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UNIDADE 3
4. MODELAGEM DE NEGÓCIOS
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Modelo de cadeia de valor, que diz respeito à forma como a empresa executa suas
atividades e processo, com vistas à entrega de seus produtos e/ou serviços aos
clientes. Esse modelo foi criado por Michael Porter, em 1985 e, mais adiante em
nossos estudos aprofundaremos o entendimento da cadeia de valor de Porter.
Equipe:
Planejamento e desenvolvimento:
Origem da tecnologia:
Para a inovação fechada - as descobertas devem ser levadas ao mercado, antes de mais
nada; para a inovação externa – para lucrar com a inovação, não há necessidade de tê-
la originado.
Pioneirismo:
Quantitativo e qualitativo:
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Propriedade intelectual:
Para a inovação fechada - necessidade de controle para que competidores não lucrem
com suas ideias; para a inovação aberta – prepondera os benefícios ao negócio, seja
lucrando com propriedade intelectual (tecnologias) de terceiros ou permitindo que
terceiros lucrem com sua propriedade intelectual.
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Por fim, temos que cada setor da empresa deve dar conta de seus objetivos
funcionais, focando em suas estratégias funcionais e, esse movimento deve ser coordenado
com as demais áreas da empresa, em busca do alcance das metas a serem atingidas.
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Na figura 26, podemos observar a relação entre o que se quer atingir (alvo) e a
vantagem competitiva, sob a perspectiva da percepção do cliente e o posicionamento da
empresa acerca dos custos.
Para a execução das ações voltadas às estratégias funcionais, temos que, conforme
podemos observar nos exemplos abaixo, extraídos do site Sebrae, estas envolvem todas as
áreas funcionais num propósito maior, no qual cada departamento contribui com objetivos
funcionais específicos e suas respectivas estratégias.
Vejamos:
Imagine que a área funcional marketing tenha estipulado como objetivo funcional implantar
venda via site da empresa e redes sociais.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi destacar no site a aba vendas online até
“X” período, criando página no Facebook e perfil no Instagram, divulgando a empresa e
estimulando a compra online até “X” período, em geral, 90 dias e, por fim implantar
campanha de divulgação nas redes sociais de “X” tempo a partir da conclusão da estratégia.
E para atingimento dessa estratégia funcional, sugere-se como indicador do monitoramento
da estratégia, evidenciar a página criada e o perfil no Instagram.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi implantar melhorias no controle de
estoque até “X” período de tempo, criando o processo de recebimento e entrega dos pedidos
online – via sistema de distribuição até “X” tempo após, em geral, em até 90 dias.
Já à área funcional recursos humanos, coube estipular como objetivo funcional treinar os
profissionais de vendas, para fins de atendimento ao cliente do site e das redes sociais.
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A área funcional finanças, estipulou como objetivo funcional investir “R$ X” em Tecnologia
da Informação e Comunicação.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi orçar e disponibilizar os valores, para
implantar as vendas online em parceria com as áreas de marketing e TIC
E para atingimento dessa estratégia funcional, sugeriu-se como indicador do monitoramento
da estratégia, evidenciar “R$ X” investidos, conforme orçamento.
De modo geral as estratégias funcionais, na prática, contêm um conjunto de ações
voltadas à obtenção de vantagens competitivas, perante à concorrência. Então temos que:
Estratégia de marketing:
Estratégia de produção:
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Estratégia financeira:
Essa estratégia inclui produtos ou serviços (foco nas melhorias e inovações, ou seja,
competividade de mercado) e processos (foco em minimizar os custos operacionais, ou seja,
competitividade nos custos).
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A ciência de que para atingir baixos níveis de custos totais, requer a conquista
de uma fatia elevada do mercado ou outras vantagens competitivas através da
facilidade de acesso aos insumos, como matéria-prima, por exemplo.
De todo modo, assim que essa estratégia genérica atinge a posição de baixo custo tende
a proporcionar à empresa margens altas, que podem compensar o prejuízo inicial e ainda
viabilizar novos investimentos em equipamentos e instalações modernas para que a liderança
no custo total seja mantida.
Todavia, a empresa que opta pela diferenciação, deve proteger-se em relação aos
produtos substitutos do que a concorrência e, via de regra, a escolha dessa estratégia deve
compatibilizar os custos relativamente baixos com os preços praticados pelo mercado.
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O fato de que nem todos têm interesse ou verbas para comprar os produtos,
mesmo que com diferenciais de qualidade, por exemplo.
Para Porter (2014), para a empresa liderar no custo total implica em adotar políticas
funcionais envolvendo atuar com eficiência de instalações, reduzir custos pela experiência,
controlar despesas e custos, utilizar estruturas enxutas nos departamentos e mecanismos
de controles de custos totais, objetivando oferecer produtos e serviços mis baratos e, não
necessariamente produtos e serviços diferente das ofertas de mercado.
O autor, complementa, que para atingir esse patamar de liderança se faz necessário
altos investimentos em equipamentos, assim como políticas de preços iniciais severas,
assumindo no começo baixas margens de lucro, até consolidar-se no mercado e, após a
2 Situação em que há conflito de escolha, ou seja, escolher algo, abrindo “mão” de outro.
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Contudo, o autor, lembra que para a empresa diferenciar-se corre o risco de ter elevados
gastos (custos e despesas), restringindo a oferta do produto/serviço a mercados específicos.
Para Porter (2014), a empresa ao escolher seu nicho, deve se especializar nos recursos
necessários para explicar esse mercado escolhido e, compreender suas limitações no que diz
respeito ao tamanho do mercado, requerendo, na prática uma rentabilidade mais atrativa e
consistente, na relação volume de vendas e preços adotados.
Com isso, o empreendedor poderá, através da estratégia genérica liderança de custos, tornar
seu negócio estável, ampliando ou reduzindo-o.
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Essa tática de produzir um maior volume, reduz o custo unitário e otimiza o processo
produtivo, considerando a obtenção de crescimento/ampliação com a adoção da estratégia
genérica de liderança de custo.
Contudo, se a opção for a redução, a empresa de lanches poderá tentar cortes de custos,
em especial os custos fixos, para fins de reduzir as despesas, adotando, por exemplo, cortes
de pessoal.
Neste sentido, esse processo inicia com o processo de medição de desempenho, seguido
da etapa de comparação dos padrões estabelecidos.
Exemplo prático:
Imagine que na estratégia funcional comercial, seja planejado um incremento no volume de
vendas em 8%, para determinada linha de produtos e/ou serviços.
Nesse caso, o controle estratégico entra no circuito com ações de monitoramento desse
incremento e, se necessário efetua intervenções para garantir que o resultado seja atingido.
Caso contrário, o trabalho prossegue sem intervenções.
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Por ser de cunho estratégico, o controle requer que a gestão conheça com
profundidade os resultados desejados das ações necessárias para o atingimento do que foi
planejado, para fins de averiguar se o que foi previsto, de fato está acontecendo e as
respectivas intervenções para a concretização dos resultados almejados.
Definição da ação corretiva necessária para evidenciar que o que foi planejado,
de fato ocorreu.
5. FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
É através das ferramentas estratégicas que os gestores corrigem rumos dos processos
ou até mesmo implantam e implementam novos processos. Embora existam inúmeras
ferramentas estratégicas, a recomendação é identificar as mais adequadas para as
necessidades de cada empresa. Daí a importância em conhecer as diferentes ferramentas e
saber qual e quando utilizá-las.
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5.1 SWOT
É uma ferramenta simples e que pode ser utilizada para analisar desde cenários
corporativos, quanto cenários de cunho pessoal.
O desempenho da empresa tende a ser afetado pelo ambiente externo, como por exemplo
os aspectos legais, ou seja, quando o governo altera a legislação essa afetará as empresas sob
o ponto de vista positivo ou negativo e, dependendo do segmento umas são beneficiadas, em
detrimento de outras que não são beneficiadas. Porém, nem todas as empresas conseguem
aproveitar as oportunidades e abalar-se com as ameaças, por exemplo.
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Cabe ressaltar que a forma com que a empresa lida com os impactos gerados
é que fará a diferença, na sustentabilidade do negócio, pois a análise do ambiente externo
deve considerar a possibilidade de adaptar-se às mudanças proporcionadas pelo mercado.
LEMBRETE!
É possível transformar uma ameaça em oportunidade, desde que a empresa possua
capacidade para reagir de forma a extrair benefícios do cenário.
Exemplos práticos:
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FORÇAS FRAQUEZAS
Consolidação da marca Processos excessivamente
Variedade de produtos burocráticos
Lojas virtuais Lentidão no atendimento
Rotatividade de pessoal elevada
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Comodidade das pessoas nas Inadimplências altas
jornadas de compras Instalação de lojas físicas na
Demandas por produtos região
variados
Recomenda-se que após estruturar a Matriz, as equipes foquem em suas fraquezas para
fins de controlar seus efeitos e gerar vantagens competitivas. Assim como fortalecer seus
pontos fortes, aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças, sempre que possível.
Você já ouviu falar nessa ferramenta? Pois bem, essa ferramenta tem como finalidade
auxiliar administradores de distintos negócios, através de fluxos financeiros e movimentos
de mercado.
A Matriz Boston Consulting Group – BCG é um modelo que serve para analisar portfólio
de produtos ou de unidades de negócio, tomando como ponto de partida o ciclo de vida do
produto ou serviço, que considera as fases de introdução, crescimento, maturidade e declínio.
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Todavia, a empresa deve manter em seu portfólio produtos ou negócios que necessitem
de investimentos (altas taxas de crescimento do mercado) e mercadorias que gerem receitas
(com baixo crescimento do mercado).
Nesse quadrante, a posição do negócio está correndo riscos, pois possui pequena
participação num mercado, com altas taxas de crescimento. Entretanto, poderá se
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Unidade de negócio situada na fase vaca leiteira, significa que estamos diante de um
mercado de alta participação, com baixas taxas de crescimento, com isso gerando lucros e
fluxos de caixa elevados. Portanto, os recursos gerados podem ser utilizados para investir em
outros empreendimentos, em virtude dessa baixa taxa de crescimento.
A empresa, ao adotar a Matriz BCG, beneficia-se pelo leque de estratégias para seus
produtos ou unidades de negócio. Porém, possui desvantagens como o fato de que possuir
alta participação de mercado não é garantia de sucesso; altas taxas de crescimento não
significam, necessariamente, atratividade de mercado.
LEMBRETE!
Pode ocorrer de um “abacaxi” trazer incrementos de caixa, do que uma vaca leiteira.
Por fim, recomenda-se que a empresa possua um portfólio de produtos com distintas
taxas de crescimento e distintas participações de mercado, equilibrando os fluxos de caixa.
“Produtos de alto crescimento exigem injeções de dinheiro para crescer. Produtos de baixo
crescimento devem gerar excesso de caixa. Ambos são necessários, simultaneamente”
(BRUCE HERDERSON – criador da Matriz BCG).
EXEMPLO PRÁTICO
Acompanhe um exemplo real de aplicação da Matriz BCG
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Crescimento do mercado
Participação de mercado
Fonte: https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/matriz-bcg/
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