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O NOVO CÓDIGO CIVIL E A RESPONSABILIDADE NA INTERNET

O novo Código Civil não tratou especificamente da matéria eletrônica,


mas algumas disposições adaptam-se perfeitamente às questões jurídicas
referentes à Internet. No que toca ao comércio internacional, que envolve
comunicação entre vários países, a questão deverá ser definida por normas
supranacionais. Ou seja, deverá ser tema de acordos internacionais, os quais os
países interessados ratificarão conforme seus interesses.
É de se ressaltar que, no que concerne ao Direito do Consumidor, a
incidência do Código de Defesa do Consumidor no campo da informática tem se
mostrado ineficiente quanto a sua aplicação em prol da responsabilidade
objetiva.
No âmbito interno, as disposições do Código Civil em matéria de Direito
Empresarial, previstas no livro II, reforçam a responsabilidade do administrador,
que, agora, deverá agir de forma preventiva e reparatória. Renato Opice Blum,
em artigo publicado na já extinta Gazeta Mercantil (14 de janeiro de 2003),
explica que os diretores, chefes de segurança, gerentes ou responsáveis pelos
sistemas informáticos “têm o dever legal de não só sanar vulnerabilidades em
sistemas eletrônicos, mas também processar os responsáveis por invasões,
fraudes e outros ilícitos digitais”.
Após toda construção teórica proposta, cabe dedicar um momento para
analisar qual o futuro do profissional do Direito. Na sociedade digital atual, o
advogado tem de ser um estrategista. Toda complexidade da tecnologia em
questão traz e trará somente maior complexidade jurídica. Não basta apenas
conhecer o Direito, com suas normas, jurisprudências e doutrinas, deve-se,
também, conhecer a tecnologia, os modelos que conduzem o mundo das
relações interpessoais, das empresas, dos mercados e dos Estados. Cabe a este
novo modelo de profissional dar os caminhos e as soluções viáveis, pensadas
no contexto competitivo e globalizado de um cliente virtual-real multi-
culturalizado, que terá uma facilidade antes nunca vista para colocar à prova o
conhecimento técnico-jurídico utilizado.
A celeridade e a flexibilidade nas soluções jurídicas são condição de
sobrevivência para o profissional do Direito. Nesse contexto, cada vez mais, o
advogado deve ter visão e conduta de negociador, e não mais uma visão
somente contenciosa e legalista.
Em sua formação, passará a ser importante o domínio sobre novas
ferramentas e novas tecnologias e, essencialmente, que se tenha conhecimento
global de todas as disciplinas do direito digital, com seus códigos, linguagens e
terminologias. Além disso, precisa ainda ter uma visão ampla do universo jurídico
para entender o movimento de auto-regulamentação e a sua legitimidade, a
substituição de leis por softwares que regularão condutas e comportamentos na
rede, as mudanças no conceito de soberania em um mundo globalizado e virtual
e a situação dos consumidores virtuais, tanto de bens quanto de serviços.
Portanto, verifica-se que essa revolução na informatização tem trazido
aos profissionais do Direito muitas mudanças, tanto na maneira de pensar,
quanto na maneira de trabalhar. Na lida diária, em breve, não poderá mais ser
admitido um profissional que não esteja preparado para compreender e discutir
tais questões do meio virtual.
Como exemplo, podemos elencar o profissional do Direito que, ainda
hoje, produz suas peças processuais em máquina de escrever, ao invés de
utilizar um editor de texto no computador para agilizar seu trabalho. Talvez seja
o momento de repensar os currículos das Faculdades de Direito e exigir que
neles conste um mínimo de conhecimento técnico a respeito das mudanças dos
paradigmas e os princípios que regem a nova Era Digital.
Nesses termos, Patrícia Peck Pinheiro afirma: No contexto do novo
profissional do Direito, estrategista, informatizado, com visão de negociador,
devem os abordar m ais um aspecto que tem gerado controvérsias, o referente
aos serviços jurídicos prestados online. Atualmente, existem mais domínios de
profissionais liberais registrados para advogados do que qualquer outro ramo,
ultrapassando até mesmo os profissionais de tecnologia da informação.
A própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reconheceu a
importância das páginas pessoais, para divulgação do
escritório, dos serviços e até para que sejam disponibilizadas informações para
o cliente sobre os processos, com senha. Entretanto, em uma postura retrógrada
do Tribunal de Ética da OAB, não é permitida a consulta a advogados por meio
eletrônico, pois, conforme afirma o Tribunal, a relação com o cliente deve ser
sempre pessoal. É importante definir o que seria um meio eletrônico, pois em um
exemplo extremista, não poderia haver comunicação com o advogado por
telefone, caso este estivesse usando a tecnologia de VoIP.
Na experiência americana, o American Bar Association, órgão equivalente
à OAB nos Estados Unidos, já autorizou a operação do site LexUniversal, que
oferece um serviço de consultoria jurídica online. O advogado cadastra-se para
compor um acervo de advogados, e o cliente, ao entrar no site e selecionar a
opção “consulta jurídica”, é encaminhado para um bate papo restrito com o
advogado.
Pode ser dada preferência, na hora da escolha, por sexo, área de
interesse, geolocalização e outros critérios.
Estranha-se, hoje, aprender Direito Comercial utilizando -se somente de
exemplos de armazenamento de soja em silos, ou de navios com carga, sem
que seja feita qualquer menção ao comércio eletrônico, às tendências de
migração do home banking para o mobile banking, ou, no próprio Direito do
Consumidor, às linhas do consumidor online. No Direito Concorrencial, há
escassez de informação quanto à espionagem eletrônica ou, ainda, ao furto de
tráfego de clientela utilizando indevidamente serviços de buscadores com a
marca concorrente.
Há diversas lacunas no ensino que determinam um prejuízo à formação
do aluno, especialmente quando se formam profissionais que não sabem definir
autoria em ambientes eletrônicos em que as únicas testemunhas são as
máquinas, ou mesmo solicitar evidências relacionadas a IP’s e logs para
empresas provedoras de acesso à Internet. Deve-se aceitar que o direito digital
per si é a evolução do próprio Direito e transpassa todas as disciplinas de modo
transversal.
O Direito deve mudar ao mesmo passo em que a
sociedade muda. Esta terceira grande revolução da humanidade, em que
mudaram os modelos de riqueza
- de bens materiais para ações ativas intangíveis - e em que fazer um
vírus de computador deixou de ser trabalho acadêmico e passou a ser meio para
cometimento de furto de dados, deve ser analisada e tratada da melhor forma
possível, com a busca de um ordenamento jurídico mais bem preparado para
atender às diversas relações entre as pessoas.
Assim, incentiva-se que elas, quando despreparadas, encontrem uma
base jurídica apta a manter o equilíbrio e a harmonia, e que não busquem,
conforme afirma Patrícia Peck Pinheiro “fazer justiça com o próprio mouse”.

Direitos moral e patrimonial

O direito moral diz respeito à paternidade da obra. Portanto, está


relacionado aos seus créditos ou, em outras palavras, ao direito de reivindicar
sua autoria. Desse modo, o autor tem direito a ter a obra reconhecida como sua
e à sua preservação, da forma como foi originalmente criada. Esse direito é
irrenunciável, ou seja, o autor não pode abrir mão dele nem o vender ou transferi-
lo.
Por exemplo, é direito moral do autor ter seu nome publicado com a obra,
recusar-se a modificar sua criação ou, ainda, suspender a utilização de
determinada obra, caso ela seja usada de maneira prejudicial à sua imagem e à
sua honra.
O direito patrimonial permite, por sua vez, que o autor utilize, frua e
disponha da obra como melhor entender. Sendo assim, ele pode permitir que
terceiros usem, traduzam e reproduzam sua obra, negociando sua utilização de
forma integral ou parcial. Essa negociação pode ser feita em caráter gratuito ou
não.
O autor faz jus aos direitos patrimoniais somente durante determinado
período, o que não ocorre com os direitos autorais, que sempre pertencerão ao
autor.
Como se comprova a autoria de uma obra De acordo com o Art. 18 da Lei
9.610, de 19 de fevereiro de 1998, a proteção dos direitos autorais não depende
do registro da obra.
O direito nasce com a própria criação autoral e não necessita de qualquer
outro formalismo. Embora, no Brasil, ainda exista, em determinadas áreas, a
cultura de “quem não registra, não é dono”. Na prática, porém, isso não ocorre
mais, pois a legislação dos direitos autorais aboliu essa conduta.
Portanto, o autor não precisa gastar qualquer quantia com registros
públicos para se proteger. Então, surge a seguinte pergunta: Como o autor
poderá demonstrar que é o verdadeiro criador da obra?
Bem, infelizmente, como todos sabem, é muito importante
se proteger contra a má-fé de terceiros.
Por conta disso, recomenda-se que o autor registre
sua obra de alguma forma para evitar que outros se
apropriem dela. Por exemplo, guardar exemplares das
publicações de seus artigos, datar e imprimir seus textos,
gravar suas músicas em mais de um CD, entre outras
medidas de proteção.
É possível que o autor opte por registrar formalmente a obra em
instituições como a Fundação Biblioteca Nacional, a Escola de Música, a Escola
Nacional de Belas Artes, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI),
entre outras. Nesses casos, o local onde será realizado o registro deve ser
definido em função da natureza da obra. Os valores praticados para a realização
desse procedimento são, de modo geral, bastante acessíveis.
Direito autoral de pessoa jurídica A legislação brasileira sobre direitos
autorais estabelece (conforme Art. 11) que autor é a pessoa física criadora de
obra literária, artística ou científica, ou seja, autor é necessariamente um ser
humano. Somente a pessoa humana reúne as habilidades físicas e intelectuais
necessárias à concepção criativa.
Uma vez nascida a obra, o autor poderá, como melhor julgar, transferir
seus direitos patrimoniais a terceiros, inclusive a pessoas
jurídicas. Nessa hipótese, uma pessoa jurídica pode ser titular de direitos
autorais, sendo-lhe conferidos os mesmos direitos patrimoniais previstos em lei
para a proteção da obra. Note-se que a pessoa jurídica, ao receber os direitos
sobre a obra, deverá preservar os direitos morais do autor, como exposto
anteriormente.

Direitos autorais na Internet

Os conteúdos publicados ou veiculados na Internet não são


completamente públicos, ou seja, pertencentes à coletividade, nem podem ser
usados de forma livre e gratuita como muitos creem.
O artigo 7 da Lei de Direitos Autorais estabelece a proteção das obras
“expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou
intangível, conhecido ou que se invente no futuro”. Portanto, a proteção dos
direitos autorais também regulamenta as obras publicadas ou veiculadas na
Internet.
Seja no caso da Internet ou de qualquer outro meio, não se admite o uso
indiscriminado e inadequado de obras literárias, artísticas ou científicas.
Portanto, é preciso ter em mente o que é viável sem ofender os direitos do autor,
cabendo ao interessado respeitá-los, obtendo autorização para reprodução
integral de um artigo ou de uma fotografia, por exemplo, não deixando de citar o
nome de seu autor e a fonte da qual obteve determinada obra.
O mesmo procedimento se aplica ao download de músicas disponíveis na
Internet, que devem ser obtidas de acordo com os meios autorizados por quem,
verdadeiramente, detém os direitos sobre elas, seja em função de sua
composição ou em virtude da aquisição de seus direitos.

O Direito Autoral e suas leis

No Brasil, a proteção dos direitos autorais já é uma tradição. Ela foi


instituída na época do Império, em virtude da preocupação dos
legisladores em fixar regras para essa questão, ainda que de forma bem mais
simples se comparada à legislação atual.
Assim, com o passar dos anos e por conta das mudanças sociais, surgiu
a necessidade da legislação ser modernizada e adaptada às regras
internacionais sobre direitos autorais.
Atualmente, os direitos autorais são regulados e protegidos pela
Constituição Federal, conforme as Leis 9.609 e 9.610, ambas datadas de 19 de
fevereiro de 1998. A Lei 9.609 dispõe sobre a propriedade intelectual de
programas de computadores, enquanto a Lei 9.610 regula os direitos do autor e
daqueles que lhe são conexos. Além delas, existem os decretos que ratificam a
participação brasileira em tratados internacionais sobre esse tema. Nesse
sentido, é possível afirmar que, no Brasil, a questão dos direitos autorais está
adequadamente regulamentada.

Plágio, cópia e pirataria O que é Plágio?

Plágio significa apropriar-se indevidamente de uma obra, seja por meio


de cópia, imitação, assinatura ou por apresentá-la como se fosse de sua autoria.
Assim, tal ato se caracteriza pela não-identificação do nome do
autor nem da origem da obra. Em muitos casos, cria-se uma
situação em que a obra parece ser de uma terceira pessoa e isso é feito com o
intuito de se obter uma vantagem qualquer, o que constitui uma verdadeira
violação dos direitos autorais.
O artigo 33 da Lei de Direitos Autorais determina que “ninguém pode
reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la,
comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor”.
A violação dos direitos autorais por meio de plágio é crime de acordo com
o Código Penal brasileiro. A pena pode consistir em detenção de 3 meses a 1
ano e multa. Caso o plágio seja cometido com intenção de se obter lucro, seja
de forma direta ou indireta, a pena será ainda maior, variando de 2 a 4 anos,
além do pagamento de multa.
Contudo, não constituem plágio, por exemplo, a cópia para uso privado,
de pequenos trechos sem intuito de obtenção de lucro. Por exemplo, um
estudante de Artes pode visitar museus e reproduzir pinturas para aprimorar sua
técnica, durante seus estudos, sem cometer plágio.
É igualmente permitida a citação de trechos de livros ou explanações
feitas em palestras. Aliás, para esses casos, existe uma forma correta de se
proceder com relação a trabalhos acadêmicos. A Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) estabelece os procedimentos necessários para
apresentação de citações e determina a obrigatoriedade da menção ao nome do
autor e à fonte pesquisada.

Medidas a serem tomadas em caso de plágio

O autor que for plagiado poderá responsabilizar o plagiador cível, criminal


e administrativamente. Isso quer dizer que o autor da obra poderá exigir
ressarcimento de todos os prejuízos que tenha sofrido, buscando a punição
cabível ao plagiador e requerendo o pagamento de indenização adequada. Uma
das medidas que podem ser requisitadas em juízo é a apreensão de todo o
material que represente plágio. Além disso, pode-se pleitear uma ordem judicial
para suspender a divulgação da obra plagiada e, sendo
confirmado o plágio, a destruição de todo o material que tenha sido produzido
indevidamente.
Ademais, se, por exemplo, o plágio ocorreu em relação à cópia não
autorizada de uma monografia de conclusão de curso de graduação, a
universidade poderá apurar administrativamente a violação cometida pelo
plagiador e puni-lo de acordo com suas regras internas.
O autor que tiver sua obra copiada de forma não autorizada também
poderá denunciar tal ação às autoridades policiais, que serão responsáveis pela
apuração da ocorrência do crime de plágio.

Fotocópia de obras

Como foi mencionado anteriormente, cópias de pequenos trechos para


uso privado, com a finalidade de estudo, não constituem violação dos direitos
autorais. O que não se pode é fotocopiar um livro inteiro para revendê-lo a
terceiros, sem autorização do autor, pois, nessa situação, o copista lucrará com
tal ação, prejudicando diretamente o autor da obra.
Além disso, é preciso verificar se as obras estão ou não em domínio
público. Se elas já estiverem em domínio público, como muitos clássicos da
literatura, é possível fotocopiá-las sem transgredir a legislação dos direitos
autorais.

Cópia de textos na Internet

Os textos publicados e veiculados na Internet devem ser respeitados da


mesma forma que os textos publicados em outros meios, isto é, os direitos do
autor devem ser sempre considerados e preservados. Portanto, é fundamental
a indicação de sua autoria, do site em que foi encontrado, da data em que o texto
estava disponível na Internet, entre outras informações, conforme as regras da
ABNT.
O uso integral ou parcial de textos deverá seguir as regras anteriormente
mencionadas, ou seja, cópias para fins particulares, sem qualquer intenção de
lucro, não constituem transgressão aos direitos autorais. Todavia, o mesmo não
ocorre quando há a apropriação indevida de uma ideia expressa no texto ou de
seu fragmento. Não adianta tentar disfarçar a cópia, pois, como já foi exposto,
se a obra não estiver em domínio público, sequer pode-se comentá-la ou tentar
“melhorá-la” sem a autorização prévia do autor.

Baixar músicas e filmes da Internet

A questão da Internet sempre suscita dúvidas, mas, como vimos, a


legislação também alcança o que é veiculado na Internet, pois nem tudo que está
disponível na Web pode ser usado de forma livre e indiscriminada.
Somente é correto baixar músicas e filmes da Internet se as obras tiverem
sido disponibilizadas gratuitamente pelos titulares de seus direitos autorais ou se
o interessado tiver pago o valor relativo à sua reprodução.
Em 2003, houve alteração no Código Penal e uma das modificações foi
no sentido de incluir a penalização daqueles que disponibilizam publicamente o
download não autorizado de músicas pela Internet. A punição para esses casos
implica em reclusão de 2 a 4 anos e pagamento de multa.
Não é por acaso que tantas campanhas contra essas práticas são
realizadas por artistas e produtores artísticos que têm seus direitos autorais
violados.

Cópia de programas de computador

Os programas de computador são protegidos nos termos da Lei 9.609,


de 19 de fevereiro de 1998, cujas regras seguem, de modo geral, a mesma linha
de raciocínio aplicada aos direitos autorais.
Sendo assim, a cópia de programas de computador não pode ocorrer
livremente, exceto a dos chamados softwares livres.
Caso seja um programa de computador convencional, somente é
permitido efetuar uma única cópia do software que tiver sido legalmente
adquirido e desde que tal cópia tenha sido feita com a finalidade de backup.

Cópia de fotografias e ilustrações

Existem formas adequadas de copiar fotografias e ilustrações sem infringir


os direitos autorais, a própria legislação estabelece os critérios para que isso
ocorra. A título de exemplo, digamos que você tenha encomendado uma
caricatura sua e queira fazer cópias para presentear seus amigos, nesse caso,
sua reprodução é permitida.
Outra forma permitida de utilização de cópias de fotografias e ilustrações
e que não implica em ofensa aos direitos autorais diz respeito a utilizá-las como
meio de prova em juízo ou administrativamente. Em tal situação, o uso deve ser
adequado e estar ligado a uma finalidade que justifique o emprego da cópia.

Pirataria

A prática da pirataria advém da conduta dos antigos corsários, que


pilhavam navios e embarcações pelo mundo. Eles atuavam ilegalmente, pois, já
naquela época, o saque era considerado crime.
Hoje em dia, a pirataria ainda tem essa conotação criminosa e está
vinculada aos crimes contra os direitos autorais, principalmente em razão da
prática de falsificação. A pirataria não costuma ficar circunscrita a um território
reduzido, ela transpõe fronteiras, e o que é mais grave, está comumente
associada a práticas de outros crimes, como contrabando, receptação,
subornos, etc. Muitos são os prejuízos causados pela pirataria, pois não se tem
conhecimento da procedência dos produtos falsificados, não há garantias sobre
eles, representam riscos à saúde, não há recolhimento de impostos sobre tais
produtos, provocam o desemprego formal, entre outros.

Entenda o que é domínio público

O que é domínio público? Domínio público significa que obras literárias,


artísticas e científicas, assim como programas de computador, já não são
propriedades exclusivas de um único titular. Quando determinada obra entra em
domínio público, não é mais necessário observar os direitos patrimoniais do autor
pelo seu uso, pois ela passou a ser de todos e poderá ser utilizada livremente.
Isso ocorre em benefício cultural da população em geral.
No entanto, os direitos morais do autor ainda devem ser respeitados, pois
ele continuará fazendo jus aos créditos de sua criação. Portanto, permanece a
obrigação de se citar a autoria e a fonte da obra.

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