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1 de março

Jorge Miranda, 'Atos Legislativos' (Consulta secundária sobre a competência


legislativa)
Estudar Lei Orgânica do Tribunal Constitucional
Para orais de melhoria ver textos do Vitalino Canas no site da FDUL, ver mestrado
em Direito e prática jurídica e verificar a disciplina da justiça constitucional (TAN)
6 de março
Órgãos com competências legislativas. Quais são?
Na ordem interna são a AR 161º CRP., Governo 198º CRP e Assembleias
Legislaivas Regionais 232º CRP, artigo 112º, nº1, CRP. O Governo regional não
tem comnpetência legislativa. Na ordem externa, devido à interação europeia, há a
transferência de algumas competências do Estado Português que foram entregues a
outras entidades, como o legislador europeu que é constituído pelo conselho, pela
comissão europeia e o parlamento europeu. O legislador europeu faz normas
legislativas europeias que em alguns casos são aplicados diretamente na ordem
jurídica interna doss Estados-membros.
É normal os Governos disporem de competência legislativa? Se sim, em que
termos: reservada, concorrencial, delegada?
Sim é normal o Governo dispor de competêcia legislativa artigo 198º CRP, sendo
que esta se verifica em termos todos os termos enunciados. Esta é um tradição
constitucional portuguesa que se verifica desde a Constituiçãao de 1933, autoritária
que tinha uma certa concepção entre o executivo e o legislador, concepção que
levava à atribuição de poderes não tradicinais ao executivo, verificava-se uma
vertente anti-parlamentar. Esta constituição tinha este espírito subjacente. Contudo,
na tradição parlamentar dos regime democráticos as competências legislativas são
reservadas ao Parlamento. Com a restauração da democracia, no entanto, não
representou o alinhamento português com o resto do mundo, sendo que a
Constituição de 76 continua a entregar ao Governo competências legislativas.
Todavia esta competência não é tão extensa como a da AR. No número 1, alínea a),
do artigo 198º CRP dispõem-se sobre a competência legislativa concorrencial
(nenhum órgão legislativo tem uma matéria em questão reservada para ele) do
Governo, já que permite ao Governo legislar sobre matérias que também são
legisladas pela AR, desde que não sejam exclusivas da última. A alínea b) e c)
estatuem a competência delegada do Governo, pois prevê a possibilidade de este
legislar sobre matéria reservada, ainda que relativamente, à AR, mediante a
autorização desta. Por fim, no número 2 deste artigo é estabelecida a competência
legislativa reservada (só o Governo pode produzir atos legislativos sobre esta
matéria) do Governo no que diz respeito à sua própria organização e
funcionamento.
O decreto lei distingue-se do decreto regulamentar diferenciam-se por os decretos-
leis serem típicos da função legislativa e oss decretos regulamentares serem típicos
da função administrativa.
Pode haver outros órgãos legislativos além dos previstos na Constituição? E
formas de lei?
Não, o exercício da função legislativa é a soberana pelo Estado e não pode ser
exercido por outros órgãos de soberania que não podem ser criados à margem da
CRP, artigo 2º, nº1, 3º e 111, nº2. . Não, artigo 112º CRP, nº5.
Existe alguma forma de hierarquia ou relação de subordinação entre leis e
decretos-leis? E entre aquelas e os decretos-legislativos regionais?
Sim, existe uma hierarquia. O artigo 112º CRP, nº2 estabelece que as leis e os
decretos legislativos têm igual valor. Já o número 3 deste artigo, estabelece que há
leis de valor reforçado que devemos entender como as leis orgânicas, as leis que
requerem uma maioria de 2/3 para ser aprovadas, bem como as leis de autorização
legislativa e as leis de bases. Relativamente à segunda dictomia, também há uma
subordinação, nº4 , já que os decretos legisllativos regionais versam sobre a
matéria contida nos estatutos político-administrativos, que por sua vez são
elaborados pela AR, artigo 161º, alínea b), CRP.
Temos a CRP no topo, depois os atos legislativos e por fim os diplomas imitidos
na função administrativa, sendo os mais relevantes de ponto formal os decretos
regulamentares. Além disso, no âmbito destas últimas funções, encontramos os
despachos normativos. As resoluções do Conselho de Ministros considera que este
deve ser apenas uma solução com carácter político e não normativo. Os decretos
regulamentares nem sempre se detinam a regulamentar uma lei, sendo que se irá
distingui-los mais tarde. Não há hierarquia, mas pode haver subordinação entre
atos legislativos. Os decretos-lei emitidos no âmbito da autorização legislativa
estão sujeitos à própria lei de autorização legislativa. No nº2 do 112º CC, além
desta subordinação fala-se de outro tipo que se opera entre leis e decretos-lei que
desenvolvam as bases gerais do regime jurídico (165º, alínea f)). As bases gerais
distinguem-se do regime geral, na medida em que o segundo é composto por
normas gerais, as grandes diretivas e orientações enquanto que as bases gerais
desenvolvem, noutro ato normativo, estas ideias abstratas em algo mais concreto.
Há subordinação entre a lei de orçamento do Estado que está subordinada
materialmente à lei de enquadramento do orçamento de Estado (estabelece regras
de elaboração do OE a que este deve obdecer) e também, aprovada a lei do OE, as
outras leis devem subordinar-se ao OE, há aqui uma dupla entrada de
subordinação.
O que são (ou eram…) leis gerais da República? São o mesmo que bases gerais?
Não as leis gerais da República não são o mesmo que as leis de bases gerais. As
primeirras eram leis cuja razão de ser implicavam a sua aplicação a todo o
território nacional e serviam como um limite material à competência legislativa
regional que foi eliminado, com a revisão de 2004. Já as leis da bases são as leis
que traçam as linhas mestras de uma política. São previstas no artigo 198º, nº3,
CRP. As leis de bases gerais são atos legislativos que podem ser elaborados por
qualquer órgão com competêcia legislativa que têm como critério o conteúdo.
Definem os princípios genéricos, os grandes objetivos e diretivas em relação a uma
determinada área normativa. A sua aplicação vai ser possível aos casos do dia-a-
dia, através de um desenvolvimento das bases gerais para a sua aplicação.
Em que consiste a deslegalização? É lícita a deslegalização? É a mesma coisa que
está proibida no artigo 112.º, n.º 5?
A deslagalização ocorre quando uma lei se auto-degrada, ou seja, quando esta diz
que a matéria pode ser alterada por um ato legislativo que lhe é subordinado. O
artigo 112º, nº5 estabelece que
O que distingue a função legislativa da função normativa da Administração Pública
(poder regulamentar)?

O que são regulamentos independentes?

Como interpretar o n.º 6 do artigo 112.º?

Como interpretar o n.º 7 do artigo 112.º?

O que distingue reserva absoluta de competência legislativa de reserva relativa de


competência legislativa?
A reserva absoluta verifica-se quando um órgão com competência legislativa tem
matérias sobre as quais só ele pode legislar, enquanto que a reserva relativa diz
respeito às matéria que só podem ser legisladas por um órgão com competência
legislativa, orgão que, no entanto, pode autorizar outro órgão a legislar sobre essas
matérias.
O Governo não pode ser obrigado a receber autorizações legislativas que não
tenham solicitado. A AR não pode forçar-lhe uma autorização legislativa, por o
Governo não o ter solicitado ou por a matéria em questão não querer por ele
legislado por não faer parte do seu programa de Governo.
O que é a competência legislativa concorrencial?

Quais os órgãos que dispõem de reserva absoluta de competências legislativas?


Como distinguir lei de princípios, lei de bases, bases gerais, regime geral?

O que são autorizações legislativas? Qual a forma que revestem? Sobre que
matérias podem incidir? Qual o seu conteúdo mínimo?

Qual a forma dos atos que a Assembleia da República pode produzir? Todos os
atos produzidos pela AR são atos legislativos?
Artigo 166º. Revestem a forma de leis constitucionais, leis de revisão
constitucional, leis orgânicas, que incidem sobre uma série de matérias previstas no
164 e 255 no que representa uma enunciação taxativa (é uma lista fechada) e não
exemplificativa (podem ser adicionadas outras normas não mencionadas). As leis
orgânicas carecem de uma aprovação por maioria absoluta dos deputados em
efetividade de funções, 168, nº5, CRP. Além destas, a típica lei que se encontra
prevista no nº3 do artigo 166º CRP. A AR emite outro atos que não são da sua
competência legislativa: as moções são actos de exercício de competências
políticas no seu sentido mais estrito; as resoluções que são uma forma residual que
cobre todos os outros actos que não foram mencionados pelos números anteriores
para exercer qualquer outro tipo de função.
O que é apreciação parlamentar de atos legislativos? Para que serve e qual o seu
significado?
Artigo 169º CRP. Todos os decretos-lei produzidos pelo Governo, mesmo aqueles
produzidos ao abrigo daa competência concorrencial, estão sujeitos a aopreciação
parlamentar, excepto aqueles que são produzidos no âmbito da competência
legislativaa exclusiva. Este processo é despoletado pela inicativa de 10 de duptados
e deve ser realizada num prazo de 30 dias após a publicação do decreto,
suspendendo-se o prazo nos períodos de suspensão do funcionamento da AR. Este
processo tem como possíveis efeitos a cessação de vigência ou a caducação. A
caducação vem prevista no nº 3 e 5. A AR pode apreciar os decretos-lei, pode
suspender a sua vigência e até introduzir-lhe emendas, mas se até a um certo
momento não tiver terminado o processo, dez sessões plenárias, o processo de
apreciação caduca.
Quem possui iniciativa da lei da Assembleia da República?
167º CRP, os deputados, individualmente considerados ou grupos de deputados, e
os grupos parlamentares; os cidadãos eleitores, devem ter um número mínimo de
cidadãos fixados na lei; as assembleias legislativas regionais; e o Governo que
apresenta propostas de lei, todos os outros as apresentam, menos a AR e os
cidadãos eleitores. O 167, nº2, CRP estabelece uma lei/ norma travão em que fica
consagrada uma estabilidade financeira e orçamental em que o Governo fica a
saber que receitas vai auferir e em que despesa tem de incorrer. Através desta
norma pretende-se assegurar que o Governo não possa ser surpreendido por uma
ação da AR ou dos outros órgãos com iniciativa legislativa que possa alterar as
contas do Estado num respetivo ano, até porque há uma tentação dos deputados e
grupos parlamentares para aumentr a despesa no decurso do ano em função de
eventuais revindicações sociais.
Quais as fases normais do processo legislativo na Assembleia da República?
Quando é apresentado uma proposta ou projeto-lei à AR pelos órgãos com
iniciativa legisaltiva, esta deverá ser entregue ao PAR. Assim que este a admita e
defina a comissão especializada competente, o mesmo baixa a iniciativa à
comissão especializada que emite o seu parecer sobre a iniciativa relativa ao seu
significado, conteúdo e alcance que permita aos deputados perceber o que está em
causa no ordenamento normativo. Divulgado este, a iniciativa é sujeita a uma
primeiro debate e votação em plenario e realizada na generalidade, ou seja, em que
se definem as linhas orientadoras da iniciativa. Pode acontecer que partidos
políticos com baixa representação, com o acordo dos outros, solicite que após a
apreciação na generalidade, este baixe à Comissão Permanente, sem votação na
generalidade. Aprovada a iniciativa, esta é sujeita a um debate e votação na
especialidade, artigo a artigo, que normalmente se faz em comissão, mas podem
ser feitas em Plenário quando a CRP assim o exige, 168º CRP, nº4. O texto final é
sujeito a uma votação final global feita sempre em plenário, sendo que ao acaso da
aprovação a iniciativa passa a ter a designação de decreto da AR e é enviado para o
PR para promulgação. Este pode enviar o decreto para TC. Se não o fizer pode
vetá-lo ou promulgá-lo, ponto que passa a ser designada por lei, e enviá-la para o
Governo para que este possa realizar a referenda minesterial e remissão para a
Imprensa Nacional para a publicação no Diário da República. Sem a publicação a
lei não é eficaz, mas pode acontecer que uma norma já esteja em vigor, tenha sido
publicada, mas ainda não seja eficaz. Também pode estar em vigor, ter eficácia e
ser inválida por estar contrária à CRP.
Qual o papel do Plenário e das Comissões da Assembleia da República?

15 de março
De acrod 228 CRP, as assembleias legislativa só podem legislar sobre matérias
previstas nos estatutos político-administrativos que revestem a forma de lei da AR
com valor reforçado. Estes são elaborados pelas assembleias legislativas e
discutidos e aprovados pela AR, artigo 226, nº1, CRP. O nº2 e 3 deste artigo dizem
que a AR pode rejeitá-lo e alterá-lo, remetendo as alterçãoes para as Assembleias
Regionais para que estas se pronunciem e emitem um parecer sobre as propsotas
surgidas no contexto do debate da AR. Após este parecer inicia-se nova discussão
na AR que não fica vinculada ao parecer da Assembleia Legislativa, que pode
desrespeitar. No nº4 prevê-se que este regime também se aplique a quando das
alterações de estatuto.
As assembleias regionais também podem legislar sobre matérias de reserva
realtiva da AR, mas ao contrário do Governo, as RA só podem receber autorizações
legislativas sobre algumas matérias, quase todas, mas não todas.
20 de março
As assembleias regonais também podem desenvolver, para o âmbito regional e a
respetiva RA, os princípios ou bases gerais. Tudo isto está nas primeiras 3 alíneas
do 227º CRP.
O que as RA não têm é uma correspodência da competência absouta leigslativa do
Governo da República, 198º, nº2, CRP e a matéria respeitante à organização e
funcionamento dos Governos Regionais, 231, nº6, CRP, é aqui uma mera
competência regulamentar.
22 de março
A referenda consiste a forma do próprio Governo controlar o que o PR está a fazer,
pelo menos nos casos que são propostos pela Governo, noutras situações a sua
utilidade já é discutível.

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