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Multiculturalidade
A multiculturalidade deve ser encarada como uma oportunidade de contactar com novas culturas.
Contudo, esta, por vezes, é vista como uma ameaça, que pode afetar negativamente um Estado.
Os Estados não gerem da mesma forma a diversidade cultural. É neste contexto que surgem várias
perspetivas multiculturalistas, que encaram este fenómeno de forma diferenciada.
Perspetivas multiculturalistas:
Liberalismo vs. Comunitarismo – atualmente, não se tem de ser liberal nem comunitarista para ser
culturalista.
Charles Taylor – reconhecimento pressupõe combinação entre uma política de igual dignidade e
uma política de diferença – comunitarista e culturalista, defende que deve haver uma política que
reconheça aquilo que cada um de nós tem de diferente a nível cultural. Somos iguais em dignidade,
mas podemos ser diferentes do ponto de vista cultural.
Will Kymlicka – teoria liberal dos direitos multiculturais e reconhecimento de direitos diferenciados
a grupos. O Estado não é neutro nem tem de o ser – liberal e culturalista, defende que o Estado e as
suas instituições refletem sempre a organização das suas comunidades. As pessoas têm direitos por
serem pessoas, mas não é necessário prescindir desses direitos para reconhecer direitos específicos
a determinados grupos, em função daquilo que eles têm de diferente.
Críticas ao multiculturalismo:
Cidadania igual vs. Cidadania diferenciada – põem-se em causa a justiça por haver tratamentos
diferenciados. Não devem ser dados direitos especiais;
Neutralidade do Estado – a única forma do Estado conseguir gerir a diversidade é ser neutro e
afastar-se destas questões. Não têm de haver medidas da sua parte quanto às pretensas culturais.
Risco de “ghetização” – formação de zonas como Little Italy e China Town, que não criam qualquer
articulação entre culturas, pelo contrário: dão aso ao isolamento cultural e, consequentemente, à
marginalização e exclusão.
Novas preocupações:
Importância de atender às minorias internas (membros vulneráveis no interior dos grupos, como as
questões de género). É necessário olhar para o que se passa dentro dos grupos e ponderar se não
deve haver limites para aquilo que o Estado pode permitir. Uma cultura minoritária não pode fazer
o que quer só por ser minoria, o Estado deve manter o seu papel regulador.
A proposta intercultural
Esta defende a convivência e integração harmónica entre culturas. Por detrás da diversidade cultural há
um conjunto de valores comuns, cuja identificação deve ser o resultado de um processo aberto de
convivência e diálogo entre as diversas culturas em condições de igualdade. É uma proposta que propõe o
diálogo e o respeito.
Há quem sugira a criação de uma linguagem à escala global: a democracia e os Direitos Humanos. No
entanto, isto coloca problemas, como a imposição. A globalização deve ser uma forma de difundir o
respeito e existência de valores comuns a todos.
Cultura
“Conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma
sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de
viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças” (definição da UNESCO).
Minorias
Uma minoria corresponde a um conjunto com pequeno número de indivíduos e características próprias
num determinado território.
Segundo Roberta Medda-Windischer, uma minoria corresponde a “qualquer grupo de pessoas residente,
de forma permanente ou temporária, no território de um estado soberano, em menor número do que o
resto da população do Estado ou de uma sua região, cujos membros partilham características comuns de
natureza étnica, cultural, religiosa ou linguística que os distingue do resto da população e manifestam,
ainda que apenas implicitamente, o desejo de ser tratados como um grupo distinto”.
Revisão dos calendários laborais para acomodar festividades religiosas e aperfeiçoamento normas
relativas a uniformes de forças de segurança ou de condução para acomodar crenças religiosas;
A generalidade dos países europeus reconhece a necessidade de ter em conta as diferenças culturais nos
seus processos de tomada de decisões e procura modelos para acomodar e integrar as novas minorias
resultantes das migrações.
Regulação jurídica da imigração e dos direitos dos imigrantes: tem dimensões internacionais, europeias (UE
e Conselho da Europa) e internas.
Erosão do conceito tradicional de cidadania e novas perspetivas sobre a cidadania: cidadania inclusiva e
integradora, cidadania diferenciada.
Acomodações culturais.