Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
suas funcionalidades
Presidente da República
O Presidente da República é um órgão de soberania que o previsto se encontra
entre o Art. 120, as funções do Presidente da República relacionam-se com os
objetivos do Art. 120 em primeiro lugar com a representação da república
portuguesa; mas tem também uma representação nele de todas as pessoas,
esta ideia também tem haver com a procura da garantia do regular
funcionamento das funções democráticas. Quando se fala na garantia do regular
funcionamento das funções democráticas, por exemplo, o poder de dissolver o
governo e a dissolução da Assembleia da República. No que diz respeito á sua
eleição o Presidente da República e eleito de acordo com o Art.151.
Relativamente à eleição é necessário a maioria absoluta dos votos, de acordo
com o Art.126.
Só são elegíveis para o cargo de Presidente da República cidadãos portugueses
de origem e que tenha no mínimo 35 anos, esta exigência tem haver com uma
certa experiência de vida para o exercício do cargo. Paralelamente aos poderes
do cargo, o Presidente da República tem um peso muito significativo na
influência das outras magistraturas.
O mandato do Presidente da República tem a duração de 5 anos isto nos termos
do Art. 128, e é possível haver outro mandato consecutivo, no entanto o Art. 123,
n.1, não é possível ser reeleito três vezes consecutivas.
A constituição confere-lhe poderes que estão nos Art. 133,134,135; há outras
competências possíveis distinguindo-se os poderes próprios, aqueles que ele
exerce sozinho, Art.133 alíneas e), f) e g); e há em alternativa poderes
partilhados que é necessário a partilha com outros órgãos. Quando o poder é
partilhado é lhe aplicado o Estatuto da Referenda Ministerial, é uma autorização
do governo, para a prática de certos atos pelo Presidente da República. Quando
há poderes partilhados o governo intervém através da Referenda Ministerial.
Art.133, d) - o Presidente da República pelo seu estatuto, tem um papel muito
importante na condução política colocando assuntos que considera relevantes
na ordem do dia, tal como a capacidade de resolver determinados problemas, o
Presidente da República tem a importância de chamar a atenção sobre
determinados assuntos que deverão ser abordados.
O Presidente da República tem o poder de dissolver a Assembleia da República,
sendo um poder de último recurso, o mesmo se aplica aos parlamentos das
Regiões Autónomas.
O Presidente da República tem o poder de decretar Estado sítio e Estado de
emergência.
Tem também o poder de veto e de promulgação.
Quando o Presidente da República veta uma lei está em causa, a Assembleia
da República e o governo que promulgam uma lei que é enviada para o
Presidente da República, para a lei ser publicada no diário o Presidente da
República tem de promulgar se aceitar, ou vetar se recusar ou determinar
alguma inconstitucionalidade.
Além disso, o Presidente da República tem poderes de controlo de
constitucionalidade, em que garante a constituição, que são no fundo a
fiscalização preventiva, a fiscalização sucessiva abstrata, o veto político
(enquadra-se nos poderes de controlo, mas, no entanto, numa vertente mais
política) este veto, tal como o veto de inconstitucionalidade aplica-se nos termos
do Art. 136. A não ser que envie para o Tribunal Constitucional.
Art.36, n.4 – decretos de lei do governo, o Presidente da República tem 40 dias
para vetar ou promulgar. Se o Presidente da República vetar um decreto do
governo não dá para o contornar, diferenciando o Governo da Assembleia da
República.
Assembleia da República
A assembleia é composta por deputados que podem estar integrados em grupos
parlamentares, que expressam uma ideologia política, podem ser deputados
únicos (deputado livre), para além disso é importante referir a composição da
Assembleia da República, Art.179 da CRP, é composta por uma comissão
permanente da Assembleia da República, embora as suas decisões sejam
colegiais. No Art. 174, n.2, refere um período de verão em que a assembleia não
se reúne normalmente, mas funciona uma comissão permanente que não é
composta por todos os deputados da Assembleia da República, esse regimento
é nomeado pelos deputados, durante o período que a Assembleia da República
se encontre dissolvida e noutros casos, funciona a comissão permanente da
Assembleia da República, a comissão é presidida pelo presidente da república
e os deputados escolhidos pelos grupos parlamentares.
As comissões permanentes da Assembleia da República são diferentes de
outras comissões permanentes.
Essas comissões permanentes tratam de assuntos importantes para toda a
comunidade, por exemplo, saúde, educação, agricultura, estas comissões são
importantes devido ao seu papel legislativo na instrução de uma legislação prévia
dos projetos submetidos à Assembleia da República;
As comissões permanentes fazem uma investigação sobre as matérias antes de
lançarem alguma coisa na legislação.
As comissões eventuais são para determinados problemas e dentro destas
temos comissões eventuais de inquérito que averiguam a responsabilidade
política de algumas matérias, por exemplo, a corrupção, os incêndios, matérias
que causam impacto económico, social, cultural, etc. no país.
A comissão de inquérito, não é transferida para o ministério público, mas não
pode ser acusado de crime, mas o ministério público com os seus instrumentos
pode acusar pessoas ou empresas, por exemplo.
No Art. 178, tem as comissões previstas no seu regimento. As comissões da
Assembleia da República recebem as petições e analisam-nas, se for um caso
complexo é criada uma nova comissão para essa determinada matéria. Lei
n.43/agosto (Lei das petições).
Quando existe uma iniciativa legislativa popular, por parte do povo, o povo
apresenta um projeto de lei, a Assembleia da República tem de ativar o processo
legislativo.
Art.179 comissões permanentes que agem em determinadas situações.
Governo
O governo é um órgão colegial, o 1º ministro é figural principal, mas é um órgão
que decide em colégio, nomeadamente as decisões mais importantes, Art. 172.
Composição, Art.173.
O governo é o órgão relativo à administração pública.
Art. 184, conselho de ministros onde se aprovam os decretos do governo que
serão decretos de leis, toda a atividade legislativa do governo e as decisões mais
importantes passam pelo conselho de ministros. O conselho de ministros
trabalha com todos os assuntos, mas podem criar um conselho para determinada
matéria.
Os secretários e subsecretários de Estado podem ser convidados para fazerem
parte do Conselho de Ministros.
No conselho de ministros pode ser convidado a estar presente o Presidente da
República, mas não pode participar.
Tribunais
Apesar de existir uma lei sobre a organização dos tribunais, o mais importante é
o tribunal constitucional, o Art. 209 até 214 e Art. 221 (que se refere ao Tribunal
Constitucional).
Qualquer tribunal tem competencia para aplicar a matéria da constituição, o
Supremo Tribunal de Justiça pode aplicar a matéria da constituição exceto
matéria fiscal e administrativa.
O Supremo Tribunal de Justiça é um tribunal de recurso.
Os tribunais de segunda instância também todas as matérias, salvo matérias
especializadas, os tribunais de comarca.
Os tribunais administrativos e fiscais não aparecem em todos os tribunais de
comarca.
O tribunal de contas tem a ver com a fiscalização das finanças públicas e das
ações do Estado relativamente às despesas do Estado.
Os tribunais arbitrais têm centro de arbitragens fixos, que decidem uma
determinada problemática, em que podem existir tribunais ad hoc para
investigações de propriedade intelectual, etc.
Ministério Público
O Art. 219, ministério público pode intervir nos processos administrativos, como
garante a legalidade e o interesse público, defende o interesse do Estado (todos
nós e não um interesse político). O ministério público tem um órgão superior que
é a procuradoria geral da república regida pelo procurador-geral da república que
tem competência para acusar e iniciar o processo administrativo; e temos o
Tribunal constitucional, tribunal supremo, só se pronuncia pela
inconstitucionalidade e a legalidade de normas, por exemplo, se aquela norma
pode ou não ser utilizada naquele caso.
O Tribunal Constitucional é composto por 13 juízes designados por titularidade
de um órgão público, cooptação, isto é, os juízes são escolhidos por outros
juízes. Art. 222, n.2.
Art. 222, n.3, mandatos dos juízes do Tribunal Constitucional.
Art. 223, competência do Tribunal Constitucional.
Princípios gerais
Regra geral- decisões adotadas por uma pluralidade de votos Art.116, n.3.
Salvo os casos previstos na CRP.
Pluralidade de votos- podem não estar presentes todos os deputados e ser
aprovada uma determinada decisão/lei, contam-se os votos dos deputados
presentes. Há exceção do Art. 284, n.2 e Art.286.
Art.136, n.2 e n.3- o veto político do Presidente da República pode ser
ultrapassado pela Assembleia da República, mas não é ultrapassado por uma
maioria qualquer, tem de ser uma maioria absoluta ou uma maioria orgânica. 2/3
dos deputados presentes, ou seja, tem de ser sempre superior da maioria
absoluta.
Art. 168,n.5- as leis orgânicas são leis sobre determinadas matérias, por
exemplo, a nacionalidade, Art. 166, n.2, as leis orgânicas carecem de aprovação
da maioria absoluta dos deputados, por exemplo se existir uma alteração à lei
da nacionalidade essa lei só pode ser aprovada com pelo menos 116 votos a
favor. Art.168, n.6- carecem de aprovação superior à maioria absoluta, ou seja,
117 votos a favor.
Art. 279, n.2- este Art. diz respeito ao procedimento quando a Assembleia da
República ou o governo envia um diploma ao Presidente da República este pode
ou não promulgar e este em caso de dúvida pode enviar ao Tribunal
Constitucional para averiguar a sua constitucionalidade.
Art.110, n.2- competência dos órgãos de soberania tem de ser definidas pela
constituição.
A vacatura, os órgãos de soberania podem ser substituídos em caso de
vacatura, ou em caso de nomeação do governo, ou nos casos de impedimentos,
por exemplo o Presidente da República ser substituído pelo Presidente da
Assembleia da República tornando-se no Presidente da República interino.
A responsabilidade política não é a mesma coisa que responsabilidade criminal
ou civil, por exemplo, o Art.157, n.1 da CRP. Há a responsabilidade política no
sentido de aprovar alguma coisa que beneficie o setor de determinada atividade,
ou aprovar alguma coisa que aumente a criminalidade, nestes casos pode haver
uma responsabilidade política, ou seja ninguém é preso, mas as consequências
são por exemplo a demissão dos titulares desses encargos públicos.
Os crimes praticados por exemplo, a traição à prática, cometer algo contra a
CRP, abuso de poder.
A responsabilidade civil- não cumprimento de contratos no contexto do direito
civil.
A responsabilidade política vai ter repercussões na eleição dos mandatos, pois
as pessoas não vão votar naqueles titulares, pode o seu mandato não ser
renovado. A censura do governo através do Art. 194 e a rejeição do voto de
confiança que dá origem à demissão do governo Art.193.
Moção de confiança provém da Assembleia da República ao pedido de confiança
feito pelo governo que é quando tem a certeza de que na Assembleia da
República não vão rejeitar essa moção de confiança ou então assuntos
impopulares que o governo não quer ficar sozinho e quer o apoio da Assembleia
da República.
A responsabilidade criminal surge no exemplo do Art. 117,n.2, a lei que regula a
responsabilidade criminal é Lei n.º 34/87, de 16 de Julho.
Imunidades e privilégios
Nomeadamente o Art.157.
Art. 116, n.2, o juiz pode apreciar a prova de forma errada quer em virtude das
suas circunstâncias, quer as suas concessões que influenciam a avaliação da
prova, mas mesmo assim o juiz não pode ser responsabilizado; a não ser que
aceite suborno aí pode ser acusado criminalmente.
O Juiz só pode ser transferido, suspenso, de forma compulsiva no contexto de
quando não cumpre as suas funções de aplicar a lei e fazer justiça, mas não
pode um juiz ser castigado fora desse processo, tem de ser um processo
transparente e legítimo, o juiz pode ser transferido.
Procedimento legislativo
parlamentar
1. Fase de iniciativa legislativa
Apresentar projetos ou propostas de lei a Assembleia da República, para
desencadear um processo legislativo.
A) Iniciativa legislativa Interna (interna à Assembleia da República) =
deputados e grupos parlamentares da Assembleia da República e os cidadãos
(iniciativa popular porque os cidadãos são representados pelos deputados) =
167ºnº 1 da CRP, 118 do Regimento da Assembleia da República
B) Iniciativa Legislativa Externa (externa à Assembleia da República) =
Governo e Assembleias Legislativas Regionais = 167º nº1 da CRP, 118 do
Regimento da Assembleia da República
C) Iniciativa legislativa popular = dos cidadãos = 167º nº 1 da CRP; 118 do
Regimento da Assembleia da República + Lei nº 17/ 2003 de 4 de Junho
D)Iniciativa legislativa originária = 167 nº 1 da CRP; 118 do Regimento da
Assembleia da República; 119 nº 1 do Regimento da Assembleia da República
E) Iniciativa superveniente = 167 nº 8 da CRP; 119º 2 e 127 do Regimento da
Assembleia da República
F) As normas travão e outros limites à iniciativa legislativa = exemplos:
167nº2 da CRP; 167 nº 4 da CRP; 167 nº 5 da CRP última parte; 167 nº 6 da
CRP; 167 nº 7 da CRP; 120, 121, 122, 123 e 124 do Regimento da Assembleia
da República
Quando se apresenta pela 1ª vez um projeto ou proposta de lei qua vai dar
origem ao início do procedimento legislativo.
Iniciativa superveniente
167 nº 8 da CRP; 119º 2 e 127 do Regimento da Assembleia da República
Art. 164 – isto que está aqui é diferente da iniciativa de lei – só a Assembleia da
República pode aprovar lei sobre esta matéria, mas o governo ou as assembleias
regionais ou os cidadãos podem apresentar projetos/propostas de lei sobre esta
matéria.
Fase de instrução
Quando se admite um projeto, essa proposta vais ser apreciado pelos
deputados em comissões parlamentares permanentes em razão da matéria
– por ex. se for um projeto sobre a saúde vais ser apreciada por uma comissão
dessa área.
Quem recebe estas propostas, é o presidente da Assembleia da República
e que vai determinar se estes projetos cumprem os requisitos
formais/materiais, ou seja, vai verificar se viola alguns limites/requisitos na
constituição e ou no regimento da Assembleia da República.
Consultas obrigatórias:
É obrigatório sobre certas matérias (por ex. direito de trabalho) a consulta de
entidades especificas.
Art. 134 do regimento da Assembleia da República remete para:
Art. 56 n.2, alínea a) + Art. 54 n.5, alínea d) – isto é um direito fundamental: os
sindicatos (trabalhadores), tem o direito de participar na elaboração da
legislação do trabalho.
Art.140 do regimento da Assembleia da República.
*Se sair matéria sobre isto, será com base nos casos práticos
*O que imporá é a votação final (ser aprovada ou não a lei)
Art. 168, n.3 – a votação na generalidade de alguns projetos / propostas podem
ser aprovados em comissões, mas o plenário pode requerer a votação em
plenário a qualquer momento.
Art. 168, n.4 – leis sobre estas matérias referidas são obrigatoriamente votadas
na especialidade pelo plenário.
Maiorias:
Art.168, n.5 e n.6
A) Discussão e Votação na Generalidade = 168 nº 1 da CRP; 168 nº 2 da CRP;
147 a 149 do Regimento da Assembleia da República
B) Discussão e Votação na Especialidade = 168 nº 1 da CRP; 168 nº 2 da
CRP; 168 nº 3 da CRP; 168 nº 4 da CRP; 150 a 154 o Regimento da Assembleia
da República
C) Votação Final = 168 nº 2 da CRP; 116 nº 3 da CRP; 155 do Regimento da
Assembleia da República
D)A maioria relativa = 116 nº 2 da CRP
E) A maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções = 168 nº 5
da CRP; 136 nº 2 da CRP;
F) A maioria de dois terços dos deputados presentes desde que superior à
maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções = 168 nº 6 da
CRP; 136 nº 3 da CRP;
G) A maioria de dois terços dos deputados em efetividade de funções = 286
nº 1 da CRP H)A maioria de quatro quintos dos Deputados em efetividade de
funções = 284 nº 2 da CRP;
Tem de ser superior a maioria absoluta (116), mas nem sempre é suficiente.
Alínea f) * é a mais importante
A maioria de dois terços (dos 230) dos deputados em efetividade de
funções
Art. 286 nº 1 da CRP
Veto político
O veto político é o poder do Presidente da República de sancionar um decreto
da Assembleia da República ou do Governo por motivos políticos. Sancionar um
decreto no sentido de não concordar com alguma disposição da Assembleia da
República ou do Governo por motivos políticos, então veta politicamente
recusando a promulgação do diploma e devolve esse diploma ao órgão que o
aprovou para que este o reformule ou se for caso disso (só a Assembleia da
República) o confirme [o diploma] nos termos do Art. 136.
Não pode invocar a violação da constituição para vetar politicamente, ou a
dignidade da pessoa humana, mas pode por exemplo fundamentar com o
interesse público.
Nota: A lei orgânica são as leis sobre o Art. 166, n.2.
O veto político assim como a promulgação são poderes do Presidente da
República que são livres, ou seja, ele pode ou não promulgar/vetar politicamente,
quanto à promulgação ela é obrigatória quando é lei constitucional e também
quando a Assembleia da República ultrapassa o veto político Art. 186, n.2 e n.3,
a fiscalização é preventiva porque o diploma ainda não está em vigor foi enviada
ao Presidente da República para promulgação e este tem duvidas quanto a
conformidade de uma disposição do diploma da Assembleia da República ou do
Governo com a Constituição, a violação de normas da constituição, se o
Presidente da República pretende requerer a fiscalização preventiva da
constitucionalidade não pode vetar politicamente o diploma tem de esperar por
uma decisão do Tribunal Constitucional , então restam-lhe duas hipóteses:
Se a decisão do Tribunal Constitucional for no sentido da inconstitucionalidade
da norma do diploma, ou seja, o Tribunal Constitucional entende que o diploma
é inconstitucional, então o Presidente da República não pode vetar politicamente
tem de vetar por inconstitucionalidade obrigatoriamente. Devolve o diploma à
Assembleia da República ou ao Governo, o Governo ou acata a decisão ou
reformula o diploma e devolve novamente ao Presidente da República, e este se
tiver novamente dúvidas pode enviar outra vez para o Tribunal Constitucional ou
vetar politicamente; o Presidente da República só pode vetar por
inconstitucionalidade um diploma, quer seja pela Assembleia da República ou
pelo Governo, se o Tribunal Constitucional se pronunciar previamente sobre a
inconstitucionalidade da norma. Art. 279, n.2, a Assembleia da República pode
deixar cair o diploma, pode retirar a norma inconstitucional e reformula o diploma
e envia novamente para o Presidente da República ou então ultrapassa o veto
por inconstitucionalidade, mas por uma maioria mais agravada, o Presidente da
República não está obrigado a promulgar o diploma.
Supondo que o Tribunal Constitucional se pronuncia pela constitucionalidade da
norma, ou seja, a norma está em conformidade com a constituição, então o
Presidente da República não pode vetar por inconstitucionalidade, mas pode ou
promulgar ou vetar politicamente nos termos do Art. 136, n.1, ou nos casos do
Governo Art. 136, n.4.
Art. 136, n.5 o Presidente da República pode exercer o direito de veto por
inconstitucionalidade.
Competência exclusiva do
Governo
A Assembleia da República não pode fazer cessar a sua vigência nem aprovar
sobre essa matéria, as competências exclusivas do Governo muito reduzida
sendo apenas a sua organização.
Art. 169, n.2
Quando o Governo legisla sobre uma das matérias do Art. 165 com base numa
lei de autorização da Assembleia da República, a Assembleia da República pode
suspender no todo ou em parte a vigência do decreto de lei em sede de
apreciação parlamentar deste decreto de lei até à publicação da lei da
Assembleia da República que o vier alterar, ou seja, a Assembleia da República
pode apreciar os decretos do Governo com o fim de fazer cessar a vigência
desses decretos, só não pode apreciar decretos sobre a organização e
funcionamento do Governo, porque são matérias da exclusiva competencia do
Governo.
Em relação aos decretos de matéria do Art. 165 em que o governo só pode
legislar se for autorizado pela Assembleia da República, se o governo aprovar
um decreto e ele for promulgado a Assembleia da República pode apreciar esse
decreto de lei com o objetivo de pôr fim à sua vigência, mas nestes casos, a
Assembleia da República durante o processo de apreciação parlamentar pode
suspender a vigência do decreto; nos outros decretos de lei não.
Art. 169, n.3
Art. 169, n.4- a cessação da vigência de um decreto de lei por parte da
Assembleia da República toma a forma de resolução, não é uma lei, o Governo
pode voltar a legislar outra vez só não poderá voltar a ser publicado no decurso
da mesma sessão legislativa.
Caduca o procedimento da cessação parlamentar nos termos do Art. 169, n.5,
se requerida a apreciação não se ter pronunciado sobre essa apreciação nas 15
reuniões plenárias subsequentes ou então, não foi votada em votação final a
nova lei que afasta o decreto de lei em questão.
Direitos fundamentais na
Constituição
Art. 18, Princípio da pessoa humana e princípio da retroatividade
Para salvaguardar outros direitos ou interesses considerados superiores neste
caso e de acordo com o Art. 18.
O regime especial dos direitos, liberdades e garantias.
N.1- está o princípio da aplicabilidade direta e imediata dos direitos
fundamentais;
Restrição legislativa de direitos, liberdades e garantias, tem a ver com a
aplicação do Art. 18, n.2 e 3, nomeadamente, o princípio da proporcionalidade,
o princípio do núcleo essencial e o princípio da perspetividade (não
retroatividade) da lei que restringe os direitos fundamentais.
Art. 19, princípio da proporcionalidade
Faz com que o Estado sítio ou estado de emergência seja renovado dependendo
das condições que estejam a acontecer.
Os direitos de estado sítio ou estado de emergência nunca podem ser
suspensos.
Em termos de organização do estado, o Estado sítio e o estado de emergência
mantém-se nesta estrutura, ou seja, o estado sitio e o estado de emergência não
há limitações/suspensão do princípio da separação e interdependência de
poderes consagrado na Constituição.
Juntamente com as restrições há as medidas que o governo vai adotar para
combater as controvérsias.
Art. 21, Direito de resistência
Art. 22, Responsabilidade das entidades públicas
Por exemplo, um juiz comete um erro grosseiro na interpretação do direito e leva
que uma pessoa seja condenada e presa, neste caso a responsabilidade é do
estado, a responsabilidade só é do magistrado se for comprovado que cometeu
um erro grosseiro.
O Estado pode responder pelo funcionário, mas depois responsabilizar o
funcionário.
O Estado é civilmente responsável.
Princípio da proteção consagrado no Art. 18, n.3, este principio te a ver com o
conhecimento de cada conteúdo dos direitos fundamentais, há direitos que a
CRP delimita os direitos, mas as restrições a esses direitos não podem
desrespeitar a definição de direitos fundamentais.
Mesmo que a lei restrinja um direito fundamental nunca o seu conteúdo
fundamental pode ser eliminado.
Existem 2 teorias para determinar qual é o conteúdo essencial de um direito
fundamental:
Fiscalização da constitucionalidade
Processo de verificação da conformidade de normas com o conteúdo da
Constituição
• Fiscalização da Constitucionalidade Concentrada ou Modelo de
Separação = a fiscalização da constitucionalidade é confiada a um
único órgão, por exemplo um Tribunal Constitucional, institucionalmente
separado de outros tribunais. Quando a fiscalização da
constitucionalidade segue apenas o modelo de fiscalização concentrada
= apenas um único órgão, por exemplo um Tribunal Constitucional, tem
competência para verificar a conformidade de normas com a
Constituição = ex: modelo austríaco de fiscalização da
constitucionalidade.
• Fiscalização Difusa (Fiscalização Judicial) ou Modelo Único: Todos
os juízes têm competência para interpretar e aplicar a Constituição.
Desta forma, podem fiscalizar a constitucionalidade de uma norma =
fiscalização difusa ou modelo unitário = Judicial Review (fiscalização
judicial), ou seja, competência judicial de controlo da
inconstitucionalidade das leis. A Fiscalização da Constitucionalidade não
é uma competência de um único órgão. Ex: Modelo Norte-americano
• Modelo Misto de Fiscalização da Constitucionalidade = Quando a
Constituição consagra a fiscalização concentrada e a fiscalização difusa.
Ex: Portugal e Angola
Uma norma que se aplique a um caso concreto está ou não em conformidade
com a constituição.
1
Pág.3 da Sebenta do Moodle
concreto que lhe foi distribuído (juiz ou tribunal a quo/ juiz ou tribunal da
causa).
➢ A decisão de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade só produz
efeitos no caso concreto.
➢ As decisões de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade do juiz a
quo podem admitir recurso. Por exemplo, de acordo com a Constituição
portuguesa: As Partes ou o Ministério Público podem recorrer da
decisão de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade do juiz a quo
para o Tribunal Constitucional (TC). O processo de fiscalização concreta
da constitucionalidade depende da existência de uma decisão de
inconstitucionalidade ou constitucionalidade do juiz a quo aplicada a um
caso concreto. A decisão de inconstitucionalidade ou de
constitucionalidade do TC sobre a questão da constitucionalidade da
norma só produz efeitos no caso concreto. A decisão do TC é definitiva,
mas só incide sobre a questão da constitucionalidade da norma
relevante para a decisão do caso concreto e não sobre a questão
principal do processo do caso concreto.
Exemplo:
Fiscalização da legalidade
Controlo da conformidade de atos normativos infraconstitucionais com leis
infraconstitucionais de valor reforçado.
No ordenamento jurídico português não existe fiscalização preventiva da
legalidade. O Tribunal Constitucional não pode apreciar a legalidade de um, por
exemplo, decreto autorizado do governo não promulgado pelo Presidente da
República em relação ao conteúdo de uma lei de autorização da Assembleia da
República. No entanto, pode apreciar a questão da constitucionalidade, ou seja,
a conformidade do decreto do governo com o princípio constitucional da Reserva
Relativa de Lei.
À semelhança da Fiscalização da Constitucionalidade, a fiscalização da
legalidade pode ser:
• Concentrada
• Difusa
• Modelo Misto = Ex: Portugal e Angola
Quando o governo legisla sobre uma matéria da reserva relativa da AR em
desconformidade com a lei de bases existe uma ilegalidade que também é
inconstitucional porque viola o conteúdo da lei de valor reforçado e a prevalência
da lei. Quando estamos perante uma ilegalidade temos de seguir, a fiscalização
da legalidade só pode ser sucessiva e pode ser concreta ou abstrata.
Orgânica
Formal
Material
Total e Parcial
Inconstitucionalidade ou Ilegalidade Total = de todas as normas do decreto
(decreto) ou de uma norma do decreto (no sentido da totalidade da norma).
Inconstitucionalidade ou Ilegalidade Parcial = uma norma do diploma do
decreto (totalidade da norma, mas sem comprometer as restantes normas do
decreto) ou inconstitucionalidade ou ilegalidade do sentido da interpretação de
uma norma.
Originária e Superveniente
Inconstitucionalidade Originária: o ato normativo viola a Constituição
vigente desde o momento em que é aprovado ou publicado.
Ilegalidade Originária: o ato normativo viola a lei de valor reforçado vigente
desde o momento em que é aprovado ou publicado.
Inconstitucionalidade Superveniente: o ato normativo apenas viola a
Constituição a partir do momento da entrada em vigor da nova lei constitucional,
resultante da revisão da Constituição.
Ilegalidade Superveniente: o ato normativo apenas viola a lei com valor
reforçado a partir do momento da entrada em vigor da nova lei com valor
reforçado.
Antecedente e Consequente
2. Objeto
• Normas de decreto da AR ou decreto do Governo e normas de tratado
internacional (artigo 278 no 1 CRP)
• Normas de decreto legislativo regional (artigo 278 no 2 da CRP)
• Normas de decreto da AR sobre matéria de lei orgânica (artigo 278
• no 4 da CRP)
3. Prazos
• Requerer a fiscalização da Constitucionalidade: 278o no 3 da CRP (PR e RR) +
57 LTC
• Requerer a fiscalização da Constitucionalidade: 278 no 6 +no 5 da CRP (PM e
1/5 D)
• Pronúncia do Tribunal Constitucional: 278 no 8 da CRP, 59 e 60o LTC
6. Efeitos
Tribunal Constitucional pronuncia-se pela inconstitucionalidade = veto por
inconstitucionalidade obrigatório do PR ou do RR (artigo 279 o 1)
Expurgar a norma = AR, ALR e Governo (artigo 279 no 2)
Confirmar o diploma = AR (279 no 2) + PR não é obrigado a
Promulgar
Reformular o diploma = AR, ALR e Governo (artigo 279 no 3)
Sobre a fiscalização preventiva: está tudo na CRP
2. Legitimidade
• Partes = decisão de acolhimento da inconstitucionalidade ou da ilegalidade (72
no 1 b) LTC)
• Parte que invocou no processo a inconstitucionalidade ou a ilegalidade =
decisão de não acolhimento da inconstitucionalidade e da ilegalidade (280 no 4
da CRP e 72 no 2 LTC)
• Ministério Público = decisão de acolhimento e não acolhimento (72 no 1 a)
LTC)
• Ministério Público = decisão de acolhimento da inconstitucionalidade e da
ilegalidade (280 no3 + 72 no3 LTC)
• Ministério Público = decisão de não acolhimento da inconstitucionalidade e da
ilegalidade (280 no 5 CRP + 72 no3 última parte da LTC)
3. Objeto
Norma aplicada ao caso concreto e relevante para a decisão do caso concreto
• Apenas a questão da inconstitucionalidade ou da ilegalidade (artigo 280 no6 da
CRP = 71 da LTC)
• Norma aplicada ao caso concreto, relevante para a decisão do caso concreto,
mas cuja inconstitucionalidade ou ilegalidade já foi apreciada pelo TC (artigo 70
no 1 g) e h) LTC)
• Poderes de cognição do TC = 79 –C da LTC
4. Prazo
• Prazo de interposição do recurso (75 no 1 LTC)
6. Subida do Recurso
(Artigo 70, n. 2 a 6 da LTC)
Direta para o TC sem esgotar os recursos ordinários = decisão de acolhimento
de inconstitucionalidade proferidas pelo juiz a quo, se as partes assim
entenderem, em conformidade com a lei processual aplicável ao caso concreto.
Direta para o TC sem esgotar os recursos ordinários = quando o recurso é
obrigatório para o Ministério Público (artigo 72 no 3 da LTC = 280 no 3 + 280 no
5 da CRP).
Necessidade de esgotar os recursos ordinários disponíveis de acordo com a lei
processual = decisões de não acolhimento da inconstitucionalidade por parte do
juiz a quo.
7. Tipos de decisão do TC
• Decisão sumária do Relator = 78-A no 1 da LTC
• Decisão do pleno da secção = 40, 41, 42 no1, 78-A no3 e no 4 da LTC 16
• Decisão do Plenário = 79-A e 79-D da LTC
8. Efeitos da decisão do TC
• Desaplicação da norma ao caso concreto, reformulação da decisão do Tribunal
a quo (artigo 80o da LTC)
9. Recursos para e no TC
Recurso da Decisão de Inconstitucionalidade, Constitucionalidade ou Ilegalidade
ou Legalidade do Juiz a quo (nos termos acima referidos).
• Recurso da decisão do juiz a quo que não admita o recurso para o Tribunal
Constitucional (artigo 76, n.4 + Art. 77 da LTC).
• Recurso da decisão sumária do Relator do TC (78 –B e 78-A da LTC).
• Recurso para o plenário do TC (79-D da LTC).
Neste caso de decisão de não acolhimento só pode recorrer se for a parte se for
ele que invocou a inconstitucionalidade.
➢ Ministério Público
Se o TC já se tiver pronunciado sobre inconstitucionalidade do caso e,
entretanto, a norma continua em vigor há uma decisão do juiz quo que decide
utilizar a jurisprudência de outro caso o Ministério publico é obrigado a recorrer
se o juiz quo não seguiu a jurisprudência do TC Art. 280, n.5.
1. Cabe recurso para o Tribunal Constitucional, em secção, das decisões dos tribunais:
4. Entende-se que se acham esgotados todos os recursos ordinários, nos termos do n.º 2,
quando tenha havido renúncia, haja decorrido o respectivo prazo sem a sua interposição
ou os recursos interpostos não possam ter seguimento por razões de ordem processual.
5. Não é admitido recurso para o Tribunal Constitucional de decisões sujeitas a recurso
ordinário obrigatório, nos termos da respectiva lei processual.
Artigo 75.º
(Prazo)
No Art. 75 da LTC, isto significa que tem 10 dias uteis de decisão positiva ou
negativa de inconstitucionalidade ou ilegalidade do juiz a quo, e se existirem ou
se a lei admitir recurso direto, os recursos da relação para o supremo não correm,
pois e possível na primeira instancia recorrer para o TC, sem recorrer para a
relação ou para o supremo tribunal.
Artigo 75.º-A
(Interposição do recurso)
O tribunal só identifica
a norma que está no
1. O recurso para o Tribunal Constitucional interpõe-se por meio de requerimento.
requerimento, no qual se indique a alínea do n.º 1 do artigo 70.º ao abrigo
da qual o recurso é interposto e a norma cuja inconstitucionalidade ou ilegalidade
se pretende que o Tribunal aprecie.
2. Sendo o recurso interposto ao abrigo das alíneas b) e f) do n.º 1 do artigo 70.º,
do requerimento deve ainda constar a indicação da norma ou princípio
constitucional ou legal que se considera violado, bem como da peça processual Art. 281, n.2
em que o recorrente suscitou a questão da inconstitucionalidade ou ilegalidade.
Artigo 76.º
(Decisão sobre a admissibilidade)
3. (Revogado.)
Artigo 41.º
(Secções)
1. Haverá três secções não especializadas, cada uma delas constituída pelo
presidente ou pelo vice-presidente do Tribunal e por mais quatro juízes.
Artigo 78.º-A
(Exame preliminar e decisão sumária do relator)
Artigo 79.º-D
(Recurso para o plenário)
Recursos para o TC
Art. 76- recurso da decisão de inconstitucionalidade
Art. 76, n.4- recurso da decisão do juiz a quo que não admita o recurso para o
TC
Artigo 80.º
(Efeitos da decisão)
Se o juiz entender que a norma não é inconstitucional o recurso não pode subir
diretamente para o TC, para isso tem de esgotar os recursos (recursos no
tribunal da relação e no supremo tribunal).
O recurso sobe diretamente para o TC, Lei do TC no Art. 72, n.1, alínea b); pois
há uma decisão positiva de ilegalidade ou de inconstitucionalidade qualquer
parte pode recorrer diretamente para o TC. A não ser que haja uma resposta
negativa de inconstitucionalidade e ai só pode recorrer à parte que convocou
inconstitucionalidade ou ilegalidade.
2 Pág. 18 e 19 da Sebenta
Artigo 281.º - (Fiscalização abstracta da constitucionalidade e
da legalidade)
a) O Presidente da República;
b) O Presidente da Assembleia da República;
c) O Primeiro-Ministro;
d) O Provedor de Justiça;
e) O Procurador-Geral da República;
f) Um décimo dos Deputados à Assembleia da República;
Só podem
g) Os Representantes da República, as Assembleias Legislativas das regiões
recorrer ao TC
autónomas, os presidentes das Assembleias Legislativas das regiões autónomas, os se tiverem um
presidentes dos Governos Regionais ou um décimo dos deputados à respectiva fundamento
Assembleia Legislativa, quando o pedido de declaração de inconstitucionalidade se específico
fundar em violação dos direitos das regiões autónomas ou o pedido de declaração de
ilegalidade se fundar em violação do respectivo estatuto.