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DIREITO CONSTITUCIONAL II – 2BIMESTRE

CONTEÚDO –

1. Medida Provisória - Edição e tramitação de uma medida provisória


2. Decreto Legislativo, Resoluções e Lei Delegada
3. Controle de Constitucionalidade – modelos, classificações e efeitos das decisões
4. Ação Direta de Inconstitucionalidade e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
5. Ação Declaratória de Inconstitucionalidade e Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

MEDIDA PROVISÓRIA
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I –relativa a: a. nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos
políticos e direito eleitoral; b. direito penal, processual penal e processual civil; c. organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros; d. planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II –que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer
outro ativo financeiro; III –reservada a lei complementar; IV –já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

CONCEITO - É uma norma com força de lei, adotada pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência para o país.
Não é promulgada, mas sim editada e deve ser submetida de imediato ao Congresso Nacional
que poderá transformá-la em lei
Nasce com o objetivo de virar Lei Ordinária (pode inclusive modificar a Lei Ordinária/Lei Comum).

LEGITIMIDADE PARA EDITAR – Presidente da República


Presidente da República. Governadores e Prefeitos também podem
dependendo da legislação estadual e municipal

PRESSUPOSTOS PARA EDITAR – Relevância e Urgência (cumulativos)


§5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias
dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

Quem analisa se o tema da mp possui os pressupostos? (se há relevância e urgência)


O Poder Legislativo através do Congresso Nacional – exerce o controle de constitucionalidade por meio da Comissão Mista,
O Poder Judiciário só poderá exercer o controle se a ausência dos pressupostos for manifesta. (escancarado, extremo)

OBS- A MP possui Controle Repressivo, Controle Preventivo Controle Repressivo


Visto que ela nasce valendo desde o dia que é editada. É feito antes da norma É feito depois que a norma
entrar no ordenamento já existe no ordenamento

EFICÁCIA – Possui desde a sua edição até o fim do prazo de duração


Quando a medida provisória perde a sua eficácia?
Quando for esgotado o prazo de duração sem que tenha sido convertida em lei, perderá sua eficácia
desde a data da sua publicação (efeito ex tunc), salvo os casos do §§ 11 e 12 do art. 62

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as
relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que
seja sancionado ou vetado o projeto.
PRAZO DE DURAÇÃO –
60 dias, prorrogáveis uma única vez por igual período (art. 62, §3º)

Porém se dentro de 45 dias a MP não tiver sido editada, ocorre o trancamento de pauta
que só afeta as matérias que podem ser tratadas por meio de Medida Provisória/ Lei Ordinária

45 DIAS 60 DIAS 60 DIAS


Enquanto a pauta estiver trancada por medida provisória, os
deputados só poderão votar alguns tipos de proposição lei que não
seja objeto de medida provisória

OBS - Durante o Recesso Parlamentar - o prazo da medida provisória fica suspenso, mas continua produzindo efeitos jurídicos.
A Medida Provisória pode ter eficácia por mais de 120 dias?
Sim, no caso de Recesso Parlamentar, visto que o prazo fica suspenso.

OBS - As medidas provisórias que estavam vigentes antes de 10 de setembro de 2001 não têm prazo de duração. São como se fossem lei.

TRAMITAÇÃO –
1. - Presidente da República edita a medida provisória;
2. - A medida provisória é publicada no Diário Oficial da União e ganha eficácia
3. - A medida provisória é enviada para a Câmara dos Deputados
4. - É formada uma Comissão Parlamentar Mista para avaliar e emitir parecer (aprovação, rejeição ou alteração do texto)
5. - Plenário da Câmara dos Deputados;
6. - Plenário do Senado Federal;
7. - Se a medida provisória for aprovada sem qualquer alteração na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, é
promulgada como Lei Ordinária pelo próprio Presidente do Senado Federal;
Obs: Quando é convertida em Lei Ordinária, o quórum de aprovação é o de maioria simples.
8. - Se houver qualquer modificação no texto da MP durante o trâmite na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal,
a medida provisória segue o trâmite da Lei Ordinária.
9. - Regime de Urgência: Se a medida provisória não for votada em até 45 dias em cada uma das Casas, entra em
regime de urgência, ocorrendo o trancamento de pauta.
Obs: As medidas provisórias que forem rejeitadas ou que perderam a eficácia pelo decurso do prazo não poderão ser
novamente editadas na mesma sessão legislativa (art. 62, § 10).

MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE MP –


I –Relativa a: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b. Direito penal, processual penal e processual civil;
c. Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d. Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto
no art. 167, § 3º;

LEI DELEGADA
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º
Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I – organização do Poder Judiciário e
do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do
projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

CONCEITO - É um ato normativo elaborado pelo chefe do Poder Executivo Federal (Presidente da República).
É uma exceção à indelegabilidade das atribuições (funções). É o Poder Executivo sendo autorizado a legislar.

TRAMITAÇÃO
1. O Presidente solicita ao Congresso Nacional autorização para legislar sobre determinado assunto.
2. Poder Legislativo se der a autorização, fixa o conteúdo e os termos em que o Presidente poderá exercer essa função.
3. O Congresso Nacional pode exigir que a lei elaborada pelo Presidente da República passe por sua avaliação antes da
promulgação. Neste caso, o Congresso deve apreciar a lei em sessão de votação única, sendo vedada qualquer emenda.

MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE LEI DELEGADA -


• As de competência exclusiva do Congresso Nacional;
• As de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
• As matérias reservadas à lei complementar, à organização do Poder Judiciário, do Ministério Público, à carreira e garantia de
seus membros, nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.

DECRETOS LEGISLATIVOS
CONCEITO - Espécie normativa que regula as matérias de competência exclusiva do Poder Legislativo.
Bicameral, sempre vem do Congresso Nacional

FUNÇÃO –
Por meio de decretos legislativos o Congresso Nacional julga as contas do Presidente da República; resolve definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais; aprecia atos de concessão ou renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
autoriza que o Presidente da República se ausente do País por mais de quinze dias; disciplina as relações jurídicas decorrentes de
medidas provisórias não convertidas em lei; escolhe dois terços dos Ministros do TCU; autoriza referendo e convoca plebiscito; e
susta atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.

OBS- Quem pode editar? Quem promulga?


Congresso Nacional O Presidente do Senado

RESOLUÇÕES
CONCEITO - Instrumento pelo qual a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal regulamenta as matérias que são de sua
competência (Câmara dos Deputados - art. 51 e Senado Federal - art. 52).
Unicameral, vem de cada um de forma individual

OBS - Quem pode editar? Quem promulga?


Câmara ou Senado O Presidente da respectiva casa
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
CONCEITO- Sistema para verificar se as demais normas Infraconstitucionais são compatíveis com a Constituição Federal.
Todas as normas do ordenamento devem ser compatíveis com a Constituição.
A esta verificação de compatibilidade, dá-se o nome de controle de constitucionalidade.

SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO –
As normas constitucionais e as que são equivalentes a elas, possuem primazia sobre as demais
normas do ordenamento jurídico. Logo, as normas infraconstitucionais devem se adequar à Constituição,

SUPREMACIA MATERIAL SUPREMACIA FORMAL


A primazia da norma se dá devido ao seu conteúdo, A primazia da norma se dá se está positivada
isto é, se for matéria típica de Constituição. na Constituição, independe de seu conteúdo.
Exemplo - Organização do Estado, divisão de
competências e dos direitos fundamentais.
NÃO POSSUI RIGIDEZ CONSTITUCIONAL POSSUI RIGIDEZ CONSTITUCIONAL –
traz a necessidade de procedimento mais
rigoroso para alterar o texto da Constituição
Dois turnos com quórum de 3/5 em cada
casa do Congresso.

EFEITOS - Possui efeitos retroativos Ex Tunc, retirando a norma como se ela nunca tivesse existido.

TIPOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE


decorre do processo de elaboração do ato. ocorre após a prática do ato. o ato que anteriormente era
vícios quanto a - competência, processo, constitucional passa a ser inconstitucional.
circunstância

INCONSTITUCIONALIDADE ORGÂNICA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL


decorre da falta de competência do órgão para decorre do conteúdo da lei.
praticar o ato. A matéria é incompatível com a Constituição.

INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


decorre da prática de um ato pelo poder constituído. decorre da ausência da prática de um ato que o poder
O legislador faz algo que lhe era vedado fazer pela constituído estava obrigado a adotar. O legislador deixa de
Constituição. fazer algo que estava obrigado pela Constituição a fazer.

INCONSTITUCIONALIDADE TOTAL INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL


toda a lei é declarada inconstitucional, não sendo parte da lei é declarada inconstitucional, sendo possível
possível aproveitar nenhuma parte dela. aproveitar o restante

OBS - ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAIS


É a violação de diversos direitos fundamentais pela omissão de mais de um poder ou órgão de estado.
Neste caso o tribunal reconhece que a violação generalizada de direitos caracteriza um estado de inconstitucionalidade
CLASSIFICAÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1- QUANTO AO MOMENTO
PREVENTIVO REPRESSIVO
Ocorre antes da norma entrar no ordenamento Ocorre depois que a norma já existe no ordenamento.

2- QUANTO AO NÚMERO DE ORGÃOS ENCARREGADO DO CONTROLE


CONCENTRADO DIFUSO
aquele em que um único órgão é competente para Todos os magistrados e tribunais podem exercer o
exercer o controle de constitucionalidade controle de constitucionalidade
ex- STF é competente para julgar ADIN, ADECON e ex- Mandado de Segurança e Habeas Corpus...
ADPF.

3- QUANTO Á NATUREZA DO ORGÃO JULGADOR


POLÍTICO CONTROLE JUDICIAL
Controle exercido por demais órgãos não Controle realizado pelo Poder Judiciário
pertencente ao Poder Judiciário

CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE JUDICIÁRIO

1- QUANTO A RELAÇAO DO CONTROLE EM RELAÇAO AO OBJETO DA CAUSA


PRINCIPAL INICIDENTAL
Quando a análise da constitucionalidade é a única A análise da constitucionalidade é questão
questão objeto de julgamento. secundária, que precisa ser resolvida para solucionar
a questão principal.

2- QUANTO AOS EFEITOS DA DECISÃO


INTER PARTES ERGA OMNES
Atingem apenas as partes litigantes. Produzem efeitos para todos. Tem efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
Administração Pública Direta e Indireta

EFEITOS DA DECISÃO NO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE


1- NULIDADE TOTAL –
Todo texto da lei é declarado inconstitucional (normalmente relacionado a vício formal).

2- NULIDADE PARCIAL –
Parte da lei é declarada inconstitucional (normalmente relacionada a vício matéria).

3- NULIDADE PARCIAL SEM REDUÇÃO DO TEXTO –


Inconstitucionalidade de determinada hipótese de aplicação da lei.

4- INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO


Quando existe ou mais interpretações da lei, declara-se a que deve ser aplicada.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EM ESPÉCIE
PRINCIPAIS DIFERENÇAS :

CONTROLE DIFUSO CONTROLE CONCENTRADO


Qualquer juiz/tribunal pode exercer o controle de O controle de constitucionalidade é feito somente por um
constitucionalidade tribunal específico. STF ou TJ
A inconstitucionalidade é a razão de pedir A inconstitucionalidade é o pedido
Possui controle incidental Possui controle Principal
Decisão produz efeito inter parts Decisão produz efeito erga omnes (para todo mundo)
Ao declarar a inconstitucionalidade, o STF deve comunicar ao Ao declarar a inconstitucionalidade, o STF não precisar
Senado, para possível suspensão - total ou parcial, da lei comunicar ao Senado, visto que a decisão já é dotada de
efeitos erga omnes

CONTROLE DIFUSO
CONCEITO – Qualquer juiz/tribunal pode exercer o controle de constitucionalidade
Possui controle incidental - A análise da constitucionalidade é questão secundária,
que precisa ser resolvida para solucionar a questão principal.
A inconstitucionalidade é a razão de pedir

EXEMPLO –
Um dos momentos da história do Brasil foi o congelamento de contas bancárias pelo então Presidente Collor
Ele fez isso por meio de uma medida provisória que foi questionada no Poder Judiciário.
Nesse contexto, uma pessoa que entra na Justiça pleiteando a devolução de seu dinheiro deve alegar a
inconstitucionalidade da medida provisória, para então conseguir o desejado. Assim, o pedido é o que se chama
de bem da vida, isto é, o dinheiro (que não é o único bem da vida).

EXEMPLO –
A Lei de Crimes Hediondos previa que uma pessoa condenada por crime hediondo deveria cumprir a pena
integralmente em regime fechado. Por meio de habeas corpus, foi pedida no STF a inconstitucionalidade dessa
lei. Assim, antes de pedir a liberdade ou a progressão de regime, seria necessário, em primeiro lugar,
alegar a inconstitucionalidade da lei.

1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
É a última etapa do controle difuso. Recurso que remete o processo para ser apreciado pelo STF.
Hipóteses de cabimento: Art. 102, III, da CF. Repercussão geral, art. 102, § 3.° da CF

2. MANDADO DE INJUNÇÃO
Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (Art. 5.°, LXXI, da CF)

CONTROLE CONCENTRADO
CONCEITO – A análise de constitucionalidade é feita por um tribunal específico. STF e o TJ
Possui controle Principal - Quando a análise da constitucionalidade é a única questão objeto de julgamento.
A inconstitucionalidade é o pedido
Pode ser arguida por meio de cinco ferramentas: ADI, ADC, ADO, ADPF e ADI Interventiva.
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn/ADI ou ADI genérica)
Ação cabível para questionar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo federal ou estadual.

Legitimidade Ativa Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara


(art. 103 CF e art. 2.° da Lei 9.868/99): dos Deputados; Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara
Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito
Federal; Procurador-Geral da República;

PERTINÊNCIA TEMÁTICA Determinados legitimados devem justificar a propositura da ação:


Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; Confederação
sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Foro Competente STF


Quórum de Instalação (oito ministros, 2/3 de seus membros)

Quórum de Aprovação maioria absoluta = (metade de onze + 1).


Efeitos erga omnes e vinculante e, em regra, ex tunc,
OBS De acordo com o STF, o Poder Legislativo, em sua função típica de
legislar, não está vinculado às decisões de ADIn.
OBS Admite-se ADIn contra emenda Constitucional.
OBS Por ausência de previsão legal, o STF não admite ações diretas de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos municipais em face
da Constituição Federal (impossibilidade jurídica do pedido). É
possível controle difuso, podendo chegar ao STF. Se uma lei municipal
contrariar a Constituição Estadual, é possível uma ADIn perante o
Tribunal de Justiça (art. 125, §2.°, da CF). Também não se admite
ADIn contra lei ou ato normativo anterior à Constituição

2 - Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)-


Ação cabível para declarar a constitucionalidade de uma lei federal (o que se pede é a constitucionalidade).

Legitimidade Ativa art. 103 CF

Foro competente STF


Quórum de Instauração de Sessão 2/3 dos membros (8 Ministros)
Quórum de Julgamento: maioria absoluta (6 Ministros)
Efeitos da Decisão erga omnes, vinculante e Ex Tunc (retroage).
OBS quando houver várias decisões em controle difuso de
constitucionalidade reconhecendo uma determinada lei federal
como inconstitucional, é possível provocar o STF requerendo
o reconhecimento da constitucionalidade da lei. Neste caso,
o pedido é de declaração de constitucionalidade e a decisão
vincula todos os juizes.
OBS possuem efeitos dúplice, isto é, quando o STF julga
procedente uma ADI, acaba por declarar a lei
inconstitucional, já quando julga improcedente, declara a
lei constitucional. Quando o STF julga procedente um ADC,
acaba por declarar a lei constitucional, já quando julga
improcedente, reconhece que a lei é inconstitucional.
3 - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO):
Ação cabível quando a falta de edição de lei privar de aplicabilidade uma norma da constituição (norma de
eficácia limitada).

Legitimidade Ativa art. 103 CF


Foro competente STF
Quórum de Instauração de Sessão 2/3 dos membros (8 Ministros)
Quórum de Julgamento: maioria absoluta (6 Ministros)
Efeitos da Decisão o STF constitui em mora o Poder competente ou, em se
tratando de órgão administrativo, determina a elaboração em
até 30 dias.

4 - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF):


Ação cabível para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição, resultante de ato do Poder
Público. Também é cabível quando for relevante o fundamento da controversa constitucional resultante de lei federal,
estadual ou municipal, inclusive aqueles que são anteriores à Constituição.

Legitimidade Ativa art. 103 CF


Foro competente STF
Quórum de Instauração de Sessão 2/3 dos membros (8 Ministros)
Quórum de Julgamento: maioria absoluta (6 Ministros)
Efeitos da Decisão erga omnes (para todos), vinculante e EX TUNC (retroage).
OBS Aplica-se o princípio da subsidiariedade - essa ação só é
cabível quando nenhuma outra ação for.

5 - Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva Federal (ADIN Interventiva):


Ação que visa pedir autorização ao STF para decretação de uma intervenção por violação de princípios sensíveis da
Constituição.

Princípios Sensíveis - Forma Republicana; Sistema Representativo; Regime Democrático; Direitos da Pessoa Humana;
Autonomia dos Entes Federativos; Prestação de Contas da Administração Pública Direta e Indireta Aplicação do Percentual
Mínimo dos Impostos e Saúde e Educação.

Legitimidade Ativa Procurador Geral da República


Foro competente STF
Quórum de Instauração de Sessão 2/3 dos membros (8 Ministros)
Quórum de Julgamento: maioria absoluta (6 Ministros)
Efeitos da Decisão erga omnes, vinculante e EX NUNC (não retroage – por ser
interventiva, não tem como retroagir para intervir no passado)
OBS Se a ADI Interventiva for julgada procedente, o Presidente da
República, por decreto, sustará o ato impugnado. Se isso não
for suficiente para sanar a violação do princípio sensível da
Constituição, então a intervenção poderá ser decretada.

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