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O que são autorizações legislativas? Qual a forma que revestem? Sobre que
matérias podem incidir? Qual o seu conteúdo mínimo?
Qual a forma dos atos que a Assembleia da República pode produzir? Todos os
atos produzidos pela AR são atos legislativos?
Artigo 166º. Revestem a forma de leis constitucionais, leis de revisão
constitucional, leis orgânicas, que incidem sobre uma série de matérias previstas no
164 e 255 no que representa uma enunciação taxativa (é uma lista fechada) e não
exemplificativa (podem ser adicionadas outras normas não mencionadas). As leis
orgânicas carecem de uma aprovação por maioria absoluta dos deputados em
efetividade de funções, 168, nº5, CRP. Além destas, a típica lei que se encontra
prevista no nº3 do artigo 166º CRP. A AR emite outro atos que não são da sua
competência legislativa: as moções são actos de exercício de competências
políticas no seu sentido mais estrito; as resoluções que são uma forma residual que
cobre todos os outros actos que não foram mencionados pelos números anteriores
para exercer qualquer outro tipo de função.
O que é apreciação parlamentar de atos legislativos? Para que serve e qual o seu
significado?
Artigo 169º CRP. Todos os decretos-lei produzidos pelo Governo, mesmo aqueles
produzidos ao abrigo daa competência concorrencial, estão sujeitos a aopreciação
parlamentar, excepto aqueles que são produzidos no âmbito da competência
legislativaa exclusiva. Este processo é despoletado pela inicativa de 10 de duptados
e deve ser realizada num prazo de 30 dias após a publicação do decreto,
suspendendo-se o prazo nos períodos de suspensão do funcionamento da AR. Este
processo tem como possíveis efeitos a cessação de vigência ou a caducação. A
caducação vem prevista no nº 3 e 5. A AR pode apreciar os decretos-lei, pode
suspender a sua vigência e até introduzir-lhe emendas, mas se até a um certo
momento não tiver terminado o processo, dez sessões plenárias, o processo de
apreciação caduca.
Quem possui iniciativa da lei da Assembleia da República?
167º CRP, os deputados, individualmente considerados ou grupos de deputados, e
os grupos parlamentares; os cidadãos eleitores, devem ter um número mínimo de
cidadãos fixados na lei; as assembleias legislativas regionais; e o Governo que
apresenta propostas de lei, todos os outros as apresentam, menos a AR e os
cidadãos eleitores. O 167, nº2, CRP estabelece uma lei/ norma travão em que fica
consagrada uma estabilidade financeira e orçamental em que o Governo fica a
saber que receitas vai auferir e em que despesa tem de incorrer. Através desta
norma pretende-se assegurar que o Governo não possa ser surpreendido por uma
ação da AR ou dos outros órgãos com iniciativa legislativa que possa alterar as
contas do Estado num respetivo ano, até porque há uma tentação dos deputados e
grupos parlamentares para aumentr a despesa no decurso do ano em função de
eventuais revindicações sociais.
Quais as fases normais do processo legislativo na Assembleia da República?
Quando é apresentado uma proposta ou projeto-lei à AR pelos órgãos com
iniciativa legisaltiva, esta deverá ser entregue ao PAR. Assim que este a admita e
defina a comissão especializada competente, o mesmo baixa a iniciativa à
comissão especializada que emite o seu parecer sobre a iniciativa relativa ao seu
significado, conteúdo e alcance que permita aos deputados perceber o que está em
causa no ordenamento normativo. Divulgado este, a iniciativa é sujeita a uma
primeiro debate e votação em plenario e realizada na generalidade, ou seja, em que
se definem as linhas orientadoras da iniciativa. Pode acontecer que partidos
políticos com baixa representação, com o acordo dos outros, solicite que após a
apreciação na generalidade, este baixe à Comissão Permanente, sem votação na
generalidade. Aprovada a iniciativa, esta é sujeita a um debate e votação na
especialidade, artigo a artigo, que normalmente se faz em comissão, mas podem
ser feitas em Plenário quando a CRP assim o exige, 168º CRP, nº4. O texto final é
sujeito a uma votação final global feita sempre em plenário, sendo que ao acaso da
aprovação a iniciativa passa a ter a designação de decreto da AR e é enviado para o
PR para promulgação. Este pode enviar o decreto para TC. Se não o fizer pode
vetá-lo ou promulgá-lo, ponto que passa a ser designada por lei, e enviá-la para o
Governo para que este possa realizar a referenda minesterial e remissão para a
Imprensa Nacional para a publicação no Diário da República. Sem a publicação a
lei não é eficaz, mas pode acontecer que uma norma já esteja em vigor, tenha sido
publicada, mas ainda não seja eficaz. Também pode estar em vigor, ter eficácia e
ser inválida por estar contrária à CRP.
Qual o papel do Plenário e das Comissões da Assembleia da República?
15 de março
De acrod 228 CRP, as assembleias legislativa só podem legislar sobre matérias
previstas nos estatutos político-administrativos que revestem a forma de lei da AR
com valor reforçado. Estes são elaborados pelas assembleias legislativas e
discutidos e aprovados pela AR, artigo 226, nº1, CRP. O nº2 e 3 deste artigo dizem
que a AR pode rejeitá-lo e alterá-lo, remetendo as alterçãoes para as Assembleias
Regionais para que estas se pronunciem e emitem um parecer sobre as propsotas
surgidas no contexto do debate da AR. Após este parecer inicia-se nova discussão
na AR que não fica vinculada ao parecer da Assembleia Legislativa, que pode
desrespeitar. No nº4 prevê-se que este regime também se aplique a quando das
alterações de estatuto.
As assembleias regionais também podem legislar sobre matérias de reserva
realtiva da AR, mas ao contrário do Governo, as RA só podem receber autorizações
legislativas sobre algumas matérias, quase todas, mas não todas.
20 de março
As assembleias regonais também podem desenvolver, para o âmbito regional e a
respetiva RA, os princípios ou bases gerais. Tudo isto está nas primeiras 3 alíneas
do 227º CRP.
O que as RA não têm é uma correspodência da competência absouta leigslativa do
Governo da República, 198º, nº2, CRP e a matéria respeitante à organização e
funcionamento dos Governos Regionais, 231, nº6, CRP, é aqui uma mera
competência regulamentar.
22 de março
A referenda consiste a forma do próprio Governo controlar o que o PR está a fazer,
pelo menos nos casos que são propostos pela Governo, noutras situações a sua
utilidade já é discutível.