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CONSTITUCIONAL
PROCESSO LEGISLATIVO
*MP não revoga lei, a MP tem força de lei, mas não é lei, só uma lei pode revogar outra lei, nesse
sentido, a MP apenas suspende a eficácia da lei. Após a conversão da MP em lei, esta nova lei poderá
revogar a anterior.
*Cabe ao CN regulamentar por decreto legislativo as relações jurídicas decorrentes da MP que perdeu
sua eficácia.
*É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (princípio da irrepetibilidade absoluta)
*Trata-se de uma comissão que é utilizada pelo Parlamento como mecanismo de investigação
preliminar, semelhante ao que ocorre com o inquérito policial e com o procedimento investigatório
criminal.
*Ela não tem competência para condenar ninguém, nem processar ninguém diretamente, não pode
aplicar multa nem bloquear bens, o que ela vai fazer é colher provas.
*Ao término da CPI vai haver uma espécie de indiciamento (apontar quem praticou determinado
crime), semelhante ao que ocorre com o IPL. Nesse sentido, o que a CPI faz com a conclusão dos
seus trabalhos é enviar para os órgãos competentes (Ministério Público, Polícia e Tribunal de Contas)
tudo aquilo que foi coletado em termos de provas para que estes adotem as medidas cabíveis.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Mas o que são esses poderes próprios de autoridades judiciais e quais os seus limites?
Há medidas determináveis pelos membros do Judiciário que não podem ser adotadas pelas CPIs, tais
como autorização para interceptação das comunicações telefônicas e a decretação de
indisponibilidade de bens do investigado, matérias protegidas pela cláusula de reserva de
jurisdição.
Importante!
A testemunha, diferentemente do investigado, faz um juramento e é obrigada a prestar as informações
que tenha conhecimento para ajudar na elucidação dos fatos. Acontece que algumas pessoas na
condição de testemunha têm impetrado mandado de segurança para ter direito de ficar em silêncio
durante as oitivas na CPI, pois na prática acontece de a pessoa ser convocada pela CPI na condição
de testemunha, mas na verdade está sendo investigada.
Pode acontecer uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai ser composta pelos
membros de ambas as Casas Legislativas.
(II) fato determinado → é preciso que seja indicado/apontado claramente o que se quer objetivamente
investigar, ela tem que trazer esclarecimentos sobre fato determinado e não servir de instrumento de
espetacularização política. (Ex: investigar os contratos celebrados pelo Ministério da Saúde durante a
pandemia). Nesse sentido, não se pode instaurar CPI com fundamento em fatos genéricos (ex:
investigar casos de corrupção no Poder Judiciário).
(III) prazo certo → no ato de criação da CPI é necessário indicar o tempo de sua duração. O texto
constitucional não limita/não estabelece o prazo máximo de funcionamento. O posicionamento da
jurisprudência sobre o assunto é a de que a CPI aponte o prazo de sua duração (ex: 90 dias) com
sucessivas prorrogações desde que a própria CPI solicite, mas seu tempo máximo é o de uma
legislatura (4 anos), pois quando se encerra a legislatura todas as comissões temporárias são
arquivadas.
Para criação de uma CPI no âmbito dos Estados ou dos Municípios devem ser utilizados os mesmos
requisitos estabelecidos a nível federal.
Não há um número limitado para criação de CPIs simultâneas, fica a cargo do regimento interno da
Casa definir isso.
Será que a CPI no âmbito federal não teria competência para arrolar como investigados
Governadores e Prefeitos para investigar a aplicação dos recursos federais repassados com a
rubrica de auxílio financeiro para combate à pandemia?
Não, pela seguinte lógica: já que a CF não autoriza a convocação do Chefe do Executivo federal
por quaisquer que sejam as comissões parlamentares, mas apenas a convocação de Ministros
de Estado com base no inciso III do § 2º do art. 58 da Carta Constitucional, desse modo, esse
dispositivo por simetria vai ser aplicado aos Governadores e Prefeitos na condição de Chefe
do Executivo estadual e municipal. Nesse caso, poderia ser convocado quaisquer dos
Secretários estaduais ou municipais para prestar esclarecimentos em uma CPI federal sem
problema algum.