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em Conflitos Armados
Mateus Kowalski
2020-21
3. A PROTEÇÃO DO SER HUMANO EM CONFLITOS ARMADOS
3.1. Conflitos armados, sua tipologia e atores.
3.2. A relação entre o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito
Internacional Humanitário.
3.3. Princípios fundamentais e fontes jurídicas. A aplicação do DIH aos conflitos
armados contemporâneos; desafios e dificuldades.
3.4. Em especial: a proteção de civis em conflito armado.
3.5. Estudo de caso: a guerra urbana.
Direito Internacional Humanitário
“Um conflito armado existe quando há recurso à força armada entre Estados
ou violência armada duradora entre autoridades governamentais e grupos
armados organizados ou entre grupos armados organizados no seio de um
Estado.”
3.1. Conflitos Armados, sua tipologia e atores
• Jus ad bellum: limitação do recurso à força entre Estados (artigo 2(4) CNU)
• Jus in bello (DIH): Direito que regula a forma como as hostilidades são conduzidas. É
puramente humanitário e tem como objetivo limitar o sofrimento causado. É
independente da legalidade do uso da força e da sua justificação
Evolução Histórica: Jus ad bellum e Jus in bello
Article 1
• Pacto da Sociedade das Nações (1919) The High Contracting Parties solemnly declare
in the names of their respective peoples that
they condemn recourse to war for the
solution of international controversies, and
• Pacto Briand-Kellogg (1928) renounce it, as an instrument of national
policy in their relations with one another.
DIDH DIH
• Área DIP recente, direitos dos indivíduos • Área clássica DIP, tradicionalmente aplica-
face aos Estados se na relação entre Estados (mas hoje
• Codificação dispersa em múltiplos Indivíduo-Estado; Estado-Estado;
instrumentos universais/regionais, Indivíduo-Indivíduo)
gerais/especializados + soft-law • Codificação geral e universal
• Aplicam-se a todos em qualquer lugar, • Aplica-se em conflitos armados
aplicando-se a todos os aspetos da vivência • Aplica-se em especial às “pessoas
humana protegidas”
• Direitos não-derrogáveis não podem ser • Aplicação extraterritorial
suspendidos • Aplica-se a grupos armados-não estaduais
• Aplicação extraterritorial (CANI)
• Grupos armados não-estaduais (CANI)? • Específicos: direito à vida na condução de
• Maior concretização: garantias em caso de hostilidades; proibição de tratamento
internamento/cativeiro; garantias de inhumano e degradante; direito à saúde;
julgamento justo; uso de armas por forças direito à alimentação; direito à liberdade
policiais; ética médica; definição de tortura individual; proteção do ambiente
3.2 Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário
DIDH DIH
Principais desafios:
ü Direito à vida de combatentes em CANI
ü Fundamento e procedimentos no caso de detenção / prisão de combatentes em CANI
ü Implementação
Diferenças?
ü Tradicionalmente: DIDH controlo à posteriori, por queixa, por procedimento quase-
judicial; DIH permanente, preventivo, controlo corretivo no terreno e no momento
ü Atualmente: Órgãos DIDH adotam abordagem semelhante à do sistema DIH
Convergências?
ü Implementação de DIH por órgãos DIDH
ü Implementação de DIDH pelo CICV
ü Cooperação entre órgãos DIDH e CICV
3.3. Princípios fundamentais e fontes jurídicas
v Convenção I de Genebra para Melhorar a Situação dos Feridos e Doentes das Forças
Armadas em Campanha
v Convenção II de Genebra para Melhorar a Situação dos Feridos, Doentes e Náufragos das
Forças Armadas no Mar
v Protocolo I Adicional relativo à Proteção das Vítimas dos Conflitos Armados Internacionais
v Protocolo II Adicional relativo à Proteção das Vítimas dos Conflitos Armados Não-
Internacionais
Âmbito
ü Tempo de Paz
3.3. Princípios fundamentais e fontes jurídicas
Combatentes
Objetivos militares
Armas
Métodos
ü Prisioneiros de Guerra:
• Nos CAI a Convenção de Genebra III aplica-se a partir do momento em que o
combatente caem em poder do inimigo (os parlamentares, pessoal sanitário e
religioso, crianças soldado têm direito ao tratamento mas não ao estatuto de PdG);
• Nos CANI existe uma lacuna (apenas artigo 3.º comum e extensão voluntária)
Mateus Kowalski
2020-21