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CONTEÚDO –
MEDIDA PROVISÓRIA
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I –relativa a: a. nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos
políticos e direito eleitoral; b. direito penal, processual penal e processual civil; c. organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e a garantia de seus membros; d. planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II –que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer
outro ativo financeiro; III –reservada a lei complementar; IV –já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
CONCEITO - É uma norma com força de lei, adotada pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência para o país.
Não é promulgada, mas sim editada e deve ser submetida de imediato ao Congresso Nacional
que poderá transformá-la em lei
Nasce com o objetivo de virar Lei Ordinária (pode inclusive modificar a Lei Ordinária/Lei Comum).
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as
relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que
seja sancionado ou vetado o projeto.
PRAZO DE DURAÇÃO –
60 dias, prorrogáveis uma única vez por igual período (art. 62, §3º)
Porém se dentro de 45 dias a MP não tiver sido editada, ocorre o trancamento de pauta
que só afeta as matérias que podem ser tratadas por meio de Medida Provisória/ Lei Ordinária
OBS - Durante o Recesso Parlamentar - o prazo da medida provisória fica suspenso, mas continua produzindo efeitos jurídicos.
A Medida Provisória pode ter eficácia por mais de 120 dias?
Sim, no caso de Recesso Parlamentar, visto que o prazo fica suspenso.
OBS - As medidas provisórias que estavam vigentes antes de 10 de setembro de 2001 não têm prazo de duração. São como se fossem lei.
TRAMITAÇÃO –
1. - Presidente da República edita a medida provisória;
2. - A medida provisória é publicada no Diário Oficial da União e ganha eficácia
3. - A medida provisória é enviada para a Câmara dos Deputados
4. - É formada uma Comissão Parlamentar Mista para avaliar e emitir parecer (aprovação, rejeição ou alteração do texto)
5. - Plenário da Câmara dos Deputados;
6. - Plenário do Senado Federal;
7. - Se a medida provisória for aprovada sem qualquer alteração na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, é
promulgada como Lei Ordinária pelo próprio Presidente do Senado Federal;
Obs: Quando é convertida em Lei Ordinária, o quórum de aprovação é o de maioria simples.
8. - Se houver qualquer modificação no texto da MP durante o trâmite na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal,
a medida provisória segue o trâmite da Lei Ordinária.
9. - Regime de Urgência: Se a medida provisória não for votada em até 45 dias em cada uma das Casas, entra em
regime de urgência, ocorrendo o trancamento de pauta.
Obs: As medidas provisórias que forem rejeitadas ou que perderam a eficácia pelo decurso do prazo não poderão ser
novamente editadas na mesma sessão legislativa (art. 62, § 10).
LEI DELEGADA
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º
Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I – organização do Poder Judiciário e
do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º Se a resolução determinar a apreciação do
projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
CONCEITO - É um ato normativo elaborado pelo chefe do Poder Executivo Federal (Presidente da República).
É uma exceção à indelegabilidade das atribuições (funções). É o Poder Executivo sendo autorizado a legislar.
TRAMITAÇÃO
1. O Presidente solicita ao Congresso Nacional autorização para legislar sobre determinado assunto.
2. Poder Legislativo se der a autorização, fixa o conteúdo e os termos em que o Presidente poderá exercer essa função.
3. O Congresso Nacional pode exigir que a lei elaborada pelo Presidente da República passe por sua avaliação antes da
promulgação. Neste caso, o Congresso deve apreciar a lei em sessão de votação única, sendo vedada qualquer emenda.
DECRETOS LEGISLATIVOS
CONCEITO - Espécie normativa que regula as matérias de competência exclusiva do Poder Legislativo.
Bicameral, sempre vem do Congresso Nacional
FUNÇÃO –
Por meio de decretos legislativos o Congresso Nacional julga as contas do Presidente da República; resolve definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais; aprecia atos de concessão ou renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
autoriza que o Presidente da República se ausente do País por mais de quinze dias; disciplina as relações jurídicas decorrentes de
medidas provisórias não convertidas em lei; escolhe dois terços dos Ministros do TCU; autoriza referendo e convoca plebiscito; e
susta atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
RESOLUÇÕES
CONCEITO - Instrumento pelo qual a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal regulamenta as matérias que são de sua
competência (Câmara dos Deputados - art. 51 e Senado Federal - art. 52).
Unicameral, vem de cada um de forma individual
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO –
As normas constitucionais e as que são equivalentes a elas, possuem primazia sobre as demais
normas do ordenamento jurídico. Logo, as normas infraconstitucionais devem se adequar à Constituição,
EFEITOS - Possui efeitos retroativos Ex Tunc, retirando a norma como se ela nunca tivesse existido.
1- QUANTO AO MOMENTO
PREVENTIVO REPRESSIVO
Ocorre antes da norma entrar no ordenamento Ocorre depois que a norma já existe no ordenamento.
2- NULIDADE PARCIAL –
Parte da lei é declarada inconstitucional (normalmente relacionada a vício matéria).
CONTROLE DIFUSO
CONCEITO – Qualquer juiz/tribunal pode exercer o controle de constitucionalidade
Possui controle incidental - A análise da constitucionalidade é questão secundária,
que precisa ser resolvida para solucionar a questão principal.
A inconstitucionalidade é a razão de pedir
EXEMPLO –
Um dos momentos da história do Brasil foi o congelamento de contas bancárias pelo então Presidente Collor
Ele fez isso por meio de uma medida provisória que foi questionada no Poder Judiciário.
Nesse contexto, uma pessoa que entra na Justiça pleiteando a devolução de seu dinheiro deve alegar a
inconstitucionalidade da medida provisória, para então conseguir o desejado. Assim, o pedido é o que se chama
de bem da vida, isto é, o dinheiro (que não é o único bem da vida).
EXEMPLO –
A Lei de Crimes Hediondos previa que uma pessoa condenada por crime hediondo deveria cumprir a pena
integralmente em regime fechado. Por meio de habeas corpus, foi pedida no STF a inconstitucionalidade dessa
lei. Assim, antes de pedir a liberdade ou a progressão de regime, seria necessário, em primeiro lugar,
alegar a inconstitucionalidade da lei.
1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
É a última etapa do controle difuso. Recurso que remete o processo para ser apreciado pelo STF.
Hipóteses de cabimento: Art. 102, III, da CF. Repercussão geral, art. 102, § 3.° da CF
2. MANDADO DE INJUNÇÃO
Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (Art. 5.°, LXXI, da CF)
CONTROLE CONCENTRADO
CONCEITO – A análise de constitucionalidade é feita por um tribunal específico. STF e o TJ
Possui controle Principal - Quando a análise da constitucionalidade é a única questão objeto de julgamento.
A inconstitucionalidade é o pedido
Pode ser arguida por meio de cinco ferramentas: ADI, ADC, ADO, ADPF e ADI Interventiva.
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn/ADI ou ADI genérica)
Ação cabível para questionar a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo federal ou estadual.
Princípios Sensíveis - Forma Republicana; Sistema Representativo; Regime Democrático; Direitos da Pessoa Humana;
Autonomia dos Entes Federativos; Prestação de Contas da Administração Pública Direta e Indireta Aplicação do Percentual
Mínimo dos Impostos e Saúde e Educação.