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PROCESSO DE FORMAÇÃO DO DIREITO

O direito de iniciativa ou iniciativa da lei é o primeiro passo no processo de


Como se forma uma Lei? Qual processo? Que medidas ou ações sucessivas devem
ser tomadas para isso?
Nos países onde esse direito é concedido aos indivíduos, algum legislador é
obrigado a apoiar a ideia e se comprometer a dar-lhe a forma necessária para que
possa ser conhecida pelo Congresso em um mecanismo que aproxime a
democracia representativa da democracia direta.

O PL é o texto que é encaminhado ao Congresso Nacional para ser discutido, e se


aprovado, é enviado ao Poder Executivo para dar continuidade ao processo de
formação, desde que esse processo não se esgote, mantenha a qualidade do
projeto de lei.

De acordo com a Constituição, a iniciativa dos projetos de lei é de competência dos


Deputados, do Presidente da República, através dos Secretários de Estado, do
Supremo Tribunal de Justiça, este último só pode instaurar leis em matérias da sua
competência; bem como o Tribunal Nacional Eleitoral, que é responsável pelas
questões relativas aos atos e procedimentos eleitorais.

O projeto de lei deve ser acompanhado de uma exposição de motivos, nome dado
ao conjunto de ideias em que são expressos os fundamentos e as razões que
foram levadas em conta na elaboração do referido projeto por ele apresentado, o
Congresso Nacional o encaminha para estudo de uma comissão de seu meio. ou
seja, a uma comissão de deputados.

Se o projeto trata de questões judiciais, por exemplo, reformas, ou revogação de


dispositivos contidos nos códigos da república, o parecer ou parecer do Supremo
Tribunal de Justiça deve ser ouvido, para maior entendimento.

É o julgamento que sobre determinada matéria emite alguém ou uma comissão com
autoridade na matéria concluiu o estudo (e depois de ouvido o parecer do Supremo

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Tribunal de Justiça, se for o caso), o projeto é submetido a
discussão na Câmara dos Deputados, cada um expondo sua opinião sobre o
assunto.

A DISCUSSÃO. É feito em três deliberações ou debates, a serem realizados em


dias diferentes, porém, se houver motivos graves ou especiais, é possível, a
pedido de qualquer deputado, concordar com a urgência da lei, para a qual é
necessário o voto favorável da maioria dos deputados presentes; Se isso
acontecer, o projeto será discutido em um único debate.

Esgotada a discussão, é feita a maioria dos votos, composta pela metade mais um
para a aprovação do projeto, caso seja aprovado, é editado o decreto
correspondente autorizado pelo Presidente e pelos dois Secretários do Congresso.
O projeto é encaminhado ao Poder Executivo, no prazo máximo de três dias após
ser votado, para aprovação e promulgação.

SANÇÃO E PROMULGAÇÃO A sanção é o ato de confirmação de uma lei que,


como atribuição, tem o Presidente da República e a promulgação, é a publicação
dessa lei no jornal oficial chamado "La Gaceta" a sanção ou confirmação de uma
lei é feita pelo Presidente da República, colocando ao pé dela a seguinte fórmula
ou razão; "Portanto, Executar", porém, nem sempre o Presidente da República
confirma ou sanciona e publica uma lei, de fato, invocando razões de conveniência
pública para que a lei que lhe foi comunicada não seja editada, ele pode devolvê-
la, no prazo de dez dias ao Congresso, com essa fórmula, "Volte ao Congresso",
com a exposição das razões em que se baseia sua discordância, é o que se
chama de "veto" ou "direito de veto". Vetar uma lei é, portanto, rejeitar
adequadamente um projeto e impedir que ele se torne lei obrigatória, é atribuição
constitucional atribuída exclusivamente ao presidente da República.
Uma vez devolvido o projeto ao Congresso, o Congresso o submeterá para nova
deliberação, se
considera aceitáveis as razões do Executivo, que irá reconsiderar o projeto; caso
contrário, poderá ratificá-lo em todas as suas partes; mas para que a ratificação
tenha sucesso deve ter dois terços de votos afirmativos, após o que a lei ratificada
retornará ao Poder Executivo, com esta fórmula "Constitucionalmente ratificada".

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Se a votação tiver sido baseada no fato de que o projeto é inconstitucional, o
Congresso deve primeiro ouvir o Supremo Tribunal de Justiça; este se pronunciará
no prazo por ele indicado, findo o qual a nova deliberação será constitucionalmente
ratificada, a qual será promulgada sem demora pelo Poder Executivo, nos termos do
art. 221 da Constituição. A lei torna-se obrigatória em virtude de sua promulgação e
decorridos vinte dias do término de sua publicação no Diário Oficial "La Gaceta", no
entanto, o prazo de 20 dias pode ser reduzido ou prorrogado na mesma lei, bem
como ordenado em casos especiais, outra forma de publicação ou promulgação.
DECRETOS QUE NÃO PODEM SER VETADOS

De acordo com o artigo 218 da Constituição da República, não serão necessários


sancionar os seguintes casos e deliberações, nem o Poder Executivo poderá
vetar:

1. Nas eleições que o Congresso Nacional fizer ou declarar, ou nas renúncias


que admitir ou rejeitar;
2. Nas declarações de se há ou não espaço para a formação da causa;
3. Nos decretos que se referem à conduta do Poder Executivo;
4. Nos regulamentos editados para o seu regime interno;
5. Nos Decretos que aprova a mudança temporária de sua sede para outro local
no território de Honduras ou a suspensão de suas sessões ou a convocação de
sessões extraordinárias;
6. Na Lei Orçamentária;
7. Em tratados ou contratos aprovados pelo Congresso Nacional: e

8. 8. Nas reformas que forem decretadas à Constituição da República.


9. (Vide Anexos do Decreto nº. 307-98 de Emendas à Constituição da República
no Congresso Nacional).

10. Nestes casos o Executivo promulgará a lei com esta fórmula: "PORTANTO
PUBLICAMENTE".

DECRETOS SOBRE REFORMAS CONSTITUCIONAIS

11. Os decretos que contenham emendas à Constituição da República devem


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ser aprovados em sessões ordinárias com o voto de dois terços de todos os seus
membros, e devem ser ratificados na legislatura seguinte por igual número de
votos para que entre em vigor (artigo 373 da Constituição da República).
12. O artigo anterior, os artigos constitucionais que se referem à forma de
governo do território nacional, ao período presidencial, à proibição de voltar a ser
Presidente da República, ao cidadão que o tenha exercido a qualquer título e ao
que se refere aos que não puderem ser Presidente da República não podem ser
alterados em caso algum.público para o período subsequente

ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

13. O Congresso Nacional reunir-se-á em sessões ordinárias na capital da


República, no dia vinte e cinco de janeiro de cada ano, sem necessidade de
convocação, e encerrará suas sessões no dia trinta e um de outubro do mesmo ano.
14. O Conselho de Administração é composto pelo Presidente, Vice-Presidentes,
Secretários e Pró-Secretários; há também vice-presidentes suplentes e secretários
suplentes. Atualmente a Mesa Diretora é composta por treze parlamentares.
As sessões poderão ser prorrogadas pelo tempo que for necessário, por
deliberação do Congresso ou iniciativa de um ou mais de seus membros ou a
requerimento do Poder Executivo.

Os recessos serão estabelecidos no Regimento Interno (art. 189 Const.).

O Congresso Nacional reunir-se-á em sessões extraordinárias:

1. Quando solicitado pelo Poder Executivo


2. Quando convocado por sua Comissão Permanente, e
3. Quando assim acordado por metade mais um de seus membros.

Nesses casos, tratará apenas das matérias que deram origem ao respectivo decreto
de convocação (art. 190 Const.).

O Congresso Nacional tem as seguintes competências:


1. Criar, decretar, interpretar, reformar e revogar leis;
2. Convocar, suspender e encerrar suas sessões;
3. Expedir seu Regimento Interno e aplicar as sanções nele estabelecidas

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para quem o violar;
4. Convocar sessões extraordinárias nos termos desta Constituição;
5. Incorporar seus membros com vistas às credenciais e receber a promessa
constitucional;
6. Convocar os suplentes substitutos em caso de impedimento absoluto, temporário
ou legítimo dos proprietários ou quando estes se recusarem a comparecer;
7. Apurar os votos e declarar a eleição do Presidente, Designado à Presidência e
Deputados ao Congresso Nacional, quando o Tribunal Nacional Eleitoral não o
tiver feito.

Quando um mesmo cidadão for eleito para vários cargos, será declarado eleito para
apenas um deles, de acordo com a seguinte ordem de preferência;
a) Presidente da República;
b) Nomeado para a Presidência da República;
c) Membro do Congresso Nacional; e
d) Membro da Corporação Municipal.

8. Aceitar ou não a renúncia de deputados por justa causa;


9. Eleger, para o período constitucional, nove magistrados titulares e sete
suplentes do Supremo Tribunal de Justiça e eleger o seu Presidente;

10. Fazer a eleição do Chefe das Forças Armadas:


11. Fazer a eleição da Controladoria e Controladoria Adjunta, Procurador-
Geral e Subprocurador-Geral da República, Diretor e Diretor Adjunto de Probidade
Administrativa;
12. Receber a promessa constitucional ao Presidente e
Designado à Presidência da República, declarado eleito e aos demais
funcionários que optar por conceder-lhes licença e admitir ou não sua
renúncia e preencher as vagas em caso de ausência absoluta de qualquer
deles;
13. Conceder ou negar permissão ao Presidente e às Pessoas Designadas
da Presidência da República para que se ausentem do País por mais de quinze
dias;
14. Alterar a residência dos Poderes do Estado por motivos graves;

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15. Declarar se há ou não espaço para a formação de processo
contra o Presidente, Pessoas nomeadas para a Presidência, Membros do
Congresso Nacional, Magistrados do Supremo Tribunal de Justiça,
Membros do Tribunal Nacional Eleitoral, Chefe das Forças Armadas,
Secretários e Subsecretários de Estado, Chefes de Missões Diplomáticas,
Controlador e Subcontratado, Procurador-Geral e Subprocurador-Geral da
República e Diretor e Diretor Adjunto de Probidade Administrativa;
16. Conceder anistia para crimes políticos e conexos comuns, salvo neste
caso o Congresso Nacional não poderá editar resoluções a título de indulto;
17. Conceder ou negar permissão aos hondurenhos para aceitar cargos
ou condecorações de outro Estado;
18. Decretar prêmios e conceder privilégios temporários aos autores
ou inventores e àqueles que introduziram novas indústrias ou aperfeiçoaram as
existentes de utilidade geral;
19. Aprovar ou reprovar contratos que envolvam isenções, incentivos e
concessões fiscais ou qualquer outro contrato que produza ou prolongue seus
efeitos para o próximo período de Governo da República;
20. Aprovar ou reprovar a conduta administrativa do Poder Executivo,
do Poder Judiciário e do Tribunal Nacional Eleitoral, da Controladoria-Geral da
República, da Procuradoria-Geral da República e das instituições
descentralizadas;
21. Nomear comissões especiais para a investigação de assuntos de
interesse nacional. O comparecimento a requerimento das referidas comissões
será obrigatório sob os mesmos constrangimentos observados no processo
judicial;
22. Interrogar os Secretários de Estado e outros funcionários da
administração central, agências descentralizadas, empresas estatais e qualquer
outra entidade em que o Estado tenha interesse, sobre assuntos relacionados com
a administração pública.
23. Decretar a restrição ou suspensão de direitos nos termos da
Constituição e ratificar, modificar ou reprovar a restrição ou suspensão que o
Poder Executivo tenha expedido nos termos da Lei;
24. Conferir as patentes de Major a Major-General, sob proposta do
Chefe das Forças Armadas, por iniciativa do Presidente da República;
25. Fixar o número de membros permanentes das Forças Armadas;
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26. Autorizar ou negar o trânsito de tropas estrangeiras pelo território
do país;
27. Autorizar o Poder Executivo a deixar tropas das Forças Armadas
para servir em território estrangeiro, de acordo com tratados e convenções
internacionais;
28. Declarar guerra e fazer a paz;
29. Autorizar o recebimento de missões militares estrangeiras para
assistência ou cooperação técnica em Honduras;
30. Aprovar ou reprovar tratados internacionais celebrados pelo Poder
Executivo;
31. Criar ou extinguir postos de trabalho e decretar honrarias e
pensões por relevantes serviços prestados à Pátria;
32. Aprovar anualmente o Orçamento Geral de Receitas e Despesas
com base no projeto apresentado pelo Poder Executivo, devidamente discriminado e
deliberar sobre sua modificação;
33. Aprovar anualmente os Orçamentos de Receitas e Despesas
devidamente discriminados das instituições descentralizadas;
34. Decretar o peso, a lei e a taxa da moeda nacional e o padrão de
pesos e medidas;
35. Estabelecer impostos e contribuições, bem como encargos públicos;
36. Aprovar ou reprovar empréstimos ou contratos similares relativos a
crédito público, celebrados pelo Poder Executivo.

Para a contratação de empréstimos no exterior ou aqueles que, embora pactuados


no país, devam ser financiados com capital estrangeiro, o respectivo projeto deve
ser aprovado pelo Congresso Nacional;

37. Estabelecer por lei os casos em que é cabível a concessão de


subsídios e subvenções para fins de utilidade pública ou como instrumento de
desenvolvimento econômico e social;
38. Aprovar ou reprovar as contas dos gastos públicos com base nos
relatórios apresentados pela Controladoria-Geral da República e nas observações
feitas sobre eles pelo Poder Executivo;
39. Regulamentar o pagamento da dívida pública, por iniciativa do
Poder Executivo;

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40. Exercer controle sobre as receitas públicas;
41. Autorizar o Poder Executivo a alienar bens nacionais ou
sua aplicação em uso público;
42. Autorizar portos; criar e extinguir alfândegas e zonas francas por
iniciativa do Poder Executivo;
43. Regular o comércio marítimo, terrestre e aéreo;
44. Estabelecer símbolos nacionais; e
45. Exercer os demais poderes indicados por esta Constituição e
pelas leis. (art. 205 Const.)

São indelegáveis os poderes do Poder Legislativo, exceto o de receber a promessa


constitucional aos altos funcionários do Governo, nos termos desta Constituição.

A Mesa Diretora do Congresso Nacional, antes de encerrar suas sessões,


designará, entre si, nove membros e seus respectivos suplentes que formarão a
Comissão Permanente em recesso do Congresso Nacional.

CONCLUSÃO

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No trabalho anterior falamos sobre os passos a seguir para se
fazer uma nova lei no país, entendendo que para tornar uma lei
efetiva é necessário passar pelos 3 poderes do Estado já que eles
possuem interdependência.

Em primeira instância, o projeto é encaminhado para discussão


pelo Congresso Nacional e, se o projeto incluir matérias judiciais,
o parecer do Supremo Tribunal de Justiça é consultado.

Posteriormente, se o projeto for aprovado, ele é enviado ao Poder


Executivo para aprovação e promulgação.

BIBLIOGRAFIA

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Sítio Web Wikipedia.org
Site que serve como uma enciclopédia que permite revisar, escrever e
solicitar artigos.

www.congresonacional.hn
Site onde mostra informações relacionadas às leis e decretos de
Honduras

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