
6
• O resultado da rotatividade de pessoal é a maior já ocorrida na série histórica, similar ao
valor de 2017.
• Obviamente, este alto valor está diretamente relacionado com as demissões, PDV’s e,
não com as saídas voluntárias de pessoal em busca de novas oportunidades.
8

3,98 4
4 3,7
3,26 3,44

3
1,99 2,39
2,74
2

0
NI: Não informado 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Recursos Humanos na Manutenção – Relação
Supervisão x Supervisionados
7
• Nota-se os picos do índice em momentos de crise, como os observados em 2009 e 2017,
permanecendo praticamente constante em 2019.
• Este comportamento pode ser, em parte, explicado pelas modificações nos quadros de
pessoal, de modo a preservar a função de Supervisão e manter a experiência, a confiança e o
conhecimento.
20

18

16

14

12
9,71 10
10
9,52
7,54
8 6,65
5,81 6,01
6
6,12
4

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
NI: Não informado
Controle da Manutenção - Trabalho em Manutenção Corretiva (TMCO)
e Preventiva Baseada no Tempo (TMPT) e Preventiva Baseada na
Condição (TMPC) e Outras Atividades de Manutenção (%)
8
• Período de 2017 a 2019: Houve uma queda significativa da Manutenção Corretiva (não
planejada) (26%) e de Manutenção Preventiva por Tempo (7%).
• A Manutenção Preventiva Baseada na Condição (que é mais onerosa que a por Tempo) foi
acrescida em 28%, e as outras atividades, onde se inclui o PPCM e a Engenharia de Manutenção,
o dobro do percentual.
60

50

38,78 40,77
38,35 38,73 38
40 37,17 36,55 37

30
37,62
31,89 29,85 30,86 31,76
27,4 28
25,61
20 18,51 17,68 18,51 18,82
16,21 17,07 18
13,77
17,09 16,92
13,55 13,74 13,77 14,17 16
10

7,84
0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Controle da Manutenção – Disponibilidade (DISP) dos
Equipamentos
9
• Período de 2017 a 2019: Este índice apresenta uma evolução (5%), o que pode ser justificado pela queda do
indicador de “Downtime” (Corretivas não Planejadas e Preventivas por Tempo).
• No passado, havia um rígido controle sobre o mesmo, buscando maximizá-lo com investimentos em técnicas
e estratégias mais onerosas, como a Manutenção Preditiva, que está sendo ampliada. Em contrapartida,
observa-se uma redução da Preventiva por Tempo.
100

95

91,3
90,82 91
90,27
89,29 88,68
90 87,9
87,35

85

80

75
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Controle da Manutenção – Disponibilidade (DISP) e
Indisponibilidade (INDM) por Manutenção
10
• Para o indicador de Indisponibilidade por Manutenção no período de 2015 a 2017: Ocorreu um aumento
em torno de 30%. No período de 2017 a 2019 houve uma melhora de 9%. Apesar deste valor não ser o
ideal, mostra que a reversão do comportamento em questão ocorreu, em virtude de uma redução da
Manutenção Corretiva não Planejada.

100 91,3
87,9 90,82 90,27 89,29 88,68 91
87,35

80

60

40

20

5,8 5,3 5,43 8,19 7


5,44 5,55 6,32

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Controle da Manutenção – Rotatividade do Estoque (RESM)

11
• Após o grande aumento do valor deste índice ocorrido em 2017, registrou-se uma queda de
aproximadamente 30% em 2019.
• Pode-se justificar esta queda, como sendo devido a reposição de estoque associada ao aumento da
idade média dos ativos físicos. Adicionalmente, o aumento do custo de manutenção pelo capital
imobilizado e os primeiros sinais de recuperação econômica contribuíram com este processo.
20

18

16

14 12,94
12
10
10

8 7,25
6,08 5,39
6
5,11 5,11
4,08
4

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Controle da Manutenção – Idade Média (IMEQ) (anos)

12
• Após a redução da idade média verificada no período de 2015 a 2017 (14%), o índice voltou a
aumentar em 2019 (13%), para um valor praticamente igual ao de 2015.
• Pode-se inferir que, mais uma vez, como um reflexo da crise vivenciada, demonstra-se que não
houve reposição por novos ativos.
• Esta política é inversa àquela aplicada em processos naturais, onde a renovação é justificada
por custos e obsolescência.
30

25

19,7 19
20
16,95 17,45
16,95 16,73 15,94 16,9

15

10

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Custo de Manutenção pelo Faturamento (CMFT) (%)

13
• Embora os custos de manutenção com pessoal próprio e materiais tenha reduzido, houve um
aumento do custo de manutenção com terceiros, mantendo o mesmo nível deste indicador
quando comparado com o período anterior.
7

5 4,69
4,1 4,14
3,89 3,95 3,8 3,7
4

3 3,31

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Custo de Manutenção pelo Faturamento (CMFT) e pelo Capital
Imobilizado (CMCI) (%)
14
• Para o indicador de Custo de Manutenção pelo Capital Imobilizado no período de 2015 a 2019:
Merece destaque o grande aumento do valor deste índice que, também pode ser explicado pelo
pouco investimento em ativos físicos, o que é comprovado pelo indicador de idade média dos
equipamentos.
8
7,3
7
6,48

5 4,69
4,1 4,18 4,14
3,95 3,8
4 3,58 3,7
3,93 4,14
3,89 3,74
3,52
3 3,31

0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Custos de Manutenção - Custo Relativo ao Pessoal Próprio (CRPP) e
Materiais (CRMT) e Terceiros (CRCT) e Outras Atividades (CROA) (%)

15
• O Custo Relativo ao Pessoal Próprio (CRPP), que haviam aumentado 63% em 2017, agora
teve uma redução de 4%, provavelmente devido ao aumento dos serviços de terceiros.
• O Custo Relativo a Materiais (CRMT), que havia aumentado 40% em 2017, agora caiu 14%, o
que pode ser justificado pela queda de corretivas não planejadas e preventivas por tempo.
• O Custo Relativo a Terceiros (CRCT), que havia reduzido em 24% em 2017, agora aumentou
em 36%, o que pode ser justificado pelo aumento da demanda de novos projetos.
50
44,44 42,6
45

40
34,57 33,41
35
29,5
29,46 28,3 34,96 29,6
30 26,85
31,03
31,02 29,08 25,66
25
26,64 24,26 23,97 25,07
26,2 26,4
20 23,15 24,93
20,25 20,36 20,79 20,87 18,93
15
14,16 15,21 15,96
10

5
1,67 1,4
0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Segurança do Trabalho – Taxa de Frequência (TFAC) e
Taxa de Gravidade (TGAC)
16
• No período de 2015 a 2017, são surpreendentes os excelentes resultados apresentados
pelos índices de Segurança Industrial.
• A Taxa de Frequência de Acidentes, confirmou sua tendência de queda e a Taxa de
Gravidade apresentou seu menor percentual.
• A justificativa para tais resultados pode ser a utilização de mão de obra mais qualificada e
programas de segurança sustentáveis.
450
428,03
400
Os dados informados
350 para o período de 2017
306,57
300 a 2019, não
242,6 apresentaram qualidade
250
suficiente para serem
211,69
200 compilados neste
150 Documento Nacional!
119,51
100 60,76
59,39
47,26
50 17,45
19,19 14,23
11,86 2,63 4,59
0
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Muito obrigado a todos que contribuíram
para a elaboração do Road Map 2019
da Manutenção no Brasil

Sr. Edson Kleiber de Castilho


Sr. Ernesto Roberto de Oliveira
Sr. Fábio Chaves, CMVP
Sr. Franklin Nonato
Sr. José Carlos Nardin Lara
Sr. Lourival Augusto Tavares
Sr. Rogério Arcuri Filho

Eng. José Wagner Braidotti Junior, CAMA

Você também pode gostar