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MINITÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
CMS – 5ª RM – 5ª DE – 15ª Bda Inf Mec
15ª COMPANHIA DE INFANTARIA MOTORIZADA
(5ª Cia Fron/1949)

OM: 15ª Cia Inf Mtz PLANO DE SESSÃO GDH: Conforme QTS N° 09 - IBB

PERÍODO: Básico GRUPAMENTO: 1° Pel, 2° Pel e 3° Pel

MATÉRIA: CONDUTA EM COMBATE OII: B-102

ASSUNTO:

1. Princípios do DICA;
2. Regras de engajamento;
3. Símbolos distintivos e protetores;
4. Prisioneiros de guerra e combatentes capturados;
5. Militares fora de combate;
6. Procedimento com a população civil.

OBJETIVOS:

- Compreender os princípios do DICA;


- Descrever as regras de engajamento e apresentar os símbolos distintivos e protetores;
- Identificar os procedimentos com inimigo capturado e inimigo que se rende;
- Identificar os procedimentos com inimigo ferido e doente;
- Descrever os procedimentos com a população civil.

LOCAL DA INSTRUÇÃO: Gerb

TÉCNICA(S) DE INSTRUÇÃO: Palestra e Verificação Imediata

MEIOS AUXILIARES: Retroprojetor e Caixa de Som.

INSTRUTOR(ES): MONITOR(ES): AUXILIAR(ES):


3° Sgt L CAMPOS Não há Não há

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Preparação do local para a instrução, preparação do material e transporte para o local.

MEDIDAS DE SEGURANÇA: Caso algum militar venha a se sentir mal durante a instrução, será encaminhado
imediatamente para a Seção de Saúde da OM, conforme o Plano de Segurança.

FONTES DE CONSULTA: MD34-M-03 EMPREGO DO DICA NAS FORÇAS ARMADAS

VISTO: VISTO: VISTO:

INSTRUTOR Cmt SU S3
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS E
OBS

120 min I. INTRODUÇÃO

P
a. Ligação com a seção anterior: Será retomado o conceito do DICA e as principais
legislações

b. Apresentação dos objetivos:

1.
2.
- Compreender os princípios do DICA;
Descrever as regras de engajamento e apresentar os símbolos distintivos e
protetores;
A
L
3. Identificar os procedimentos com inimigo capturado e inimigo que se rende;
4. Identificar os procedimentos com inimigo ferido e doente;
5. Descrever os procedimentos com a população civil.

E
c. Sumário

1. INTRODUÇÃO

(Vídeo Introdutório)

2. DESENVOLVIMENTO

1) Finalidade do DICA
S
A finalidade do DICA consiste em limitar e aliviar, tanto quanto possível, as
calamidades da guerra, mediante a conciliação das necessidades militares, impostas
pela situação tática e o cumprimento da missão, com as exigências impostas por
T
princípios de caráter humanitário.

a. Regras de Engajamento
R
A
-Seja um soldado disciplinado. A desobediência ao DICA desonra o seu país, seu
Exército,e a você mesmo e causa sofrimentos desnecessários. Longe de enfraquecer a
vontade do inimigo, a desobediência a reforça com freqüência;
-Lute somente contra inimigos combatentes e ataque somente Obj Mil;
- Não destrua mais do que aquilo que a sua missão exige;
-A população deve ser avisada e/ou receber recomendações para deslocamento, refúgio,
etc.;
-Não lute contra inimigos que estejam fora de combate ou que se rendam. Desarme-os e
entregue ao seu superior;
-Trate com humanidade os civis e os inimigos que se encontrem em seu poder;
-Recolher feridos, náufragos e mortos em ação, sejam eles amigos ou inimigos;
-A cooperação com as autoridades locais contribuirá para reduzir os danos à população e
aos bens civis;
-Deve-se respeitar o pessoal, os estabelecimentos e os meios de transporte protegidos
e assim reconhecidos;
-Os PG devem ser tratados com humanidade e são obrigados somente a dar informação
sobre sua identidade. É proibida a tortura;
-Não tome reféns;
-Abstenha-se de qualquer ato de vingança;
-Respeite todas as pessoas e objetos que tenham os símbolos ou distintivos usados no
DICA.

b. Prisioneiros de Guerra e Combatentes Capturados


- Prisioneiro de Guerra:

É todo o combatente que, em armas, caia em poder do inimigo durante um conflito


armado internacional.
- Combatente Capturado:
É todo o combatente inimigo, que depôs as armas e se rendeu, ou que já não tem nenhum
meio para se defender, estes se entregando voluntariamente ou não. Possui os mesmos
direitos de tratamento do PG.
- Direitos do Prisioneiro de Guerra:
§ O reconhecimento do estatuto de PG é um direito do combatente aprisionado;
§ Fica sob a guarda do Estado captor e não da unidade militar que o capturou;
§ Os PG serão inspecionados, desarmados, protegidos, assistidos e evacuados;
§ O PG não pode ser julgado por ter participado das hostilidades;
§ Guarda dos PG - campos de concentração;
§ PG podem ser forçados a trabalhar, exceto os oficiais;
§ Não podem trabalhar em qualquer tipo de atividade (art. 50 GIII.);
§ Os PG devem ser remunerados pelo seu trabalho;
§ Todo seu material militar, é recolhido e considerado com espólio de guerra;
§ Permanecem com documento de ident, roupa, víveres, objetos de uso pessoal e de
proteção pessoal;
§ Direito a condições de higiene e assistência médica;
§ Direito de praticar religião;
§ Direitos civis garantidos, de acordo com as leis do país de origem;
§ Proibida a tortura.

c. Militares Fora de Combate


Por ferido entende-se qualquer pessoa, civil ou militar, que por causa de um
traumatismo, ou incapacidade física tem necessidade de assistência médica ou de cuidados, e
se abstém de qualquer ato de hostilidade.
Por enfermo ou doente, entende-se qualquer pessoa, civil ou militar, que por causa de
uma doença ou incapacidade mental – tem necessidade de assistência médica ou de cuidados,
e se abstém de qualquer ato de hostilidade.
Por morto, entende-se qualquer pessoa, civil ou militar que por ocaso do combate tenha
sua vida retirada ou ainda, que não seja conhecido o seu paradeiro.
d. Atividades de Inteligência
- Mercenários:
Não têm direito ao estatuto de combatente ou de PG. Não é população civil.

- Espiões:
Não terá direito ao estatuto de PG (mesmo membro das FA)

- Forças Especiais:
São militares altamente qualificados que tem por missão realizar ações de inteligência, ou
seja, realizando o levante de massas, a diminuição de credibilidade da população, influindo no
ambiente operacional a favor de sua tropa. Não têm direito ao estatuto de combatente ou de
PG. Não é população civil, julgado como espião.

e. Deslocamentos de Civis e Forma de Tratamento


- Refugiados: Pessoas que tiveram de deixar seu país, ou permanecer fora dele, pelo fato
de que a sua vida e a sua liberdade se encontravam ameaçadas.
-Deslocamentos Internos: São pessoas ou grupos de pessoas compelidas a fugir de seus
domicílios ou locais em que residiam habitualmente, de maneira súbita e imprevista, em
conseqüência de conflitos armados, tensões internas, violações massivas dos direitos
humanos e desastres naturais ou provocados pelo homem, e que não atravessaram uma
fronteira reconhecida internacionalmente. Apesar de não serem beneficiários de uma
convenção específica, como é o caso dos refugiados, os deslocados internos são protegidos
por vários instrumentos jurídicos, principalmente as legislações de abrangência nacional, a
legislação sobre direitos humanos e, no caso de se encontrarem em um Estado que passa por
um conflito armado, pelo Direito Internacional Humanitário.
Qualquer parte em conflito poderá, diretamente ou por intermédio de um organismo
humanitário ou de um Estado neutro, solicitar a designação de ZONAS NEUTRAS nas
regiões de combate, destinadas a proteger contra os perigos da guerra as seguintes pessoas:
Feridos e enfermos (combatentes ou não combatentes).
Civis que não tomarem parte nas hostilidades e que não se dedicarem a qualquer trabalho
de natureza militar durante sua permanência nestas zonas.

f. Combatentes e Não-combatentes
- Pessoal considerado combatente:
§ Membros das FA, com exceção do pessoal médico e religioso permanente, mesmo que
tais FA pertençam a um Governo não reconhecido pela Parte adversa;
§ Habitantes de um território não-ocupado que tomem espontaneamente e em massa as
armas para combater contra as tropas invasoras;
§ Devem distinguir-se da população civil pelo uniforme ou por sinal distintivo fixo e
reconhecível ou, pelo menos, por conduzir armas abertamente, durante os enfrentamentos
ou durante os deslocamentos prévios ao lançamento dos ataques.
- Pessoal dos serviços de saúde e religioso:
§ Não podem ser considerados combatentes, embora possam ser militares;
§ Pessoal sanitário - pessoal exclusivamente designado para atividades sanitárias. Este
pessoal não pode ser feito PG e só pode ser detido p/atendimento dos PG que pertençam a
suas FFAA (contudo se beneficiarão das disposições da Conv. de PG);
§ Pessoal sanitário e religioso em navio hospital e a sua tripulação não serão capturados
nem detidos, enquanto em serviço;
§ Podem portar armas ligeiras individuais para a sua proteção ou dos feridos e enfermos sob
sua responsabilidade;
§ Pessoal sanitário militar temporário serão considerados PG.
- Estatuto do combatente fora de combate:
§ COMBATENTES QUE SE RECONHEÇAM COMO FORA DE COMBATE NÃO
PODEM SER ATACADOS
§ DEVEM SATISFAZER AS SEGUINTES CONDIÇÕES:
abster-se de qualquer ato hostil;
não poderão tentar evadir-se.

g. Signos e Distintivos
Apresentação dos signos e distintivos atualmente em uso.

h. Perfídia, Estratagema e Sabotagem em Combate


- Perfídia:
§ Trair a boa fé do inimigo
§ Direito de receber ou obrigação de dar
a proteção prevista pelo DICA
Exemplos de perfídia:
Simular intenção de negociar com a bandeira de trégua, ou Simular rendição;
Simular incapacidade causada por ferimentos ou enfermidade;
Simular o estatuto de civil ou de não combatente; e
Simular o estatuto protegido utilizando sinais, emblemas e uniformes.

A PERFÍDIA È PROIBIDA!

- Estratagema de Guerra:
- Induzir o inimigo a erro ou a cometer imprudências.
Exemplo: camuflagem, falsas informaçõe e operações simuladas (milagre de multiplicação das
minas).

OS ESTRATAGEMAS DE GUERRA SÃO LÍCITOS!

- Sabotagem:
Permitida se for contra objetivos militares
Não é permitida se o sabotador estiver em trajes civis ou com uniforme do inimigo
(constituirá perfídia)

3. DINÂMICA
(1) O grupamento deslocar-se-á ao local de instrução em acelerado;
(2) Após a apresentação do efetivo pelo Of ou Sgt que os conduziu o instrutor irá
ordenar a entrada no local de instrução passando as orientações da ocupação ao
xerife e subxerife;
(3) O grupamento ocupará a posição e permanecerá de pé até que seja dada ordem
para se sentarem;
(4) Será utilizado um slide preparado pelo instrutor para abordagem dos assuntos;
(5) Durante a palestra será dado intervalo para consumo de água e necessidades
fisiológicas com tempo de 10 minutos;
(6) Se, durante a palestra, algum soldado observado sonolento, será comandado ao
efetivo que fique de pé, sentido, descansar e sentar novamente para que acordem;
(7) Caso o mesmo militar seja observado novamente dormindo, o instrutor irá
comandar de pé à ele e assim ele ficará até que acorde e voluntariamente sente na
condição de não dormir novamente;
(8) Persistindo, o mesmo militar, a ele será ordenado que faça 10 flexões e
novamente sentar-se em seu assento;
(9) Ao término da palestra será feita uma retirada de dúvidas.

4. CONCLUSÃO

a. Síntese da Instrução

Será feita uma revisão rápida de todos os objetivos abordados e em sequência um


questionário oral e individual.

Verificação imediata da aprendizagem.

Frase Motivacional

“O Exército pode passar cem anos sem ser usado, mas não pode passar um minuto sem estar
preparado.’’

b. Retirada de Dúvidas

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