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MINISTÉRIO DO INTERIOR

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DELEGAÇÃO PROVINCIAL DO BIÉ
COMANDO PROVINCIAL DO SERVIÇO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS
ÁREA DE FORMAÇÃO/BIÉ

FORMAÇÃO CONTÍNUA DE
CONTINENCIAS E HONRAS MILITARES

CUITO – 2023

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MINISTÉRIO DO INTERIOR
___*___
DELEGAÇÃO PROVINCIAL DO BIÉ
COMANDO PROVINCIAL DO SERVIÇO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS
ÁREA DE FORMAÇÃO/BIÉ

TEMA: CONTINÊCIAS, SINAL DE


RESPEITO E HONRAS MILITAR

CUITO – 2023

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OBJECTICOS DO TEMA

 Incutir aos formadores, as honras e as continências estabelecidas, que os


militares prestam a determinados símbolos Nacionais, força militar e as
entidades civis e militares.

 Regulamentar as normas de apresentação e de procedimento dos


militares, bem como as formas de tratamento que é a primazia entre os
militares.

 Fixar as honras que constituem as cerimonias militares, aplicadas às


situações diárias da vida militar, estando este de serviço ou em sociedade,
nas cerimonias e solenidades de natureza militar ou cívica.

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INTRODUÇÃO

No período medieval, em que os cavaleiros utilizavam as armaduras, quando


perante os soberanos, elevavam os seus olmos com o dedo indicador da mão
direita, para se apresentarem, gesto este tido como sinal de respeito e de paz,
pois não poderiam mover a espada.

Na época da Rainha Victória, a Inglaterra estava em guerra, estando esta de


visita as suas tropas aquarteladas, na frente de combate, seus generais
adotaram a continência facial com os dedos em riste sob os olhos em posição
lateral a testa, como forma de saudar a beleza da Rainha, que ofuscaria o olhar
de seus súditos, que a olhavam de frente.

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1. CONTINÊCIAS, SINAL DE RESPEITO E HONRAS MILITAR

O sinal de respeito, submissão e subordinação, passou a ser estendido a todos


as demais forças militares, alastrando-se pelos demais exércitos. Numa breve
aproximação consensual, desde logo, a Ordem Unida e as Continências como
parte integrante da Instrução Militar nas Cerimónias e apresentam-se como um
conceito complexo, mas ligados ao status jurídico dos movimentos a pé firme e
em marcha quer o militar armado ou desarmado.

1.1 Conceito de continências

A continência constitui a forma tradicional e obrigatória de saudação e de


reconhecimento entre os militares. A continência é impessoal, visa a autoridade
e não a pessoa.

O militar hierarquicamente inferior, saúda primeiro. Todo o militar deve,


obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada, de acordo com as
normas expressas neste regulamento. Portanto, o militar uniformizado poderá
fazer a continência para saudar individualidades civis.

Todas ás continências feitas incorretamente, são consideradas não feitas para


os efeitos disciplinares. Tem direito a continência:

a) A Bandeira Nacional

 Ao ser içada e arriada;

 Por ocasião da cerimónia de incorporação e desincorporação, nas


formaturas;

 Quando conduzida pela tropa;

 Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo;

 Quando um militar entra a bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou,


quando embarcado avista-a pela primeira vez.

b) Hino Nacional

 Quando executado em cerimónia militar ou cívica.

c) Presidente da República;

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d) Presidente da Assembleia Nacional;

e) Presidente do Tribunal Constitucional;

f) Presidente do Supremo Tribunal;

g) Juíz Presidente do Supremo Tribunal;

h) Procurador-geral da República;

i) Ministros, outras entidades civis;

j) Militares no geral;

k) Força militar comandada por um oficial;

l) As bandeiras e os Hinos dos outros países, em actos oficiais;

m) Oficiais das Forças Armadas estrangeiras, quando uniformizados ou


identificados;

n) Autoridades civis estrangeiras em visita oficial;

o) Membros das forças de segurança Nacional e militares na reserva ou


reforma.

1.2 Continência do militar armado


a) Com a espada:
 Apresentar-Arma;
 Funeral-Arma;
 Ombro-Arma;
 Sentido.
b) Com espingarda ou pistola metralhadora:
 Apresentar-Arma;
 Funeral-Arma;
 Ombro-Arma;
 Sentido.

A continência é iniciada para que o Superior possa aperceber-se da sua execução


e corresponder-lhe em tempo. No caso da continência ao estandarte Nacional e
ao presidente da República é iniciada a cerca de 10 metros e termina cerca de 5
metros.

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1.3 Continência do militar a pé firme

1. Apresentar-Arma;

a) Aos oficiais Comissários e Superiores;

b) Ombro-Arma (perfilar-arma), às hierarquias dos oficiais subalternos.

c) Sentido (inclinar-arma) às hierarquias do 4º escalão.

d) Funeral-Arma, a passagem de qualquer caixão.

e) Durante a passagem de qualquer força, toma a posição de sentido


(inclinar-arma), prestando ao comandante da força as continências
indicadas.

1.4 Continência da guarda

Aos oficiais comandantes de unidades e Estabelecimentos militares, quer


efectivos, quer interinos, uniformizados ou trajando civil, são devidos,
diariamente, a primeira entrada e última saída da sua unidade, entre as horas
de içar e do arriar da Bandeira, a guarda formada e o toque de sentido, seguido
do sinal respectivo. Os comandantes de destacadas de unidades, têm direito as
mesmas honras.

2. SINAIS DE RESPEITO

É a atenção respeitosa e de apreço entre os militares que constitui reflexos


adquiridos mediante cuidadosa instrução e contínua exigência, caracterizando-
se antes, por espontaneidade e cordialidade do que pela simples obrigação
imposta pela disciplina hierárquica

3. HONRAS MILITARES

São homenagens colectivas que se prestam aos militares das Forças Armadas
Angolanas, de acordo com a sua hierarquia, e as Altas Entidades civis, de acordo
como estabelecido no Regulamento de continência, honras, sinais de respeito e
cerimonial militar. Consistem em:

 Honras de Recepção e Despedida;

 Honras Fúnebres;

 Homenagem da Tropa.

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3.1 Honras de Receção e Despedida

São honras prestadas às entidades de direito ao chegarem ou saírem das


Unidades militares, e por ocasiões de visitas e inspeções.

4. HONRAS FÚNEBRES

São homenagens póstumas prestadas directamente pela tropa aos restos


mortais da Alta Entidade ou do militar no activo, reserva ou reforma, de acordo
com a posição hierárquica que ocupava bem como de civis quando
superiormente determinado. Dentro das honras fúnebres encontramos alguns
pontos a destacar:

 Escoltas Fúnebre;

 Guarda de Honra à Câmara Ardente;

 Guarda Fúnebre.

5. COMISSÕES DE PÊSAMES

A comissão de pêsames é constituída para organizar as exéquias fúnebres e


acompanhar os restos mortais de militares no activo, reserva ou na reforma,
demonstrar publicamente o sentimento de pesar que a todos envolve.

Nas unidades estabelecimentos e órgãos militares, à comissão será integrada, no


mínimo, por seis militares no activo, determinados pelo comandante/Director
ou Chefe, após tomar conhecimento do óbito e com anuência dos familiares. No
caso do falecido ser Oficial-General, a Comissão será determinada pelo
Comandante do SPCB.

A comissão de pêsames é representada por:

 Educação Patriótica (Coordenador)


 Recursos Humanos - (1 representante);
 Gabinete Jurídico - (1 representante);
 Logística - (1 representante);
 Inspeção - (1 representante);
 Área da Saúde - (1 representante).

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A Comissão de pêsames em coordenação com os serviços funerários, deve
garantir a conservação do finado e seu tratamento, exame do SIC, aquisição do
certificado e registo de óbito, bem como da urna, de acordo com a categoria do
militar falecido.

5.2 Escolta fúnebre

A escolta fúnebre é a força destinada a acompanhar os restos mortais de Oficiais


das Forças Armadas no activo, reserva e reforma assim como Entidades Civis
quando superiormente determinado. Escolta motorizada é destinada a Altas
Entidades, partirá da morgue, ao local da câmara ardente e deste ao cemitério.

Têm direito a Honras Militares:

 Bandeira Nacional;

 Presidente da República;

 Vice Presidente da República;

 Presidente da Assembleia Nacional;

 Juiz Presidente do Tribunal Constitucional;

 Juiz Presidente do Tribunal Supremo;

 Procurador-geral da República;

 Ministros;

 Militares do 1º escalão do quadro A.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 Regulamento de Continências e Honras Militares.


 Regulamento de Ordem Unida.

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