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MANUTENÇÃO
Gabriela Fonseca
Parreira Gregorio
UNIDADE 1
Organização, planejamento
e controle da manutenção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A manutenção industrial ganhou destaque nas organizações, sobretudo
após a Segunda Guerra Mundial, diante do aumento da complexidade
dos equipamentos, dos avanços tecnológicos, das exigências do mercado
por produtos sem defeitos, das alterações nos sistemas de produção,
dentre outros fatores. Com base nisso, o desenvolvimento de novas
técnicas de trabalhos e novos instrumentos e mecanismos de gestão
têm sido preocupação frequente nas indústrias, que perceberam que
os resultados organizacionais dependem, também, do desempenho do
setor de manutenção.
A organização e o planejamento da manutenção, por meio da re-
flexão e da decisão sobre o que fazer, quando fazer, quem deve fazer,
como fazer, onde fazer, etc., substituíram as práticas de trabalho empí-
ricas em muitas indústrias. Controlar as ações de manutenção também
ganhou destaque, pois contribuiu para avaliar a efetividade das ações
planejadas e realizadas ao apresentar os pontos críticos, nos quais mu-
danças mostram-se necessárias, e os pontos não críticos, mas passíveis
de melhoria contínua.
2 Organização, planejamento e controle da manutenção
Técnicas e ferramentas
As ações de manutenção se baseiam, prioritariamente, em identificar falhas
reais e potenciais com o objetivo de eliminá-las, o que pode ser feito por
meio de algumas técnicas, ferramentas e metodologias, como as descritas
a seguir:
estrutura centralizada;
estrutura descentralizada;
estrutura mista.
centralizada;
descentralizada;
mista.
10 Organização, planejamento e controle da manutenção
Terceirização da manutenção
A terceirização, segundo Giosa (1999 apud PAIVA; SOUZA, 2012, p. 796),
“[...] é um processo de gestão em que se decide repassar algumas atividades
para terceiros, e com os quais se deve estabelecer relações de parceria, devendo
a empresa focar nas demais atividades de produção propriamente ditas”.
Tem-se percebido um aumento nos índices de terceirização dos serviços de
manutenção no Brasil.
Segundo Roger (2011 apud TAVARES, 2014), as empresas terceirizam
por quatro motivos:
Terceirizar é sempre uma boa opção? No link a seguir, você identificará casos de algumas
empresas que, após terceirizar, voltaram atrás em sua escolha.
https://goo.gl/jNUkSg
Organização, planejamento e controle da manutenção 13
Responsabilidades da manutenção
A manutenção passou por transformações a partir de 1930 e, consequente-
mente, suas responsabilidades sofreram alterações. Na primeira geração, a
manutenção era basicamente corretiva, uma vez que os equipamentos eram
de baixa complexidade e superdimensionados. A segunda geração foi mar-
cada por manutenções preventivas, pois começou a se processar a visão de
disponibilidade e confiabilidade. A terceira geração reforçou a necessidade de
manutenção preditiva devido à maior automatização dos processos e à tendência
mundial de utilização do just-in-time (PINTO; XAVIER, 2002). Já passamos
pela quarta geração, que atuou em projetos voltados para manutenibilidade e
aumento das manutenções preditivas, e estamos na quinta geração da manu-
tenção, que busca gerenciar ativos e otimizar seu ciclo de vida.
As responsabilidades da manutenção dependem da visão e da estratégia da
organização. Em algumas empresas, a manutenção tem um papel mais restrito,
uma vez que a direção considera que o seu papel é apenas manter os ativos em
funcionamento. Em outras, a manutenção assume uma função estratégica e
existe, como todos os outros setores, para tornar a empresa mais competitiva.
A segunda visão parece ser mais adequada ao avaliarmos o impacto que
a manutenção tem nos resultados organizacionais. Assim, considerando essa
visão, a manutenção tem uma série de responsabilidades e atribuições.
As responsabilidades da manutenção podem ser divididas em quatro gran-
des grupos:
medir os indicadores;
avaliar os indicadores.