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Sistemas de Governo – analisam o modo como os órgãos políticos se relacionam entre si.
Sistema Parlamentar
A responsabilidade perante o parlamento aplica-se, por exemplo, através das votações de censura.
Existe também o direito de dissolução do parlamento por parte do primeiro-ministro, sendo este
um deputado, nomeadamente o líder do partido mais votado.
Sistema parlamentar puro – de gabinete, com uma maioria relacionada com o governo. Existe
estabilidade relacionada com o bipartidarismo ou a bipolarização (maiorias parlamentares).
Surge nos EUA com a Revolução Americana, com o objetivo de garantir um poder executivo forte.
O sistema tem a vantagem de permitir estabilidade governativa e uma grande autoridade e eficácia
por parte do governo, que tem importantes competências no plano internacional e interno (fiscais).
No caso americano, o sistema funciona à base de “checks and balances” – impossibilidade de dissolução do
congresso pelo presidente e impossibilidade de destituição do presidente pelo parlamento (exceto em
caso de impeachment).
Sistema Semipresidencial
Surgiu em França, em meados do século XX, com o objetivo de racionalizar o parlamentarismo e estabilizar
o governo.
Em França, verifica-se um presidencialismo executivo bicéfalo, dado que o chefe do estado (Presidente da
Républica) e o chefe de governo (primeiro-ministro) possuem funções governativas, ambos possuem o
poder executivo. Desta forma, é necessária uma forte coordenação entre estes (coabitação).
No caso português, o poder executivo está entregue apenas ao chefe de governo, ou seja, ao primeiro-
ministro, contudo, o Presidente da República também possui funções de grande relevância, como é o caso
da possibilidade de demissão do Governo e de dissolução da Assembleia da República.
Caso Português
Presidente da República (art. 120º - art. 140º) Poder legislativo – Governo e Parlamento
Presidente da República
O Presidente da República é eleito por sufrágio direto, universal e secreto (art. 121º) e por maioria
absoluta (art. 126º) – sistema eleitoral maioritário –, o que lhe confere grande legitimidade
democrática.
O mandato presidencial é de 5 anos (art. 128º), sendo interdito ao mesmo presidente mais do que
do que dois mandatos consecutivos (art. 123º).
Podem ser eleitos todos os cidadãos de origem portuguesa com mais de 35 anos (art. 122º).
É assistido por um Conselho de Estado (art. 141 - art. 146º), cuja consulta é obrigatória em todas as
decisões relevantes.
art. 120º
Mandato: 5 anos
Poderes:
Assembleia da República
Esta pode ser dissolvida pelo Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou
do estado de emergência (art. 172º, remissão para o art. 133º).
Os deputados organizam-se por grupos parlamentares, de acordo com os partidos por que foram
eleitos (art. 180º).
A Assembleia da República é o órgão legislativo por excelência e do jogo de forças dos partidos aí
representados resulta a constituição e a manutenção dos Governos.
Poderes:
Interpelar o Governo;
1. Função LEGISLATIVA
• artigo 164.º - reserva absoluta
• artigo 165.º - reserva relativa
O Governo é o órgão executivo por excelência, ao qual compete a condução da política geral do
país (art. 182º).
Para além das suas funções executivas, o Governo detém ainda una vasta competência legislativa
que exerce através de decretos-leis e de propostas de lei que apresenta à Assembleia da República
(art. 198º).
Os restantes membros são também nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do
primeiro-ministro (art. 187º).
Poderes:
1. Função POLÍTICA
• artigo 197º
2. Função LEGISLATIVA
• artigo 198º
3. Função ADMINISTRATIVA
• artigo 199.º
Tribunais
Os tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo
(art. 202º). Os tribunais apresentam como características fundamentais: independência interna (dentro da
função jurisdicional) e externa (face a outros órgãos e a outros poderes) e imparcialidade
Tribunal Constitucional;
Tribunais Judiciais;
Tribunal de Contas.
• Outra das hipóteses é a apresentação de uma nova proposta de orçamento por parte do
governo.
A partir de 1 de janeiro Portugal vai viver num regime de duodécimos (1/12 das despesas
orçamentais – não se pode ultrapassar esse limite).
Se estas acontecerem terão de ser marcadas com 55 dias de antecedência, e todos os partidos que
desejam concorrer, dispõem de 41 antes das eleições para a entrega de listas.
Depois das novas eleições legislativas, já eleita a assembleia da república, é necessária a nomeação do
governo, sendo o primeiro-ministro nomeado pelo Presidente da República, tendo em conta os resultados
eleitorais e depois de ter ouvido os partidos políticos.
Quando o governo acabar de ser nomeado, dispõe de 90 dias para apresentar um novo Orçamento de
Estado, sendo necessário mais 40 dias para a sua discussão. Para manter o equilíbrio de poder, caso o novo
Orçamento de Estado não seja aprovado, o Presidente da República não pode dissolver o parlamento, uma
vez que esta só pode ser dissolvido passado 6 meses da sua eleição.