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2017
18 de julho de 2017
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Código Penal - direito penal em sentido normativo.

Parte Geral + Parte especial: principio da legalidade criminal, corolário do principio da


tipicidade, uma conduta humana só pode ser crime se estiver como tal prevista na lei. No
Direito Penal tem que existir descrição da conduta. Onde estão os tipos legais de crimes? Na
partes especial do Código Penal (art.º 131 e ss).

A cadeira incide sobre a parte Geral, que está dividida em três grandes temas, nos termos do
Cpe. O título primeiro dedica-se à lei criminal, depois o título II que trata do Facto, e depois o
título III que trata das consequências jurídicas do crime, ou seja, das penas e das medidas de
segurança (consequências jurídica do crime). Este semestre é só sobre a Lei penal. Penas -
prisão ou multa, sendo que a prisão tem um máximo de 25 anos.

Não é só o facto que tem que estar descrito enquanto crime, mas a pena também tem que
estar prevista no tipo legal de crime.
O facto são as características da conduta humana que são exigíveis para que se possa dizer que
alguém praticou um crime, um qualquer crime da parte especial. A doutrina penal atingiu um
grau elevado na tentativa de formular a teoria geral do crime, quais são os elementos da
conduta humana, mínimas, para se concluir que alguém praticou um crime, um qualquer crime
da parte especial. Esta doutrina pode ter que ser adaptada consoante o tipo de crime.
Entende-se que uma conduta humana pode traduzir a prática de um crime se for: típica
(prevista num tipo legal de crime), ilícita (quando a conduta está prevista há um primeiro
indício de contrariedade à lei, portanto a tipicidade e a ilicitude são quase sempre um par,
exceto nos casos de exclusão da ilicitude), tem que ser ainda um facto culposo (o agente tem
que atuar com culpa - por exemplo inimputabilidade dos menores de 16 anos, prevista no
art.º 19). Só com estas três condições reunidas é que podemos concluir que alguém cometeu
um crime.

Formas de aparecimento do crime: formas ou condições para a prática de um crime que por
serem comuns são tratadas na forma geral; são a tentativa do crime (em que não houve
consumação), comparticipação criminosa e o concurso de crimes. Princípios gerais do direito
penal: muitos deles têm assento constitucional - art.º 29 da Constituição da República
Portuguesa. No fundo, o que estamos a fazer é a sintetizar e concentrar conhecimentos de
outras disciplinas. A primeira parte é a aplicação do direito constitucional ao direito penal.

Aplicação no tempo: uma única Ordem Jurídica mas há várias leis que entram em vigor
sucessivamente revogando as anteriores.
Aplicação no espaço: conflito de normas que estão em vigor em simultâneo mas em diferentes
ordens jurídicas - situações jurídicas plurilocalizadas. O objetivo não é definir qual é a lei
aplicável, é perceber se a lei penal portuguesa é aplicável.

Conflito de normas em ss: princípio da tipicidade, os comportamentos expressamente


previstos. Por vezes há tipos legais de crime que utilizam os mesmos elementos que outros. Se
olharmos para uma conduta isoladamente, então podemos chegar à conclusão que na
aparência a conduta está prevista em dois crimes.

Bibliografia - na ficha da disciplina.


Germano Marques da Silva- I volume
Figueiredo Dias - 1º e 2º semestre
Código Penal - lei da extradição, lei 144/91 (não fundamental). A legislação avulsa não é
essencial.

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