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imperativo do estado moderno. Por essa razão, a par dos interesses coletivos, busca também a
tutela de determinados bens e interesses individuais, tais como a vida, a saúde, o patrimônio,
dentre outros, por meio da norma penal. Além dos bens materiais, o Direito Penal preocupa-se
integrante de uma comunidade que o necessita feliz e satisfeito consigo mesmo e com os seus
mais precioso do humano, equiparável à própria vida, pois viver sem honra é viver de forma
social. Também não se pode falar de saúde, nos seus aspectos mais abrangentes, se não
usufruímos o respeito e a consideração dos demais. Quanto à liberdade, esta não existe sem a
honra, não sendo exagerado afirmar que o homem desonrado é homem acovardado,
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H ON RA
ESPECIAL:
ESPECIAL: deveres Classificação COMUM:
COMUM: valor social no
específicos da profissão da Honra plano objetivo e subjetivo
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CALÚNIA
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MIRABETE: a lei menciona fato definido como crime, e não crime, sendo
possível a calúnia contra inimputáveis que possuam algum entendimento.
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D R
Pessoas já desonrados (prostitutas e
criminosos) merecem a tutela penal, já que O
possuem parcela, ainda que mínima, de A honra é bem
honradez (“oásis moral”, segundo Manzini), P disponível. Se há
que os fazem merecedores da tutela legal. consentimento na
ofensa,
S desaparece o
delito. A não
reação da vítima
configura renúncia
O § 1º menciona calúnia contra os mortos; ao direito de
mas o alvo da tutela penal, de fato, são os queixa ou perdão.
parentes, aos quais interessa preservar a
honra do falecido, já que também são
atingidos, por via reflexa.
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Exceção da verdade
(Exceptio Veritatis)
I) se, constituindo o fato impugnado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível. Preserva-se o interesse da vítima, que
não deve sujeitar-se ao estrépito judicial que buscou evitar, não promovendo
queixa-crime;
II) se o fato é imputado ao Presidente da República ou Chefe
de Estado estrangeiro em visita oficial. Tutela-se a dignidade da função,
evitando-se a desmoralização pública dessas pessoas, diante da
repercussão negativa interna e externamente, pela prova da verdade (Art.
141, Inciso I);
III) se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido
foi absolvido por sentença irrecorrível.
DIFAMAÇÃO
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D R
O art. 143, contempla a isenção de pena
para o querelado que se retrata antes da O
prolação da sentença. É causa de extinção Consumação e
de punibilidade (art. 107, VI).
P tentativa: Consu-
ma-se quando o
fato desonroso
R E Q U I S I T O S: S chega ao conhe-
cimento de ter-
ceiro. Admite-se a
Retratação pessoal do Querelado ou tentativa nas
Procurador com poderes expressos; formas escritas
Que seja cabal, induvidosa, não admitindo ou simbólicas.
evasivas ou tergiversação;
3) produzir-se antes da sentença.
INJÚRIA
Difere dos tipos precedentes porque não se imputa fato concreto e determinado,
mas genérico, atingindo a dignidade da vítima com expressões relacionadas com
qualidades negativas ou defeitos físicos. Afirma-se fatos genéricos, enunciados
de forma vaga e imprecisa; tratando-se de fato concreto, específico, será
difamação ou calúnia, conforme seja ou não ilícito penal. Dizer que alguém é
caloteiro, é injúria; dizer que não pagou quantia devida a certa pessoa, é
difamação; se esse fato é inverídico, há calúnia.
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Realiza-se por palavras, escritos ou gestos, não se exigindo que a ofensa chegue
ao conhecimento de terceiro: basta o ofendido.
S
É oblíqua, indireta ou reflexa, quando ofende
alguém da estima pessoal da vítima, ou insulta
através de terceira pessoa.
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DISPOSIÇÕES COMUNS
Formas qualificadas.-
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