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TRABALHOS ATUALMENTE
• Professor titular de Sociologia na Universidade Aberta de Berlim;
• Pesquisador associado do CEBRAP.
LINHAS DE PESQUISA
Sociologia Política; Sociologia Comparativa; Teoria Social Contemporânea.
TEMAS DE ESPECIALIZAÇÃO
Democracia e Diferença Cultural; Desigualdade Social; Racismo e Anti-Racismo;
Movimentos Sociais; Política Transnacional.
INTRODUÇÃO
ANOS 1980: expansão das políticas de proteção aos direitos culturais;
WILL KYMLICKA: internacionalização dos direitos de minorias sociais pela agenda do...
MULTICULTURALISMO LIBERAL: identidades culturais como entidades ancestrais reproduzidas por processos
endógenos às minorias, sendo anteriores à própria política. Interpretação essencialista de cultura.
PAPEL DO ESTADO: assegurar e proteger esses direitos criando “barreiras” entre e no entorno de grupos culturais
minoritários, permitindo que tais identidades sejam reproduzidas e não sofram com a assimilação e marginalização de seus
aspectos pela cultura dominante.
FOCO DE ANÁLISE: compreensão mais ampla e realista do impacto das medidas implementadas!
DAS IDENTIDADES CULTURAIS
ÀS ARTICULAÇÕES DE
NOVAS DIFERENÇAS
PARTE I
PARTE I
MULTICULTURALISTAS LIBERAIS:
1. Diferenças culturais não possuem valor intrínseco;
2. Tradições e repertórios culturais;
3. Formação de preferências e autonomia individual.
OBJETIVO: escapar da ideia de uma identidade fixa e essencial, impingida ou autoatribuída, desconstruindo discursos polares
que opõem eu/outro ou nós/eles!
PARTE I
CRÍTICA PÓS-ESTRUTURALISTA:
• Colonialismo/imperialismo, nacionalismo e multiculturalismo e a diferença:
CORRESPONDÊNCIA: inserção sociocultural numa estrutura linguística pré-discursiva;
lugar enunciatório determinado no jogo linguístico e político.
PARTE II
PARTE II
ANOS 1980: explosão da diversidade cultural na América Latina!
PRINCIPAIS AGÊNCIAS: Banco Mundial, ONU e OIT (mundial) e CIDH e OEA (América Latina)
CASO DO MOVIMENTO NEGRO: ONG’s, sociólogos e intelectuais negros responsáveis por decodificar
e traduzir dados e conclusões de pesquisas para formular argumentos políticos que incentivem a
mobilização.
LEI E LENDAS: UMA
EXPERIÊNCIA BRASILEIRA
PARTE III
PARTE III
CONSTITUIÇÃO CIDADÃ (1988): texto constitucional progressista!
• ARTIGO nº 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
• ARRUTI (2000) problematiza a noção legal do termo quilombo;
• Movimentação ainda incipiente de comunidades negras no Pará e Maranhão;
ANOS 1990: pela atuação ativa de antropólogos, ativistas e religiosos, movimento das comunidades
remanescentes de quilombos passam a pleitear regularização fundiária.
PARTE III
2003: decreto presidencial implementa a regularização de terras das comunidades remanescentes de quilombos
• CRITÉRIO DE RECONHECIMENTO: autoidentificação
• OBJETIVO DO DECRETO: titulação de terras não aos indivíduos, mas às comunidades!
• TERRA passa a conferir valor enquanto TERRITÓRIO!
PARTE IV
PARTE IV
ML: referência teórica e marco orientador de políticas públicas transnacionais!
• FUNDAMENTO TEÓRICO: preservação dos repertórios culturais é essencial para garantir liberdade e
sentido às escolhas individuais. Legitimidade dos direitos culturais das minorias não pelo valor intrínseco
das culturas, mas pelo exercício pleno da autonomia individual.
• NOÇÃO ESSENCIALISTA: identidade cultural entendida enquanto reflexo de estoques de representações
e modelos de pensamento e ação prévios às relações sociais.
CRÍTICAS: identificações culturais são temporárias e não repetem continuamente supostos repertórios
culturais aprendidos!
• NOÇÃO PÓS-ESTRUTURALISTA: identificações culturais enquanto articulação de diferenças que
expressam a multiplicidade das formas culturais, permitindo selecionar aspectos culturais não pertencentes a
um mesmo conjunto de significados para construir identificações válidas para formas específicas de
interação social com outros indivíduos.
PARTE IV
CRÍTICAS: “miopia” do ML para o nexo entre identificação cultural e desigualdade social!
• Minorias enquanto portadoras de repertórios culturais distintos da cultura majoritária?
• DIFERENÇA CULTURAL: não possui existência própria, exterior à política e relações de poder, sendo
enunciadas a partir de uma posição particular de grupos e indivíduos já situados numa estrutura local, nacional
ou global de desigualdades.