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Casos práticos – Direito Constitucional

Suponha que o Presidente da República fez uma declaração pública a favor do


Federalismo Europeu. Quid iuris?

O Presidente da República (PR) é o Chefe de Estado de Portugal, isto é,


representa a máxima figura de autoridade, estando nas suas funções, como podemos
observar pelo Artigo 120º da Constituição da República Portuguesa (CRP), a de garantir
a independência nacional e a unidade do Estado. Ademais, nos direitos fundamentais
enunciados na CRP, podemos averiguar que “Portugal é uma República soberana (…)”
(Artigo 1º); que é um “(…) Estado de direito democrático, baseado na soberania popular
(…)” (Artigo 2º); que a “A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce
segundo as formas previstas na Constituição” e que o “Estado subordina-se à
Constituição e funda-se na legalidade democrática.” (Artigos 3(1) e 3(2)).

Podemos então averiguar que Portugal se trata de um Estado Soberano e com


Independência Nacional, sendo que as suas relações internacionais “(…) rege-se pelos
princípios da independência nacional, (…)” (Artigo 7(1)) e que as disposições nos
tratados que regem a EU e as normas “(…) são aplicáveis na ordem interna, nos termos
definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado
de direito democrático.” (Artigo 8(4)).

Assim sendo, no que diz respeito à declaração unilateral do Presidente da


República, a mesma vai contra a Constituição e seus direitos fundamentais e contra as
próprias funções do PR, não tendo, no entanto, qualquer tipo de força vinculativa e não
simbolizando ou realizando quaisquer alterações na vida e regime político Português. O
Presidente da República, tendo apenas feito uma declaração e não tendo cometido um
crime não irá sofrer nenhum tipo de consequências contra si ou que ponham em causa o
seu cargo.
Suponha que existiu uma rotura de uma coligação parlamentar sem que o
primeiro-ministro minoritário submeta um voto de confiança ao Parlamento.

 Encontram-se reunidas condições para um decreto do PR de demissão do


Governo?
Com base na Constituição da República Portuguesa, a demissão do Governo por
decreto do Presidente da República (PR) é uma medida que pode ser tomada em
determinadas circunstâncias específicas. No caso de uma rotura de uma coligação
parlamentar sem que o primeiro-ministro minoritário submeta um voto de confiança ao
Parlamento, deve ser considerada a demissão do Governo, no entanto, de acordo com o
artigo 195.º da Constituição da República Portuguesa, o Governo cessa funções quando
ocorre uma das seguintes situações:

i. Apresentação da demissão pelo primeiro-ministro;


ii. Demissão por motivos de doença;
iii. Revogação do mandato pelo PR, quando tal seja necessário para
assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas;
iv. Queda do Governo na sequência de rejeição do seu programa ou
de uma moção de censura.
No cenário descrito, a rotura de uma coligação parlamentar pode não constituir,
por si só, uma das situações mencionadas no artigo 195.º. A queda do Governo ocorreria
se houvesse uma moção de censura (Artigo 194º) aprovada pelo Parlamento ou se o
programa do Governo fosse rejeitado pela maioria dos deputados.

Portanto, a mera rotura de uma coligação parlamentar por si só pode não ser
suficiente para justificar um decreto do PR de demissão do Governo. Em vez disso,
seria necessária uma moção de censura aprovada pelo Parlamento ou outra situação que
coloque em causa o funcionamento regular das instituições democráticas para justificar
a demissão do Governo pelo PR.

 Encontram-se reunida as condições para a dissolução da Assembleia da


República?
Em Portugal, a dissolução da Assembleia da República é uma prerrogativa do
Presidente da República (Artigo 172º), que só pode ser exercida nas circunstâncias
especificadas pela Constituição da República Portuguesa (CRP). A situação descrita, ou
seja, a rotura de uma coligação parlamentar sem que o primeiro-ministro minoritário
submeta um voto de confiança ao Parlamento, não é, em si mesma, suficiente para
desencadear a dissolução da Assembleia da República.

A simples rutura de uma coligação parlamentar por si só não é uma circunstância


que determine automaticamente a dissolução da Assembleia da República. O Presidente
da República, ao tomar uma decisão sobre a dissolução, devem ser convocadas novas
eleições.
Perante nova greve dos docentes do ensino básico e secundário, o Presidente da
República resolveu demitir o Governo, entendendo que se tornava evidente que
não havia capacidade política para resolver o assunto. Indignado com a medida, o
Primeiro-Ministro cessou de imediato funções e viajou para o estrangeiro.

 Quid Iuris?
De acordo com os direitos fundamentais da Constituição da República Portuguesa
(CRP), mais concretamente nos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores, Artigo
57º, o trabalhador detém o direito à greve, definindo o âmbito de interesse a defender
através da mesma e não podendo ser limitada pela lei. Ademais, de acordo com o Artigo
195º, o Presidente da República só pode demitir o governo quando tal se torne
necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, o que
não é o caso, uma vez que uma greve dos docentes não representa esse tipo de ameaça.

Relativamente à ação tomada pelo Primeiro-Ministro, o mesmo só pode cessar as suas


funções quando for designado outro Primeiro-Ministro para o substituir, como podemos
ver pelo Artigo 185º da CRP. E, de acordo com o Artigo 186º (1), as funções do
Primeiro-Ministro iniciam-se com a sua posse e cessam com a sua exoneração pelo
Presidente da República e, no caso de demissão do Governo posto em causa nesta
questão, de acordo com o Artigo 186º(4), o Primeiro-Ministro do Governo cessante é
exonerado na data da nomeação e posso do novo PM.

 Tendo o novo Governo sido empossado, tomou como primeira medida


apresentar uma proposta de lei de revisão constitucional, a qual, entre
outras alterações, dispensava o Governo de apresentar o seu programa.
Quid Iuris?
Faz parte das competências políticas do Governo apresentar propostas de lei e de
resolução à Assembleia da República (Artigo 197º(d)), mas não podem propor uma lei
de revisão constitucional, uma vez que isso cabe aos deputados (Artigo 285(1) CRP).
Ademais, no caso do PM se ter demitido, estamos perante um Governo de Gestão, não
lhe sendo permitida a realização desse tipo de Atividade (Artigo 186º(1) CRP).

Cabe à Assembleia da República averiguar se decorreram 5 anos desde a data de


publicação da última lei de revisão ordinária ou se possui quatro quintos dos Deputados
em efetividade de funções para realizar uma revisão extraordinária (Artigo 284º CRP).
As alterações da Constituição são aprovadas por maioria de dois terços dos Deputados
em efetividade de funções e as que forem aprovadas devem ser reunidas numa única lei
de revisão, não podendo o Presidente da República recusar a promulgação da lei de
revisão (Artigo 286º CRP). Relativamente à proposta de alteração pensada pelo Governo,
o mesmo é o órgão de condução da Política geral do país e o órgão superior da
administração pública (Artigo 182º CRP) e do seu programa devem constar as
principais orientações políticas e medidas a adotar ou a propor nos diversos domínios da
atividade governamental (Artigo 188º da CRP), estando os membros do Governo
vinculados a este programa e às deliberações tomadas em Conselho de Ministros
(Artigo 189º da CRP). Para além disso o Programa tem de ser submetido à Assembleia
da República (Artigo 192º(1) da CRP).

 Algumas semanas depois, a referida proposta veio a ser aprovada por 120
votos a favor, 105 votos contra e 5 abstenções, tendo o Presidente da
República suscitado a fiscalização preventiva da lei de revisão, por entender
ser a mesma inconstitucional. Quid Iuris?
Antes de tudo é necessário ressaltar que para que as alterações da Constituição sejam
aprovadas é necessário maioria de dois terços dos Deputados em efetividade de funções
(Artigo 286º da CRP), em seguida, relativamente à atitude do Presidente da República,
o mesmo pode, de acordo com o Artigo 278º (1) da CRP requerer ao Tribunal
Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade se a mesma lhe parecer
inconstitucional.

 Indignados com a postura do Presidente, os deputados do partido


maioritário no Parlamento declararam que pretendiam desencadear o
processo de impeachment do Presidente. Quid Iuris?
De acordo com a Constituição da República Portuguesa, só é possível demitir/destituir o
Presidente da República pelos critérios mencionados nos Artigos 129º e 130º, não
constituindo motivo suficiente para desencadear o processo de impeachment o
descontentamento dos deputados do partido maioritário por uma ação que está no direito
do Presidente da República - Artigo 278º (1) da CRP.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros português combinou com os seus congéneres
espanhol, francês e alemão a criação de uma organização internacional militar,
destinada à criação de um sistema comum de defesa entre os quatro Estados.
Assim, celebraram um Acordo em forma simplificada, cujo decreto, aprovado pelo
Governo, foi hoje publicado em Diário da República, após ratificação do
Presidente da República. O Rei de Espanha, o Presidente Francês e a Chanceler
Alemã já ratificaram o referido Tratado.

 Aprecie a validade deste pacto, à luz da CRP.


O Ministro dos Negócios Estrangeiros, como membro do Governo, pode apenas
negociar e ajustar convenções internacionais e aprovar acordos internacionais cuja
aprovação não seja da competência da Assembleia da República ou que a esta não
tenham sido submetidos (Artigo 197º (1) alíneas b e c da CRP). Neste caso, é da
exclusiva competência da Assembleia da República legislar sobre a matéria do regime
das forças de segurança (Artigo 164º (u) da CRP) e compete-lhe ainda aprovar os
tratados que detenham a participação de Portugal bem como os acordos internacionais
que versem matérias da sua competência reservada ou que o Governo entenda submeter
à sua apreciação (Artigo 161º (1) da CRP).

Assim sendo, à luz da CRP, este pacto não detém qualquer validade, sendo
inconstitucional por ação, uma vez que infringe o disposto na Constituição e detém
inconstitucionalidade formal. No entanto, tal não impede a aplicação das suas normas na
ordem jurídica portuguesa, desde que tais normas sejam aplicadas na ordem jurídica da
outra parte, e tendo a certeza que a mesma não resulta na violação de uma disposição
fundamental (Artigo 277º(1) e (2) da CRP).
Suponha um decreto de proibição do uso do ‘burkini’ nas praias francesas,
decretada pelo município francês de Villeneuve-Loubet, que deu origem a um
recurso para o Conseil D’État, pode ler-se na decisão deste órgão que, a referida
proibição, que havia sido adoptada com fundamento na necessidade de garantir a
ordem pública.

 Parecer-lhe-ia um diploma conforme à nossa Constituição? Justifique.


A Constituição da República Portuguesa rege-se por princípios fundamentais, estando
citado no Artigo 1º que Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da
pessoa humana e na vontade popular e empenha na construção de uma sociedade livre,
justa e solidária. Ademais, de acordo com os princípios gerais estipulados na
Constituição, todos os cidadãos gozam dos direitos e todos têm a mesma dignidade
social e são iguais perante a lei, não podendo ninguém ser privado de qualquer direito
ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de
origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica,
condição social ou orientação sexual (Artigos 12º e 13º da CRP). De acordo com o
Artigo 15º(1) esses critérios aplicam-se aos estrangeiros e apátridas que se encontrem
ou residam em Portugal. Para finalizar, de acordo com os direitos, liberdades e garantias
pessoais, a integridade moral e física das pessoas é inviolável (Artigo 25º(1) e Artigo
24º(1) da CRP), sendo que a todos são reconhecidos os direitos à sua própria identidade
pessoal e à sua imagem (Artigo 26º(1) da CRP).

A proibição do uso dos “burkinis” nas praias trata-se de uma regra que claramente viola
os direitos fundamentais, a liberdade de expressão dos cidadãos, e vai contra os seus
direitos, liberdades e garantias pessoais, sendo um claro ataque à liberdade dos cidadãos
pela sua escolha religiosa, algo que vai contra o Artigo 41º da Constituição sobre a
liberdade de consciência, de religião e de culto, não tendo como tal um carácter geral e
abstrato permitido às leis restritivas de direitos (Artigo 18º(2) da CRP). Este diploma
não está, portanto, em conformidade com a Constituição da República Portuguesa.
Perante recentes desacatos em algumas escolas entre alunos de minorias religiosas,
o Governo, através de decreto-lei, estabeleceu a obrigatoriedade de frequência de
Religião Moral e Católica. Podia fazê-lo?

O Artigo 41º da CRP estabelece o direito à liberdade de consciência, religião e culto.


Qualquer medida que torne obrigatória a frequência de uma disciplina religiosa pode
levantar questões relacionadas com a liberdade religiosa, uma vez que está a impor uma
religião específica. Em seguida, se olharmos para o Artigo 13 da CRP, podemos ver que
o mesmo estabelece o princípio da igualdade, proibindo a discriminação com base na
religião ou crença. A obrigatoriedade de uma disciplina religiosa pode ser vista como
uma forma de discriminação contra estudantes de outras religiões ou crenças, ou mesmo
estudantes que não têm qualquer religião. A CRP também estabelece o princípio do
Estado laico e do pluralismo. O Estado português deve ser neutro em questões religiosas
e deve garantir um ambiente plural e diversificado em termos de religião e crença.

De acordo com a Constituição, ninguém pode ser forçado a adotar uma religião ou
crença específica, incluindo a frequência de uma disciplina religiosa contra a sua
vontade (Artigo 45º) e reforça-se o princípio da igualdade, proibindo a discriminação
com base na religião (Artigo 49º). Tornar obrigatória a frequência desta disciplina
específica pode ser vista como uma discriminação, uma vez que impõe uma religião em
detrimento de outras.

Com base nestes princípios, um decreto-lei que tornasse obrigatória a frequência de uma
disciplina religiosa específica, como a Religião Moral e Católica, poderia ser
questionado quanto à sua constitucionalidade.
No dia de eleições a população fecha o local em que as pessoas iam votar. Estão a
exercer o direito de manifestação, que só tem alguma utilidade se for acompanhado
pela prática de uma ilegalidade.

 Apesar das pessoas serem sancionadas não devem ter a atenuante de


estarem a exercer um direito fundamental?
A Constituição da República Portuguesa (CRP) estabelece o direito fundamental à
manifestação, liberdade de expressão e liberdade de reunião pacífica, como consagrado
nos Artigos 37º e Artigo 45º. Estes artigos asseguram o direito à liberdade de expressão
e o direito de informar, bem como o direito de receber informações e garantem o direito
à liberdade de reunião e manifestação pacífica.

No entanto, é importante notar que a CRP também estabelece que esses direitos
fundamentais devem ser exercidos dentro dos limites da lei e da ordem pública. A
prática de uma ilegalidade, como fechar locais de votação no dia das eleições, violaria a
lei eleitoral e a ordem pública. Por exemplo, segundo o Artigo 18º, estabelece-se o
princípio da legalidade que afirma que ninguém pode ser condenado por ações que não
sejam proibidas por lei e que ninguém pode ser obrigado a fazer algo que não seja
exigido pela lei. Este princípio reforça a importância do respeito pelas leis existentes.
No contexto da pergunta, o encerramento dos locais de votação no dia das eleições é
uma ação que viola a lei eleitoral. Portanto, aqueles que participam nessa atividade
ilegal podem estar sujeitos a sanções legais, uma vez que estão a violar o princípio da
legalidade.

Ademais, fechar os locais de votação no dia das eleições impede diretamente o exercício
do direito de sufrágio dos cidadãos, algo que é incompatível com o Artigo 133º e para
com a CRP pois se trata de um dos princípios fundamentais da democracia e do sistema
eleitoral em Portugal. Embora a CRP proteja o direito à manifestação, esse direito não
justifica a prática de atividades ilegais, como impedir o processo eleitoral. A lei eleitoral
e a ordem pública são fundamentais para a realização de eleições democráticas e a
expressão do voto dos cidadãos.

Assim, a ação de fechar locais de votação no dia das eleições não pode ser considerada
uma manifestação legítima do direito de manifestação, uma vez que viola a lei eleitoral
e a ordem pública. Portanto, as pessoas envolvidas podem enfrentar as consequências
legais pelas suas ações, mesmo que estejam a exercer um direito fundamental.
Na sequência da legislação sobre o tabaco, que proíbe fumar nos restaurantes, e
recentemente, à porta dos hospitais, um cidadão requer ao Tribunal que determine
a proibição de fumar na praia, invocando diretamente normas constitucionais.

 Terá razão?
A proibição de fumar nas praias teria implicações nos direitos dos cidadãos, e essa
proibição poderia vir a ser justificada pelo direito à saúde (Artigo 26º da CRP) e o
direito ao Ambiente (Artigo 66º da CRP), isto é, se se centrasse na forma como essa
proibição visa proteger a saúde dos cidadãos e a do meio ambiente e qualidade do ar.

O Artigo 19º estabelece o princípio da reserva da lei, que significa que apenas a lei pode
restringir direitos, liberdades e garantias nos termos da Constituição. Portanto, a
proibição de fumar nas praias precisaria ser estabelecida por lei e não poderia ser
imposta diretamente sem base legal.

Em resumo, a proibição de fumar nas praias pode ser justificada com base em
considerações de saúde pública e meio ambiente, desde que seja estabelecida por lei em
conformidade com a Constituição. No entanto, a questão de saber se o cidadão tem
razão dependeria da interpretação das normas constitucionais pelos tribunais.
Suponha que o PR nomeou para Primeiro Ministro o líder do partido político
menos votado, sendo pública a informação de que as audições partidárias
indicaram outro partido para o efeito.

 Podia fazê-lo?
A nomeação do Primeiro-Ministro pelo Presidente da República em Portugal é um
processo que envolve considerações constitucionais. O Artigo 187º da Constituição da
República Portuguesa (CRP) estabelece os poderes do Presidente da República no que
diz respeito à nomeação do Primeiro-Ministro. O processo geralmente segue as eleições
legislativas e envolve o líder do partido político que tenha apoio parlamentar
maioritário.

O Primeiro-Ministro tende a ser o líder do partido político que detém a maioria na


Assembleia da República, refletindo o princípio parlamentar da democracia. O
Presidente da República é responsável por nomear o líder do partido com apoio
parlamentar maioritário para o cargo de Primeiro-Ministro. No cenário descrito, em que
o líder do partido político menos votado é nomeado Primeiro-Ministro, apesar de as
audições partidárias terem indicado outro partido para o efeito, isso levanta questões
sobre a conformidade com os princípios democráticos e parlamentares estabelecidos na
CRP. Nomear o líder do partido menos votado sem justificação clara e sem consideração
pelos resultados eleitorais e pelas audições partidárias poderia ser questionável à luz da
CRP.

No entanto, é importante notar que o Presidente da República pode ter alguma margem
discricionária na nomeação do Primeiro-Ministro, mas essa margem deve ser exercida
dentro dos limites da Constituição e em conformidade com os princípios democráticos e
parlamentares estabelecidos na CRP.

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