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GESTÃO DA MANUTENÇÃO
PLANO DE ENSINO
OBJETIVO
Auxiliar os participantes do módulo de Gestão da Manutenção no conhecimento e uso de
instrumentos de planejamento e organização de uma área de manutenção, tais como gestão de
recursos e de pessoal, com o objetivo de contribuir com a qualidade final dos produtos e
serviços, administrando os custos associados em níveis aceitáveis e dentro de uma visão
responsável e comprometida com a preservação do meio-ambiente.
EMENTA
1.1 Histórico.
1.2 Conceitos Básicos.
1.3 Estrutura de uma área de Manutenção.
1.4 Definição básica de um área de PCM - Planejamento e Controle de
Manutenção;
1.5 Relação da manutenção com as demais áreas da organização: suprimentos,
recursos humanos, planejamento, construção e operação.
METODOLOGIA
Os conteúdos serão desenvolvidos através de uma metodologia dinâmica, visando relacionar a
teoria e a prática empresarial, envolvendo os alunos na participação de aulas expositivo-dialógicas,
debates, atividades individuais e em grupo; exercícios; estudos de caso e recursos de PowerPoint;
Retro Projetor; Quadro Magnético; dentre outros. Pretende-se estimular a apresentação de sínteses
e de temas afins ao conteúdo ministrado, além de mecanismos de feedback. Inclusive atendimento
disponibilizado pelo docente aos alunos, fora da sala de aula, valorizando as relações inter-pessoais.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Observar a maneira como os alunos apresentam suas idéias e, principalmente, como eles
argumentam em favor das mesmas;
Participação dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula e estudo de caso, com orientação
para o mundo do trabalho profissional e;
Assiduidade.
Por fim, durante o módulo os alunos realizarão atividades que irão compor 50% da
avaliação (nota) e realizarão uma prova objetiva/subjetiva que valerá os demais 50%.
BIBLIOGRAFIA
MIRSHAWKA, V. Manutenção preditiva: caminho para zero defeitos. São Paulo: Makron.
McGraw-Hill, 1991.
NAKAZATO, K. Manutenção planejada em TPM. In: XXIV Evento internacional de TPM. São
Paulo. 1997. 105 p.
Histórico.
Conceitos Básicos.
Estrutura de uma área de Manutenção.
Definição básica de um área de PCM - Planejamento e Controle de
Manutenção;
Relação da manutenção com as demais áreas da organização: suprimentos,
recursos humanos, planejamento, construção e operação.
1.1 Histórico.
- Equipamentos simples
Figura 1
- Manutenção corretiva
Figura 2
Figura 3
2ª Guerra Mundial – maior especialidade das equipes. Incorporação de especialistas com melhor
formação técnica.
Manutenção preventiva:
- Manutenção preditiva
- Manutenção Pró-ativa
MANUTENÇÃO – Definição:
DEFEITO –
Qualquer desvio de uma característica de um item em relação a seus requisitos (NBR 5462-1994).
É uma alteração nas condições suficiente para que a sua operação normal não seja satisfatória.
DEFEITO –
Aceitação geral – o reparo de um defeito é manutenção preventiva pois a máquina não “falhou”.
FALHA –
Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida. Depois da falha o item tem
uma pane (NBR 5462-1994)
PANE –
Estado ou situação em que um equipamento não pode ser posto a trabalhar, pois trará problemas de
produção com má qualidade ou risco de vida ou perda de patrimônio.
CONFIABILIDADE –
TAG –
Também pode ser explicado como o endereço físico do equipamento ou conjunto de equipamentos.
ITEM DE CONTROLE –
Pode-se efetuar o controle com a apuração sistemática de um ou mais indicadores para acompanhar
a evolução do desempenho da máquina, unidade, ou qualquer que seja o item de controle.
FOLLOW UP –
BANCO DE DADOS –
RETROFITTING –
TEROTECNOLOGIA –
Técnica que orienta que haja, desde a concepção do equipamento até sua instalação e operação, a
presença efetiva de um homem especialista em manutenção.
Evolução Hierárquica –
Kelly e Harris (1980) abordam que as organizações industriais existem em função do lucro, utilizando
equipamentos e mão-de-obra para transformar materiais em produtos acabados.
Xenos (1998), explica que todos os equipamentos possuem um desgaste natural pelo seu uso e que
com a finalidade de evitar a degradação destes e das demais instalações das empresas é que existem
as atividades de manutenção.
Faria (1994) enfatiza que os custos em torno de um departamento de manutenção devem ser
gerenciados para que seja o mínimo necessário e suficiente.
Estes, se mal administrados, poderão gerar falta de capital de giro para a empresa já que são capazes
de motivar horas extras desnecessárias e alto estoque de peças com pouco giro.
Sendo assim, é natural que a área de manutenção seja cobrada para reduzir os seus custos e como
conseqüência, os custos da empresa através da utilização de melhores métodos de trabalho,
observa-se que quando a manutenção é bem planejada é possível gerar um aumento da
disponibilidade dos equipamentos, maior vida útil e menor custo específico
Conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das tarefas de
manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de correção de desvios para
consecução dos objetivos e da missão da empresa, usando os meios disponíveis.
- Planejamento –
Apostila de Gestão da Manutenção
- Programação –
O plano de trabalho de uma empresa ou organização para ser cumprido ou executado dentro de um
determinado período de tempo
- Controle –
Fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos para que não se desviem das
normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio.
- Vantagens –
1) Redução de perda de tempo da mão de obra direta
- O que fazer, onde, quando, como, quem , com que ferramentas e sobressalentes.
2) Aumento da eficiência do trabalho de manutenção
3) Padronização do procedimento de manutenção
4) Análise dos desvios de metas e proposição de medidas de correção
- Tarefas do Programador –
1) Programar as tarefas de manutenção preventiva em conjunto com supervisores das equipes
executantes
2) Desenvolver padrões de execução ou procedimentos padrão para todos os trabalhos
repetitivos
Apostila de Gestão da Manutenção
1) Suprimentos
2) Almoxarifado
3) Transporte
4) Segurança do Trabalho
5) Recursos Humanos
6) Operação
7) Planejamento, Projeto e Construção
2 Cancelamento de programações
Áreas cuja ação pode provocar:
4 Relações tensas.
ATIVIDADE:
Apostila de Gestão da Manutenção
ATIVIDADE:
Manutenção Corretiva;
Manutenção Preditiva;
Manutenção Preventiva;
Manutenção Seletiva:
Uso integrado das técnicas de manutenção.
ABNT:
“É toda manutenção realizada em máquinas que estejam em falha, para reparar a falha” (Gil
Branco Filho).
A manutenção corretiva pode ser de emergência ou programada para data posterior ao surgimento e
registro da falha.
CONSEQUÊNCIAS:
O uso somente da MC leva a uma contínua degradação das máquinas e instalações, podendo
ocorrer perda de produção, risco à integridade das instalações, ao meio ambiente e riscos à vida
humana.
ACEITÁVEL:
- As possíveis falhas não causam danos à propriedade, ao meio ambiente e à vida humana.
Manutenção realizada em máquinas que não estão em falha e em condição operacional adequada.
- Perda de produção.
- Prejuízos financeiros.
Figura 6
- Permite aproximar a parada para manutenção da real necessidade desta pela evolução do
seu estado.
Técnicas de M Preditiva:
- Ultra-som –
Ensaio não destrutivo para a detecção de defeitos ou descontinuidade internas nos
materiais ferrosos ou não ferrosos. Ex: Chapa de navios, juntas soldadas, pontes e etc.
- Análise Vibrações
Ocasionam falhas nas máquinas por fadiga, rompimento de contatos, desgaste do
material, perda de rendimento e etc. às vezes pode ser percebido, mas não mensurado
sem equipamentos.
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Surgiu nos anos 60, antecedeu a manutenção preditiva. É menos abrangente e permite a análise da
situação de peças dos equipamentos para a tomada de decisão sobre paradas programadas
A análise das políticas de manutenção na indústria da aviação civil na década de 60 e no início dos
anos 70 conduziu ao desenvolvimento dos conceitos da Manutenção Centrada na Confiabilidade
(RCM – Reliability Centred Maintenance).
Nowlan and Heap demonstraram que a forte correlação entre idade (tempo) e falha não existe.
Figura 10
Manutenção Corretiva 28 %
Manutenção Preventiva 36 %
Manutenção Preditiva 19 %
Engenharia da Manutenção 17 %
Indicadores de Manutenção;
Eficiência Global do Equipamento (OEE);
TPM – Histórico e Objetivo;
Método oito S;
Eliminação de Perdas;
Quebra “zero”;
Etapas de Implantação da TPM;
A forma mais simples e pratica para iniciar-se o processo de redução de desperdícios é medir gastos
e investimentos e compará-los com resultados obtidos.
O uso de indicadores de desempenho é uma das ferramentas praticada e eficaz para este objetivo
Pode-se em muitos casos, utilizar-se destes indicadores não apenas como ferramentas de medição
de desempenho, mas também compondo ferramentas motivacionais, disseminando objetivos e
estimulando seus colaboradores ao cumprimento destes.
Outra possibilidade é a utilização destes indicadores como forma de posicionar a empresa face aos
concorrentes quanto às diversas condições, tais como, produtividade, qualidade, investimentos, etc.
– benchmark –, podendo determinar mudanças de políticas, buscando dar novos rumos para a
empresa.
Segundo KARDEC et alli. (2002) os indicadores de manutenção são desenvolvidos e utilizados pelos
gerentes visando atingir as metas operacionais definidas pelas empresas.
Estes índices são segundo TAVARES (1999) denominados de “índices de classe mundial”, são
utilizados segundo a mesma expressão em vários países inclusive no Brasil:
Exemplo :
Equipamento principal do processo, que em determinado ano teve 10 interrupções conforme segue:
Int 1: Programada – 10 hs
Int 3: Programada – 20 hs
Int 5: Programada – 10 hs
Int 7: Programada – 15 hs
Int 9: Programada – 10 hs
Definido com a divisão da soma de horas disponíveis do equipamento para operação (HD) pelo
número de intervenções corretivas neste equipamento no período (NC):
MTBF = HD / NC
Apostila de Gestão da Manutenção
Valor alto é sinal positivo, visto que indica que o número de intervenções corretivas vem diminuindo.
Definido com a divisão da soma de horas de indisponibilidade do equipamento para operação devido
manutenção corretiva (HIM) pelo número de intervenções corretivas neste equipamento no período
(NC)
MTTR = HIM / NC
Definido com a divisão da soma de horas disponíveis do equipamento para operação (HD) pelo
número de falhas do equipamento/componente não reparável no período (NF)
MTTF = HD / NF
Vale ressaltar que o foco deste indicador são equipamentos/componentes não reparáveis.
É a relação entre custo total de manutenção CM e o Faturamento Bruto da empresa no período (FR).
1. Pessoal: Despesas com salários e prêmios diretos, encargos sociais, gastos com
aperfeiçoamento.
2. Materiais: Custo de reposição, custos administrativos: água, energia elétrica e outros,
almoxarifado, compras etc.
3. Contratação de serviços externos.
4. Depreciação: de equipamentos e ferramentas de manutenção.
5. Perdas de faturamento: perdas de produção e desperdício de matéria prima.
a)Disponibilidade;
b)Perfomance;
c)Índice de Qualidade.
Este indicador está sendo adotado por varias empresas de todos os setores produtivos devido a
sua abrangência. Antes o setor de Qualidade e o setor de Manutenção tinham o seu próprio
indicador, com o OEE todos os indicadores e todos os setores da empresa estão relacionados,
sendo responsabilidade de todos manter o OEE o mais alto possível.
Cálculo de OEE:
Cálculo de Disponibilidade:
O fator de disponibilidade é um indicador para medir perdas por paradas não planejadas. O
fator de disponibilidade se reduz pelas paradas de equipamento causado por ocorrências,
como p.ex.
Cálculo de Performance:
Performance está relacionado à variação de ritmo causado justamente por pequenas paradas
na maioria dos casos ajustes ou limpezas que são realizadas pelos operadores do próprio
equipamento.
Qualidade:
Este indicador é o medido para perdas devido produtos defeituosos. O objetivo é identificar os
problemas da máquina que estão causando não conformidade nos itens que estão sendo
produzidos para não ocorrer perdas por qualidade.
Exemplo Matemático:
Este percentual demonstra quanto do percentual planejado realmente foi utilizado para uma
produção eficiente; no exemplo tem quase 50% de perda. É fácil de identificar onde há um
potencial de melhoria ou qual indicador está prejudicando o OEE.
Após o indicador de OEE ser implantado é fácil de obter dados confiáveis mostrando quais os
reais problemas da produção.
Não é ideal ter um equipamento que produz conforme o programado, porém, 25% das peças
produzidas apresentam uma não conformidade prejudicando o indicador de qualidade que
consecutivamente ira prejudicar o indicador de OEE, como também não adianta produzir 80
peças boas sendo que o programado era 100. O indicador de OEE mostrara qual o item
correlacionado a Disponibilidade, Performance ou Qualidade está com mais problemas ou
mais baixo cabendo ao responsável definir metas e planos de ação afim de que os reais
problemas sejam eliminados.
ESTUDO DE CASO:
Um indústria apresenta um processo de produção diário de 12 hs, de segunda à sábado. As
paradas programadas para manutenção ocorrem geralmente aos domingos, porém, durante 15
dias por ano é necessária uma parada geral da linha de produção para uma revisão geral. Esta
ocorre próximo ao final do ano quando a demanda diminui.
Assim a quantidade de manutenções corretivas se reduz para apena 2 por ano, com duração
média de um dia útil (12 hs cada).
Além disso, ocorrem cerca de 20 interrupções de energia/ano com duração de 2 horas em
média cada, com 30 minutos para retomada da produção.
Durante 10 % do tempo, ocorre problema de ajuste nas unidades, o que diminui o ritmo de
produção para apenas 80% das peças esperadas.
As paradas para ajuste são feitas durante a manutenção programada.
Neste período de 10 % de tempo com problemas de ajuste, a quantidade de peças com defeito
sobe de 1% em média, para 10 %.
CALCULE O OEE ANUAL
Durante muito tempo as indústrias funcionaram com o sistema de manutenção corretiva. Com isso,
ocorriam desperdícios, retrabalhos, perda de tempo e de esforços humanos, além de prejuízos
financeiros.
A partir de uma análise desse problema, passou-se a dar ênfase na manutenção preventiva. Com
enfoque nesse tipo de manutenção, foi desenvolvido o conceito de manutenção produtiva total,
conhecido pela sigla TPM (total productive maintenance), que inclui programas de manutenção
preventiva e preditiva.
Origem da TPM:
A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida no Japão em 1950.
Até então, a indústria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manutenção corretiva, após a
falha da máquina ou equipamento. Isso representava um custo e um obstáculo para a melhoria de
qualidade.
Todas essas ocorrências contribuíram para o aparecimento da TPM. A empresa usuária da máquina
se preocupa em valorizar e manter o seu patrimônio, pensando em termos de custo do ciclo de vida
da máquina ou equipamento.
Figura 11
Os cinco pilares da TPM são as bases sobre as quais construímos um programa de TPM, envolvendo
toda a empresa e habilitando-a para encontrar metas, tais como defeito zero, falhas zero, aumento
da disponibilidade de equipamento e lucratividade. Os cinco pilares básicos (1ª fase) são
representados por:
a) Manutenção autônoma;
b) Melhorias Específicas;
c) Manutenção Planejada;
d) Educação e treinamento;
Figura 12
Objetivos da TPM:
d) incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de melhorar
seu rendimento.
A idéia da “quebra zero” baseia-se no conceito de que a quebra é a falha visível. A falha visível é
causada por uma coleção de falhas invisíveis como um iceberg. As falhas invisíveis normalmente
deixam e ser detectadas por motivos físicos ou psicológicos.
Figura 13
Motivos físicos:
As falhas não são visíveis por estarem em local de difícil acesso ou encobertas por detritos e sujeiras.
Motivos psicológicos:
As falhas deixam de ser detectadas devido à falta de interesse ou de capacitação dos operadores ou
mantenedores.
Apostila de Gestão da Manutenção
4. Estabelecimento de diretrizes
Benchmark e metas: previsão dos resultados.
básicas e metas para o TPM.
A decisão da alta direção de adotar o TPM deverá ser divulgada para todos os funcionários,
pois todos deverão se preparar psicologicamente para colaborar na consecução das
expectativas e metas a serem atingidas com o programa em questão.
Em reunião de diretoria ou com as gerências a alta direção deverá declarar sua decisão pela
introdução do TPM.
A organização de eventos, como seminários e encontros sobre TPM, direcionados para todos
os executivos e o pessoal de chefia da empresa deve ser levada a efeito, e nestas
oportunidades, se deve afirmar novamente a decisão de introduzir o TPM. A publicação desta
declaração deve ser feita nos boletins internos da empresa.
É recomendável que o TPM seja desenvolvido a nível da empresa como um todo, contudo,
quando se tratar de uma empresa de grande porte, e que possua muitas divisões em vários
locais, deve-se selecionar algumas divisões ou localidades como modelos, e efetuar nestes a
introdução piloto do TPM. A partir dos resultados obtidos nestas áreas-piloto pode-se passar a
difundir o TPM por toda a empresa.
Recomenda-se que a mídia a ser utilizada na campanha interna seja através de "posters" e
"slogans".
O simples fato de o executivo principal ter decidido colocar em prática o TPM não é
suficiente que o programa se desenvolva por si só. Tal desenvolvimento será possível somente
após a realização de treinamentos adequados.
Nesta etapa, não apenas o setor de produção, mas todos os demais setores, como pesquisa e
desenvolvimento, projetos, área técnica de produção, vendas, compras, contabilidade, pessoal,
administração e outros, deverão também receber treinamento introdutório, o qual nada mais é
que um esclarecimento e conscientização sobre o TPM.
O objetivo desta etapa é criar uma estrutura matricial para promover o TPM, que junte a
estrutura horizontal formada por comissões e equipes de projetos com a estrutura formal,
Igualmente, será necessário estabelecer uma comissão de promoção do TPM em cada divisão
ou filial.
Sugere-se criar uma secretaria administrativa de promoção do TPM e designar uma pessoa
dedicada, que será responsável pelo programa.
Deve-se, também, criar e desenvolver, dentro da estrutura formal, pequenos grupos voltados
para o TPM, que terão como líderes os responsáveis de primeira linha da empresa.
O TPM deve ser parte integrante das diretrizes básicas da administração da empresa, bem
como dos seus planos de médio e longo prazos. Além disso, as metas do TPM devem fazer
parte das metas anuais da empresa e sua promoção deve ser feita de acordo com as diretrizes e
metas da empresa.
É importante definir claramente a postura que se deseja para cada nível hierárquico,
decorridos 3 a 5 anos após a introdução do TPM. Deve-se também estabelecer metas para a
incorporação dos conceitos e das principais sugestões para execução, obtendo o consenso de
toda a empresa sobre estas questões.
Deve-se fazer uma previsão do tempo necessário para alcançar um nível que permita à
empresa concorrer ao prêmio PM (Prevenção da Manutenção), assim como definir os
objetivos a serem alcançados nessa época (tais como metas relativas à redução de quebras,
aumento do rendimento geral dos equipamentos, etc.)
Para isso, é necessário efetuar um levantamento criterioso de cada item da meta, dos índices
atualmente verificados, e monitorá-los.
Recomenda-se fazer comparações entre a situação atual e o objetivo visado, ou seja, quando
se atingir o nível de concorrer ao prêmio PM, fazendo uma previsão dos resultados e alocando
recursos adequados para tal execução.
Ao se introduzir o TPM deve-se buscar, sem dúvida, a conquista do prêmio PM. Entretanto, o
prêmio no mínimo deve ser um meio para melhorar os resultados, mas não um fim, pois o que
realmente importa é a realização de melhorias.
Como meta para o TPM alcançar um nível que permita o recebimento do prêmio PM, devem-
se propor metas ambiciosas, como a redução do índice de defeitos de 10 para 1, ou a elevação
da produtividade em 50 %. Além disso, é importante a criação de um "slogan" que eleve o
moral de todos os funcionários e seja facilmente compreendido. Inclusive por pessoas de fora
da empresa.
Elaborar um plano de metas (Plano Diretor) que englobe desde os preparativos para a
introdução do TPM, até a etapa de avaliação para o prêmio PM. Durante o desenvolvimento
do Plano Diretor deve-se medir sua promoção tendo em mente o propósito de alcançar o nível
esperado de avaliação, em base anual.
Baseando-se nesse Plano Diretor, cada departamento, seção ou unidade deverá elaborar o seu
próprio cronograma.
Como o TPM visa o aprimoramento das pessoas e dos equipamentos, se não houver tempo
suficiente não se alcançará a melhora desejada. A elaboração do Plano Diretor deve
considerar um espaço de tempo suficiente para que surjam resultados.
Para o desenvolvimento de cada um dos pilares básicos deve-se elaborar um manual que
possibilite a qualquer pessoa a compreensão do desenvolvimento do programa de TPM.
Encerrada a fase preparatória, terá início a implantação do programa. Trata-se, nesta etapa, de
fazer frente ao desafio de "zerar" as seis grandes perdas dos equipamentos, procurando que
cada funcionário da empresa compreenda as diretrizes da Diretoria, conseguindo assim elevar
a motivação moral de todos para participar, desafiando as condições limites atuais, e atingir as
metas visadas.
É preciso programar uma cerimônia para lançar o desafio de eliminar as seis grandes perdas,
com garra e disposição, e conseguir o apoio de todos os funcionários às diretrizes emanadas
da Diretoria.
Para esse encontro deverão ser convidados os clientes, empresas fornecedoras e empresas
coligadas.
Como equipamento piloto, deve ser escolhido aquele que seja um gargalo de produção, ou
onde estejam ocorrendo perdas crônicas nos últimos 3 meses, pois assim, após a introdução
das melhorias pretendidas, será possível obter resultados altamente positivos.
Dentre os temas para melhoria, deve-se escolher qual das 6 grandes perdas (quebras, "setup" e
ajustes, perdas devidas ao ferramental, operação em vazio e paradas momentâneas, redução da
velocidade, defeitos no processo e início de produção, e queda no rendimento), é aquela que
melhor atende à necessidade de redução de perdas.
Para as melhorias individuais é necessário utilizar todos os métodos relevantes, tais como a
engenharia industrial, o controle de qualidade, engenharia de confiabilidade, ou outros. Para
eliminar perdas crônicas em um equipamento pode-se utilizar uma das metodologias da
engenharia de confiabilidade mais eficazes, que é o método de análise de PM - Prevenção da
Manutenção.
Cada setor ou seção deve selecionar um único equipamento piloto, pois não se deve atuar
sobre muitos ao mesmo tempo.
É sempre recomendável que se inclua, como membro da equipe, alguma pessoa que domine o
método de análise de PM.
O objetivo desta etapa é fazer com que a atitude segundo a qual, cada pessoa se encarrega de
cuidar efetivamente de seus próprios equipamentos, seja definida para todos os trabalhadores
da empresa. Ou seja, a habilidade de executar uma manutenção espontânea deve ser adotada
por cada operador.
Na primeira etapa (limpeza inicial) deve-se, juntamente com a limpeza, identificar pontos
onde haja defeitos e efetuar o reparo dos mesmos, ou seja, aprender que fazer a limpeza é
efetuar a inspeção.
Na segunda etapa (medidas contra fontes geradoras de problemas e locais de difícil acesso),
deve-se inicialmente providenciar ações contra fontes geradoras de problemas e proceder à
melhoria do acesso a pontos normalmente difíceis. Com isso será possível reduzir o tempo
gasto para efetuar a limpeza e a lubrificação.
Na terceira etapa (elaboração de normas para limpeza e lubrificação) as normas que serão
seguidas devem ser elaboradas pelo próprio usuário.
Na quarta etapa (inspeção geral) faz-se o treinamento nas técnicas específicas de inspeção
(por exemplo, o ajustes de parafusos e porcas). Executando-se a inspeção geral pequenos
defeitos nos equipamentos são detectados, procedendo-se em seguida ao efetivo reparo, até
que os equipamentos atinjam o estado que deveriam ter.
Deve-se evitar pintar corredores e equipamentos sem que antes sejam eliminadas as sujeiras,
ferrugens, lixo, vazamentos de óleo e outros.
Não se trata do mesmo programa estabelecido na fase inicial, a segunda etapa, que se baseia
na conscientização, mas sim, busca a obtenção dos conhecimentos suplementares e
habilidades necessárias, através de aulas teóricas e práticas, desenvolvidas nos centros de
treinamento das empresas, constituindo-se como parte integrante do programa de formação
profissional, visando à boa performance no trabalho.
Apostila de Gestão da Manutenção
Portanto, nesta etapa, a empresa deve encarar este programa de educação e treinamento como
um investimento, no qual não se deve economizar, visto que apresenta um retorno garantido.
Esta é uma etapa designada aos órgãos de engenharia da empresa, tanto no que se refere aos
processos, como no que se refere à determinação ou construção de máquinas, buscando o
máximo rendimento operacional global.
A aquisição de uma nova máquina deve levar em conta também estes conceitos de PM, além
dos fatores econômicos e financeiros, variáveis que, em função dos equipamentos atualmente
disponíveis no mercado, nem sempre são atendidas satisfatoriamente.
Esta é a etapa da consolidação do TPM onde se dá o incremento do nível geral da sua performance.