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AULA 5.

PROCESSO LEGISLATIVO

→ DEFINIÇÃO DE LEI

- Montesquieu: são as relações necessárias decorrentes da natureza das coisas;

- Rousseau: é a expressão da vontade geral;

- Reale: lei é toda relação necessária, de ordem causal ou funcional,


estabelecida entre dois ou mais fatos, segundo a natureza que lhes é própria;

→ PROCESSO LEGISLATIVO BRASILEIRO

- SOCIOLÓGICO: refere-se ao conjunto de fatores reais ou fáticos que põem


em movimento os legisladores e ao modo como eles costumam proceder ao
realizar a tarefa legislativa;” (pressão popular, mídia, grupos de pressão)

- JURÍDICO: insere-se na noção ampla de processo “por meio deste o direito


regula a sua própria criação, estabelecendo as normas que presidem à
produção de outras normas, sejam normas gerais ou individualizadas;”

- é o conjunto coordenado de disposições que disciplinam o procedimento a


ser obedecido pelos órgãos competentes na produção das leis e atos
normativos que derivam diretamente da própria Constituição. (Alexandre de
Moraes);

- é o processo pelo qual ocorre à criação das leis;

- integra o direito processual, mas tem superioridade sobre os demais;

- há maior liberdade de conteúdo nesse processo;

- devido processo legislativo: é a íntima relação existente entre o princípio da


legalidade e a formação das leis;

- o processo legislativo ordinário é o procedimento comum adotado para a


elaboração de lei ordinária e cuja base se fundamenta nos arts. 61 a 67 da

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Constituição sendo complementado pelas disposições regimentais da Câmara
dos Deputados e do Senão Federal. Desenvolve-se em cinco fases;

→ FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO

- contém uma fase introdutória: a iniciativa, uma fase constitutiva: exame do


processo nas comissões permanentes, discussão, deliberação, revisória e
sanção e a fase complementar na qual se inscreve a promulgação e a
publicação;

- processo legislativo sumário: é do da urgência constitucional, previsto no art,


64, hipótese em que a casa terá 45dias para decidir a matéria;

- processo legislativo especiais: propostas de emenda à Constituição;

PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS ORDINÁRIAS


→ FASE INTRODUTÓRIA

- é o ato que desencadeia o processo legislativo: iniciativa;

- é o ato de provocação do processo que pode ser do membro ou de comissão


do legislativo;

- a iniciativa pode ser decorrência do exercício do mandato ou não;

- mandato: parlamentares e presidente da república;

- outros: tribunais superiores, ministério público e cidadãos, nos casos e forma


mencionados constitucionalmente;

- INICIATIVA PARLAMENTAR: deputados e senadores ou comissões do


legislativo;

- INICIATIVA EXTRAPARLAMENTAR: todos os demais: presidente da


república, STF, procurador geral da república e tribunais superiores;

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- INICIATIVA CONCORRENTE: quando a iniciativa pertencer a diversos
legitimados concomitantemente. Existem casos de iniciativa exclusiva
extraparlamentar para deflagrar o processo legislativo, não parlamentar. É o
poder de oferecer projeto de lei sobre determinada matéria partilhado entre
várias autoridades ou órgãos. Ex. matéria tributária;

- INICIATIVA EXCLUSIVA/ privativa: quando sobre determinada matéria


apenas algum ou alguns legitimados possam apresentar o respectivo projeto. É
uma atribuição exclusiva da Constituição para determinado órgão;

- INICIATIVA CONJUNTA: exige que os Presidentes da República, do


STF, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados sejam autores de projeto
de lei federal que vai fixar subsídios de ministros do STF (art. 48, XV);

- é a iniciativa que vai condicionador em qual das casas será cada uma das
deliberações, a saber, a principal e a revisional;

- o STF decidiu que não pode o Poder Legislativo assinar prazo para que
outro Poder exerça prerrogativa que lhe é própria;

- o STF decidiu que os membros do Congresso Nacional têm legitimidade


ativa para impetrar mandado de segurança com o objetivo de ver observado o
devido processo legislativo constitucional;

→ INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

- as matérias exclusivas do Presidente encontram-se previstas no §1º do art.61;

- a inobservância dessa regra leva à inconstitucionalidade formal;

- o STF já decidiu que o modelo constitucional federal paras as hipóteses de


iniciativa reservada ao Presidente da República aplica-se, no que couber, de
forma compulsória aos estados;

- A Súmula 5 do STF que estabelecia que a sanção do presidente supria o


vicio de iniciativa foi cancelada na ADIMC 1070 de 23 de 11 de 1994;

- não havendo aumento de despesa, o Poder Legislativo pode emendar projeto


de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, mas esse poder não é
ilimitado, não se estendendo, portanto, a emendas que não guardem estreita

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pertinência com o objeto do projeto encaminhado pelo Executivo ao
Legislativo e que digam respeito a matéria também que também é da iniciativa
privativa daquela autoridade;

São matérias de iniciativa exclusiva do Presidente as leis que:

- I- fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

- II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos


públicos na Administração direta, autárquica ou aumento de sua
remuneração;
- o aumento de remuneração dos servidores da Câmara e do Senado Federal
será veiculado resolução dessas casas, na forma do art. 51, IV e 52 XIII;
- o STF declarou inconstitucional lei alterada pelo Legislativo em que, por
emenda parlamentar, foi estendido aumento de remuneração a outras
categorias não contempladas no projeto original;

- b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e


orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos
terrritórios;

- o STF decidiu que a Constituição Federal, em nenhum momento, atribui ao


Chefe do Poder Executivo a iniciativa reservada para projetos de lei sobre
matéria tributária, sob o entendimento de que a iniciativa reservada, por se
constituir matéria de direito estrito, não se presume e não comporta
interpretação ampliativa;

c) servidores públicos da união e territórios, seu regime jurídico,


provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

- Regime jurídico dos servidores corresponde ao conjunto de normas que


disciplinam os diversos aspectos das relações estatutárias ou contratuais,
mantidas pelo Estado com seus agentes;

- o STF entende que é privativa do Chefe do Executivo a iniciativa de projeto


de lei que disponha sobre aposentadoria do servidor público e do militar;

d) organização do Ministério Público e da defensoria pública da união,


bem como normas gerais para a organização do ministério público e da
defensoria pública dos estados, do DF e dos territórios;

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- o STF decidiu que a lei complementar federal que vai sobre essa matéria é de
iniciativa do Procurador-geral da república (adin789/94); (matéria
concorrente)

e) criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública


observado o disposto no art. 84, VI;

f) militares das forças armadas, seu regime jurídico, provimento de


cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência
para reserva;

→ Art. 63 Não será admitido aumento da despesa prevista

- é uma restrição expressa ao poder de emendas dos membros do Congresso


Nacional;

- os projetos de iniciativa reservada extraparlamentar podem ser emendados


pelo Congresso, mas desde que observadas as restrições constitucionais;

- esse princípio é de observância obrigatória para os estados, DF e municípios;

- é admissível a apresentação válida de emendas a esses projetos;

- o poder executivo é apenas o senhor do momento;

- Emenda parlamentar a projeto de iniciativa exclusiva do presidente da


república

- não poderá haver aumento de despesa nos projetos de iniciativa exclusiva do


Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, 3 e 4;

- restrições às emendas no tocante ao disposto no §3º do art. 166 da


Constituição. Emendas apresentadas ao projeto de orçamento anual que o
modifiquem desde que: a) sejam compatíveis com o plano plurianual e com a
lei de diretrizes orçamentária; b) indiquem as fontes financeiras necessárias,
admitindo-se as fontes provenientes de anulação de outras despesas;

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- não poderá haver aumento de despesa nos projetos sobre organização
dos serviços administrativos da Câmara dos deputados, do senado
federal, dos tribunais federais e do ministério público;

- a proibição de aumento de despesas prestigia a separação de poderes;

- INICIATIVA POPULAR

- a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos


Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento de
eleitorado nacional,distribuído pelo menos por 5 estados, com não menos de
três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (art.61, 2)

- Requisitos: a) mínimo de 1% do eleitorado nacional; b) assinantes


distribuídos em pelo menos 5 estados; c) mínimo de 0,3% de assinaturas do
eleitorado de cada um dos estados;

- é um instrumento de democracia direta, ocorre sem a intermediação


parlamentar;

- iniciativa estadual, art. 27, 4 e municipal 29, XIII e distrital 32, 3;

- INICIATIVA PERTENCENTE AO MINISTÉRIO PÚBLICO

- propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços


auxiliares (...) a política remuneratória e os planos de carreira.” (art.127, §2º)

- os Procuradores-gerais da união e dos estados têm a faculdade de iniciativa


das respectivas leis complementares sobre organização, atribuições e estatuto
de cada Min. Público;

→ INICIATIVA CONJUNTA DO PRES. DA REPÚBLICA, CÂMARA


DE DEPUTADOS, SENADO FEDERAL E SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL

- exige-se a iniciativa conjunta para consignar a fixação do subsídio dos


ministros do STF;

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- objetivo é manter a unidade e a racionalidade necessária na estrutura
remuneratória pública;

→ CASA INICIADORA

- a discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da


República, do STF e dos tribunais superiores terão início na câmara dos
deputados (art. 64);

- projetos de lei enviados por membros do Senado sempre começam no


SENADO;

- em todos os demais casos, a deliberação principal ocorrerá na Câmara dos


Deputados, incluindo a iniciativa do Presidente da República;

- a câmara cia de regra é a casa iniciadora e o Senado a casa revisora;

- a Câmara tem posição sobranceira sobre o Senado, posto que no conflito


sobre a adoção de determinada norma geralmente prevalecerá a posição
assumida pela Câmara;

→ FASE DAS COMISSÕES

- o projeto de lei deve ser analisado pelas comissões existentes em ambas as


Casas;

- art.58 da CF/88. Às comissões cabe discutir e votar as proposições sujeitas à


deliberação do plenário que lhe forem distribuídas;

- a discussão nas comissões deve limitar-se as suas atribuições específicas,


sendo considerado como não escrito o parecer ou parte deste que infringir os
limites materiais afetos a cada uma das comissões existentes;

→ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO: analisa o


projeto de lei sujeito à apreciação da Câmara, com vistas apenas a sua
constitucionalidade e não ao mérito do projeto;

- as deliberações das Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente
a maioria de absoluta de seus membros;

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- há a possibilidade da apresentação de emendas;

- após a aprovação nas comissões, na forma e prazos regimentalmente


estabelecidos, o projeto seguirá para o plenário da respectiva Casa
Legislativa;

- art.58, §2º da CF/88: em alguns casos caberá à comissão discutir e votar


projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;”

→ DISCUSSÃO (FASE DO PLENÁRIO)

- é a subfase dos trabalhos parlamentares destinada ao debate em plenário;

- há a oportunidade de cada parlamentar apresentar sua posição pessoal e deste


modo influenciar a votação;

→ VOTAÇÃO

- é o momento do processo legislativo no qual ocorre a decisão parlamentar


sobre o projeto que tramita;

- art.47 da CF/88: as deliberações de cada Casa será tomadas por maioria de


votos, presente a maioria absoluta (quorum mínimo) de seus membros;

- MAIORIA ABSOLUTA: é o primeiro número inteiro subseqüente à divisão


pela metade dos membros efetivos da Casa Legislativa em questão;

- os projetos em tramitação a Câmara são subordinadas, em sua apreciação, a


turno único, com exceção das propostas de emendas constitucionais;

- o processo decisório é obtido por vias eletrônicas;

→ VOTAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA

- a Constituição não estabelece prazos para que o Congresso e os seus


exerçam a sua função;

- art. 64, 1 “O Presidente da República poderá solicitar urgência para


apreciação de projetos de sua iniciativa”;

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- REGIME DE URGÊNCIA: é uma faculdade do Presidente da República;
Condições: a) processo legislativo indicado pelo Presidente da República (não
a restrição quanto à matéria); b) solicitação expressa do Presidente;

- a urgência constitucional é uma solicitação do Presidente da República e não


uma imposição executiva, de modo que pode ser afastada pelo Congresso
nacional;

- há dispensa de exigências, interstícios ou outras formalidades regimentais,


para que determinado projeto seja desde logo considerado até a decisão final
sobre o mesmo;

- NÃO HÁ DISPENSA: a) da publicação e distribuição do projeto; b) os


pareceres das comissões ou de relatores designados: c) quorum para
deliberação;

- art. 64, 2: “Se, no caso do 1, a câmara dos Deputados e o Senado federal não
se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até
quarenta e cinco dias, sobrestrar-se-ão todas as demais deliberações
legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo
constitucional determinado, até que se ultime a votação”;

- o prazo de 45 dias é para cada uma das duas casas;

- sobrestamento é a proibição constitucional de que outra matéria seja votada


até que se decida, aprovando ou rejeitando, o projeto sob regime de urgência;

- o sobrestamento ocorre na casa em que o projeto estiver em votação;

- art. 64, 3: “a apreciação das emendas do Senado pela Câmara dos Deputados
far-se-á no prazo de 10 dias, observado o prazo anterior de 45 dias”; (total 90
dias)

- o projeto de lei em regime de urgência está submetido aos prazos


regulamentares de veto, razões do veto e apreciação das razões do veto pelo
Congresso;

- art. 64, 4: “os prazos não correm nos períodos de recesso oficial do
Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de Código;

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- durante os recessos o prazo do regime de urgência é suspenso;

- código: lei com excessivo número de artigos. Ex. CTN;

- respeitados os prazos o projeto será incluído na ordem do dia, ficando


sobrestada a deliberação de todos os demais assuntos, até que se ultime a
votação do projeto em regime de urgência; (respeito ao regime de urgência
sob pena de inconstitucionalidade formal);

- tanto o Senado, como a Câmara podem pedir regime de urgência desde que
especificado em seus regimentos internos:

- SENADO PODE SOLICITAR URGÊNCIA: a) quando se trate de matéria


que envolva período para a segurança nacional ou de providência para atender
a calamidade pública; b) quando se pretenda a apreciação da matéria da
mesma sessão; c) quando se pretenda incluir em Ordem do Dia matéria
pendente do parecer; (art. 374 RISF)

- a urgência pode ser proposta: 1) no caso do item “a” pela Mesa, pela
maioria de seus membros ou líderes que representem esse número; 2) no caso
do item “b”, por dois terços da composição do Senado ou líderes que
representam esse número; 3) no caso do item “c” por um quarto da
composição do Senado ou de líderes que representem esse número; 4) em
qualquer caso, por comissão; (art.376 do RISF)

- CÂMARA DOS DEPUTADO PODE SOLICITAR URGÊNCIA


QUANDO: I) tratar-se de matéria que envolva a defesa da sociedade
democrática e das liberdades fundamentais; II) tratar-se de providência para
atender a calamidade pública; III) visar à prorrogação de prazos legais a se
findarem, ou à adoção ou alteração de lei para aplicar-se em época certa e
próxima; (art. 153 RICD)

- a urgência pode ser proposta por: a) dois terços dos membros da Mesa,
quando se tratar de matéria de competência desta; b) um terço dos membros
da Câmara, ou líderes que representem esse número; c) dois terços dos
membros de Comissão competente para opinar sobre o mérito da proposição;

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- a solicitação de urgência constitucional é uma solicitação do Presidente da
República e não uma imposição executiva podendo ser afastada pelo
Congresso Nacional;

→ FASE REVISIONAL

- Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma casa será revisto pela outra, em
um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou a promulgação, se
a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar;

-declara que o projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra,
em um só turno de discussão e votação;

- instaura-se com a remessa do projeto de lei de Casa iniciadora;

- Substitutivo é um parecer de Comissão que visa à substituição integral do


projeto de lei em tramitação pelos termos do parecer. Aprovado pelo plenário,
haverá turno suplementar na casa em que se encontre;

- três possibilidades: 1) rejeição do projeto; 2) aprovação parcial, com


mudanças no projeto inicial; 3) aprovação integral do projeto;

- no caso de rejeição de projeto será o mesmo arquivado;

-se a penas as emendas forem rejeitadas são as mesmas arquivadas;

-é vedada a sua apresentação na mesma sessão legislativa em que foi rejeitada;

- O projeto só é admissível na mesma sessão legislativa, desde que em novo


projeto, se proposta por maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas
do Congresso Nacional;

- Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora (art. 65, parágrafo


único);

- se o projeto for aprovado pela Casa revisora com algumas modificações, não
segue para a deliberação executiva, retornando para a Casa inicial, passando
pela fase das comissões, discussão e votação;

- só serão apreciadas as alterações de mérito introduzidas pela casa revisora;

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- as emendas da Casa revisora não podem ser objeto de nova emenda;

- as alterações do projeto inicial é que serão apreciadas pela Casa inicial. Se


aprovadas, o projeto segue para a deliberação executiva;

- no caso de rejeição da Casa inicial da modificação proposta pela Casa


revisora, prevalece sempre à vontade da deliberação da Casa inicial;

- mesmo aprovado o projeto de lei na deliberação revisional ainda assim é


denominado projeto;

- antes de encaminhar o projeto ao Presidente da República ocorrem os


autógrafos, já com o texto definitivamente aprovado pelo Plenário ou pelas
comissões quando o for caso;

→FASE EXECUTIVA

- é a fase da deliberação executiva, que implica a participação do Poder


Executivo no processo legislativo;

- a deliberação executiva apresenta 2 soluções: veto ou sanção;

→ SANÇÃO

- representa a aquiescência do Presidente da República como o projeto de lei


aprovado pelo Congresso Nacional;

- TÁCITA: ocorre quando dentro do prazo de 15 dias úteis, na houver a


manifestação presidencial expressa pela sanção ou pelo veto;

- TOTAL: quando o Presidente concorda na íntegra com o projeto;

- PARCIAL: o Presidente pode sancionar expressamente apenas parte do


projeto de lei, silenciando quanto ao restante do projeto. O restante do projeto
será então sancionado tacitamente;

→ VETO

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- é o ato executivo que exprime a divergência do Presidente da República com
o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional;

- motivos: 1) o projeto de lei é inconstitucional, é o denominado veto jurídico;


2) o projeto de lei é contrário ao interesse público, caso do veto político;

- o veto deve ser sempre escrito, nunca oral. No prazo de 48 horas deve o
Presidente comunicar ao Presidente do Senado Federal sobre os motivos do
veto;

- deve ser sempre fundamentado para que o Legislativo tome ciência dos
motivos e possa analisar se o mesmo deve prevalecer ou não;

- ao Legislativo cabe decidir, em última instância, sobre o que se deve


transformar em lei;

- VETO PARCIAL: exige-se que ocorra em relação a um artigo inteiro, ou


parágrafo inteiro, inciso ou mesmo alínea; não há veto de palavra;

-o projeto vetado retorna para a deliberação parlamentar onde ocorrerá a


apreciação do veto não do projeto de lei;

- o Congresso Nacional tem 30 dias para deliberar sobre o veto em sessão


conjunta;

- exige-se a maioria absoluta em cada uma das Casas para rejeitar o veto
presidencial; o voto é secreto;

- se o veto for mantido tem-se a rejeição do projeto, que só poderá ser


reapresentado na sessão legislativa seguinte;

- no caso do veto ser rejeitado o projeto de lei não retorna para a sanção do
Presidente, sendo diretamente encaminhado para a fase de promulgação;

→PROMULGAÇÃO

- é sanção, ou a derrubado do veto que transformam o projeto em lei;

- a promulgação é compreendida como um atestado de que a ordem jurídica


foi inovada regularmente; atesta-se a existência da lei;

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- a promulgação da lei é feita pelo Presidente da República, contando com um
prazo de 48 horas para tanto;

- não obedecido o prazo, a promulgação da lei será feita pelo Presidente do


Senado, que se em 48 horas não a promulgar faz com que a tarefa seja
atribuída para o vice-presidente do Senado;

→ PUBLICAÇÃO

- é a inserção do texto da lei no veículo oficial de publicidade, para dar


conhecimento a todos, para dar à lei aquele caráter de conhecimento geral que
dela se exige, como forma de presumir que dela todos têm conhecimento e não
podem furtar-se a sua obediência;

- dois efeitos: 1) aplicabilidade; 2) obrigatoriedade;

- o Presidente é responsável pela publicação e se não o fizer passa para o


Presidente do Senado e o vice;

→ EMENDAS CONSTITUCIONAIS

- denominam-se “propostas de emenda constitucional” e não projeto;

- INICIATIVA

1) no mínimo um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado


Federal (veda-se a iniciativa parlamentar individual);
2) o Presidente da República;
3) mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,
desde que a vontade de cada uma delas represente pelo menos a maioria
relativa de seus membros;

- no que diz respeito às Assembléias Legislativas exige-se a assinatura, em


regra, do Presidente da Assembléia;

- as propostas de emenda feitas pela Câmara dos Deputados ou Presidente da


República têm a sua tramitação iniciada pela Câmara dos Deputados e, indo
após aprovadas para o Senado Federal;

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- as propostas de emenda de autoria do Senado e das Assembléias Legislativas
iniciam a tramitação pelo Senado e, se aprovadas, são enviadas a deliberação
da Câmara dos Deputados;

- FASE DAS COMISSÕES

- é possível a apresentação de proposta de emenda, desde que observada a


maioria de um terço dos Deputados ou um terço dos Senadores;

- FASE DO PLENÁRIO

- a deliberação principal ocorrerá na Câmara dos deputados;

- a deliberação ocorrerá no Senado quando a iniciativa tiver se originado de


um terço dos senadores e da Assembléia Legislativa;

- exige-se no caso das emendas, quorum qualificado de três quintos para a


aprovação da respectiva proposta;

- discussão e votação das propostas de emendas será em dois turnos em cada


uma das Casas do Congresso;

- FASE REVISIONAL

- a proposta de emenda deverá ser discutida e votada em dois turnos;

- não existe Casa iniciadora nem revisora no processo legislativo de


elaboração de emenda à Constituição, já que a segunda Casa a votar, quer
Câmara, quer Senado, não atua como revisora da anterior, mas recebe o texto
aprovado na Casa anterior e o tratará como proposta nova;

- PRIMEIRO TURNO: tanto na Câmara, como no Senado poderão ser


apresentadas tanto emendas de redação (aclarar o texto), quanto de mérito
(quando altera o conteúdo);

- SEGUNDO TURNO: tanto na primeira como na segunda Casa, apenas são


aceitáveis emendas de redação;

- INTERSTÍCIO: é o prazo regimental mínimo obrigatório, que no Senado é


de pelo menos 5 sessões;

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- STF decidiu que o retorno do projeto alterado em uma das Casas do
Congresso à outra, para novas votações, só é impositivo quando ocorrer
modificação de sentido, e não quando as alterações são meramente
redacionais;

- FASE EXECUTIVA

- não há fase executiva uma vez que não há sanção nem veto;

- PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO

- A proposta de emenda será promulgada pelas Mesas da Câmara dos


Deputados e do Senado Federal com o respectivo número de ordem;

- a Constituição não especificou nada quanto à publicação;

- considera-se que as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal


como competentes para publicar a emenda;

- não se está a falar aqui da mesa do Congresso Nacional, mas sim da


subscrição de toda a Mesa das Câmaras dos Deputados e do Senado Federal;

- obs: as emendas revisionais, elaboradas pela via revisional foram


promulgadas pela Mesa do Congresso Nacional; (art. 3 ADCT);

- Sistema de anexação, pois muitas emendas versam sobre assunto


inteiramente novo e porque evita republicações da Constituição;

- LIMITAÇÕES DO PODER DE EMENDAR A CONSTITUIÇÃO

- FORMAIS: dizem respeito ao processo legislativo dirigida exclusivamente


aos membros do Congresso Nacional (art. 60, I, II e III), no que se refere à
iniciativa, processo, maioria, promulgação, numeração e proibição de
reapreciação;

- MATERIAIS; cláusulas pétreas constantes do art. 60, parágrafo 4, bem


como a própria supressão do art. 60;

- CIRCUNSTANCIAIS:

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1) estado de sítio: trinta dias, podendo ser prorrogado enquanto necessária a
medida, por trinta dias a cada vez, no caso de guerra, quanto durará o tempo
que perdurar a agressão armada estrangeira;
2) estado de defesa; trinta dias prorrogáveis uma única vez, por igual período;
3) intervenção federal nos Estados ou Distrito Federal; Todavia, não se
impede aqui a apresentação de proposta de emenda, nem a sua discussão
apenas a sua votação e promulgação. Impede-se aqui a aprovação de emenda
versando sobre qualquer matéria;

- TEMPORAIS: consistem na proibição de proposta de emenda durante um


determinado período de tempo; (constituição de 1824);

- A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão
legislativa;

- a proposta de emenda rejeitada será arquivada;

- Prejudicialidade: ocorre no caso de rejeição ou de aprovação, em relação a


outras propostas sobre a mesma matéria;

- a proposta de emenda pode ser admitida em sessão legislativa extraordinária;

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