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07/04/2023
Diogo Gomes
Indice
1. Função Legislativa
1.1 Assembleia da República
1.2 Assembleia legislativa das Regiões Autónomas
1.3 Governo
2. Função Executiva
2.1 Governo
3. Função judicial
3.1 Tribunais
3.2 Tribunal Constitucional
4. Presidente da República
4.1 Figura moderador (designação não existente na doutrina e/ou CRP)
Presidente da República
Presidente da República
Nota: só são elegíveis portugueses de origem, isto é, cidadãos desde a nascença e não pelos mecanismos de
atribuição de nacionalidade
o É eleito necessariamente por maioria absoluta dos votos (art. 126º), tendo o mandato a duração de 5 anos (art.
128º), terminando com a posse do novo Presidente eleito. O Presidente tem a possibilidade de uma só
recandidatura subsequente (art. 123º/1). Exceto se renunciar (art. 123º/2), ou ocorrente outras vicissitudes
(nomeadamente as dos artigos 130º/3, ou outro impedimento permanente), o Presidente cumprirá o mandato até
ao término do 5º ano.
o Em caso de impedimento aplica-se o disposto no art. 132º/1.
Presidente da República
O Presidente não responde politicamente perante nenhum outro órgão de soberania, estando apenas sujeito a uma
responsabilidade política difusa.
Traduzindo esse conceito de difuso em manifestações de juízos de censura e de reprovação.
O Presidente tem os seguintes grupos de competência (utilizando a terminologia da constituição, dado que existe
divergência doutrinária sobre esta divisão):
Esta distinção é relevante, na medida em que o PR atua tanto para as Convenções internacionais que assumam a
forma de tratado ou aqueles que assumam a forma de acordo internacional.
Promulgação
Ato eminente político do Presidente da República mediante o qual se atesta e declara que um determinado diploma
foi elaborado por um determinado órgão constitucional para valer cimo lei, Decreto Lei, ou decreto regulamentar.
Tipos de promulgação
o Livre (art.136º/1 e 4)
o Obrigatória (no caso de leis de revisão constitucional, de decretos confirmados em sede de veto político e de leis
aprovadas em conformidade com uma decisão referendaria)
o Não permitida/vedada (art.278º/7, e 279º/1 e 2)
Não se devem utilizar veto jurídicos quando as razões são políticas e vice-versa
Há ainda que distinguir:
Veto suspensivo: Sempre que o PR vete um decreto da AR, neste caso a AR, pode tomar as seguintes opções para suportar
o veto:
3. Confirmar o voto por maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções;
4. Apresentar outro decreto;
5. Deixar “cair” o decreto;
Veto absoluto: Sempre que o PR vete um decreto do Governo, neste caso o Governo não pode expurgar, nem confirmar,
tem outras alternativas como ou propor á AR sobre a forma de iniciativa da Lei ou desistir da sua pretensão. Nos casos em
que os decretos sejam declarados inconstitucionais.
Conselho de Estado
Conselho de Estado
Artigo 141º
o É o órgão consultivo do PR
1. Em março de 2020, na sequência de uma epidemia provocada por um mosquito, o PR adoeçeu tendo sido
substituído pelo líder da oposição. Este tendo em conta a instabilidade que se vivia nos últimos tempos
dissolveu a AR após a audição do governo e marcou eleições para a semana seguinte.
2. Na sequência dessas eleições e tendo em conta que nenhum dos partidos conseguira alcançar maioria
absoluta, o PR, nomeou PM o líder do partido A mas escolheu para ministros membros do partido B e C.
3. O governo recém nomeado apresentou uma proposta de lei á A.R. de orçamento de estado. Tendo dúvidas
sobre o impacto dessa lei na vida dos portugueses o PR convocou um referendo.
4. Após um conjunto de atuações governativas que qualificou de “questionável oportunidade política tendo em
conta o atual momento do país”, o PR, através de decreto de 19 de fevereiro de 2020, mesmo após pronuncia
em contrário do conselho de estado, demitiu o governo.
5. No dia seguinte, o PR, nomeou um novo governo composto por personalidades da sua confiança e sem
qualquer ligação partidária. O governo tomou posse a 24 de fevereiro.
Caso
Em março de 2020, na sequência de uma epidemia provocada por um mosquito, o PR adoeçeu tendo sido
substituído pelo líder da oposição. Este tendo em conta a instabilidade que se vivia nos últimos tempos dissolveu a
AR após a audição do governo e marcou eleições para a semana seguinte.
De acordo com o art. 132º71 da CRP, na impossibilidade temporária de exercício do mandato por parte do PR,
compete ao Presidente da Assembleia da república substituí-lo ou na falta deste respetivo susbtituto do PAR. Pelo
que não sendo o lider da oposição o Presidente da Assembleia da República nem o seu respetivo substituto, o líder
da oposição não deve substituir o PR. posto isto, e no que toca à matéria de dissolução da AR, nos termos do art.
139º/1 não pode o PR interino dissolver a AR
Na sequência dessas eleições e tendo em conta que nenhum dos partidos conseguira alcançar maioria absoluta, o
PR, nomeou PM o líder do partido A mas escolheu para ministros membros do partido B e C.
De acordo com o art. 187º/1 o PR pode nomear o Primeiro-Ministro tendo em conta os resultados eleitorais e
ouvidos os partidos representados na AR: Porém, e de acordo com o mesmo artigo, o número 2 a proposta para os
restantes cargos de Ministro parte do PM cabendo ao PR nomear os ministros propostos. Por isso, seria improvável
que o PM apresenta-se membros de partidos da oposição.
Caso
O governo recém nomeado apresentou uma proposta de lei á A.R. de orçamento de estado. Tendo dúvidas sobre o
impacto dessa lei na vida dos portugueses o PR convocou um referendo.
Nos termos do art.115º71, o PR pode decidir realizar um referendo, mas a proposta do referendo tem de partir da
AR ou do Governo consoante as matérias da respetiva competência. No mesmo artigo, 115º74 alínea b) está
excluída a possibilidade de referendar uma proposta de conteúdo orçamental, como é o caso do orçamento de
Estado.
Após um conjunto de atuações governativas que qualificou de “questionável oportunidade política tendo em conta
o atual momento do país”, o PR, através de decreto de 19 de fevereiro de 2020, mesmo após pronúncia em contrário
do conselho de estado, demitiu o governo.
De acordo com o art.133º alínea g) em articulação com o art. 195º/2 o PR só pode demitir o governo quando tal se
torne necessário para manter o regular funcionamento das instituições democráticas sendo que de acordo com as
palavras referidas pelo PR e pelo contexto previamente explicitado á partida não está em causa o funcionamento
das instituições democráticas. Relativamente ao art. 195º/2 importa realçar o enfoque dado á obrigatoriedade da
audição de conselho de estado, porém este enfoque, decorre da obrigatoriedade já prevista no art. 145º alínea b).
Quando ao parecer do conselho de estado este não é vinculativo como consta no art.141º que demonstra o caráter
consultivo deste órgão.
Caso
No dia seguinte, o PR, nomeou um novo governo composto por personalidades da sua confiança e sem qualquer
ligação partidária. O governo tomou posse a 24 de fevereiro.
Por força do art. 133º alínea f) é competência do PR nomear o governo, no entanto, é necessário articular este artigo
com o art. 187º71. Neste artigo não consta nenhuma obrigatoriedade do PR nomear o líder do partido mais votado,
nem nenhum deputado eleito, estaríamos perante um governo de iniciativa presidencial.
Nota: Até ao momento 3 governos de iniciativa presidencial foram empossados, todos nomeados pelo Presidente
António Ramalho Eanes, entre 1978 e 1979.