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O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuições que lhe foram conferidas
pelo art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e pelo art. 1º do Decreto nº 6.806, de 25
de março de 2009, e de acordo com o que consta do Processo nº 60041.000840/2021-51,
resolve:
TÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 4º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica; e
IV - por outras demonstrações de deferência.
§ 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os militares constituem reflexos
adquiridos mediante cuidadosa instrução e continuada exigência.
CAPÍTULO II
SINAIS DE RESPEITO
Art. 6º Quando os militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica no centro, distribuindo-se
os demais, segundo suas precedências, alternadamente à direita e à esquerda do mais antigo.
Art. 7º Quando encontrar um superior num local de circulação, o milita saúda-o e cede-lhe o
melhor lugar.
§ 1º Se o local de circulação for estreito e o militar for praça, franqueia a passagem ao superior,
faz alto e permanece de frente para ele.
Art. 8º Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade cívico-militar, bem como
em reuniões sociais, o militar cumprimenta, tão logo lhe seja possível seus superiores
hierárquicos.
Parágrafo único. Havendo dificuldade para aproximar-se dos superiores hierárquicos, o
cumprimento deve ser feito mediante um movimento de cabeça.
Art. 9º Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento "Senhor" ou "Senhora".
Art. 11. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais rápido
possível, apressando o passo quando em deslocamento.
Art. 13. Nos ranchos de praças, ao neles entrar o Comandante, Diretor ou Chefe da
Organização Militar ou outra autoridade superior, a praça de serviço, o militar mais antigo
presente ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda: "Rancho Atenção!" e anuncia a
função de quem chega.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput, as praças, sem se levantarem e sem
interromperem a refeição, suspendem toda a conversação, até que seja dado o comando de "À
vontade".
Art. 14. Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um superior deve solicitar-lhe a
permissão.
CAPÍTULO III
CONTINÊNCIA
Art. 15. A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa.
IV - o Vice-Presidente da República;
VIII - os Governadores dos Estados e o do Distrito Federal, nos respectivos territórios, ou,
quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
X - os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; neste último caso, quando
for obrigatório o seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais
militares, quando reconhecidos ou identificados;
XIII - as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nas mesmas hipóteses previstas nos
incisos I e II;
XIV - as autoridades civis estrangeiras, correspondentes às constantes dos incisos III a VIII
deste artigo, quando em visita de caráter oficial;
XVI - os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, Corporações
consideradas forças auxiliares e reserva do Exército.
Art. 17. O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o superior pode conceder ao mais
moderno.
Parágrafo único. O militar não deve tomar a iniciativa de estender a mão para cumprimentar o
superior, mas, se este o fizer, não pode se recusar ao cumprimento.
Art. 18. O militar deve responder com saudação análoga quando, ao cumprimentar o superior,
este, além de retribuir a continência, fizer uma saudação verbal.
Seção I
Do Procedimento Normal
Art. 19. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, em serviço ativo
ou na inatividade, deve aos símbolos, às autoridades, à tropa formada e a outros militares,
conforme estabelecido no art. 16.
§ 2º A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, somente podendo ser
dispensada nas situações especiais conforme regulamento de cada Força Armada.
Art. 20. A atitude, o gesto e a duração são elementos essenciais da continência individual,
variáveis conforme a situação dos executantes:
I - atitude: postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias e ao
ambiente;
II - gesto: conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas; e
III - duração: o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto referido no
inciso II.
2. a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os dedos
unidos e distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45º com a
linha dos ombros; e
3. olhar franco e naturalmente voltado para o superior e, para desfazer a continência, baixa a
mão em movimento enérgico, voltando à posição de sentido;
c) sem cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado direito da fronte,
procedendo similarmente ao descrito na alínea "b", no que couber; e
d) a continência é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais moderno e
desfeita quando o superior ultrapassa o mais moderno de um passo;
Art. 22. O militar armado de espada desembainhada faz a continência individual tomando a
posição de sentido e, em seguida, perfilando a espada.
Parágrafo único. Na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a
VIII e XII do art. 16 e a oficiais-generais, o militar abate a espada.
Art. 23. No caso do militar estar com as duas mãos ocupadas, a continência individual será
prestada tomando a posição de sentido e frente voltada para a direção perpendicular à do
deslocamento do superior.
§ 1º Quando apenas uma das mãos estiver ocupada, a mão direita deve estar livre para
executar a continência.
§ 2º O militar em deslocamento, quando não puder prestar continência por estar com as mãos
ocupadas, faz vivo movimento de cabeça.
Art. 24. O militar isolado, armado de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante faz
continência da seguinte forma:
I - quando estiver se deslocando:
a) leva a arma à posição de "Ombro Arma", à passagem do superior hierárquico;
b) à passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e leva a arma à posição de
"Ombro Arma"; e
c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posição de sentido, com sua frente voltada
para a direção perpendicular à do deslocamento do superior.
II - quando estiver parado:
a) na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 16 e a
oficiais-generais, faz "Apresentar Arma";
b) para os demais militares, faz "Ombro Arma";
c) à passagem da tropa formada, leva a arma à posição de "Ombro Arma"; e
d) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma apenas a posição de sentido.
Art. 25. Todo militar faz alto para a continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao
Presidente da República.
§ 2º Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente não faz a continência,
nem durante a sua introdução, permanecendo na posição de "Sentido" até o final de sua
execução.
Art. 26. Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direção de onde vem
a música, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução.
§ 2º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em ambiente
fechado, o militar volta-se para o principal local da cerimônia e faz a continência como
estipulado no inciso I do art. 21 ou nos arts. 22, 23 ou 24, conforme o caso.
Art. 27. Ao fazer a continência para a Bandeira Nacional integrante de tropa formada e parada,
todo militar que se desloca faz alto, vira-se para ela e faz a continência individual, retomando,
em seguida, o seu deslocamento e a autoridade passando em revista à tropa observa o mesmo
procedimento.
Art. 28. Na sede do Ministério da Defesa e nas Organizações Militares, a praça faz alto para a
continência às autoridades enumeradas nos incisos III a IX do art. 16 e a oficiais-generais.
Art. 29. O Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar tem, diariamente, direito à
continência prevista no
Art. 28, na primeira vez que for encontrado pelas suas praças subordinadas, no interior de sua
organização.
Art. 30. Os militares em serviço policial ou de segurança poderão ser dispensados dos
procedimentos sobre continência individual constantes deste Regulamento.
Seção II
Do Procedimento em Outras Situações
Art. 31. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte
forma:
I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência individual
sem se levantarem; e
II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual.
III - tropa em forma e parada, e militar em movimento de acordo com o disposto no inciso II,
parando apenas para o cumprimento à Bandeira Nacional.
Art. 33. Ao entrar em uma Organização Militar, o oficial, em princípio, deve ser conduzido ao
seu Comandante, Chefe ou Diretor, ou, conforme as peculiaridades e os procedimentos
específicos de cada Força Armada, à autoridade militar da Organização para isso designada, a
fim de participar os motivos de sua ida àquele estabelecimento.
§ 1º Na hipótese do caput, terminada a missão ou cumprida a finalidade que levou o oficial à
Organização Militar, ele deve, antes de se retirar, despedir-se da autoridade ao qual foi
conduzido.
§ 2º Nos estabelecimentos ou repartições militares onde essa apresentação não seja possível,
deve o militar apresentar-se ou dirigir-se ao de maior posto ou graduação presente, ao qual
participará o motivo de sua presença.
II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em nível mais
elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário;
III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha
moderada, concentrando a atenção na condução do veículo;
IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado, não
modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em voz
alta: "serviço urgente";
VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para verificar
se há algum superior presente e, se houver, o militar faz-lhe a continência do lugar em que
está;
VII - quando um militar entra em um recinto público, os militares mais modernos que nele se
encontram levantam-se ao avistá-lo e fazem-lhe a continência;
VIII - quando militares se encontrarem em reuniões sociais, festas militares, competições
desportivas ou em viagens, devem apresentar-se mutuamente, declinando posto e nome,
partindo essa apresentação daquele de menor hierarquia;
IX - seja qual for o caráter, oficial ou particular, da solenidade ou reunião deve o militar,
obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto
entre os oficiais presentes de sua Organização Militar; e
X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros militares, todos fazem a
continência individual como se estivessem isolados.
§ 2º Todo militar deve saber identificar as insígnias dos postos e graduações das Forças
Armadas.
§ 1º O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos cultos
religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento seja
pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestação da
continência.
§ 2º O disposto no caput não se aplica aos militares armados de metralhadora de mão, fuzil ou
arma semelhante ou aos militares em serviço de policiamento, escolta ou guarda.
Art. 37. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre,
cumprimentando-os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno de cabeça.
Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma senhora
para cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo e, se estiver
desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda que a senhora lhe estenda a
mão.
Art. 38. O militar armado de espada, durante solenidade militar, não descalça as luvas, salvo
ordem em contrário.
Art. 39. Nos refeitórios das Organizações Militares, a maior autoridade presente ocupa o lugar
de honra.
Art. 40. Nos banquetes, o lugar de honra situa-se, geralmente, no centro, do lado maior da
mesa principal.
§ 1º A ocupação dos lugares nas refeições solenes é feita de acordo com a Ordem Geral de
Precedência.
§ 2º A autoridade que oferece refeição solene deve sentar-se na posição de maior precedência
depois do lugar ocupado pelo homenageado, enquanto os outros lugares são ocupados pelos
demais participantes, segundo esquema que lhes é previamente dado a conhecer.
§ 3º Em refeições solenes onde haja mesa plena, o homenageante deve sentar-se em frente
ao homenageado.
Art. 41. Em embarcação, viatura ou aeronave militar, o mais antigo é o último a embarcar e o
primeiro a desembarcar.
§ 2º Tais disposições não se aplicam a situações operacionais, quando devem ser obedecidos
os Planos e Ordens que lhes forem relacionados.
CAPÍTULO IV
APRESENTAÇÃO
§ 1º Se o superior estiver em seu gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar sem
arma ou armado de revólver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a mão direita
e adota os seguintes procedimentos:
I - em se tratando de boné ou capacete, coloca-o debaixo do braço esquerdo com o interior
voltado para o corpo e a jugular para a frente; e
II - em se tratando de boina ou gorro com pala, empunha-o com a mão esquerda, de tal modo
que sua copa fique para fora e a sua parte anterior voltada para a frente e, em seguida, faz a
continência individual e procede à apresentação.
§ 2º Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mão, o militar faz
alto à distância de dois passos do superior e executa o "Perfilar Espada" ou "Ombro Arma",
conforme o caso, permanecendo nessa posição mesmo depois de correspondida a saudação.
§ 4º Em locais cobertos, o militar armado nas condições previstas no § 2º, para se apresentar
ao superior, apenas toma a posição de "Sentido".
Art. 43. Para se retirar da presença de um superior, o militar faz-lhe a continência individual,
idêntica à da apresentação, e pede permissão para se retirar e, após concedida a permissão,
o oficial retira-se normalmente, e a praça, depois de fazer "Meia Volta", rompe a marcha com o
pé esquerdo.
CAPÍTULO V
CONTINÊNCIA DA TROPA
Seção I
Generalidades
Art. 44. Têm direito à continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nos
incisos I a X e XII a XVI do art. 16.
Art. 45. Para efeito de continência, considera-se tropa a reunião de dois ou mais militares
devidamente comandados.
Art. 46. Aos Ministros de Estado, aos Governadores dos Estados e ao do Distrito Federal, ao
Ministro-Presidente e aos Ministros militares do Superior Tribunal Militar são prestadas as
continências previstas para Almirante de Esquadra, General de Exército ou Tenente-Brigadeiro.
Art. 48. O Oficial que exerce função do posto superior ao seu tem direito à continência desse
posto apenas na Organização Militar onde a exerce e nas que lhe são subordinadas.
Art. 49. Nos exercícios de marcha, inclusive nos altos, a tropa não presta continência; nos
exercícios de estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Seções II e III deste
Capítulo.
Art. 50. A partir do escalão subunidade toda tropa armada que não conduzir Bandeira, ao
regressar ao Quartel, de volta de exercício externo de duração igual ou superior a oito horas e
após as marchas, presta continência ao terreno antes de sair de forma.
§ 3º Por ocasião da Parada Diária, a tropa e os militares presentes que não integrem a
formatura prestam a "Continência ao Terreno", na forma estipulada pelos §§ 1º e 2º.
Art. 51. A continência de uma tropa para outra está relacionada à situação de conduzirem ou
não a Bandeira Nacional ou ao grau hierárquico dos respectivos Comandantes.
Parágrafo único. Na continência, toma-se como ponto de referência, para início da saudação, a
Bandeira Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa não conduza Bandeira.
Art. 52. No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia
seguinte, a tropa apenas presta continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao
Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a outra tropa.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput as guardas de honra, que prestam
continência à autoridade a que a homenagem se destina.
Seção II
Da Continência da Tropa a Pé Firme
Art. 53. À passagem de outra tropa, a tropa em forma e parada volta-se para ela e toma a
posição de sentido.
§ 1º Se a tropa que passa conduz a Bandeira Nacional, ou se seu Comandante for de posto ou
graduação superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a
continência indicada no art. 54.
Art. 54. Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a outra tropa
formada, nas condições mencionadas no art. 16, executando os seguintes comandos:
I - na continência a oficial subalterno e intermediário, "Sentido!";
II - na continência a oficial-superior, "Sentido! Ombro Arma!"; e
III - na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 16, a
Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes, "Sentido! Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar
à Direita (Esquerda)!".
§ 3º Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim nos escalões unidade e superiores,
e à viva voz, no escalão subunidades;
Art. 55. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte forma:
I - estando o pessoal embarcado:
a) o comandante e os oficiais que exercem comando até o escalão pelotão, inclusive,
levantam-se e fazem a continência e, se não for possível tomarem a posição em pé no veículo,
fazem a continência na posição em que se encontram;
b) os demais oficiais fazem, sentados, a continência individual; e
c) as praças conservam-se sentadas, olhando à frente, sem prestar continência; e
II - estando o pessoal desembarcado, procede-se da mesma maneira como na tropa a pé
firme, formando à frente das viaturas.
Parágrafo único. Quando o pessoal estiver embarcado e os motores das viaturas desligados, o
comandante desembarca para prestar a continência e os demais militares procedem como no
inciso I deste artigo.
Art. 56. À autoridade estrangeira, civil ou militar, que passar revista à tropa postada em sua
honra, são prestados esclarecimentos relativos ao modo de proceder.
Seção III
Da Continência da Tropa em deslocamento
Art. 57. A tropa em deslocamento faz continência à Bandeira Nacional, às Bandeiras das
Nações Estrangeiras, às autoridades relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 16, e a
outra tropa formada, executando os seguintes comandos:
I - todas as unidades, nos escalões batalhão e superiores repetem "Sentido! - Em Continência
à Direita (Esquerda)!";
II - os comandantes de subunidades, ao atingirem a distância de vinte passos da autoridade ou
da Bandeira, dão a voz de "Companhia Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!"; e
III - os Comandantes de pelotão (seção), à distância de dez passos da autoridade ou da
Bandeira, dão a voz de: "Pelotão (Seção) Sentido! Olhar à Direita (Esquerda)!"; e
§ 1º No caso do inciso III, logo que a testa do pelotão (seção) tenha ultrapassado de dez
passos a autoridade ou a Bandeira, seu Comandante, independente de ordem superior,
comanda "Pelotão (seção) Olhar em Frente!".
Art. 59. A tropa em deslocamento faz alto para a continência ao Hino Nacional e aos Hinos das
Nações Estrangeiras, quando executados em solenidade militar ou cívica.
Art. 60. A tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência faz às autoridades
relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 16, e outra tropa formada, ao comando de
"Batalhão (Companhia, Pelotão, Seção) Atenção! dado pelos respectivos comandantes.
Parágrafo único. Para a continência à Bandeira Nacional e às Bandeiras da Nações
Estrangeiras, a tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência retoma o passo
ordinário e procede como descrito no art. 56.
Seção IV
Da Continência da Tropa em Desfile
Art. 61. Desfile é a passagem da tropa diante da Bandeira Nacional ou de maior autoridade
presente a uma cerimônia a fim de lhe prestar homenagem.
Art. 62. A tropa em desfile faz continência à Bandeira ou à maior autoridade presente à
cerimônia, obedecendo às seguintes determinações:
I - a trinta passos, aquém do homenageado, é dado o toque de "Sentido! Em Continência à
Direita (Esquerda)!", sendo repetido até o escalão batalhão, inclusive e esse toque serve
apenas para alertar a tropa;
II - a vinte passos, aquém do homenageado:
a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, levantam-se;
b) os comandantes de subunidades comandam à viva voz: - "Companhia Sentido! - Em
Continência à Direita (Esquerda)!"; e
c) os oficiais com espada desembainhada perfilam espada, sem olhar para direita (esquerda);
III - a dez passos, aquém do homenageado:
a) os Comandantes de pelotão (seção) comandam: "Pelotão (seção) - Sentido - Olhar à Direita
(Esquerda)!";
b) a Bandeira é desfraldada e o estandarte é abatido;
c) os comandantes de unidade e subunidade, em viatura, fazem a continência individual e
olham para a Bandeira ou encaram a autoridade;
d) os comandantes de unidade e subunidade abatem espada e olham para Bandeira ou
encaram a autoridade e, quando estiverem sem espada ou com el embainhada, fazem a
continência individual e olham a Bandeira ou encaram autoridade;
e) os demais oficiais com espada desembainhada perfilam espada;
f) os oficiais sem espada ou com ela embainhada ou portando outra arma fazem a continência
individual e não encaram a autoridade; e
g) os componentes da Guarda-Bandeira, músicos, corneteiros e tamboreiro condutores e porta-
símbolos não fazem continência nem olham para o lado;
IV - a dez passos, depois do homenageado:
a) os mesmos militares que comandaram "Olhar à Direita (Esquerda)! comandam "Pelotão
(seção) - olhar em Frente!";
b) a Bandeira e o estandarte voltam à posição de "Ombro Arma";
c) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, desfazem continência individual;
d) os comandantes de unidade e subunidade perfilam espada; e
e) os oficiais sem espada, com ela embainhada ou portando outra arma desfazem a
continência; e
V - a quinze passos depois do homenageado, independente de qualquer comando:
a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, sentam-se; e
b) os oficiais a pé, com espada desembainhada, trazem a espada à posição de marcha.
§ 1º Os comandos mencionados nos incisos II, III e IV são dados à viva voz ou por apito.
§ 2º Quando a tropa desfilar em linha de companhia, ou formação emassad de batalhão, o
primeiro comando de "Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!"dado vinte passos aquém
do homenageado pelo comandante superior, e o comando de "Olhar à Direita (Esquerda)!" pelo
comandante de batalhão, a dez passos aquém do homenageado.
§ 3º Quando a tropa desfilar em linha de pelotões ou formação emassada da companhia, o
comando de "Olhar à Direita (Esquerda)!" é dado pelo comandante da subunidade dez passos
aquém do homenageado.
§ 4º Nas formações emassadas de batalhão ou companhia, o comando de "Olhar em Frente!" é
dado pelos mesmos comandantes que comandaram "Olhar Direita (Esquerda)!", quando a
cauda de sua tropa ultrapassar de dez passos homenageado.
Art. 63. A tropa a pé desfila em "Ombro Arma", com a arma cruzada ou em bandoleira e nos
dois primeiros casos, de baioneta armada.
Seção V
Do Procedimento da Tropa em Situações Diversas
Art. 65. Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montaapear, tomar a
posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente.
Art. 66. Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais antigo
passa em primeiro lugar.
Art. 67. Se uma tropa em marcha alcançar outra que se desloca no mesmo sentido, pode
passar-lhe à frente, em princípio pela esquerda, mediante licença ou avis do mais antigo que a
comanda.
Art. 68. Quando uma tropa não estiver em formatura e se encontrar em instrução, serviço de
faxina ou faina, as continências de tropa são dispensáveis, cabendo entretanto, ao seu
comandante, instrutor ou encarregado, prestar a continência a todo superior que se dirija ao
local onde se encontra essa tropa, dando-lhe as informações que se fizerem necessárias.
Parágrafo único. No caso do superior dirigir-se pessoalmente a um do integrantes dessa tropa,
este lhe presta a continência regulamentar.
Art. 69. Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência preleção ou atividade
semelhante, e chegar o seu comandante ou outra autoridade do posto superior ao mais antigo
presente, este comanda "Companhia (Escola, Turma, etc.) Sentido! Comandante da
Companhia (ou função de quem chega)!".
Art. 70. Quando um oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o militar de
serviço ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda "Alojamento (Vestiário) - Atenção!
Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!".
Parágrafo único. Na hipótese do caput, as praças, sem interromperem suas atividades, no
mesmo local em que se encontram, suspendem toda a conversação e assim se conservam até
ser comandado "À vontade!".
Seção VI
Da Continência da Guarda
Art. 73. A guarda forma para prestar continência a tropa de efetivo igual ou superior a
subunidade, sem Bandeira, que saia ou regresse ao quartel.
Art. 74. Quando em uma Organização Militar entra ou sai seu comandante, chefe ou diretor,
acompanhado de oficiais, a continência da guarda formada é prestada apenas ao oficial de
maior posto, ou ao comandante, se de posto igual ou superior ao dos que o acompanham.
Parágrafo único. A autoridade a quem é prestada a continência destaca-se das demais para
corresponder à continência da guarda e os acompanhantes fazem a continência individual,
voltados para aquela autoridade.
Art. 76. Uma vez presente, em uma Organização Militar, autoridade cuja insígnia esteja
hasteada no mastro principal, apenas o comandante, diretor ou chefe da organização e os que
forem hierarquicamente superiores à referida autoridade têm direito à continência da guarda
formada.
Seção VII
Da Continência da Sentinela
§ 1º O militar que recebe uma continência de uma sentinela faz a continência individual para
respondê-la.
Art. 78. Os marinheiros e soldados, quando passarem por uma sentinela, fazem a continência
individual, à qual a sentinela responde tomando a posição de "Sentido".
Art. 79. No período compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvorada do
dia seguinte, a sentinela só apresenta armas à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao
Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a tropa formada, quando
comandada por oficial.
Parágrafo único. No mesmo período, a sentinela toma a posição de "Sentido" à passagem de
um superior pelo seu posto ou para corresponder à saudação militar de marinheiros e
soldados.
Seção VIII
Dos Toques de Corneta, Clarim e Apito
Art. 81. O toque de corneta, clarim ou apito é o meio usado para anunciar a chegada, a saída
ou a presença de uma autoridade, não só em uma Organização Militar, como também por
ocasião de sua aproximação de uma tropa.
Parágrafo único. O toque de que trata o caput será executado nos períodos estabelecidos
pelos cerimoniais de cada Força Armada.
Art. 82. Os toques para anunciar a presença dos símbolos e das autoridades abaixo estão
previstos no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FAM-13:
I - a Bandeira Nacional;
II - o Presidente da República;
III - o Vice-Presidente da República;
IV - o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, quando incorporados;
V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - os demais Ministros de Estado;
VII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas;
VIII - os Governadores dos Estados e o do Distrito Federal, quando em visita oficial;
IX - o Superior Tribunal Militar, quando incorporado;
X - os oficiais-generais;
XI - os oficiais superiores; e
XII - os comandantes, chefes ou diretores de Organizações Militares.
Parágrafo único. Só é dado toque para anunciar a chegada ou saída de autoridade superior à
mais alta presente, quando esta entrar ou sair de quartel ou estabelecimento cujo comandante
for de posto inferior ao seu.
Art. 83. Quando, em um mesmo quartel, estabelecimento ou fortificação, tiverem sede duas ou
mais Organizações Militares e seus comandantes, chefes ou diretores entrarem ou saírem
juntos do quartel, o toque corresponderá ao de maior precedência hierárquica.
Seção IX
Das Bandas de Músicas, de Corneteiros ou Clarins e Tambores
Art. 85. Quando na continência prestada pela tropa houver banda de corneteiros ou clarins e
tambores, esta procede segundo o previsto no "Manual de toques, Marchas e Hinos das Forças
Armadas" - FA-M-13.
Art. 86. A execução do Hino Nacional ou da marcha batida só tem início depois que a
autoridade que preside a cerimônia houver ocupado o lugar que lhe for reservado para a
continência.
Art. 87. As bandas de música, nas revistas passadas por autoridades, executam marchas ou
dobrados, de acordo com o previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças
Armadas" - FA-M-13.
CAPÍTULO VI
DOS HINOS
Art. 88. O Hino Nacional é executado por banda de música militar nas seguintes ocasiões:
I - nas continências à Bandeira Nacional e ao Presidente da República;
II - nas continências ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando
incorporados;
III - nos dias que o Governo considerar de Festa Nacional;
IV - nas cerimônias em que se tenha de executar Hino de Nação Estrangeira, devendo este,
por cortesia, anteceder o Hino Nacional; e
V - nas solenidades, sempre que cabível, de acordo com o cerimonial de cada Força Armada.
Art. 89. Havendo Guarda de Honra no recinto onde se procede uma solenidade, a execução do
Hino Nacional cabe à banda de música dessa guarda, mesmo que esteja presente outra de
maior conjunto.
Art. 90. Quando em uma solenidade houver mais de uma banda, cabe a execução do Hino
Nacional à que estiver mais próxima do local onde chega a autoridade.
§ 1º Na hipótese do caput, cantam-se sempre as duas partes do poema, sendo que a banda de
música deverá repetir a introdução do Hino após o canto da primeira parte.
§ 2º É vedado substituir a partitura para canto do Hino Nacional por qualquer arranjo vocal,
exceto o de Alberto Nepomuceno.
§ 3º Nas solenidades em que seja previsto o canto do Hino Nacional após o hasteamento da
Bandeira Nacional, esta poderá ser hasteada ao toque de Marcha Batida.
Art. 92. Nas datas abaixo mencionadas as bandas de música militares executam os seguintes
hinos:
I - no dia 7 de setembro, por ocasião da alvorada e nas retretas, o Hino da Independência;
II - no dia 15 de novembro, o Hino da Proclamação da República; e
III - no dia 19 de novembro, o Hino à Bandeira.
Parágrafo único. Por ocasião das solenidades de culto à Bandeira, canta-se o Hino à Bandeira.
CAPÍTULO VII
DAS BANDEIRAS-INSÍGNIAS, DISTINTIVOS A ESTANDARTES
Art. 93. A presença de determinadas autoridades civis e militares em uma Organização Militar é
indicada por suas bandeiras insígnias ou seus distintivos hasteados em mastro próprio, na área
da organização.
§ 1º As bandeiras-insígnias ou distintivos de Presidente da República, de Vice-Presidente da
República e de Ministro de Estado da Defesa são instituídas em atos do Presidente da
República.
§ 3º Nas Organizações Militares que possuem estandarte, este é conduzido nas condições
estabelecidas para a Bandeira Nacional, sempre a sua esquerda, de acordo com o cerimonial
específico de cada Força Armada.
Art. 95. No mastro em que estiver hasteada a Bandeira Nacional, nenhuma bandeira, insígnia
ou distintivo deve ser posicionado acima dela, mesmo que nas adriças da verga de sinais.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput os navios e os estabelecimentos da
Marinha do Brasil que possuem mastro com carangueja, cujo penol, por ser local de destaque
e de honra, é privativo da Bandeira Nacional.
Art. 97. Se várias Organizações Militares tiverem sede em um mesmo edifício, no mastro desse
edifício só é hasteada a bandeira insígnia ou distintivo da mais alta autoridade presente.
Art. 98. Todas as Organizações Militares devem ter, disponíveis para uso, as bandeiras-
insígnias do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Ministro de Estado
da Defesa, do Comandante da respectiva Força e das autoridades da cadeia de comando a
que estiverem subordinadas.
Art. 99. O Ministro de Estado da Defesa e o oficial com direito a bandeirainsígnia ou distintivo,
este quando uniformizado e nos termos da regulamentação específica de cada Força Armada,
podem fazer uso, na viatura oficial que os transporta, de uma miniatura da respectiva bandeira-
insígnia ou distintivo, presa em haste apropriada fixada no pára-lama dianteiro direito.
TÍTULO III
DAS HONRAS MILITARES
CAPÍTULO I
G E N E R A L I DA D ES
Art. 100. Honras Militares são homenagens coletivas que se tributam aos militares das Forças
Armadas, de acordo com sua hierarquia, e às altas autoridades civis, segundo o estabelecido
neste Regulamento, e traduzidas por meio de:
I - Honras de Recepção e Despedida;
II - Comissão de Cumprimentos e de Pêsames; e
III - Preito da Tropa.
§ 2º Exceto para o Ministro de Estado da Defesa, não se constitui visita de caráter oficial o
comparecimento dos demais Ministros de Estado, dos Governadores dos Estados e o do
Distrito Federal a solenidades no âmbito de cada Força Singular.
CAPÍTULO II
DAS HONRAS DE RECEPÇÃO E DESPEDIDA
Art. 103. As visitas ou inspeções, sem aviso prévio da autoridade, à Organização Militar, não
implicam a alteração da sua rotina de trabalho.
§ 2º Há Guarda de Honra sempre que for determinado por autoridade superior, dentro da
cadeia de comando, ao comandante, chefe ou diretor da Organização Militar ou pelo próprio
visitante e, neste caso, somente quando se tratar da primeira visita ou inspeção feita a
Organização Militar que lhe for subordinada.
CAPÍTULO III
DAS COMISSÕES DE CUMPRIMENTOS E DE PÊSAMES
Seção I - Das Comissões de Cumprimentos
Art. 105. As Comissões de Cumprimentos são constituídas por Oficiais de uma Organização
Militar com objetivo de testemunhar pública deferência às autoridades mencionadas no art.
101.
§ 1º Cumprimentos são apresentações nos dias da Pátria, do Marinheiro, do Soldado e do
Aviador, como também na posse de autoridades civis e militares.
Art. 108. As Comissões de Pêsames são constituídas para acompanhar os restos mortais de
militares da ativa, da reserva ou reformados e demonstrar publicamente o sentimento de pesar
que a todos envolve.
CAPÍTULO IV
DO PREITO DA TROPA
Art. 109. Preito da Tropa são Honras Militares, de grande realce, prestadas diretamente pela
tropa e exteriorizadas por meio de:
I - Honras de Gala; e
II - Honras Fúnebres.
Seção I
Das Honras de Gala
Art. 110. Honras de Gala são homenagens, prestadas diretamente pela tropa, a uma alta
autoridade civil ou militar, de acordo com a sua hierarquia e consistem em:
I - Guarda de Honra;
II - Escolta de Honra; e
III - Salvas de Gala.
§ 4º Para as autoridades indicadas nos incisos II, VI, VII, VIII, X e XII do caput, por ocasião do
embarque e do desembarque em viagens na mesma situação prevista no § 3º são observados
os seguintes procedimentos:
I - para o Vice-Presidente da República, é prestada homenagem por Guarda de Honra
constituída do valor de um pelotão e corneteiro;
II - para o Ministro de Estado da Defesa, para os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica e para o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas o embarque ou o
desembarque é guarnecido por uma ala de tropa armada;
III - para os demais Ministros de Estado é executado o toque de continência previsto no
"Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13, e, caso solicitado com
prévia antecedência, o embarque ou desembarque é guarnecido por uma ala de tropa armada;
e
IV - para os oficiais-generais, é executado o toque de continência previsto no "Manual de
Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13.
§ 5º Nos Aeroportos civis, as Honras Militares, na área do aeroporto, são prestadas do seguinte
modo:
I - somente ao Presidente e ao Vice-Presidente da República, por tropa da Aeronáutica, caso
existente na localidade, de acordo com o cerimonial estabelecido pela Presidência da
República; e
II - para os Ministros de Estado, caso solicitado com prévia antecedência, o embarque ou o
desembarque é guarnecido por uma ala de Polícia da Aeronáutica, se existente na localidade,
e somente quando as referidas autoridades estiverem sendo conduzidas em aeronave militar.
Art. 113. Guarda de Honra é a tropa armada, especialmente postada para prestar homenagem
às autoridades referidas no art. 111.
Parágrafo único. A Guarda de Honra pode formar a qualquer hora do dia ou da noite.
Art. 114. A Guarda de Honra conduz Bandeira Nacional, banda de música, corneteiros ou
clarins e tambores e forma em linha, dando a direita para o lado de onde vem a autoridade que
se homenageia.
Parágrafo único. As Guardas de Honra podem ser integradas por militares de mais de uma
Força Armada ou Auxiliar, desde que haja conveniência e assentimento entre os comandantes.
Art. 115. A Guarda de Honra só faz continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e às
autoridades hierarquicamente superiores ao homenageado.
Parágrafo único. No caso de autoridades de posto superior ao do seu comandante ou à
passagem de tropa com efetivo igual ou superior a um pelotão, a Guarda de Honra toma a
posição de "Sentido".
Art. 116. A autoridade que é recebida por Guarda de Honra, após lhe ser prestada a
continência, passa revista à tropa formada, acompanhada do Comandante da Guarda de
Honra.
Subseção II
Das Escoltas de Honra
§ 2º No caso de Escolta motorizada, três viaturas leves antecedem o carro, indo o comandante
da escolta na primeira delas, sendo seguido das demais e, se houver motocicletas, a formação
é semelhante à da escolta a cavalo.
§ 3º A Escolta de Honra, sempre que cabível, poderá ser executada também por aeronaves,
mediante a interceptação, em voo, da aeronave que transporta qualquer das autoridades
referidas no art. 111 deste Regulamento, observando os seguintes procedimentos:
I - as aeronaves integrantes da escolta se distribuem, em quantidades iguais, nas alas direita e
esquerda da aeronave escoltada; e
II - caso a escolta seja efetuada por mais de uma unidade aérea, caberá àquela comandada
por oficial de maior precedência hierárquica ocupar a ala direita.
Subseção III
Das Salvas de Gala
Art. 118. Salvas de Gala são descargas, executadas por peças de artilharia, a intervalos
regulares, destinadas a complementar, para as autoridades nomeadas no art. 112, as Honras
de Gala previstas neste Capítulo.
Art. 119. As salvas de gala são executadas no período compreendido entre as oito horas e a
hora da arriação da Bandeira Nacional.
Parágrafo único. As salvas de gala são dadas com intervalos de cinco segundos, exceto nos
casos dispostos nos §§ 1º e 2º do art. 123.
Art. 120. A Organização Militar em que se encontrar o Presidente da República ou que estiver
com embandeiramento de gala, por motivo de Festa Nacional ou estrangeira, não responde às
salvas.
Art. 121. O comandante de uma Organização Militar que, por qualquer motivo, não possa
responder à salva, deve comunicar à autoridade competente e com a maior brevidade as
razões que o levaram a tomar tal atitude.
§ 2º No caso do disposto no inciso V deste artigo, a duração das salvas corresponde ao tempo
de execução dos Hinos Nacionais dos dois países.
Art. 124. Na Marinha é observado, para salvas, o que dispõe o Cerimonial da Marinha,
combinado, se for o caso, com o disposto no presente Regulamento.
Seção II
Das Honras Fúnebres
Art. 125. Honras Fúnebres são homenagens póstumas prestadas diretamente pela tropa aos
despojos mortais de uma alta autoridade ou de um militar da ativa, de acordo com a posição
hierárquica que ocupava e consistem em:
I - Guarda Fúnebre;
II - Escolta Fúnebre; e
III - Salvas Fúnebres.
Art. 126. As Honras Fúnebres a militares da ativa são, em princípio, prestadas por tropa da
Força Armada a que pertencia o extinto.
§ 1º Quando na localidade em que se efetuar a cerimônia não houver tropa dessa Força, as
Honras Fúnebres podem ser prestadas por tropa de outra Força, após entendimentos entre
seus Comandantes.
Art. 127. O ataúde, depois de fechado, até o início do ato de inumação, será coberto com a
Bandeira Nacional, ficando a tralha no lado da cabeceira do ataúde e a estrela isolada
(ESPIGA) à direita.
§ 1º Para o procedimento previsto no caput, deverá a Bandeira Nacional ser fixada ao ataúde
para evitar que esvoace durante os deslocamentos do cortejo.
§ 2º Antes do sepultamento, deverá a Bandeira Nacional ser dobrada, sob comando, na forma
do Anexo.
Art. 128. Ao descer o corpo à sepultura, com corneteiro ou clarim postado junto ao túmulo, é
dado o toque de silêncio.
Subseção I
Das Guardas Fúnebres
Art. 131. Guarda Fúnebre é a tropa armada especialmente postada para render honras aos
despojos mortais de militares da ativa e de altas autoridades civis.
Parágrafo único. A Guarda Fúnebre toma apenas a posição de "Sentido" para a continência às
autoridades de posto superior ao do seu comandante.
Art. 132. A Guarda Fúnebre posta-se no trajeto a ser percorrido pelo féretro, de preferência na
vizinhança da casa mortuária ou da necrópole, com a sua direita voltada para o lado de onde
virá o cortejo e em local que, prestando-se à formatura e à execução das salvas, não
interrompa o trânsito público.
Art. 133. A Guarda Fúnebre, quando tiver a sua direita alcançada pelo féretro, dá três
descargas, executando em seguida "Apresentar Arma" e, durante a continência, os corneteiros
ou clarins e tambores tocam uma composição grave ou, se houver banda de música, esta
executa uma marcha fúnebre.
V - para os oficiais superiores, por tropa com o efetivo de duas companhias de infantaria, ou
equivalente, de sua Força;
VII - para oficiais subalternos, por tropa com o efetivo de um pelotão de fuzileiros, ou
equivalente, de sua Força;
X - para Cabos, Marinheiros e Soldados, por tropa com o efetivo de uma esquadra de fuzileiros
de grupo de combate, ou equivalente, da respectiva Força.
§ 1º As sentinelas de câmaras ardentes, enquanto estiverem, nas ocasiões de que trata este
artigo, mantêm o fuzil na posição de "Em Funeral Arma" e ladeiam o ataúde, ficando de um
mesmo lado face a face.
§ 2º Quando, pela localização da necrópole, a Guarda Fúnebre vier causar grandes transtornos
à vida da comunidade, ou quando a premência de tempo não permitir um planejamento e
execução compatíveis, a critério de comandante militar da área, ou por determinação superior,
ela pode ser substituída por tropa postada em alas, de valor não superior a uma companhia, no
interior da necrópole e por grupo de combate nas proximidades da sepultura, que realiza as
descargas de fuzil previstas no art. 132 deste Regulamento.
§ 3º As Honras Fúnebres são determinadas pelo Presidente da República, pelo Ministro de
Estado da Defesa, pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, pelo Comandante do Distrito Naval, de
Comando Naval, de Comando Militar de Área, de Comando Aéreo Regional, de Navio, de
Guarnição ou de Corpo de Tropa, tal seja o comando da unidade ou navio a que pertencia o
extinto.
§ 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º do art. 125, caberá à autoridade que determinar as
Honras Fúnebres definir que Força Armada as comandará e formará a Guarda da Câmara
Ardente.
Subseção II
Das Escoltas Fúnebres
Art. 135. Escolta Fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais do
Presidente da República, de altas autoridades militares e de oficiais das Forças Armadas
falecidos quando no serviço ativo.
Parágrafo único. Se o militar falecido exercia funções de comando em Organização Militar, a
escolta é composta por militares dessa organização.
Art. 136. A Escolta Fúnebre procede, em regra, durante o acompanhamento, como a Escolta
de Honra e, quando parada, somente toma posição de "Sentido" para prestar continência às
autoridades de posto superior ao de seu comandante.
Parágrafo único. A Escolta Fúnebre destinada a acompanhar os despojos mortais de oficiais
superiores, intermediários, subalternos e praças especiais forma a pé, descoberta, armada de
sabre e ladeia o féretro do portão do cemitério ao túmulo.
Art. 138. As Salvas Fúnebres são executadas por peças de artilharia, a intervalos regulares de
trinta segundos, destinadas a complementar, nos casos específicos, as Honras Fúnebres
previstas neste Capítulo.
Art. 140. O Cerimonial Militar tem por objetivo conferir a maior solenidade possível a
determinados atos na vida militar ou nacional, cuja alta significação convém ser ressaltada.
Art. 142. Nas cerimônias militares, a tropa apresenta-se com o uniforme de parada, utilizando
armamento o mais padronizado possível e, salvo ordem em contrário, a tropa não conduz
viaturas.
CAPÍTULO II
DA PRECEDÊNCIA NAS CERIMÔNIAS
Art. 143. A precedência atribuída a uma autoridade em razão de seu cargo ou função é
normalmente traduzida por seu posicionamento destacado em solenidades, cerimônias,
reuniões e outros eventos.
Art. 144. As cerimônias realizadas em Organizações Militares são presididas pela autoridade
da cadeia de comando de maior grau hierárquico presente ou pela autoridade indicada em
conformidade com o cerimonial específico de cada Força Armada.
Art. 145. Nas Missões Diplomáticas, os Adidos Militares que forem Oficiais Generais passarão
logo depois do Ministro-Conselheiro que for o substituto do Chefe da Missão, enquanto os que
forem Capitães-de-Mar-e-Guerra ou equivalentes passarão depois do Conselheiro ou do
Primeiro-Secretário que for o substituto do Chefe da Missão.
Art. 146. Quando o Presidente da República comparecer a qualquer solenidade militar,
compete-lhe sempre presidi-la.
Art. 148. A leitura da Ordem do Dia, se houver, é procedida diante da tropa formada.
Art. 149. O comandante, o chefe ou o diretor da Organização Militar, nas visitas, acompanha a
maior autoridade presente, a fim de prestar-lhe as informações necessárias.
Parágrafo único. Nas cerimônias militares, por ocasião de visitas, o Comandante, o Chefe ou o
Diretor da Organização Militar visitada deve permanecer próximo à maior autoridade presente,
mas não passa à frente do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do
Ministro de Estado da Defesa, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, do
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e de autoridades civis de precedência
superior à destes ou dos superiores da sua cadeia de comando.
Art. 150. Quando diversas organizações civis e militares concorrerem em serviço, recepções,
cumprimentos e outras solenidades, sendo o Ministério da Defesa responsável pela
organização do evento, serão observadas as Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de
Precedência e, no que couber, as Normas de Cerimonial do Ministério da Defesa.
Parágrafo único. Nas hipóteses previstas no caput, por especial deferência, pode a autoridade
que preside o evento determinar, previamente, que as representações estrangeiras tenham
posição de destaque nos aludidos eventos.
Art. 152. Quando uma autoridade se faz representar em solenidade ou cerimônia, seu
representante tem lugar compatível com sua própria precedência, não a precedência
correspondente à autoridade que representa.
Art. 153. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.
§ 3º Nas Organizações Militares que não mantenham serviço ininterrupto, a Bandeira Nacional
será arriada conforme o estabelecido no § 1º, ou ao se encerrar o expediente, o que primeiro
ocorrer.
§ 4º Quando permanecer hasteada durante a noite, a Bandeira Nacional deve ser iluminada.
Art. 154. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, a Bandeira é mantida a meio mastro.
§ 1º Por ocasião do hasteamento, a Bandeira vai até o topo do mastro, descendo em seguida
até a posição a meio mastro e por ocasião da arriação, a Bandeira sobe ao topo do mastro,
sendo em seguida arriada.
Art. 155. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, as bandas de música Permanecem
em silêncio.
Art. 156. O sinal de luto das Bandeiras transportadas por tropa consiste em um laço de crepe
negro colocado na lança.
Art. 157. As Forças Armadas devem regular, no âmbito de seus Comandos, as Cerimônias
diárias de hasteamento e arriação da Bandeira Nacional.
Art. 158. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira
Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a dele descer, sendo posicionada na parte
central do dispositivo.
Seção II
Do Culto à Bandeira em Solenidades
§ 1º Para a solenidade de que trata o caput, a Bandeira Nacional da organização Militar, sem
guarda, deve ser postada em local de destaque, em frente ao mastro em que é realizada a
solenidade.
Art. 163. Após o canto do Hino à Bandeira, é procedido ao desfile da tropa em "Continência à
Bandeira".
Art. 164. As Bandeiras Nacionais de Organizações Militares que forem julgadas inservíveis
devem ser guardadas para proceder-se, no dia 19 de novembro, perante a tropa, à cerimônia
cívica de sua incineração.
§ 2º As Bandeiras Nacionais das Organizações civis que forem recolhidas como inservíveis às
Organizações Militares são também incineradas no dia 19 de novembro.
Seção III
Do Hasteamento em Datas Comemorativas
Art. 167. A Bandeira Nacional é hasteada nas Organizações Militares, com maior gala, de
acordo com o cerimonial específico de cada Força Armada, nos seguintes dias:
I - grandes datas:
a) 7 de setembro - Dia da Independência do Brasil; e
b) 15 de novembro - Dia da Proclamação da República;
II - feriados:
a) 1º de janeiro - Dia da Fraternidade Universal;
b) 21 de abril - Inconfidência Mineira;
c) 1º de maio - Dia do Trabalhador;
d) 12 de outubro - Dia da Padroeira do Brasil; e
e) 25 de dezembro - Dia de Natal; e
Art. 168. Incorporação é o ato solene do recebimento da Bandeira Nacional pela tropa,
obedecendo às seguintes normas:
I - a tropa recebe a Bandeira Nacional em qualquer formação e o Porta-Bandeira,
acompanhado de sua Guarda, vai buscá-la no local em que esta estiver guardada;
II - o Comandante da tropa, verificando que a Guarda-Bandeira está pronta, comanda
"Sentido", "Ombro Arma", e "Bandeira Avançar";
III - a Guarda-Bandeira desloca-se para a frente da tropa, posicionando-se a uma distância
aproximada de trinta passos do lugar que vai ocupar na formatura, quando, então, será dado o
comando de "Em Continência à Bandeira" - "Apresentar Armas"; e
IV - nessa posição, a Bandeira Nacional desfraldada recebe a continência prevista e se
incorpora à tropa, que permanece em "Apresentar Arma" até que a Bandeira ocupe seu lugar
na formatura.
Parágrafo único. Cada Força Armada deve regular as continências previstas para a
incorporação da Bandeira Nacional à tropa.
Art. 170. A tropa motorizada ou mecanizada desembarca para receber ou retirar da formatura a
Bandeira.
Seção V
Da Apresentação da Bandeira Nacional aos Recrutas
Art. 171. Logo que os recrutas ficarem em condições de tomar parte, em uma formatura, o
Comandante da Organização Militar apresenta-lhes a Bandeira Nacional, com toda solenidade.
Art. 172. A solenidade de Apresentação da Bandeira Nacional aos seus recrutas deve observar
as seguintes determinações:
IV - na alocução de que trata o inciso III, devem ser abordados os seguintes pontos:
a) o que representa a Bandeira Nacional;
b) os deveres do soldado em relação à bandeira Nacional;
c) o valor dos militares brasileiros no passado, que nunca a deixaram cair em poder do inimigo;
d) a unidade da Pátria; e
e) o espírito de sacrifício;
V - após a alocução, a tropa presta a continência à Bandeira Nacional; e
VI - a cerimônia termina com o desfile da tropa em continência à Bandeira Nacional.
Seção VI
Da Apresentação do Estandarte Histórico aos Recrutas
Art. 173. Em data anterior à da apresentação da Bandeira Nacional, deverá ser apresentado
aos recrutas, se possível na data do aniversário da Organização Militar, o Estandarte Histórico.
Art. 174. A cerimônia de apresentação do Estandarte Histórico aos recrutas deve obedecer às
seguintes determinações:
CAPÍTULO IV
DOS COMPROMISSOS
Seção I
Do Compromisso dos Recrutas
Art. 175. A cerimônia do Compromisso dos Recrutas é realizada com grande solenidade, no
final do período de formação.
Art. 176. A cerimônia do Compromisso dos Recrutas pode ser realizada no âmbito das
Organizações Militares ou fora delas.
Parágrafo único. Quando várias Organizações Militares das Forças Armadas tiverem sede na
mesma localidade, a cerimônia pode ser realizada em conjunto.
Art. 177. O cerimonial deve obedecer às seguintes determinações:
I - a tropa forma armada;
II - a Bandeira Nacional, sem a guarda, deixando o dispositivo da formatura, toma posição de
destaque em frente da tropa;
III - para a realização do compromisso, o contingente dos recrutas, desarmados, toma
dispositivo de frente para a Bandeira Nacional, entre esta e a tropa;
IV - disposta a tropa, o Comandante manda tocar "Sentido" e, em seguida, "Em Continência à
Bandeira - Apresentar Arma", com uma nota de execução para cada toque e o porta-bandeira
desfralda a Bandeira Nacional;
V - o compromisso é realizado pelos recrutas, perante a Bandeira Nacional desfraldada, com o
braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos unidos, palma
para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, o texto "INCORPORANDO-ME À MARINHA DO
BRASIL (OU AO EXÉRCITO BRASILEIRO OU À
AERONÁUTICA BRASILEIRA) - PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE - AS ORDENS
DAS AUTORIDADES - A QUE ESTIVER SUBORDINADO - RESPEITAR OS
SUPERIORES HIERÁRQUICOS - TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS - E COM
BONDADE OS SUBORDINADOS - E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA
PÁTRIA - CUJA HONRA - INTEGRIDADE - E INSTITUIÇÕES - DEFENDEREI - COM O
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA V I DA " ;
VI - em seguida, o Comandante manda tocar "Descansar Arma"; os recrutas baixam
energicamente o braço, permanecendo, porém, na posição de "Sentido";
VII - em prosseguimento, é cantado o Hino Nacional, ao qual se segue a leitura da Ordem do
Dia alusiva à data ou, na falta desta, do Boletim alusivo à solenidade;
VIII - os recrutas desfilam em frente à Bandeira Nacional, prestando-lhe a continência
individual;
IX - terminada a cerimônia, e após a Bandeira Nacional ter ocupado o seu lugar no dispositivo,
a tropa desfila em continência à maior autoridade presente; e
X - nas unidades motorizadas, onde a Bandeira Nacional e respectiva guarda são
transportadas em viatura especial, o Porta-Bandeira conserva-se, durante o desfile, em pé,
mantendo-se a guarda sentada.
Parágrafo único. Nas sedes de Grandes Unidades ou Guarnições:
I - a direção de todo o cerimonial compete, neste caso, ao comandante da Grande Unidade ou
Guarnição; e
II - o cerimonial obedece, de maneira geral, as determinações estabelecidas neste artigo.
Seção II
Do Compromisso dos Reservistas
Art. 178. O cerimonial do Compromisso dos Reservistas, quando realizado nas sedes das
Repartições do Serviço Militar, obedece, tanto quanto possível, as determinações
estabelecidas para o Compromisso dos Recrutas, na Seção I deste Capítulo.
Parágrafo único. A cerimônia de entrega de certificados de dispensa de incorporação e de
isenção do Serviço Militar consta de formatura e juramento à Bandeira pelos dispensados da
incorporação.
Seção III
Do Compromisso dos Militares Nomeados ao Primeiro Posto e do
Compromisso por Ocasião da Declaração a Guardas-Marinhas e Aspirantes-a-Oficial
Art. 179. Todo militar nomeado ao primeiro posto prestará o compromisso de oficial, de acordo
com o determinado no regulamento de cada Força Armada.
Parágrafo único. A cerimônia é presidida pelo Comandante da Organização Militar ou pela mais
alta autoridade militar presente.
Art. 181. Se, em uma mesma Organização Militar, prestarem compromisso mais de dez oficiais
recém-promovidos, o compromisso se realiza coletivamente.
Art. 184. Os oficiais designados para o exercício de qualquer Comando, Chefia ou Direção são
recebidos de acordo com as formalidades especificadas neste Capítulo.
Art. 185. A data da transmissão do cargo de Comando, Chefia ou Direção é determinada pelo
Comando imediatamente superior.
Art. 186. Cada Força Armada, obedecidas as regras gerais deste Regulamento, deve
estabelecer os detalhes das cerimônias de passagem de Comando, Chefia ou Direção,
segundo suas conveniências e peculiaridades, podendo acrescentar as normas que o uso e a
tradição já consagraram, atendendo, no que couber, às determinações abaixo:
I - leitura dos documentos oficiais de nomeação e de exoneração;
II - transmissão de cargo, ocasião em que os oficiais, nomeado e exonerado, postados lado a
lado, frente à tropa e perante a autoridade que preside a cerimônia, proferem as seguintes
palavras:
a) o substituído, "Entrego o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar) ao Exmo.
Sr. (Posto e nome)"; e
b) o substituto, "Assumo o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar)";
III - apresentação dos comandantes, chefes ou diretores, substituto e substituído, à autoridade
que preside a solenidade;
IV - leitura do curriculum vitae do novo comandante, chefe ou diretor;
V - palavras de despedida do oficial substituído; e
VI - desfile da tropa em continência ao novo comandante, chefe ou diretor.
§ 3º O uso da palavra pelo novo comandante, chefe ou diretor, deve ser regulado pelo
Comandante de cada Força Armada.
§ 4º Em qualquer caso, o uso da palavra é feito de modo sucinto e conciso, não devendo
conter qualquer referência à demonstração de valores a cargo da Organização Militar,
referências elogiosas individuais acaso concedidas aos subordinados ou outros assuntos
relativos a campos que não constituam temas especificamente atribuídos a sua área.
CAPÍTULO VI
DAS RECEPÇÕES A DESPEDIDAS DE MILITARES
Art. 187. Todo oficial incluído numa Organização Militar é, antes de assumir as funções,
apresentado a todos os outros oficiais em serviço nessa organização, reunidos para isso em
local adequado.
Art. 188. As despedidas dos oficiais que se desligam das Organizações Militares são feitas
sempre, salvo caso de urgência, na presença do comandante, chefe ou diretor, e em local
designado.
Art. 189. As homenagens de despedida de oficiais e praças com mais de trinta anos de serviço,
ao deixarem o serviço ativo, devem ser reguladas pelo Comandante de cada Força Armada.
CAPÍTULO VII
DAS CONDECORAÇÕES
Art. 190. A cerimônia para a entrega de condecorações é realizada numa data festiva, num
feriado nacional ou em dia previamente designado pelo Comandante e, em princípio, na
presença de tropa armada.
Art. 192. Quando entre os agraciados há oficial-general e a cerimônia tem lugar na Capital
Federal, a entrega de condecorações é presidida pelo Comandante ou pelo Chefe do Estado-
Maior da Força a que couber a iniciativa da solenidade, sendo realizada na presença de tropa
armada.
Art. 194. Nas Organizações Militares que não disponham de tropa, a entrega é feita na
presença de todo o pessoal que ali serve, observando as determinações aplicáveis dos arts.
190 a 193.
Art. 195. Quando o agraciado for o Ministro de Estado da Defesa ou o Comandante de uma
das Forças Armadas, o cerimonial da entrega pode ser realizado em Palácio da Presidência da
República, servindo de paraninfo o Presidente da República, e obedece às instruções especiais
elaboradas pelo Cerimonial da Presidência da República.
Art. 196. O cerimonial de entrega de medalha obedece, no que couber, às seguintes regras:
I - posta a tropa em uma das formações em linha, sai de forma a Bandeira Nacional, sem sua
guarda, à ordem da autoridade que preside a cerimônia, e coloca-se a trinta passos defronte do
centro da tropa;
II - entre a tropa e a Bandeira Nacional, frente para esta, colocam-se, em uma fileira, por ordem
hierárquica e agrupados por círculos, os oficiais e praças a serem agraciados, armados, exceto
as praças, e sem portar suas medalhas e condecorações;
III - os oficiais presentes à cerimônia formam em ordem hierárquica, grupados por círculos, em
uma ou mais fileiras, à direita da Bandeira Nacional;
IV - a autoridade que preside a solenidade, colocada a dez passos diante da Bandeira Nacional
e de frente para esta, manda que o Comandante da tropa dê a voz de "Sentido";
V - os agraciados, quando oficiais, desembainham e perfilam espada e, se praças,
permanecem na posição de sentido; e
VI - com a tropa posicionada, a autoridade dá início à solenidade, em relação a cada uma das
fileiras de solenidade, procedendo-se aos agraciados da seguinte forma:
a) paraninfos previamente designados, um para cada fileira, colocam-se à direita dos
agraciados e dada a ordem para o início da entrega, os agraciados:
1 quando oficiais, ao defrontarem os paraninfos, abatem as espadas; e
2 quando praças, ou fazem a continência individual;
b) o paraninfo, depois de responder à saudação com a continência individual, coloca a medalha
ou condecoração no peito dos agraciados de sua fileira, enquanto os agraciados permanecem
com a espada abatida, ou executando a continência individual, até que o paraninfo tenha
terminado de colocá-la em seu peito, quando retornam à posição de "Perfilar-Espada" ou
desfazem a continência individual;
c) terminada a entrega de medalhas ou condecorações, ao comando de "Em Continência à
Bandeira, Apresentar Arma", paraninfos e agraciados abatem espadas ou fazem a continência
individual;
d) as bandas de música ou de corneteiros ou clarins e tambores tocam, conforme o posto mais
elevado entre os agraciados, os compassos de um dobrado;
e) terminada esta continência, paraninfos e agraciados, com espadas embainhadas, retornam
aos seus lugares;
f) a Bandeira Nacional volta ao seu lugar na tropa, e os possuidores de medalhas ou
condecorações, que tinham saído de forma para se postarem à direita da Bandeira, voltam
também para seus lugares, a fim de ser realizado o desfile em honra da autoridade que
presidiu a cerimônia e dos agraciados; e
g) os paraninfos, tendo a cinco passos à esquerda, e no mesmo alinhamento, os agraciados, e,
à retaguarda, os demais oficiais presentes, assistem ao desfile da tropa, o que encerra a
solenidade.
Art. 197. Quando somente praças tiverem que receber medalhas ou condecorações, o
paraninfo é o comandante da subunidade a que elas pertencerem ou o comandante da
Organização Militar, quando pertencerem a mais de uma subunidade.
Art. 198. A Bandeira Nacional, ao ser agraciada com a Ordem do Mérito, recebe a
condecoração em solenidade, nos dias estabelecidos pelas respectivas Forças Singulares e o
cerimonial obedece ao seguinte procedimento:
I - quando o dispositivo estiver pronto, de acordo com o art. 195, é determinado por toque de
corneta para a Bandeira avançar;
II - a Bandeira, conduzida pelo seu Porta-Bandeira e acompanhada pelo comandante da
Organização Militar a que pertence, coloca-se à esquerda da Bandeira Nacional incorporada,
conforme o dispositivo;
III - ao ser anunciado o início da entrega da condecoração, o comandante desembainha a
espada e fica na posição de descansar;
IV - o corneteiro executa "Sentido" e "Ombro Arma" e, ao toque de "Ombro Arma", o Porta-
Bandeira desfralda a Bandeira Nacional, e o comandante da Organização Militar perfila
espada;
V - o Grão-Mestre, ou no seu impedimento o Chanceler da Ordem, é convidado a agraciar a
Bandeira;
VI - quando o Grão-Mestre, ou no seu impedimento o Chanceler da Ordem, estiver a cinco
passos da Bandeira, o Comandante da Organização Militar abate espada, e o Porta-Bandeira
dá ao pavilhão uma inclinação que permita a colocação da insígnia;e
VII - após a aposição da insígnia; o Comandante da Organização Militar e a Bandeira voltam à
posição de "Ombro Arma", retiram-se do dispositivo e tem prosseguimento a solenidade.
Parágrafo único. Na condecoração de estandarte, são obedecidas, no que couber, as
determinações deste artigo.
CAPÍTULO VIII
DAS GUARDAS DOS QUARTÉIS E ESTABELECIMENTOS MILITARES
Seção I
Da Substituição das Guardas
Art. 199. Na substituição das guardas, além do que estabelecem os Regulamentos ou Normas
específicas de cada Força Armada, é observado o seguinte:
I - logo que a Sentinela das Armas der o sinal de aproximação da Guarda que vem substituir a
que está de serviço, a Guarda substituída entra em forma e, na posição de "Sentido", aguarda
a chegada da que vem substituir;
II - a Guarda que chega coloca-se à esquerda, ou em frente, se o local permitir, da que vai
substituir, e seu Comandante comanda "Sem Intervalos, Pela Direita (Esquerda) Perfilar",
depois, "Firme" e em seguida comanda: "Em Continência, Apresentar Arma";
III - feito o manejo de armas correspondente, o Comandante da Guarda que sai corresponde à
saudação, comandando "Apresentar Arma" e, a seguir, "Descansar Arma", no que é seguido
pelo outro Comandante;
IV - finda esta parte do cerimonial, os Comandantes da Guarda que entra e da que sai dirigem-
se um ao encontro do outro, arma na posição correspondente à de "Ombro Arma", fazem alto,
à distância de dois passos, e, sem descansar a arma, apresentam-se sucessivamente; e
V - a seguir, realiza-se a transmissão de ordens e instruções relativas ao serviço.
Seção II
Da Substituição das Sentinelas
Art. 200. Quando da rendição das sentinelas devem ser observadas as seguintes
determinações:
I - o Cabo da Guarda forma de baioneta armada;
II - os soldados que entram de sentinela formam em "coluna por um" ou "por dois", na ordem
de rendição, de maneira que a Sentinela das Armas seja a última a ser substituída, no "passo
ordinário";
III - o Cabo da Guarda conduz os seus homens até a altura do primeiro posto a ser substituído;
IV - ao se aproximar a tropa, a sentinela a ser substituída toma a posição de "Sentido" e faz
"Ombro Arma", ficando nessa posição;
V - à distância de dez passos do posto, o Cabo da Guarda comanda "Alto!" e dá a ordem:
"Avance Sentinela Número Tal!";
VI - a sentinela chamada avança no passo ordinário, arma na posição de "Ombro Arma" e, à
ordem do Cabo, faz "Alto!" a dois passos da sentinela a ser substituída;
VII - a seguir, o Cabo comanda "Cruzar Arma!" o que é executado pelas duas sentinelas,
fazendo-se, então, sob a fiscalização do Cabo, que se conserva em "Ombro Arma", e à voz de
"Passar-Ordens!", a transmissão das ordens e instruções particulares relativas ao posto; e
VIII - cumprida esta determinação, o Cabo dá o comando de "Ombro Arma!" e ordena à
sentinela substituída: "Entre em Forma!", esta coloca-se à retaguarda do último homem da
coluna, ao mesmo tempo que a nova sentinela toma posição no seu posto, permanecendo em
"Ombro Arma" até que a Guarda se afaste.
TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 201. Para eventos a que não esteja presente o Ministro de Estado da Defesa ou que não
impliquem participação de mais de uma Força, as peculiaridades das Continências, Honras,
Sinais de Respeito e do Cerimonial Militar podem ser reguladas em cerimonial específico de
cada Força Armada.
Art. 202. Os casos omissos serão solucionados pelo Ministro de Estado da Defesa,
assessorado pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.