Aluno: Fábio Corrêa Gomes - RA 03180641673 Direito Noturno

Turma C – Campos Salles Lapa.

Resumo

Cap 4 e 5 do livro COOTER- Robert- ULEN- Thomas- Direito e Economia 5 ed-

Porto Alegre- Bookman

CAPÍTULO 4:

Para o teorema de Coase, a eficiência é o objetivo de qualquer solução.

Portanto, a lei só tem efeito quando oferece uma solução eficaz para o problema a
ser resolvido, mas o que acontece na lei é que o resultado flui sempre para o lugar
mais desfavorável, ou seja, para a parte mais prejudicada. Esta é a fonte da teoria
econômica dos direitos de propriedade de Cooter e Ulen (2010).
Porém, é possível ver uma forma de conciliar as duas teorias, pois ambas
falam da liberdade de cooperação e negociação mútua. Mesmo que haja uma lei, ela
será usada como razão final, pois para Coase, como já dito, a eficiência é essencial
(ultima ratio). Isso inclui a teoria de negociação dos direitos de propriedade. Ambas
as partes devem estar cientes das negociações e cooperar entre si. Além disso, a lei
de propriedade prevê a liberdade das coisas, de modo que o proprietário pode
chegar a acordos livremente com outras pessoas.
A propriedade é um conjunto de direitos. Os direitos de propriedade não são
estáticos; eles podem ser transmitidos de geração em geração, disse ele. O conceito
jurídico de propriedade é um pacote de direitos aos recursos que o proprietário pode
exercer livremente. A lei tende a se referir à filosofia para ajudar a decidir quais
direitos incluir no pacote de propriedades.
Neste capítulo, há a concentração em como os pacotes de direitos
alternativos criam incentivos para o uso eficaz de recursos. Primeiro, é mostrado
como o direito de trocar mercadorias contribui para a riqueza do país. A lógica da
situação pode ser esclarecida reafirmando os fatos na linguagem da teoria dos
jogos. Os vendedores em potencial têm avaliações de carros mais baixas do que os
compradores em potencial, portanto, há espaço para barganha.
As partes na disputa podem ter preocupações emocionais que interferirão em
um acordo racional. Pessoas que se odeiam frequentemente discordam sobre como
compartilhar o excedente de cooperação. Muitas jurisdições têm regras relativas à
divisão de bens no divórcio. Para a maioria dos casamentos sem filhos, essas regras
são simples e previsíveis. Quando as duas partes não se entendem, quando as
diferenças culturais tornam a comunicação confusa, é provável que haja um
julgamento errado. Ao formular uma estratégia de negociação, cada parte tenta
prever quanto a contraparte pagará.
O autor afirma que não há custo de fiscalização para um contrato que pode
ser concluído sem demora. Para transações complexas, o custo de monitorar o
comportamento e as violações pode ser alto. Quando a violação do acordo é fácil de
observar e punir, o custo de execução geralmente é menor. A transação é dividida
em três estágios e cada estágio tem um tipo especial de custo - custo de pesquisa,
custo de transação e custo de execução. Esses custos variam de zero a grandes
quantidades de incerteza, dependendo da transação.
O autor explica a generalização e suas exceções do ponto de vista da
eficiência. Se os custos de transação forem altos o suficiente para atrapalhar as
negociações, o remédio mais eficaz são os danos, não as liminares.
Tradicionalmente, as liminares têm sido consideradas mais claras e simples do que
os danos porque a determinação dos danos pelo tribunal pode ser imprevisível. Em
troca, o direito de obter uma liminar fornece a ambas as partes uma posição de
negociação clara.
Quando há poucos obstáculos à cooperação (ou seja, altos custos de
transação), o remédio mais eficaz é dar perdas econômicas compensatórias.
Quando há poucos obstáculos à cooperação, o remédio mais eficaz é o réu interferir
na propriedade do autor. A maioria das disputas de propriedade envolve um
pequeno número de proprietários consecutivos. O remédio usual em disputas de
propriedade deve ser uma medida cautelar, que é uma lei eficaz. Nesse caso, a
negociação provavelmente terá sucesso.
Conforme o número de pessoas aumenta, os custos de comunicação
aumentam, o monitoramento se torna difícil e o comportamento da miopia aumenta.
Em disputas envolvendo um grande número de estranhos espalhados em diferentes
regiões, as negociações privadas têm pouca probabilidade de sucesso, como
disputas sobre poluição do ar e odores de confinamento.
As duas primeiras regras constituem a "prescrição tradicional" para escolher
entre danos e medidas preventivas de direito e de economia. Na maioria dos casos,
as prescrições tradicionais podem fazer isso, mas uma consideração mais
cuidadosa das informações melhorou isso. O tribunal deve permitir que a empresa
de energia polua e rejeitar o pedido de desvio da lavanderia. Ou, quando os custos
de transação atrapalham a negociação, a criação de um incenso eficaz exige que o
tribunal saiba qual parte valoriza mais o poder de decisão.
O tribunal deve saber o valor absoluto do dano causado pelas repercussões,
a fim de fornecer incentivos eficazes para reparar o dano. O tribunal precisa saber o
valor relativo do vazamento para efetivar a liminar. Se o tribunal sabe qual das
partes valoriza relativamente mais o direito de recurso, deve proteger o direito de
recurso. Por outro lado, se o tribunal sabe até que ponto um de seus colegas
valoriza absolutamente o direito, deve proteger o direito à indenização por danos.
A proibição da poluição da companhia elétrica é clara, mas o custo de cumprir
a proibição pode ser incerto. Para concluir a transação, cada parte precisa entender
o valor da ameaça da outra ou agir por conta própria. A legislação impõe muitas
restrições sobre o que uma pessoa pode fazer com sua propriedade. No entanto, no
direito consuetudinário, existem relativamente poucas restrições. A regra geral é
permitir qualquer uso que não interfira com a propriedade ou outros direitos de
terceiros.
Por exemplo, fábricas que emitem fumaça densa e bloqueada em áreas
residenciais estão criando externalidades. O desenvolvimento do pântano interferirá
na fertilidade de seus rios e riachos. Explica-se por que o mercado não pode
fornecer bens públicos na forma de retratos. As mesmas considerações explicam
por que as negociações privadas não podem resolver as externalidades ou, como
são chamados, os maus públicos.
O problema do carona impede soluções negociadas privadas para questões
de externalidades ou danos públicos. Uma possibilidade é uma regra que proíbe
invasões não intencionais e fornece soluções quando essas invasões ocorrem. O
tribunal pode estar preparado para emitir uma liminar porque está convencido de
que raramente será necessário fazê-lo. Em contraste, os defeitos privados podem
ser autocorrigidos por meio de acordos privados, portanto, remédios legais intrusivos
podem não ser necessários.
 A propriedade é um pacote de incentivos de direitos. Direitos de propriedade
eficazes criam a motivação para maximizar a riqueza do país de duas maneiras
diferentes. Os proprietários alcançam produtividade equilibrando os custos e
benefícios sociais do que fazem com o que possuem.

CAPÍTULO 5:

Quatro áreas principais do direito criam propriedade da informação e são

chamadas de "legislação de propriedade intelectual". O sistema de patentes
estabelece direitos de propriedade para invenções, processos e outras melhorias
tecnológicas. Nesta seção, será discutida a aplicação da lei de propriedade à
informação.
O sistema de direitos autorais concede direitos a autores, artistas e
compositores. O sistema de marcas registradas estabelece a propriedade de marcas
ou símbolos únicos que identificam de maneira única a produção de indivíduos ou
organizações. O domínio dos segredos comerciais envolve atividades empresariais
em que as sociedades comerciais têm interesse no setor imobiliário.
Há cinco mil anos, as pessoas dormiam sob telhados de grama, cobriam a
pele e atiravam em animais com pedras afiadas amarradas a varas. Desde a
revolução industrial, a inovação levou ao crescimento da riqueza a uma taxa
composta.
Uma maneira melhor de fazer algo reduzirá os custos, de modo que a curva
de oferta se desloque para baixo e para a direita. Essa mudança fez com que os
preços das commodities aos consumidores caíssem. O valor da sua renda é medido
pelo aumento do excedente do consumidor no mercado.
A American Ice Trust foi uma das maiores empresas americanas em 1900. Ao
mudar salários e empregos, a inovação desorganiza as comunidades, fazendo com
que algumas pessoas cresçam e outras morram. A mecanização da agricultura nos
Estados Unidos enfraqueceu o oposto da condenação no início do século XX.
Em muitos países de direito civil, como México e Chile, os cidadãos têm o
direito de usar os tribunais gratuitamente. Nos Estados Unidos, as custas judiciais
são abundantes para os litigantes, mas as custas são muito mais baixas do que as
custas judiciais, de modo que o julgamento é subsidiado.
O sistema tributário dos EUA permite que as doações de caridade sejam
deduzidas da renda tributável dos doadores. Na prática, a dedução de caridade
significa que o doador contribui com cerca de dois terços do valor doado. Outros
países, como a Suíça, não permitem tais deduções.
O terceiro alívio, denominado proteção de segredo comercial em um sentido
amplo, vem da lei de responsabilidade civil. Funcionários ou contratados de
empresas do Vale do Silício precisam assinar acordos de sigilo. Idealmente, a
proteção de segredos comerciais pode impedir a disseminação de informações e
permitir que seus produtores se apropriem indevidamente de seu valor.
Quando a propriedade intelectual é efetivamente aplicada, o proprietário do
novo chip de computador pode usar o direito de exclusão para cobrar de outros
usuários. O preço recompensa os criadores, levando a mais inovação e crescimento
mais rápidos.
A teoria do monopólio explica por que uma invenção valiosa pode fazer um
produto melhor ou uma maneira melhor de fazer um produto antigo. Se não houver
substituto semelhante para a invenção, é errado conceder uma patente.
Patentes e direitos autorais podem ser monopólios temporários e seu escopo
e duração variam. Reduzir a amplitude ou a duração dos direitos de propriedade
intelectual geralmente reduz os lucros do monopólio e aumenta as diferenças de
preço.
As patentes de chips de computador podem durar diferentes períodos de
tempo em diferentes países. Com direitos de propriedade intelectual limitados e
curtos, a expansão e a expansão recompensam os criadores e incentivam mais
inovação. Se a inovação puder ser mantida em segredo, o escopo e a extensão das
recompensas de propriedade intelectual se espalharão por meio do aumento nas
taxas de uso.
O escopo ou a duração dos direitos de propriedade do criador aumenta o
poder de monopólio, recompensando assim a criação e reduzindo a inconsciência.
Portanto, vale a pena o incentivo para criar e difundir. Expandir ainda mais o escopo
dos direitos do proprietário pode, em última análise, reduzir a criação e a
disseminação.
Em comparação com os países em desenvolvimento, os países
desenvolvidos criaram mais inovações e, assim, obtiveram patentes ou direitos
autorais. Os países desenvolvidos estão focados em proteger os benefícios dos
fortes direitos de propriedade intelectual de seus criadores. Os países em
desenvolvimento não têm entusiasmo pelos direitos de propriedade intelectual que
aumentam os preços ao consumidor.
As patentes criam atributos únicos em invenções com duas dimensões:
duração e amplitude. O Cubo de Rubik é um quebra-cabeça popular no qual cada
um dos seis lados do cubo é dividido em uma grade 3 x 3.
Desde o século 13, o direito consuetudinário britânico e a lei estatutária
protegem as marcas registradas. A titularidade de uma marca pode ser estabelecida
por meio do uso efetivo no mercado ou por meio do registro no Escritório de Marcas.
A Lei Lanham fornece um método para obter o registro federal de uma marca
comercial ou marca de serviço. O Trademark Office concede a pessoa certas
proteções e direitos. 21 Os proprietários de marcas registradas podem processar por
violação para impedir o uso não autorizado.
Para alguns tipos de organizações, os membros podem comprar e vender
ativos, mas ninguém pode comprar ou vender a organização. Ninguém é dono de
uma família, clube, igreja, cooperativa, instituição de caridade ou nação.
As externalidades públicas e privadas variam de acordo com o número de
pessoas afetadas. Os recursos de uma pessoa são privados.
Quando várias pessoas possuem a mesma propriedade, elas negociam. Para
iniciar o exame, os parceiros conduzem negociações comerciais sobre a atribuição
de tarefas. A diferença entre propriedade privada e propriedade pública pode ser
descrita como uma diferença na estrutura de negociação.
Enquanto a externalidade for privada, os proprietários privados podem
expandir ainda mais seus interesses cooperando com algumas pessoas. As
negociações entre pequenos grupos frequentemente levam à cooperação e
eficiência.
O proprietário privado deve arcar com o custo do limite do principal. A
propriedade privada funciona bem quando as funções de produção são separadas
das funções de utilidade ou quando as externalidades raramente afetam as pessoas
que podem negociar entre si.
A Islândia enfrenta problemas mais difíceis na gestão de recursos públicos.
Uma solução é reduzir a propriedade pública com a venda de terras de propriedade
federal. Se a terra atualmente sob controle público for convertida em controle
privado, o valor de mercado dos produtos fundiários cedidos no oeste dos Estados
Unidos será definitivamente mais alto.
 Ecologistas geralmente se opõem à venda de terras públicas para interesses
privados. O objetivo é limitar o desenvolvimento em vez de aumentar a receita. O
que parece certo é que muitos recursos serão gastos em disputas políticas sobre a
governança das terras públicas. Se os direitos de propriedade não forem claros, as
partes têm um incentivo para negociar e esclarecer. Portanto, é necessário pesar os
benefícios e custos da delimitação dos direitos de propriedade.
Se os direitos de propriedade não forem claros, as partes têm um incentivo
para negociar e esclarecer. Portanto, é necessário pesar os benefícios e custos da
delimitação dos direitos de propriedade. Nesta seção, será considerada como a lei
pode alcançar o equilíbrio. A cúpula geológica de gás natural fornecida pela
empresa está parcialmente sob o terreno arrendado e parcialmente sob o terreno
sem chumbo. Hammond possui 54 acres de terra acima da cúpula geológica. Ele
não deixou os direitos subterrâneos de suas terras para a empresa.
Marque a vaca, coloque o número de série no motor do carro e estique o
número do seguro social. As pessoas às vezes "compram" mercadorias que não
vendem. Empresas estatais ou privadas podem supervisionar as violações. A
pessoa encontra um pacote no país/região de sua escolha e entra em contato com
os produtores que lá residem. Depois de discutir os limites, a fertilidade e os
sistemas de drenagem da terra, os agricultores se ofereceram para vender a terra a
preços atrativos.
Um método confiável e barato de determinar a propriedade pode evitar
transporte fraudulento, como um inquilino se passando por senhorio. Pense na
história do título "Gravação" na Inglaterra medieval, quando poucas pessoas podiam
lê-lo.
Nos Estados Unidos, não existe um método uniforme de registro de terras, 37.
Cada um dos cinquenta estados tem algum sistema de registro público para
propriedade de terras. A mudança de posse real.
Os sistemas que registram a propriedade de livros sobrecarregarão o
comércio e prejudicarão o fluxo efetivo de mercadorias. Mantenha um sistema de
registro de propriedade de terrenos e alguns outros itens valiosos (como carros). O
comprador não investiu recursos para determinar se o vendedor realmente possui o
que está vendendo.

Uma Teoria Econômica da Propriedade

 O Conceito Filosófico de Propriedade

Além do utilitarismo, existe também a justiça distributiva, que deve ser igual a
todas as pessoas a partir do zero, com distribuição inicial igual. Mas quem decide se
é uma distribuição democrática ou uma aristocracia, como Aristóteles propôs?
Também se torna muito especial porque não existem muitas regras.
Por fim, a liberdade é a melhor forma de dispor de um bem, pois o Estado
estipula as regras gerais da posse, e cada proprietário tem autonomia para dispor de
sua propriedade da forma mais adequada no âmbito da lei.

Teoria Econômica

O principal objetivo da teoria econômica com foco no direito de propriedade é

compreender os efeitos da eficiência e da distribuição e resolver esse problema com
mais precisão.
A diferença entre bens públicos e privados está em como eles são usados. Os
pertences pessoais são de uso exclusivo do proprietário, não podendo ser usados
por terceiros à vontade. Por outro lado, os bens públicos são uma espécie de bens
públicos, controlados pelo Estado e usados por todos igualmente.
A propriedade privada impõe vários custos de transação de execução e troca
privadas. A propriedade pública impõe custos de transação à administração pública
e à tomada de decisões coletivas.
De acordo com o conceito jurídico de propriedade, é “um conjunto de direitos
(...) não é estático”. 2 Conforme mencionado anteriormente, a posse dá liberdade ao
possuidor. Com isso, ele pode vender, trocar ou converter livremente sua
propriedade.
O escopo da criação de direitos de propriedade é acompanhado pela
necessidade de "incentivar a produção, conter o roubo e reduzir o custo de proteção
de ativos"
Cada transação tem um custo, que é o custo da troca ou transação. Para que
esse tipo de transação exista, é preciso que alguém se interesse pelo seu produto,
então a pessoa deve negociar e chegar a um acordo com as partes e, por fim, o
acordo deve ser cumprido.
Transações padronizadas e amplamente conhecidas geralmente têm custos
de transação mais baixos, mas quando tais transações são muito peculiares e mal
compreendidas, seus custos podem ser muito altos.
A teoria da negociação enfatiza a cooperação mútua. Há um excedente ou
excedente cooperativo, que só pode ser realizado quando as duas partes podem
negociar uma com a outra. Porém, não há garantia de que as duas partes estejam
dispostas a negociar, ou a negociação é positiva, o que fará com que a transação
fracasse e gere um valor de ameaça, que pode ser entendido como “o valor da
situação inicial sem cooperação”.
A teoria econômica reconhece que quando as partes chegam a um acordo de
maneira amigável, a lei torna-se inválida e, quando ambas as partes estão
satisfeitas, não há necessidade de ativar os direitos.
Isso nos leva ao Teorema de Coase, que nos explica a melhor solução. Do
ponto de vista econômico, deve ser a mais razoável, porque todas as partes querem
sair da situação em circunstâncias favoráveis. Se houver cooperação, haverá
maximização dos resultados. Para uma negociação mais ágil, os custos de
transação devem ser zero, de forma que, seja aluguel de salas de conferência,
transporte, etc., não prejudique ninguém por ter que investir nesses custos. Se a
pessoa não cooperar, o resultado continuará o mesmo, mas o certo só definirá um
pagador, e haverá muito mais burocracia.
O Teorema de Coase é o Teorema Normativo de Coase porque "fornece
orientação normativa para legisladores". Em outras palavras, a lei deve apenas
prevenir obrigações negativas e coibir danos causados pela falta de cooperação.
Dessa forma, os direitos de propriedade são protegidos por ações de
indenização e desempenho. Se o objetivo do primeiro é o de buscar indenização por
danos já causados, o título executivo visa prevenir danos futuros. Para leis
relacionadas à propriedade, medidas obrigatórias devem ser usadas. Porém,
quando o custo da negociação é muito alto e a própria negociação é impedida, a
compensação mais eficaz será a compensação.
Se houver obstáculos à cooperação (ou seja, altos custos de transação), o
remédio mais eficaz é fornecer uma compensação monetária. No caso de poucos
obstáculos à cooperação (ou seja, baixos custos de transação), o remédio mais
eficaz é emitir uma liminar contra a violação do réu da propriedade do reclamante.
Quando há poucas barreiras à cooperação (ou seja, custos de transação mais
baixos), o remédio legal mais eficaz é emitir um mandado de segurança quando o
reclamante pode estimar mais facilmente as perdas do reclamante do que o réu
pode estimar os custos de conformidade do réu.
Compreensivelmente, a melhor solução na relação de propriedade é a
cooperação mútua, pois é mais benéfica e eficiente para todos os envolvidos.
Porém, os obstáculos são muitos, é necessário que a lei intervenha, impondo regras,
normas e obrigações, e às vezes não tem efeito econômico para uma das partes.

REFERENCIA

COOTER, Robert. ULEN, Thomas. Direito e Economia. Bookman, 2010. 5a

ed.