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PROPÓSITO
Saber analisar como os agentes econômicos e as instituições financeiras se comportam em
situações reais da economia. Compreender como a regulação se modifica em uma tentativa
de
acertar um alvo em constante movimento.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 1
FUNDOS DE INVESTIMENTO
FUNDOS DE PENSÃO
COMPANHIAS DE SEGURO
BANCOS COMERCIAIS
BANCOS MÚLTIPLOS
ATENÇÃO
Essa expressão significa que você está se arriscando muito ao investir todos
os seus recursos
no mesmo lugar. O que acontece se você coloca todos os seus
ovos em uma única cesta, e ela
cai no chão?
ECONOMIA DE
ESCALA
PROPRIEDADE
O custo é diluído à medida que aumenta a produção. É semelhante
ao que acontece em um
processo de especialização: o especialista
se torna mais produtivo.
CUSTO DE
TRANSAÇÃO
EXEMPLO
IBOVESPA
Para entender melhor o papel dos intermediários financeiros, vamos estudar com atenção um
problema central dos mercados nos dias atuais: a informação
assimétrica.
FALHA DE MERCADO
Seleção Adversa
Sobre seleção adversa, um exemplo que podemos destacar são os maus motoristas, que são
mais propensos a comprar um seguro contra a colisão de carros. Sendo assim,
emprestadores
podem decidir não realizar nenhum empréstimo, mesmo que bons credores
estejam presentes
no mercado.
Um exemplo de risco moral ocorre, por exemplo, quando um motorista se sente à vontade
para
ser menos cauteloso após contratar um seguro.
O vídeo a seguir apresenta alguns exemplos práticos sobre
Seleção Adversa e Risco Moral.
O programa “Cadastro Positivo” foi criado no Brasil em 2011, mas apenas recentemente foi
alterado para alcançar um maior número de pessoas físicas e jurídicas. A Lei
Complementar
166/2019 passou a incluir o nome de consumidores e empresas no banco de
dados. Antes era
preciso informar se desejava ser cadastrado.
SAIBA
MAIS
Na década de 1970, o famoso economista George Akerlof, ganhador do Prêmio Nobel,
apresentou ao mundo seu artigo O Mercado dos limões, no qual debate
as implicações da
seleção adversa.
LIMÕES
A ação é apenas um dos muitos títulos, ou valores mobiliários, negociados no mercado. Por
essa razão, de maneira geral, falamos no mercado de valores mobiliários.
VOCÊ
SABIA
CARONA
A demanda por um ativo e o seu preço aumentam à medida que diversos agentes detêm uma
informação relevante, assim quem pagou por ela não obtém todo o benefício. Desse modo,
cada vez menos pessoas irão obter o serviço e, consequentemente, menos informação será
produzida. Vejamos mais detalhes a seguir.
O preço mais elevado não permite a obtenção de lucros com a compra do
ativo. Logo, menos
pessoas obtêm esse serviço e menos informação
sobre empresas é produzida. A seleção
adversa, portanto, continua
interferindo no funcionamento eficiente do mercado com uma
assimetria de informação, pois o comportamento de carona impede a
produção de dados.
Os executivos das empresas têm bastante incentivo para esconder os problemas delas,
dificultando a tarefa dos investidores de descobrir o valor verdadeiro da firma.
EXEMPLO
Observe que o problema de carona é menos relevante quando temos um serviço como um
empréstimo a pessoa física ou jurídica:
Vamos ver agora como o risco moral pode afetar o funcionamento do mercado. Usaremos a
expressão “principal-agente” para descrever
esse problema informacional, pois temos duas
partes envolvidas:
Acionistas (principais)
Vejamos a seguir, como acontece na prática.
PRINCIPAL-AGENTE
3
Por exemplo, por benefício pessoal, o gerente pode investir em um
escritório luxuoso ou
trabalhar menos do que deveria. Ele pode estar
interessado em estratégias corporativas como
a compra de outras
empresas, mas não a lucratividade da firma em que trabalha.
DICA
Um intermediário financeiro que ajuda a reduzir o risco
moral é a empresa de capital de risco,
que
agrupa os recursos dos seus parceiros e os usa para ajudar novos empreendedores.
Pense em um grupo de amigos que coloca suas economias na mão de alguém de confiança,
que
será remunerado para encontrar oportunidades de investimento entre os pequenos
empreendedores da vizinhança.
A empresa de capital de risco recebe uma parte do novo negócio, ou seja, tem
direito a parte
dos lucros.
A verificação de receitas e lucros é importante para eliminar o risco moral.
COLATERAL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
COLATERAL
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é, informalmente, o valor da
empresa para seus donos: é a diferença entre
o que ela tem e o que deve.
SAIBA MAIS
TEM
SAIBA MAIS
Podemos concluir que firmas grandes, com maior patrimônio líquido ou maior colateral a
disponibilizar como garantia, terão mais facilidade para obter recursos no mercado. É
possível
fazer uma analogia semelhante para indivíduos:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Diferenciar as crises
financeiras e seus impactos
O QUE SÃO CRISES FINANCEIRAS?
As crises financeiras aparecem de maneira periódica no mundo capitalista, com implicações
graves para a economia e a sociedade. Elas advêm de rompimentos
importantes no mercado
financeiro caracterizados por um forte declínio
nos preços das ações e firmas
falidas.
SAIBA
MAIS
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo a seguir para reforçar seu conhecimento sobre crise financeira.
Neste vídeo, veremos mais detalhadamente, a problemática de
uma crise financeira.
SAIBA
MAIS
Décadas depois, em 2008, o mundo se deparou com uma nova crise financeira,
muitas vezes
chamada de Crise do subprime. Esse termo tem
origem no fato de o mercado americano de
hipotecas ser dividido em dois
segmentos:
SAIBA MAIS
PRIME
SUBPRIME
Com risco mais alto e, por isso, evitado.
1º:
Entre o “dono do dinheiro” e o corretor, que não avaliava corretamente risco.
2º:
Entre o corretor e o tomador do empréstimo, exatamente porque este conhecia melhor sua
fonte de renda, sua capacidade de pagamento da dívida e, portanto, seu risco de calote.
Conforme o preço dos imóveis aumentava, famílias eram incentivadas a pegar um empréstimo
imobiliário, mesmo sem condições de pagar, e a quitar apenas algumas parcelas. Quando o
pagamento se tornasse inviável, elas poderiam vender o imóvel, ou o banco poderia
tomá-lo e
vendê-lo. Dessa maneira, haveria lucro em qualquer caso, já que os preços dos
imóveis
aumentavam cada vez mais. Parecia não haver risco.
ATENÇÃO
REPASSE DE RISCOS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
Analisar os riscos da
intermediação financeira e a regulação financeira.
1
João abre uma conta corrente no banco X e nela deposita o seu
salário de R$ 2.000. O banco
conhece razoavelmente bem os gastos de
João ao longo do tempo – como vimos, instituições
financeiras
produzem informação - e sabe que ele raramente
gasta mais de R$ 1.200 nas
duas primeiras semanas após o depósito.
Assim, o banco pode usar R$ 800 para emprestar a Maria com pagamento
previsto em duas
semanas. Ainda que João precise de todo seu
dinheiro em uma emergência, isso dificilmente
vai acontecer ao mesmo
tempo com todos os clientes do banco, oferecendo à instituição uma
margem de manobra.
2
3
Observe que João tem um ativo, um direito, pois é dono de R$2.000
depositados em sua conta
corrente. Dizemos que o banco é um
transformador de ativos, já que transforma parte do
ativo de João em um empréstimo para Maria no valor de R$800.
Dessa maneira, Maria tem uma obrigação com o banco, o qual, por sua
vez, tem uma
obrigação com João. Essa transformação
beneficia a todos: Maria consegue um empréstimo,
o
banco obtém lucro, e João recebe o serviço bancário de guarda de
recursos (e talvez até
algum rendimento).
4
As instituições financeiras buscam reduzir o risco
moral com acordos restritivos que limitam o
envolvimento dos tomadores de empréstimos em atividades arriscadas.
Para isso, os bancos
devem monitorar as atividades
dos tomadores para verificar se os acordos estão sendo
cumpridos.
EXISTEM OUTRAS MANEIRAS DE AS
INSTITUIÇÕES OBTEREM
INFORMAÇÕES
SOBRE OS TOMADORES DE
EMPRÉSTIMOS.
Por meio das relações de longo prazo com o
cliente, é possível obter maiores informações.
Se o tomador tiver uma conta
corrente, poupança ou um empréstimo durante um longo
período, o banco será capaz de
aprender mais sobre ele ao analisar suas atividades passadas.
Assim, as relações de
longo prazo reduzem os custos de coleta de informação.
Um banco também pode criar relações de longo prazo e coletar informações oferendo linhas
de
crédito. Ele se compromete, por um determinado tempo, a oferecer à firma empréstimos
até um
valor definido. O cliente possui a vantagem de ter uma fonte de recursos para
quando precisar
e se sente estimulado a permanecer no mesmo banco a longo prazo.
COLATERAL RESTRIÇÕES
DE CRÉDITO
SAIBA MAIS
RESTRIÇÕES DE CRÉDITO
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
CAPITAL PRÓPRIO
SUPERVISÃO FINANCEIRA
É a regulação que reduz a probabilidade de as instituições financeiras serem
utilizadas por
empresários ambiciosos ou desonestos interessados em
participar de atividades especulativas.
A qualificação de instituições
financeiras previne a seleção adversa e evita que pessoas
indesejáveis as
controlem. São exigidas do banco análises periódicas que revelem seus ativos
e passivos, rendas e dividendos e outros detalhes. Ações tomadas para
reduzir o risco moral
também ajudam a impedir a seleção adversa: com menos
oportunidade para ações arriscadas,
empresários que buscam riscos excessivos
evitam o setor bancário.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
REQUERIMENTOS DE TRANSPARÊNCIA
São de extrema importância para a regulação financeira. Aperfeiçoar a
transparência é
necessário para limitar os incentivos a tomar riscos
excessivos e melhorar a qualidade da
informação no mercado para
investidores.
PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
A existência da assimetria de informação sugere que os consumidores não têm
dados
suficientes para se proteger. Assim, o sétimo tipo de regulação, a
proteção ao consumidor,
toma várias providências. Por
exemplo, emprestadores não podem discriminar seus clientes
com base em
etnia, estado civil ou gênero. A crise de 2008 evidenciou a necessidade de
uma
maior proteção ao consumidor: nos Estados Unidos, muitas famílias
assinaram contratos de
empréstimos que não entendiam e que claramente não
conseguiriam pagar.
RESTRIÇÃO À COMPETIÇÃO
Em diversos setores da economia, desejamos aumentar a competição para
diminuir preços,
melhorar a qualidade do serviço prestado e gerar inovações.
No entanto, no mercado
financeiro, um aumento da competitividade pode
agravar o problema de risco moral: as
instituições, visando à manutenção dos
seus níveis de lucro, podem assumir riscos maiores.
Assim, governos de
diversos países criaram regulações para proteger instituições
financeiras da competição.
Apesar de esse oitavo tipo de regulação tentar limitar o risco moral, ele
também traz sérias
desvantagens. As principais são o aumento de tarifa para
os consumidores e a redução da
eficiência de instituições bancárias. Em
outras palavras, embora haja a necessidade óbvia de
regulamentação, há o
perigo de excesso e falhas no desenho regulatório atrapalharem mais do
que
ajudarem.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
1991
1994
PILAR 1
PILAR 2
PILAR 3
Focava em melhorar a disciplina do mercado, por meio do aumento da
transparência de
detalhes sobre a exposição do crédito, e a efetividade do
sistema interno de classificação de
risco.
Risco de Mercado
Risco Operacional
PILAR 2 – FISCALIZAÇÃO
Incentivo à melhor gestão
O acordo não exigiu dos bancos capital suficiente para lidar com rupturas
financeiras.
2º
O peso do risco era fortemente apoiado nas notas das agências de crédito, o
que se provou
não ser confiável.
3º
4º
Não era capaz de lidar com crises de liquidez, ou seja, com cenários de
redução drástica da
circulação de recursos na economia.
Por essas razões, em 2010, como resposta regulatória à crise internacional, o comitê
desenvolveu um novo acordo, Basileia III. Ele não apenas aumentou substancialmente o
padrão de capital exigido, como também melhorou a qualidade do capital, estabelecendo
padrões menos pró-cíclicos. Houve um aumento dos requerimentos de capital para quando a
economia estiver bem e uma diminuição para quando estiver mal, fazendo novas regras do
uso
das notas das agências de crédito e exigindo recursos mais estáveis para momentos de
crises
de liquidez.
Achou tudo muito confuso? Não se preocupe, pois, no vídeo a seguir, você poderá conhecer
mais detalhes sobre o Acordo de Basileia III.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudamos as instituições financeiras, sua importância e suas dificuldades. Também
conhecemos as políticas públicas para tornar o sistema financeiro mais sólido. Sugerimos
agora que você tenha em mente esse instrumental ao ler as notícias nos jornais e avaliar
propostas de leis e regulações por parte do poder público e das instituições
regulatórias. Por
que algumas empresas enfrentam dificuldades para obter crédito e o que
pode levá-las à
falência? Será que devemos aumentar os requisitos de capital dos bancos?
Quais são os
custos e os benefícios? Um debate informado sobre o papel das instituições
financeiras
contribui para o seu desenvolvimento e é benéfico para a economia e a
sociedade como um
todo.
PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CARVALHO, F.J.C., SOUZA, F.E.P., SICSU, J., PAULA, L.F., e STUDART, R. Economia
monetária e financeira. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
EXPLORE+
O filme O dia antes do fim, de 2011, dirigido por J.C. Chandor, mostra como
problemas de
avaliação de risco financeiro acabaram por gerar um efeito dominó que
comprometeu
gravemente o sistema financeiro mundial em 2008. Vale a pena assistir
para ver como
inovações financeiras aparentemente complexas podem ser apenas
instrumentos ruins
para uma instituição financeira.
Cheque sua pontuação de bom pagador consultando o Cadastro positivo no site oficial
do
Serasa.
CONTEUDISTA
Mateus de Almeida Maciel
CURRÍCULO LATTES