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Alterações à CRP

Em primeiro lugar há que fazer uma distinção clara entre poder constituinte e
poderes constituídos. O primiero entende-se como o poder de fazer a Constituição,
enquanto que o segundo corresponde àqueles poderes que são instituídos pela
Constituição.
O poder constituinte subdivide-se em poder constituinte originário, o poder de
criar a Constituição, e o poder constituinte derivado, o poder de atuar sobre a
Constiuição, mas que já nasce dentro do quadro constitucional. O poder
constituinte derivado é constrangido por limites estabelecidos pelo poder
constituinte originário.
Esta definição de poder constituinte conduz-nos para outra termo que é necessário
assentar. As vicissitudes constitucionais, que são eventos e alterações à
Constituição que podem ser de tipo diverso. Em Portugal, por exemplo, a
revolução de 1974 representou uma vicissitude constitucional que resultou na
extinção da então vigente Constituição de 1933 e a sua substituição por uma nova.
A esta vicissitude em particular chamamos de revolução.
De entre as possíveis classificações das diferentes alterações da Constituição, irá
optar-se, de um lado, por uma que tenha em conta o carácter supremo do poder
constiuinte originário e, por outro, que atenda à relevância da Constituição material
na ordem jurídica de uma comunidade e no enquadramento jurídico da sua vida
política.
Deste modo, irá ser considerado primeiramente o modo como a alteração
constitucional se processa e, mais precisamente, distinguiremos vicissitudes
constitucionais consoante elas observem ou não as regras que o próprio poder
constituinte originário instituiu para as alterações à Constituição. Este será o nosso
critério formal.
Por outro lado, tendo em conta a relevância da Constiuição na vida política de
uma comunidade, ter-se-á em conta o alcance ou a relevância material das
alterações na ordem jurídica, isto é, as consequências substanciais que as alterações
provocam na ordem jurídica. Este será o nosso critério material.
De acordo com estes dois critérios vamos disitnguir quanto ao modo como as
alterações da Constituiçãao são feitas, em primeiro lugar, entre aletração expressa e
tácita e, em segundo lugar, entre reforma e ruptura da Constituição.
De acordo com estes critérios, vamos distinguiir quanto ao modo como as
alterações da constituição são feitas, em primeiro lugar, entre alterações expressas
e tácitas e, em sengundo lugar, entre reformas e rupturas da Constituição.
A alteração expressa, que tem como exemplo a revisão constitucional, tem na sua
génese a intenção da alteração da norma consitucional e resulta, em regra, na
modificação do próprio texto.
Já a alteração tácita, que teve como resultado práticos a modificação relevante do
contéudo normativo de algumas disposições constitucionais, não teve na sua
génese um intenção proclamada de alteração. Este será o resultado da mutações ou
modificações que resulta da jurisprudência constitucional, do costume
jurisprudencial ou da interpretaçõa jurídica das normas constitucionais vigentes.
Uma norma que era interpretada com um certo sentido passa, a partir de certa
altura, a ser interpretada com um sentido substancialmente diverso e esse sentido
obtém reconhecimento, passa a ser acolhido, é praticado e ganha força normativa.
Por sua vez, dentro das vicissitudes expressas podemos identificar a uma reforma
constitucional, que é uma alteração das normas da Constituição que se processou
dentro dos limites estabelecidos pela própria Constituição para a sua modificação,
e a ruptura constitucional, que é uma alteração que não respeitou esses disposições
constitucionais vigentes para a alteração da Constituição.
Dissecando agora a reforma constitucional, esta pode ser dividida em duas
vicissitudes: a revisão constitucional e a transição constitucional.
A revisão constitucional é uma alteração ds Constituição que tem em vista manter
em vigor e conservar a atual Constituição, sendo que para isso se faz uma
adpatação aos novos objetivos ou entendimentos, alterando alguns aspetos, mas
mantendo o seu cerne material.

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