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23 de fevereiro

Efeitos da Inovação Tecnológica


A inovação é uma fonte de concentração de mercado, quando uma empresa cria
uma nova tecnologia, enquanto a dominar, terá uma posição monopolística no
mercado dessa tecnolgia. Schumpeter entendia que o motor do crescimento
económico era a inovação. Este economista analisou a evolução do capitalismo das
suas fases primordiais até às usa vertente atual e muio diferente e em especial a
anonimação do capital com a abertura de empresas familiares ou dos grandes titâs
da indústria ao capital de outros grandes ou pequenos investidores que hoje torna,
sem investigação, difícil averiguar os acionistas das principais companhias.
Este também propôs a ideia da destruição criativa. O exemplo dado pelo Profra.
foi o dos ecrãs planos. Imaginando que a Sony foi a primeira empresa a
desenvolver estes ecrãs, esta criou um monopólio que será quebrado pela imitação
de outras empresas que também começarão a produzir ecrâs planos.
A inovação é motivada pelo desejo dos empresários de obterem mais lucros. Num
mercado concorrencial as companhias têm lucros normais e pretendem criar nvas
tecnologias sobre as quais tenham um monopólio e lucros extraordinários que
eventualmente irão ser quebrados pelo processo acima discritos. Forma-se um
círculo que progride a economia.
Esta inovação é conhecimento, uma informação e um saber fazer manual. Isto vai
de encontro ao que é desenvolvido por Hayek que afirma que o móbil da atividade
económia é a a informação. Esta economia de informação foi essencialemente
desenvolvidad por Stigler e Stiglitz que nos dizem que a informação é um bem
como outro qualquer, esccasso, sendo que para obtê-lo é necessário incorrer em
custos explícitos e implícitos que é a chave do processo económico, não só como
inovação, mas como fator decisivo das trocas economias.
Uma assimetria de informação pode ter consideráveis impactos económicos
(seleção aadversa e risco moral). Esta não é necessariamente um problema, já que a
inovação é uma assimetria e é um motor do cresciemnto económico. No entanto,
esta também pode cosntituir falhas do funcionamento do mercado. Se numa
transação, uma das partes utiliza uma assimetria de modo a prejudicar o outro,
então isso pode ser desincentivador destas relações atingindo a atividade
económico. O produtor, por exemplo, terá sempre mais informação do que o
consumidor, sendo que para se minimizar este efeito se recorre à sinalização.
A sinalização poderá ser feita através do preço, garantias ou reputação. Numa caso
em que dois perfumes, um de 5 euros e outro de 100 euros, o consumidor tenderá
para considerar que o de 100 euros é de melhor qualidade. As garantias servem
para o produtor demonstrar ao consumidor que tem confiança na qualidade dos
seus bens que deixa o consumidor mais à vontade para adquirir os bens por ele
produzidos. A reputação tem muito a haver com as marcas, por exemplo, que
sintetiza informação. Muitas veze se diz que, para uma empresa, tão valiosos são
os ativos tangíveis como intangíveis. Num exemplo de automóveis, normalemente
aos automóveis alemães são atribuídas características de qualidade, aos volvo a
segurança ou aos franceses o conforto. Tudo isto permite ao produtor minimizar as
assimetrias informativas.
Regressando às falhas do mercado de informações. A seleção adversa foi
apresentada por Akerlof que estudou o mercado dos limões, termo referente a
carros usados nos EUA. Neste mercado, há carros de baixa, média e alta
qualidade, mas como o produtor é o único capaz de fazer esta distinção os
automóveis ficarão a um preço médio. No caso dos carros de alta qualidade, os
vendedores estão menos dispostos a vender os carros de alta qualidade e retiram-
nos do mercado, deixando apenas os de média ou baixa qualidade. A seleção
adversa também é muito prevalente no mercado dos seguros. Há formas de se
minimizar este mau funcionamento do mercado, por exemplo, quando para fazer
um seguro de saúde, uma seguradora exige que o indivíduo realize exames
médicos.
Já no risco moral, se na seleção adversa faz com que a relação contratual não
acontece, aqui é atingida uma relação contratual já existente (exemplo do
vendedor por comissão e do vendedor com salário fixo). Através métodos como o
vendedor à comissão, é possível verificar-se um alinhamento de incentivos.
28 de fevereiro
Objetivos que não a maximização do lucro
Estuda-se a empresa como um núcleo de custos, como um fluxo de fatores de
produção que cobinam para gerar bens e serviços que colocam no mercado. Deste
modo, netende-se o lucro como os custos dos fatores de produção e o preço da
venda dos produtos.
No entanto, Schumpeter veio analisar a evolução do capitalismo contemporâneo e
avisa de que, dada o aumento da dimensão do consumo, as empresas têm de
aumentar a sua estrutura física, o que necesssita de capitais. Como os grandes
capitães da empresa não tinha capital suficiente, estes abriram as suas empresas ao
capital dos investidores, a uma socialização das empresas. Foi o que se verificou
no início do séc. XX em que quase quakquer passou a poder investir na bolsa. Se
no início sabíamos que, por exemplo a Ford, era da família Ford, hoje é difícil
afirmar quem são os acionistas da companhia.
Por outro lado, com este aumento, temos ao lado dos shareholders da companhia,
os acionistas, surgem os stakeholders, comunidades ou governos locais que têm
interesse na gestão de uma determinada companhia e que passam a ter uma
palavra nessa mesma gestão.
Forma-se um divisão entre o proprietário e o gestor da empresa. Num grande
sociedade anónima, o proprietário será o titular do maior número de ações, mas
com o crescimento das empresas e com complexização da atividade empresarial
surge a figura do gestor profissional. Schumpeter chama a atenção para este
burocrata da empresa, por o proprietário não ter capaciadade para dominar e
preencher certos requisitos de gestão da empresa.
Isto cria uma situação de assimetria informativa. Imagin-se que sou um pequeno
acionista da EDP. Eu não faço ideia do que se passa dentro da empresa, eu só
quero ver as minhas ações valorizar e receber dividendos, não tenho capaciadades
para julgar a gestão da empresa. O gestor sabe disto e pode surgir uma situação de
risco moral, em que o gestor pode colocar os seus interesses acima dos
proprietários e não agir com a adequada diligência.
Teoria da agência (relação principal-agente)- O principal quer obter um
determinado resultado e confia a outrem a responsabilidade de atingir esse
resultado, um agente. É o caso do mandante (principal) e o mandatário (agente).
Muitas vezes assiste-se a situações em que as empresas vão à falência e mesmo
assim os gestores ganharem prémios. Isto será em prol da empresa? Não, será a
favor do interesse próprio do gestor que têm a competência para alterar os estatutos
de uma empresa, que lhes podem proporcionar estes prémios ou compensações por
desppedimentos.
Outro problema é que o gestor tem preocupações de curto prazo, enquanto que o
proprietário tem interesses de médio-longo prazo, o que ficou comprovado com a
crise do sub-prime nos EUA. Quando se começa a explorar o mercado de
empréstimos à habitação nos EUA, começaram a atribuir-se prémios pelo número
de contratos celebrados, desde um empregado de balcão aos mais altos gestores, o
que levou a um incentivo preverso para a desconsideração dos preços.
Isto para dizer que os prémios no curto prazo levaram a que os gestores agissem
de forma negligente no seu trabalho que funcionou em desfavor do proprietário
que, em muitos casos, foram à falência. Por isto, há recomendações internacionais
para a atribuição destes prémios de 3 em 3 anos ou 5 em 5 anos e não anualmente.
O prof. enuncia quatro soluções possíveis: endividamento elevado da empresa, se
a esta tem responsabiliade perante terceiros tem que assegurar que à rentabilidade
para pagar os empréstimos que contrariu e estes empréstimos tornam os bancos
mais próximos da gestão da empresa; 'venda' da empresa ao gestor que não se trata
de uma venda, mas sim uma situação em que a situação do gestor fica
exclusivamente dependente dos lucros da empresa, coloca-se o gestor na mesma
posição do proprietário, o que tem um lado contrário já que poucas pessoas estão
dispostas a aceitar um acordo em que não ganahria nada em maus tempos da
economia, há uma aversão ao risco do gestor; sistema de incentivos, uma
remuneração fixa acompanhada de uma remuneração variável em função dos
lucros, o que permite resolver os problemas suscitados pela 'venda' ao gestor;
sistemas de controlo e comando significam fiscalização por parte entidades
externas (revisores oficiais, entidades de auditoria), sendo que aqui podem existir
situações de captura do supervisor, em que as enidades fiscalizadoras não
divulgam a sua informação prejudicando o público e os investidores. Estes aspetos
não se excluem e por vezes funcionam de forma combinada.
Muitas vezes a eficiência e o bom funcionamento da empresa pode estar
dependentes da pressão do mercado, pois se uma empresa não for eficiente há o
risco de ser adquirida por uma empresa maior. Além disso, há também requisitos
de divulgação de informação que tornam a gestão da empresa mais transparente.
Por último é de dar conta do papel dos investidores institucionais, muitas vezes
fundos, que vão construir um conjunto de cabazes em que vai juntar ações de
várias empresas e vende-o dizendo a remuneração provável tendo em conta
estatísticas passadas. Ao fazer estes cabazes os fundos de investimento procuram
dividir o risco. Alternativamente, é que estes cabazes são vendidos pelos bancos,
que tratam de vender os cabazes, como investimentos seguros a la depósitos a
prazo, mas são na verdade investimentos. Ainda assim, se colocarem ações de uma
empresa nos cabazes, o fundo terá mais interesse em assegurar a boa gestão da
empresa.
2 de março
Repartição de Rendimento e Mercado dos Fatores
As famílias participarão no processo produtivo e em função dessa participação
obterão várias vantagens. Uma delas será a repartição de rendimentos, os
capitalistas receberão a maior parte dele e as famílias o resto. Se um trabalhador é
mais qualificado ou trabalha mais horas é natural que ele receba mais que um
trabalhador menos qualificado ou que trabalhe menos. Mas a repartição de
rendiemtos, numa sociedade como a nossa, não dispensa que a posteriori haja uma
atividade distributiva, já que nem todos terão sucesso ou capaciadade de produção,
pelo que não sedeve deixar de parte as pessoas que por uma razão ou outra não
podem participar no processo produtivo.
Um dos principais aelementos da redistribuição são os impostos, mais
especificamente, impostos sobre rendimento que é um forma de o Estado obter
dinheiro para atividades que aparem estas pessoas que não conseguem participar
no processo produtivo. A redistribuição é feita pela intervenção do Estdao,
enquanto que a repartição acontece dentro do mercado.
Numa perespetiva neo-clássica, a repartição de rendimento resulta das
preferências dos indivíduous, ou seja, o mercado está lá e podem escolher
participar nele e irão receber a remuneração adequada à sua participação. Os neo-
institucionalistas acham que esta está incompleta, pelo que para que tal possa
mesmo ocorrer têm de exisitir instituições que permitam essa participação e
removere-se instituições que a prejudiquem.
No mercado de fatores encontramos como fatores de produção o capital, fatores
naturais ou terra e trabalho. Quem coloca capital disponível recebe juros, quem
coloca fatores naturais como terra recebe rendas, e quem oferece trabalho recebe
um salário. A procura serão as empresas e a oferta serão as famílias. A
remuneração é essencialmente os custos em que a empresa incorre para a atividade
produtiva.
O capital será o conjunto de bens instrumentais, que não satisfazendo
imediatamente uma necessidade, sãao necessários à produção de bens e serviços
(ex. dinheiro, infraestruturas). O capital tem de ser criado, o que o diferencia dos
outros fatores de produção, num processo que implica dois passos: poupança e
investimento.
Quem representa a procura de capitais? A empresa. Uma determinada empresa
farmacêutica está produzir mais do que o costume e precisa de mais camiões para
transportar o produto. Ela pode procurar uma empresa de camionagem como uma
frota que lhe possa alugar durante alguns meses ou pode adquirir ela própria uma
frota. A procura de capitais pode ter duas formas: a locação, a cedência temporára
em contrapartida de um preço (alguer e arrendamento) e aquisição. A locação é
mais fácil e mais vantajosa no curto prazo, enquanto que a aquisição se mostra
mais proveitosa no médio-curto prazo, tem de perceber qual será o rendimento
total que terá de ser dispensado para aquisição de equipamento, os custos pelo
desgate ao longo do tempo e, por outro lado, deve considerar o rendimento que o
equipamento vai oferecer ao longoo da sua vida útil.
Do lado da empresa de camionagem, a oferta individual é infinatamente elástica.
Se a empresa tem 10 camiões e quer disponibilizá-los todos ao mesmo tempo, vai
disponibilizar todo o capital que tem pelo preço praticado no mercado. Esse preço
deve ser capaz de cobrir o custo total desses bens, porque se não for assim a
médio-longo prazo a empresa irá eventualmente encerrar. A oferta global de capital
a curto prazo é inelástica, a oferta individual é infinitamente elástica.
Os fatoes naturais (ou terra) é aquilo que é extraído da natureza. Há uma
inelaticidade na oferta, no sentido que este é limitada, é finita. No entanto,
devemos olhar para os fatores naturais sobre outra perspetiva no sentido em que a
sua produtividade vai depender da sua combinação com outros fatores. Um
exemplo, um pedaço de terra de que produz no séc. XVIII e produz trigo hoje, não
há dúvidas que essa terra é mais produtiva no século XXI.
A expressão renda tem várias acepções: rendas monopolísticas, os lucros
extraordinários; renda de remuneração de certos trabalhadores com características
únicas, renda económica em sentido ricardiano.
Teoria da Renda (David Ricardo): o economista parte do princípio da teoria da
população pastor de Malthus que dizia que a população crescia numa proporcão
geométrica e as comudidades agrícolas de forma aritemética. Isto quer dizer que
haverá um crescimento populacional que não será acompanhado pelo crecimento
de recursos disponíveis. Ricardo parte deste ponto e de que o aumento
populacional levará à ocupação das terras mais férteis, com o menor custo de
produção. Para ele, a renda era o rendimento dos proprietários das terras mais
férteis. Com o progresso da história, Ricardo concluia que os ricos ficariam cada
vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, a renda é uma vantagem obtida
pelos proprietáriso das terras mais férteis.
O trabalho é o fator mais complexo. A maior parte das famílias recebe o seu
rendimento por trabalhar por conta de outrem, mas esse trabalho não pode ser
desligado da pessoa.
7 de março
Como é remunerado o fator trabalho e os trabalhadores pleas sua participação no
processo produtivo?
Em primeiro lugar, este é o fator mais relevante, aquele que leva para si maior
remuneração, o que não significa que os trabalhadores recebam individualmente
remunerações muito elevadas. Esta ideia é fundamental, fator que recebe maior
remuneração em termoa absolutos, mas não necessariamente em termos relativos.
Cada especializaçãoé um mercado autónomo para efeitos de análise dos mercados
de trabalho, sendo que dentro do mercado dos advogados, por exemplo, podem
fazer-se ainda mais divisões.
No mercado de trabalho, o ponto de equilíbrio correpsonde à intersseção entre a
curva da procura, os empregadores, e da curva da oferta, os trabalhadores. Se
houverem mutios trablhadores disponívies no mercado, o ponto de equilíbrio será
mais baixo, e estes terão uma menor remuneração.
É racional para uma empresa contratar trabalhadores na medida em que o produto
marginal gerado por um trabalhador é igual ao seu salário, a partir daí a empresa
deixa de contratar.
A produtividade laboral corresponde ao tempo médio que custa para produxir uma
unidade, sendo que à medida que se desenvolve o capital humano há uma aumento
da produtividade. Assim sendo, como as três condições para o aumento da
produtividade laboral temos o capital físico (essencialmente infraestruturas e
comunicações), capital humano (a formação dos trabalhadores, tem se observado
que há um diferencial remuneratório com um maior pendência para os
trabalhadores mais especializados e na comparação entre paises há uma maior
prosperidade naqueles com mais formação dos trabalhadores que deve ser um
objetivo fundamental do Estados, a educação também tem efeitos que se expandem
a outras pessoas e não só àqueles que incorrem no processo formativo. Neste
propósito Araújo fala em bens de mérito em que a soceidade deve apostar, não
deixando a aposta nesses bens nas mãos de cada um, a formação é um destes bens
em que os Estados devem apostar, através de ensino gratuito, apois, bolsas, etc. A
formação tem um custo de oportunidade, já que aqueles que frequentam o ensino
superior incorrem num custo de oportunidade, a remuneração que receberiam se
tivessem ingressado no mercado de trabalho após a conclusão do ensino
obrigatório) e as tecnologias. Destas condições vai depender a produtividade
laboral da qual decorre um maior valor do produto final e uma maior remuneração.
O fator trabalho é um fator pordutivo, o que signifac que ele vai ser remunerado
consoante a avaliação que o mercado fizer. No mercado de trabalho não há
homoginidade, a forma como os trabalhadores absorveram o conhecimento e os
seus próprios desenvolvimentos pessoais que são situações que o mercado vai
valorizar.
A teoria sinalização é muitas vezes falada a propósito das assimetrias informativas,
diferenças de informação entre duas partes. Imagine-se que muitos de nós vamos a
uma entrevista de emprego num escritório de advocacia, no mesmo período, com a
mesma média e vindos da FDUL. Para o entrevistador não há uma diferenciação,
mas cada candidato sabe mais sobre ele do que o empregador, pelo que o segundo
está numa situação de assimetria informativa. O candidato vai tentar demonstrar ao
entrevistador capacidades que ele valorize, sendo que o grau de verdade é relativo.
Mas o mercado de trabalho valoriza estes sinais, o que leva que hajam pessoas que
tenham remunerações diferentes, mesmo com as mesmas habilitações e
capcidades.
Os diferenciais compensatórios- algumas profissões têmm caracterísitcas que as
tornam menos atrativa que outros, quer por situações de risco, situações de
desgaste físico muito grande, noutros casos porque a forma de exercício da
profissão (regime de turnos) obriga a prescindir de formas de interação social.
Estas caracterísiticas também levam a que trabalhadores recebam compensações
que aumentam a sua remuneração por incorrerem nas situações enunciadas.
Possíveis compenentes da remuneração (do menos para o mais importante):
Vencimento de transferência- aquele montante de que o trabalhador não prescinde
para se manter numa determinada profissão
Renda económica- aquilo que o trabalhador recebe além do mínimo
Quase-renda- aquilo que um trabalhador de uma profissão recebe quando há uma
limitação à entrada de novos agentes. Ocore quando aqueles que estão no mercado
queriam barreiras à entrada de novos agentes no mercado, pelo que os preços
remuneratórios não desçam.
A discriminação no mercado de trabalho reporta-se ao fenómeno em que um
trabalhador recebe menos em função de uma característica que não afeta a sua
contribuição para o porcesso produtivo (discriminação contra as mulheres).
9 de março
No mercado, as famílias obtêm o sue rendimento o que não quer dizer que todas as
pessoas obtenham o mesmo rendimento o que origina situações de desigualdades.
A forma de olhar para as desigualdades sosicais tem mudado ao longo dos tempos
e tem variado, na nossa sociedade, com uma natureza caritativa, fundamentalmente
entre privados. Chegamos ao final do séc. XIX com uma perspetiva muito
marcada do liberlaismo económico de que o fncionamento do mercado será
suficiente para agrantir a distribuição de riqueza entre os agentes económicos que
começam a sofrer influências de outras correntes.
Uma delas vem de Marx que dá luz à desigualdade social da sociedade moderna e
que a revolução operária iria acontecer em países industrializados em que a
desigualdade económica era maior. Também a Igreja Católica assumiu um posição
em que o Estado deveria intervir para mitigar as situações de pobreza.
Outro aspeto diz respeito às causas da desigualdade e a pobreza às quais o Prf.
aponta três causas: a propriedade, numa acepção estática (riqueza enquanto
património) e numa acepção dinâmica (rendimentos, aquisição de propriedade); a
pobreza ser uma pobreza voluntária, por isto quer se dizer as oportunidades que
são desperdiçadas ao longo da vida e que deixam os sujeitos numa situação de
pobreza e vulnerabilidade; pobreza estrutural ou fatores profundos da pobreza, por
exemplo, socieadades estratificadas que não permitem ascensão social, numa
sociedade feudal havia um tal estratificação que determinava uma distribuição fixa
da população, também em sociedades em que mulheres não têm acesso à educação
ou são obrigadas a casar a uma certa idade limita o denominado elevador social e a
sua ação.
O combate à desigualdade e à pobreza implica o 'big trade-off' entre a eficiência e
a justiça. A eficiência é o resultado do funcionamento do mercado, o que significa
que se uma sociedade funcionar em termos de eficiência paretiana é uma sociedade
que cresce mais do que uma que é ineficiente. Para que exista a pressecução da
justiça, há que retirar rendimentos produzidos pela eficiência para os aplicar com o
fim de persseguir a justiça. Por isso tem de haver uma ponderação entre sacrificar
os incentivos pela justiça, pois isso irá resultar numa menor eficiência e num bolo
mais pequeno para ser partilhado. Este exercício é difícil e muitas vezes as pessoas
tornam-no mais difícil.
Feitas estas considerções iniciais, passemos aos instrumentos de medição da
pobreza
A reta igualitára pressupõem que a proporção de população seja igual à de
rendimento, ou seja, 20% da população recebe 20% do rendimento, 40% recebe
40% e por aí adiante. Mas na realidade não é isto que se processa.Por instância, no
país A, 20% da população recebe 10% do rendimento, 40% da população recebe
25%, etc. Se unirmos todos esses pontos obtemos a curva de Lorenz que será mais
ou menos afastada entre a reta igualitária e o espaco entre as duas é a área de
concentração. Quanto maior esta for, maior a desigualdade de uma sociedade. Esta
área de concentração pode ser calculado numericamente atravé do quoeficiente de
Gini que vai de 0 a 1, sendo que quanto menor este é, menos desigual é uma
sociedade e menor é a área de concentração. Nos países desenvolvidos, o
quoeficiente de Gini irá no máximo até 0.4, em Portugal é de 0.33. Esta será uma
medida quantitativa que surge quando se fala das desiguadades sociais.
Outro instrumeto gráfico que é utilizado neste ãmbitoé a curva de kuznetz que
estabelece uma correlação entre desigualdade e crescimento que tem uma
configuração cupular. Estas representaçãoes são muitas vezes débeis a níveis
matemáticos, mas permitem demonstrar que até certo ponto há uma correlação
direta entre crescimento económico e desigualdade, mas a partir de determinado
ponto a aquisição de riqueza passa a constituir uma correlação inversa entre
aquisição de riqueza e desigualdade. Naturalmente, que esta curva de kuznetz é
uma intuição empírica, mas configura-se que em muitas sosciedades se observa
esta correlação.
Outro aspeto averiguar é como podemos mitigar estes efeitos. Teremos no fundo
comnsiderações diferentes de justiça de acordo com diferentes critérios. Desde
logo, nas sociedades coletivistas de ideal comunista, estas estaram orientadas para
concepções igualitários, um rendimento igual para todos. Estas ideologia distorcem
os incnetivos e criaram situações de aprofundamento das desigualdades. O
paradigma das economias de mercado baseia-se na liberdade individual para
participar no jogo de mercado. O paradigma igualitário é considerado o mais justo,
mas pressupondo o paradigma de liberdade individual há dois grandes bolocos de
justiç: justiça dos resultados e dos meios.
Dentro da justiça dos resultados temos ainda de distinguir a perspetiva utilitarista e
a perspetiva de Jonh Rawls. Uma retificação distributiva de acordo com a justiça
de resultados há que maximizar uma parcela de riqueza que é retirada a alguém
para ser dada a quem mais precisa deles, situação em que há uma maior utilidade
da riqueza da sociedade, a transferência aumenta a utilidade total. A perspetiva
rawlsiana não exclui a justiça dos resultados utilitarista, mas pressupõem que para
uma sociedade ser justa deve existir uma distribuição igualitária de bens básicos
(mesmo acesso a níveis de educação elementar, saúde), mas a par disto vai haver
uma distribuição diferencida para os mais pobres que corresponde a uma ideia de
minimização das perdas máximas. Rawls coloca-nos na situação abstrata de estar
na pios situação possível. O que é que se acha que a sociedade deve atribuir? Isso
deverá determinar que tipo de contribuição se vai ter, os agentes estarão dispostos a
pagar para não se encontrarem naquela situação.
A justiça de meios diz que aquilo que interessa é dar um plano de igualdade de
oportunidades. Se todos tivermos as mesmas oportunidades de acesso à saúde,
educação e habitação, o que fazemos da nossa vida será dependente do esforço de
cada um de nós. Esta posição está ligada aos libertários como Hayek.
14 de março
Medidas de combate à porbreza
O primeiro é a tributação. Há três tipos de receitas públicas: tributárias,
patrimoniasi e creditácias. Dentro das tributárias encontramos os impostos e as
taxas. As taxas têm uma natureza sinalagmátivca, há um pagamento em troca por
um determinado bem ou serviço, já os impssotos são sinalagmáticos, ninguém sabe
no que os seus impostos serão aplicados. A natureza sinalagmática estabelece a
diferença entre eles.
Se o Estado tem um património do qual recebe rendas ou o aliena por forma
onerosa, este obtém receitas patrimoniais. Já as creditícias porcessam-se quando o
Estdao obtém rendimentos pelo seu endividamento.
As receitas tributárias, além de encherem os cofres do Estado, são uma forma de
redistribuição dos rendimentos, especialemnte se os impostos e taxas seguirem um
modelo progressivo.
A prestação de serviços e a atribuição de bens existem a par das prestações
pecuniárias de maior vulnerabilidade social (subsídios da segurança social), e
consistem disponibilazação gratuita de bens para aqueles socialemente mais frágeis
e com um rendimento mais baixo (educação gratuita).
Sobre as prestações pecuniárias há grandes debates públicos. Por um lado, há
situações em que estas são fundamentais para fazer a diferença entre a miséria
absoluta e uma certa dignidade de vida, mas por um lado pode haver atribuições
indevidas deles, o que dev acusar os sistemas de fiscalização e não as prestações
pecuniárias.
A existência de subsídios significativos pode criar situações de armadilhas da
pobreza. Alguém que recebe subsídio e tem a perspetiva de trabalhar, mas ao fazê-
lo irá perder o subsídio e os rendimentos que adquira vão ser tributados, o que
pode levar as pessoas a não entrarem no mercado de trabalho. Isto deixa a pessoa
para sempre na dependência dos subsídios e não poderá sair de uma posição de
assistencialismo, não podendo progredir na sua remuneração no mercado de
trabalho. Os subsídios são fundamentais mas não devem gerar desincnetivos à
entrada no mercado de trabalho.
Imposto negativo sobre o rendimento: Noutra medida consideramos três famílias,
e vai estabelcer-se um crédito de imposto, uma conta coorrente entre todas estas e
o Estado. Nessa conta o Estado contabiliza 100. A agregado A tem rendimentos
mais baixos, e por isso está isento, logo os 100 euros contabilizados vão ser
efetivamente transferidos para as suas mãos. A família B tem mais rendimentos e
portanto irá pagar ao Estado 80 e a C, a mais afluente, pagará 1000. Deste modo a
família A fica com um património adicional de 100, a B 20 e a C menos 900. Se a
definição de isenções for bem definida, o próprio sistema tributário pode funcionar
como um subsídio para aqueles com rendimentos mais baixos.
Redistribuição e Tributação
Os impsotos têm uma função económica e podemos dizer que têm uma função
fiscal e parafiscal.
A função fiscal tem exclusivamente a haver com a obtenção de rendimentos para o
Estado, enquanto que a função parafiscal funciona como instrumento de
pressucução d epolítica económica, para orinetar as pessoas para certos
comportamentos e tipos de consumo.
A questão que se coloca tem a haver com o nível ótimo de tributação, qual a carga
fiscal aceitável por uma sociedade? Naturalmente, há a necessidade de
financiamento do Estado, mas sabemos que com cargas fiscal muito grandes há a
perda de bem estar em geral. A percepção da carga de impostos é medida, mas é
muito subjetiva e está dependente sobre as compensações que recebemos em troca.
Que tipos de impostos existem? Diretos, que incidem sobre formas de rendimento
e património, e indiretos, incidem sobre a despesa. Aos indiretos chamam-se
impostos cegos, pois não diferenciam os rendimentos. Por outro lado, são os mais
fáceis de obter receita pois há uma anestesia fiscal, as pessoas compram e não se
apercebem de quanto pagam em impostos, já para não falar da fácil aplicação e
modificação, o que não se verifica com a alteração do IRS, por exemplo. Noutra
classificação distingue-se impostos sobre rendimento das pessoas coletivas e
singulares (IRC e IRS), impostos sobre a despesa, impostos sobre o património e
impostos sobre a poupança.
Para além dos custos monetários, há custos de acatamento. Se as autoridades
tributárias funcionarem muito mal, isso é desincentivador aos cidadãos que podem
não pagar impsotos devido a problemas burocráticos, há incentivos ao não
cumprimento dos deveres administrativos. Há um custos de eficiência à tributação.
Muitas vezes quando há problemas perante o fisco há um tratamento mais
favorável aos mais ricos, no sentido em que têm advogados para contestar, têm o
planeamento fisca eficaz, etc.
O excess burden, peso excessivo do imposto, pode levar a um contração
económica, levar a fraude e evsão fiscal.
Nos princípios orientadores do sistem fiscal, veifica-se o princípio da legalidade
tributária, ou seja, o lançamento de novos impostos é competência da AR,
consagrado constitucionalmente, 103, nº2, CRP.
16 de março
A tributação enquanto instrumento distributivo
O Estado obtém receitas através dos impostos e pressegue certas polítcas
económicas e tem uma função redistributiva que permite transferir rendimentos
para as mãos daqueles que mais precisam.
Impostos de capitação/ proporcionais/ progressivos. Os de capitação são feitos
por cabeça e são iguais sobre qualque pessoa. Este tipo de impostos são cada vez
mais raros, mas era dado o exemplo de um tributo que os jovens que tinham de ir à
tropa tinham de pagar. Esta tributação é regressiva, na medida em que mais
penaliza aqueles com o rendimento mais baixo.
Os impostos proporcionais são aqueles em que a taxa do imposto não varia. Se a
imposto sobre os rendimentos têm uma taxa única, isso significa que todos os
contribuintes irão ter, por eexemplo, 10% do seu rendimento taxado, o que
significa que a proporção é a mesma para aquele que recebe 100,000 euros e para
aquele que recebe 10,000. Todavia, o primeiro irá ser cobrado 10,000 e o segundo
irá pagar 1000. Ainda há aqui um certo nível de regressividade
Nos impsotos progressivos há uma diferença de taxas em função dos escalões de
rendimento. Voltndo ao exemplo anterior, num sistem destes o primeiro que ganha
100,000 iria pagar 20%, ou seja, 20.000, enquanto que o segundo irá à mesma
pagar 10%, 1000 euros. Os sobre rendimentos mais elevados incide uma taxa
maior e em rendimentos mais baixos, uma taxa menor. Esta ideia de
progressividade é a mais generalizada nos países desenvolvidos.
O texto constitucional remete para o princípio capacidade contributiva. Este
princípio não choca com o princípio da igualdade? Não, porque a igualdade
consiste em tratar de forma igual pessoas iguais e de tratar pessoas desiguais de
forma desigual.
Há muita subjetividade àquilo que as pessoas consideram como impostos muito
pesados, avaliação que está assente no princípio da equivalência, quem dá também
deve receber.
O problema ambiental
As questões ambientais, de uma forma mais ou menos expressiva, não são
estranhas a nenhum de nós. Os problemas ambientais surgem noss anos 70, nos
países nórdicos, e surgem nesta altura, porque já existe um ambiente de
prosperidade e satisfação da necessidades que libertam as pessoas para terem
outras preocupações.
Hoje em dia, está cada vez mais incorporada uma ideia de sustentabilidade ou
justiça intergeracionalidade, aquilo que deixamos aos nossos filhos tem, no
mínimo, um aquilo a que nós tivemos acesso. Logo, uma geração que cosuma
recursos no presente sem olhar para o contínuo temporal estará a sacrificar os
recursos para o longo prazo. Enquanto isso acontecer não pode haver
sustentabilidade.
Falamos disto a quando das externalidades negativas, efeitos adversos da
atividade económica de um indivíduo que impacta terceiros sem que estes sejam
indeminizados por isso. Estes efeitos ambientais são externos ao mecanismo de
preços e dos mercados, pois são externalidades, logo paralelos a estes sistemas.
Temos externalidades positivas e negativas, sendo que dentro de cada uma temos
de consumo e produção. As externalidades positivas de consumo, externalidades de
rede, ocorrem com o aumento da rede, se escolhermos um operador móvel por ser
aquela que a maior parte das pessoas usa estamos a incorrer numa rede que fica
mais valiosa para cada um dos que já lá esta. Isto leva a situaçõoes de concentração
de mercado que pode levar concorrentes a sair do mercado. As externidades
postivas de produção, os clusters, concentração de atividades económicas numa
proximidade geográfica, a invetigação e desenvolvimento. As externalidades
negativas de consumo: fumar em espaços públicos. Externalidades negativas de
produção: a poluição.
Associados às externalidades de produção estão efeitos. Às externalidades
positivas de produção encontramos efeitos de subuprodução e nas externalidades
de consum negativas temos os efeitos de sobreprodução. A existência da primeira
leva a que os agentes levem a produzir menos o que afeta o bem-estar social e o
reverso também se aplica. Aquilo que ddecorre do mercado não concorre com o
mercado social, o bem-estar social não equivale ao equilíbrio de mercado.
Há dois grandes autores, Pigou e Ronald Coasse, em que incide o nosso estudo.
Coase diz que não é possível eliminar a poluição e que tem de chegar a um ponto
em que iremos tolerar um nível mínimo de poluição, temos de determinar o nível
de poluição que as pessoas numa sociedade estão dispostas a aceitar. Pigou foi o
primeiro a olhar para este problema das externalidades mais sistemáticamente e
veio propôr como forma de as resolver impostos, as taxas pigouvianos. De acordo
com a sua solução, quem mais polui, mas deve pagar, deve incidir-se sobre a
atividade produtiva poluente uma taxa. Para o produtor, as taxas vão ser
incorporadas nos custos de produção e significa que o preço a que vai vender os
seus produtos será maior, a procura por esse bem baixa e isso significará queo
produtor terá de produzir menos, e por isso também esta a produzir menos
poluição, menos externalidades. Este mecanismo pigousiano serve como uma
internalização das externalidades.
21 de março
O primeiro autor a refletir sobre a resolução das externalidades foi Pigou que nos
diz que a forma de as resolver são os impostos, as taxas e impsotos pisgousianos.
Ainda hoje temos a ideia de que se um produtor polui este deve ser tributado mais
agressivamente do que um que não polua.
A grande crítica paontada a esta solução tem a haver com a determinação ideal do
nível de imposto, porque se este for muit baixo este não vai ter incentivo para parar
de poluir e se for muito alto pode inviabilizar a prossecução de uma dada atividade
económica. Logo, os impostos pigousianoa tem de ser significativos o suficiente
para impedir a poluição mas não tão pesados que inviabilizem a atividade
económica.
Esta perspetiva tem vndo a ser desafiada por Ronald Coase. Em 1960 este publica
um artigo chamado «O problema do custo social» que refletia sobre este aspeto das
externalidades. Esse seria o marco matricial para as soluções coasianos e recebu o
prémio nobel da economia por este trabalho que evidenciou aquilo que ficou
conhecido como o teorema de coase.
Esta construção assenta soobre dois pressipostos: a ideia de que não se pode
eliminar por completo as externalidades, pois qualquer nível de desenvolvimento
implica algum tipo de externalidades negativas, deve encontrar-se uma solução que
minimize as externalidades de modo a econtrar o ótimo social. O problema das
externaliadades positivas é o sobrepordução e negativas é a subprodução
relativamento ao bem-estar social; a ideia de bilateralidade, tradicionalmente, havai
sempre uma vítima e o externalizador, sendo que a solução caía sempre do lado
externalizador, Coase vem dizer-nos que temos de olhar para os dois lados, por
exemplo, o aeroporto causa problemas na vida das famílias , sendo que na vista
tradicional o aeroporto devia deslocar-se de onde está, mas esta não é a solução
mais adequada, pode por instância criar-se um programa para ajudar as famílias a
insonorizar a casa, participar nas despesas desta em futuras doenças respiratórias, a
externalidades são bilaterais.
O Teorema de Coase diz-nos que verificadas duas condições, baixos custos de
transação e direitos de propriedade bem definidos, a melhor solução ou a mais
efiiciente é encontrada pelas partes no merado através de negociação. O problema
das externalidades não é resolvido pelo Estado, mas pelas partes negociando entre
si.
A economia clássica os custos de produção refletiam-se apenas nos preços, o
custo da troca era reportada ao preço (A compra uma casa e um economista
clássico diria que o custo da troca é o preço que se vai pagar pela casa). A
economia dos custos de transação consideram que há custos que vão para além do
custo da troca e que devem ser compensados. Ainda no exemplo de uma casa, uma
pessoa não vai comprar a primeira casa que lhe apareça à frente. Mesmo que A
encontre uma casa que queira, para fazer o contrato com deve de ser, ele vai
incorrer mais custos para contratar o advogado, terá de pagar impostos sobre a
transação, depois de comprada a casa há inundações na casa que o construtor não
quer reparar e A leva-o para tribunal. No fundo os custos de transaçãp são custos
que no limite podem significar a naão realização de uma atividade económica e de
troca. Menos transações significam menos bem estar.
Para a solução Coasiana outra condição necessária para a solução é um direito de
propriedade bem defenido, aqui compreendido como o direito a usufruir de um
recurso, masi ampla do que o radicional direito real de propreidade. No cenário A,
séc. XIX, temos uma fábrica extremamente poluente ao pé de uma população.
Hoje, há um cenário B com extamente as mesmas caractéristicas. Nos dias de hoje
não estaríamos dispsotos a suportar um fábrica deste tipo, pois hoje há uma série
de direitos reconhecidoss constitucionalmente que não permitem situações dete
tipo e que não existiam no século XIX. Isto cria uma base de legitimação par aque
nos oponhamos às intenções outrem. Estas titularidades que são reconhecidas
juridicamente são os direitos de propriedade de que o Coase fala e que permitem a
negociação entre as partes. Ainda relatiamente aos custos de transação, estes são
maiores quanto maior for o número de partes envolvidas. É por isto que as
organizações de produtores são mais fortes e bem organizadas do que as
organizações de consumidores, porque são em menor número.
Cumpridas estas duas condições é possível encontrar a solução mais eficiente, ou
seja, em que o direito de propriedade fica para aquele que lhe dá mais valor.
23 de março
A solução coasiana é uma solução negocial que persupõoem a existência de baixos
custos de transação e direito de propriedade bem definidos para chegar a uma
situação de eficiência, em que o direitos de propriedade ficam com aqueles que
lhes dão mais valor.
Quando estamos na presença de atividades económicas muito perigosas e
danificadoras do ambiente, estas são desenvolvidas pelo prórpio Estado.
Há três formas de lidar com os problemas ambientais: expropriação, regulaçaõ e
incentivos. A expropriação corresponde às atividades, que pelas suas
caracterísitcas, são desenvolvidas pelo Estado (produção de energia nuclear,
produtos químicos, bens de defesa nacional), há ideia de qua tividades de grande
perigosidade são confiadas ao Estado. A regulação será a soklução mais adotada e
pode dizer respeitio à limitação do que é produzido, quanto é produzido, a
proibição de determinados produtos, o preço que deve ser cobrado por
determinados bens, etc. Quando existe regulação há um desenvolvimento da
atividade pelos privados, mas com regras restritas. Os incentivos significam uma
regulação, não no sentido de proibir ou permitir algo, mas sim uma que leve
agentes económicos a adoptar um certo comprtamento. Dentro dos incentivos
temso os impostos ambientais ou pigovianos, que se encontram na lógica do
poluidor pagador, sendo que a questão principal prende-se com o nível ótimo de
impsoto, e as quotas negociais
O princípio da precaução: enquanto hpuver dúvidas científicas, à cautela, não se
introduzem determinados prrodutos, por exemplo as plantas geneticamente
modificadas.
Os bens privados, públicos e os recursos comuns distinguem-se uns entre os
outros através da rivalidade de uso e exlusividade (possibilidade de exclusão
eficiente). Os bens privados são caracterizados pela rivalidade de uso, em que o
uso de um agente inviabiliza o uso por outro, e pela exlusividade, tem um duplo
sentido, a utilização é exclusiva porque é fácil excluir os outros da sua utilização.
Nos bens públlicos não se verificam nenhum destes critérios (a iluminação de uma
rua). Todas as pessoas de que dela usufurem, fazem-no da mesma maneira,
gozando-a da mesma forma. Estes bens também não podem ser apropriados o que
também coloca de parte o critério da exclusividade. É por isso que os bens públicos
não são desenvolvidos por privados, e acabam por constituir bens públicos também
num sentido jurídico, pois é o Estado que vai ter de desenvolvê-los. Os recursos
comuns são bens que se verifica uma rivalidade de uso, mas não uma
exclusividade eficiente. Ideia desenvolvida a partir de uma papel de Hardin, a
tragédia dos baldios, em que falava dos terrenos comuns das aldeias inglesa e que
eram de todos os vizinhos e de ninguém em especial. Era usado para pastagens e
cada um tinha um incentivo para lá deixrar o maior número de ovelhas, pois bem
era de todos, mas os benefícios eram individuais que levavam os aldeões a
colocaram o máximo número de ovelhas o que levava a que a volvidos poucos
anos os terrenos se esgotassem. Os bancos de pesca são outro exemplo, durante
muitos anos os pescadores iam para estes e pescavam o mais possível e até estes
percebiam que a certo ponto a que lançavam as redes podiam retirar grandes
quantidades de peixe, mas anos depois tal já não se verificava e apercebiam-se que
estavam a desgastar o recurso, mas na sua racionalidade estes sabiam que se não
fossem eles a ir buscar o peixe outros iriam, logo conclui-se que há uma rivalidade
de uso. A solução encontrada para este problema foi o sistema de quoatas, quotas
negociais, que estabelcem um limite para o que cada país pode pescar. Portugal
tem uma frota de epsca muito significativa e há uma quota que se esgota antes de o
ano acabar, caso em que se pode comprar a quota de outro país que não usou a sua.
Esta solução é coasiana na sua natureza.
Outro exemplo que também se conhece é o mercado de carbono que foi criado
com o protcolo de Kyoto. Aos países signatário forem atribuídos direitos para
poluir e definida também a possibilidade de estas serem transacionadas pelos
diferentes países. Também se verificam custos de transação baixos e direitos de
propriedade bem definidos que através da negociação resutlam numa conclusão
eficiente.
Há alternativas a soluções coasianas como aquelas oferecidas pela economista Li
Ostrom. Esta diz que o problema de Hardin não se verificava em baldios do
sudeste asiático.

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