Você está na página 1de 27

Os Órgãos de Soberania

Constituição da República
Portuguesa
Presidente da Assembleia da
República República

Governo Tribunais
Presidente da República
 É directamente eleito por cinco anos, por maioria
absoluta e sob candidatura directa de cidadãos (art.
124º CRP).
 Garante a unidade do Estado, a independência
nacional e o normal funcionamento das instituições
democráticas
 É o Comandante Supremo das Forças Armadas (art.
120º CRP).
 Podem ser elegíveis os cidadãos eleitores portugueses
de origem, maiores de 35 anos.
 Apenas são admitidos dois mandatos de cinco anos
cada.
Competências do PR
relativamente a outros órgãos

 art. 133º alínea b) – Marcar o dia das


eleições:

 Presidente da República
 Dos deputados à Assembleia da República e ao
Parlamento Europeu
 Dos Deputados às Assembleias Legislativas;
Competências do PR
relativamente a outros órgãos

 art. 133º e) – Dissolver a Assembleia da


República depois de ouvir os partidos nela
representados e o Conselho de Estado;

 art. 133º i) – Presidir ao Conselho de


Ministros quando o Primeiro-Ministro o
solicitar.
Competências na prática de
actos próprios
 art. 134º b) – Promulgar e mandar publicar as
leis, os decretos-lei e os decretos
regulamentares, assinar as resoluções da
Assembleia da República que aprovem acordos
internacionais e os restantes decretos do
Governo;
 art. 134º d) – Declarar o estado de sítio ou o
estado de emergência (observando o disposto
nos artigos 19º e 138º);
 art. 134º e) – Pronunciar-se sobre todas as
emergências graves para a vida da República.
Assembleia da República (AR)
 Compete à Assembleia da República (AR) representar
todos os cidadãos, como órgão legislativo por excelência
(art. 147º e seguintes).
 Competências:
 Política e Legislativa, art.162º CRP
 Fiscalização, art. 162º CRP
 Quanto a outros órgãos, art. 163ºCRP
 Segundo o art. 164º, só a AR pode legislar sobre
matérias da sua exclusiva competência. Quanto às
matérias do art. 165º, a Assembleia da República legisla
ou autoriza o Governo a legislar.
Competências da AR relativamente a
outros órgãos
 Quanto ao PR – testemunha a sua posse; autoriza-o
a ausentar-se do país; inicia eventuais processos
criminais e toma conhecimento da mensagem de
renúncia do seu mandato.
 Quanto ao governo - Fiscaliza o programa do
Governo; vota moções de confiança e de censura ao
Governo; acompanha e aprecia a participação de
Portugal na União Europeia.
 Quanto aos Conselhos - elege 5 membros do
Conselho de Estado, cinco membros da Alta
Autoridade para a Comunicação Social, membros do
Conselho Superior do Ministério Público e o
Presidente do Conselho Económico – Social.
Competências da AR relativamente a
outros órgãos
 Quanto à Magistratura – elege 10 Juízes do
Tribunal Constitucional, 7 vogais do Conselho
Superior da Magistratura. O Provedor de Justiça
ocupa um órgão dependente da AR mas não é
magistrado.

 Quanto aos Militares – Acompanha, nos termos da


lei e do regimento, o envolvimento de
contingentes militares portugueses no estrangeiro.
Funcionamento da Assembleia da
República / Competência legislativa

 Funciona em plenário e em comissões.


 As votações em plenário realizam-se por
maioria simples dos votos dos deputados
presentes ou maioria qualificada, variando
de acordo com as matérias e conforme a
Constituição o prevê.
 matérias que exigem a maioria
qualificada:
Matérias que exigem a maioria qualificada

A revisão da CRP em qualquer momento (revisão extraordinária)


– maioria de 4/5 dos deputados em efectividade de funções (nº2
do art. 284º).

A eleição de dez juízes do Tribunal Constitucional, do Provedor de


Justiça – maioria de 2/3 dos deputados presentes, desde que
superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de
funções art. 163º h).

A aprovação das leis orgânicas, na votação fina global – maioria


absoluta dos deputados em efectividade de funções (nº 5 do art.
168º)
(leis orgânicas são leis de valor reforçado e que se impõem a
todos os actos legislativos em geral).
As Diferentes Maiorias
A AR tem 230 deputados em efectividade de
funções. Para poderem deliberar (votar) tem que
estar presentes 116 deputados, ou seja, a
maioria do número legal dos seus membros
(artigo 116.º/2 da CRP).
230 : 2 = 115 deputados + 1= 116 deputados.
Esta é a regra geral, mas existem excepções.
Denomina-se “quórum de funcionamento dos
órgãos colegiais”.
As diferentes maiorias
 Maioria simples ou relativa: contam-se o maior
número de votos, sem contar com as
abstenções. Exemplo: estão presentes 116
deputados, 50 votaram a favor, 48 votaram
contra e os restantes 18 abstiveram-se. Esta lei
é aprovada.
 Maiorias qualificadas:
Maioria Absoluta: 50% + 1 Exemplo: estão
presentes 120 deputados, 10 deputados
abstiveram-se, portanto não se contam estes
votos. 56 votaram contra e 54 votaram a favor.
Esta lei é aprovada.
As diferentes maiorias

 Maioria de 4/5 – para uma revisão extraordinária da CRP


 Maioria de 2/3
Quando a lei exige uma maioria de 2/3 dos deputados
presentes, desde que superior à maioria absoluta dos
deputados em efectividades de funções, art. 163.ºh) e
art. 168.º/6, significa que:
230 : 2 = 115 deputados + 1= 116 (têm que estar
presentes)
2x (116:3) = 78 votos a favor para decisão ser aprovada.
Como nasce uma lei:
 Um deputado apresenta ao Presidente da
Assembleia da República um projecto de lei.

 O projecto é agendado nos trabalhos do


Parlamento
 Nas ordens do dia respectivas, o projecto é
debatido. Primeiro na generalidade e depois na
especialidade, sendo objecto de três votações:
uma na generalidade, outra na especialidade e
outra na votação final global (nº 1 e 2 do art.
168º).

 Obtida a aprovação, aquele projecto de lei, sob


a forma de decreto, é enviada para o Presidente
da República, para promulgação.
Como nasce uma lei
 Se o Presidente da República não exercer o seu
direito de veto, tem que promulgar como lei no
prazo de vinte dias contados da data da
recepção, ordenando a respectiva publicação em
Diário da República.

 Uma vez publicada, a lei entra em vigor no


prazo de cinco dias após a data da publicação,
se não se determinar um prazo mais longo para
o início da sua entrada em vigor.
Governo
 O Governo é o órgão de soberania responsável
pela condução da vida politica do país, interna e
externa, civil e militar. É também o órgão
superior da Administração Pública.

 É nomeado pelo Presidente da Republica e é


responsável perante a Assembleia da República,
que o pode demitir mediante a rejeição do
programa do Governo, aprovação de uma
moção de censura ou rejeição de um voto de
confiança (arts. 163ºe) e (art.195º).
Competências políticas: (art.
197º)
 Referendar os actos do PR.
 Negociar e ajustar convenções internacionais.
 Aprovar e ratificar acordos internacionais cuja
ratificação não seja da AR.
 Apresentar propostas de lei e de resolução à AR.
 Pronunciar-se sobre a declaração de estado de
sítio e do estado de emergência.
 Propor ao Presidente da República a declaração
de guerra ou a feitura da paz
 Apresentar à AR o Orçamento de Estado.
Competência legislativa (art. 198)

 Fazer decretos-lei em matéria de


competências não reservadas à AR.
 Fazer decretos-lei, mediante autorização
legislativa da AR, em matéria da reserva
relativa da competência da AR.
 Fazer decretos-lei de desenvolvimento das
leis de bases.
Competência administrativa (art. 199º)

 Fazer executar o Orçamento de Estado.


 Exercer o poder regulamentar, fazendo regulamentos
necessários à execução das leis.
 Dirigir e coordenar a administração directa do Estado,
superintender na administração indirecta públicas) do
Estado e na administração autónoma (autarquias locais
e regiões autónomas).
 Praticar todos os actos respeitantes aos funcionários e
agentes do Estado.
 Defender a legalidade democrática.
 Providenciar pelo desenvolvimento económico e social e
pela satisfação das necessidades colectivas do País.
Os Tribunais – artigos 202.º e
seguintes da CRP
 São órgãos de soberania com competência para
administrar a justiça em nome do povo.
 Os tribunais são independentes e apenas estão
sujeitos à lei.
 As suas decisões são obrigatórias para todas as
entidades públicas ou privadas e prevalecem
sobre as de qualquer outra entidade.
 Compete-lhes a fiscalização da
constitucionalidade, não podendo aplicar leis que
sejam contrárias à Constituição.
Categorias de Tribunais
 Tribunal Constitucional
 Tribunal de Contas
 Supremo Tribunal de Justiça e os
Tribunais de primeira e segunda instancia.
 Supremo Tribunal Administrativo e demais
tribunais administrativos e fiscais.
Tribunais Judiciais
Supremo Tribunal de Justiça

Tribunal da Relação (2ªInstância)

Tribunais de Comarca (1ª Instância)


Tribunais Judicias
 Supremo Tribunal Judicial – sede em
Lisboa – Juízes Conselheiros
 Tribunais da Relação – Porto e Guimarães,
Coimbra, Lisboa e Évora – Juízes
Desembargadores.
 Tribunais de Comarca – Juízes de direito
Tribunais Administrativos e Fiscais

Supremo Tribunal Administrativo

Tribunais Centrais Administrativos

Tribunais Administrativos de Círculo


Ministério Público, artigo 219.ºCRP
 Compete-lhe representar o Estado e defender os
interesses que a lei determinar.
 Participar na execução da politica criminal.
 Exercer a acção penal orientada pelo princípio da
legalidade democrática.

Procuradoria Geral da República – é o órgão superior


do Ministério Público.
O mandato do procurador Geral da República tem a
duração de seis anos.
Provedor de Justiça
 O Provedor de Justiça é um órgão
independente dos Tribunais.
 Principais Funções:
Defesa e promoção dos direitos,
liberdades e garantias e interesses
legítimos dos cidadãos e assegurar a
justiça e a legalidade do exercício dos
poderes políticos.

Você também pode gostar