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Apostilas de Direito Penal III

UNIDADE VI – Dos Crimes contra a honra

4. Justificativa e Importância. A necessidade de proteger o indivíduo, como

pessoa humana, assegurando a convivência harmoniosa e pacífica entre os cidadãos é

imperativo do estado moderno. Por essa razão, a par dos interesses coletivos, busca também a

tutela de determinados bens e interesses individuais, tais como a vida, a saúde, o patrimônio,

dentre outros, por meio da norma penal. Além dos bens materiais, o Direito Penal preocupa-se

igualmente com a integridade moral do cidadão, protegendo sua honorabilidade e auto-estima

tencionando proporcionar, em última análise, a satisfação e a felicidade pessoal de cada um. A

felicidade individual, desenganadamente, pressupõe a realização do homem como ser humano,

integrante de uma comunidade que o necessita feliz e satisfeito consigo mesmo e com os seus

concidadãos, a fim de poder se desenvolver, crescer e prosperar. A honra é, certamente, o bem

mais precioso do humano, equiparável à própria vida, pois viver sem honra é viver de forma

parcial e incompleta, por impedir a harmonia e a integração entre os componentes do grupo

social. Também não se pode falar de saúde, nos seus aspectos mais abrangentes, se não

usufruímos o respeito e a consideração dos demais. Quanto à liberdade, esta não existe sem a

honra, não sendo exagerado afirmar que o homem desonrado é homem acovardado,

intimidado, despreparado para o exercício pleno da liberdade e da cidadania.

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H ON RA

NORONHA: ”conjunto de predicados ou condições da


pessoa que lhe conferem consideração social e estima
própria.”

Conceit MIRABETE: “conjunto de atributos morais, intelectuais e


o físicos referentes a uma pessoa.

FRAGOSO: “pretensão ao respeito da própria


personalidade, “interpenetrando-se os aspectos
sentimentais e ético-sociais da dignidade humana”.

SUBJETIVA: apreço OBJETIVA: Conceito do


pessoal, auto-estima. indivíduo no meio social.

ESPECIAL:
ESPECIAL: deveres Classificação COMUM:
COMUM: valor social no
específicos da profissão da Honra plano objetivo e subjetivo

DIGNIDADE: atributos DECORO: dotes físicos,


morais (honestidade, intelectuais ou sociais
decência, educação, etc. (caolho, burrice, pobreza)

Honra nas Código Penal Militar: artigos 214 a 219.


leis Lei de Imprensa, (Lei 5.210/67).
especiais Código Eleitoral: artigos 324 a 326.
Código Brasileiro de Telecomunicações: art. 53, i.

A DIVERSIDADE DE TRATAMENTO DECORRE DA QUALIDADE DOS SUJEITOS OU MEIOS UTILIZADOS


PARA EXECUTAR O CRIME. AQUI, A MATÉRIA É ENFOCADA COM BASE NO DO CÓDIGO PENAL.

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Calúnia: artigo 138 - falsa imputação de fato definido


como crime (honra objetiva).
Crimes
contra a
Honra Difamação: artigo 139 – Imputação de fato desonroso
(honra objetiva).

Injúria: artigo 140 – Ofensas pessoais visando atingir a


auto-estima e apreço próprio da vítima (honra
subjetiva).

Qual a natureza jurídica dos


crimes contra a honra?

Há controvérsia. Para uns, é crime de perigo, não exigindo dano efetivo à


honra; basta a idoneidade da ofensa. Para outros, é crime de dano, que
se configura com o efetivo desgaste do conceito social ou do amor-próprio
da vítima.

CALÚNIA

Falsa imputação de fato definido como crime. Há dois


Conceito elementos essenciais: falsidade e tipicidade da
imputação.

Objetividade Incolumidade moral, integridade psíquica ou honra


Jurídica objetiva e subjetiva do ser humano.

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Crime comum, pode ser praticado por qualquer


pessoa. Se utilizar a imprensa, jornalista ou não,
configura delito de imprensa (art. 20, Lei de
Imprensa – 5.250, de 09.02.67).

Somente pessoa física, pois só esta tem


capacidade de cometer delito, sendo passível de
imputação falsa de crime. Pessoa jurídica não
tem qualidade para ser caluniada.

Pode haver calúnia contra doentes


mentais e inimputáveis em geral?

HUNGRIA: tratando-se de honra subjetiva, há crime se a


vítima é capaz de entender a ofensa; se é honra objetiva,
há crime independentemente dessa condição. Mesmo
incapazes conservam reputação que se deve proteger.

DAMÁSIO: menores e loucos podem cometer crimes, embora não sejam


culpáveis; portanto, podem ser vítimas de calúnia.

FRAGOSO: Não distingue honra objetiva e subjetiva. Inimputável é pessoa


humana e deve ser respeitado tanto quanto uma pessoa normal. Por isso,
podem ser vítimas de qualquer dos crimes contra a honra.

MIRABETE: a lei menciona fato definido como crime, e não crime, sendo
possível a calúnia contra inimputáveis que possuam algum entendimento.

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D R
Pessoas já desonrados (prostitutas e
criminosos) merecem a tutela penal, já que O
possuem parcela, ainda que mínima, de A honra é bem
honradez (“oásis moral”, segundo Manzini), P disponível. Se há
que os fazem merecedores da tutela legal. consentimento na
ofensa,
S desaparece o
delito. A não
reação da vítima
configura renúncia
O § 1º menciona calúnia contra os mortos; ao direito de
mas o alvo da tutela penal, de fato, são os queixa ou perdão.
parentes, aos quais interessa preservar a
honra do falecido, já que também são
atingidos, por via reflexa.

Imputar, atribuir a alguém, falsamente, fato que a lei define


como crime.
Tipo
Fato imputado
Objetivo
Há três elementos Tipicidade do fato
Falsidade da imputação

A imputação efetiva-se mediante palavra, escrito, desenho,


gestos (mímica), ou qualquer outro meio simbólico ou figurativo. Pode ser implícita
ou explícita. Fala-se, também, de calúnia por reflexão ou reflexa, quando se
atribui crime com participação de terceiro. Ex. afirmar que alguém mantém
relações sexuais com determinada mulher casada ou que subornou um policial: a
mulher e o policial são atingidos indiretamente.

O fato imputado deve ser certo e determinado, nunca genérico.


Chamar de ladrão ou estelionatário não é calúnia, e sim injúria. Na calúnia,
afirma-se que alguém praticou determinado furto, ou que ludibriou outrem, em
proveito próprio ou alheio. A calúnia pode, ainda, ser equívoca ou implícita, como
quando se afirma, perante funcionário público e diante de terceiros, que não vive
de corrupção, dando a entender que aquele é corrupto.

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Dolo específico: vontade de atribuir a alguém a prática de um


crime, consciente da falsidade do fato. Animus injuriandi vel
diffamandi (elemento subjetivo do injusto)  intenção deliberada
de macular a honra alheia
Tipo
Subjetiv Não há calúnia sem consciência do falsum e vontade de lesar a
o honra. Não há dolo sem conhecimento da inocência da vítima. A
crença sincera do agente na veracidade do fato exclui o delito.
Mas se atribuiu fato desonroso a outrem duvidando de sua
veracidade, assumiu o risco da possível falsidade, ocorrendo dolo
eventual.

a) animus jocandi: imputação por brincadeira, pilhéria;


Os
b) animus consulendi: aconselhar, advertir,responder consulta;
diversos
c) animus narrandi: relato sem intenção ofensiva;
estados
d) animus corrigendi . intenção de corrigir, citando exemplos;
de ânimo
e) Animus defendendi: afirmar o fato na defesa de um direito.

Consuma-se o delito quando a imputação falsa chega ao


conhecimento de terceiro. A publicidade do fato é indispensável,
pois não há ofensa à honra objetiva do ofendido se ninguém ficar
Consum
sabendo. É crime formal, configurando-se mesmo que não haja
ação e
Tentativa resultado lesivo  basta a idoneidade da ofensa. Admite-se a
tentativa, quando realizada por meio de escritos, como por
exemplo, na calúnia através de jornal ou panfletagem  o jornal
ou panfletos podem ser apreendidos antes da sua distribuição.

§ 1º, do art. 138. Propagar e divulgar são expressões sinônimas,


que significam espalhar, propalar, tornar conhecido o fato. Pune-
Propaga se o autor da calúnia e todo aquele que a divulga, consciente da
-ção/ falsidade da imputação. Ao contrário do que ocorre no tipo
Divulgaç básico, a propagação ou divulgação exige o dolo direto,
ão repelindo o dolo eventual. Ou seja, o agente precisa saber da
falsidade do fato e, mesmo assim, conscientemente, com animus
caluniandi o espalha.

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Exceção da verdade
(Exceptio Veritatis)

Meio processual de defesa do caluniador; possibilidade de demonstrar a


veracidade da imputação. Como o crime baseia-se na falsidade da
imputação, não há tipicidade se o fato é verdadeiro.

A regra geral é o cabimento da exceção no crime de calúnia.

MENOS NAS SEGUINTES HIPÓTESES:

I) se, constituindo o fato impugnado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível. Preserva-se o interesse da vítima, que
não deve sujeitar-se ao estrépito judicial que buscou evitar, não promovendo
queixa-crime;
II) se o fato é imputado ao Presidente da República ou Chefe
de Estado estrangeiro em visita oficial. Tutela-se a dignidade da função,
evitando-se a desmoralização pública dessas pessoas, diante da
repercussão negativa interna e externamente, pela prova da verdade (Art.
141, Inciso I);
III) se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido
foi absolvido por sentença irrecorrível.

DIFAMAÇÃO

Imputação de fato ofensivo à reputação. Distingue-se da calúnia,


porque esta exige que esse fato seja típico.
Conceito
O objeto jurídico é a honra objetiva, ou seja, a reputação e o
conceito do cidadão na sua comunidade.

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Crime comum pode ser praticado por qualquer


pessoa. Se utilizar meios de comunicação,
jornalista ou não, tipificará delito de imprensa.

Qualquer pessoa individualmente considerada,


incluindo-se nessa classificação os inimputáveis,
menores ou doentes mentais.

Pode haver calúnia contra pessoas


jurídicas?

A questão é controvertida, o que decorre da própria dificuldade em definir a


natureza jurídica das pessoas coletivas. São conhecidas duas teorias: teoria da
ficção e teoria organicista.

A) Teoria ficcionista: pessoa jurídica é uma ficção jurídica, sem existência


real. Portanto, não pode ser titular de reputação e, conseqüentemente, não é
passível de sofrer difamação.
B) Teoria organicista: empresa é uma realidade viva, extensão e expressão
da personalidade dos seus sócios; confunde-se com o próprio ser humano.
Para essa doutrina, a pessoa jurídica pode ser difamada.

Há uma tendência para incriminação de fatos contra pessoas jurídicas, que


ainda não se refletiu na jurisprudência, no tocante à calúnia. A Lei de Imprensa
(Lei 5.250, de 09.02.67) fala, no seu art. 23, III, em crime contra órgão ou
autoridade que exerça função de autoridade pública.

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Imputar, atribuir a alguém fato desonroso, delituoso ou


não, capaz de macular o conceito da vítima no meio social. O
fato deve ser certo, determinado, específico, não
Tipo
necessariamente falso. Configura-se o crime se objetiva atingir a
Objetivo reputação alheia. Por isso, o legislador não previu a prova da
verdade, somente possível como exceção.
O legislador não previu expressamente a propalação ou
divulgação da difamação como crime. Contudo, admite-se a
punição do propalador se existente dolo autônomo, constituindo
sua conduta uma nova difamação.

Dolo, vontade de atribuir fato desonroso a alguém, com


intuito de desacreditá-lo, manchar sua reputação (animus
Tipo diffamandi). Vale o que se disse sobre a calúnia, especialmente
Subjetivo quanto ao estado de ânimo do ofensor. Não é mister a falsidade
da imputação; mesmo sendo verdadeira pode configurar-se o
crime.

Consumação e tentativa.- A consumação acontece quando o


fato desonroso chega ao conhecimento de terceiro, admitindo-se
a tentativa nas formas escritas ou simbólicas.

Exceção da verdade (Exceptio


Veritatis)

Em princípio, não se admite. Mas se a ofensa é contra funcionário público e


relacionada com o exercício da sua função, abre-se uma exceção, pela
necessidade de preservar a credibilidade da administração pública. Ao afirmar
que um servidor embriaga-se em serviço, o fato está ligado ao desempenho da
função pública, permitindo-se a prova da verdade. Se se relaciona com a vida
privada do servidor, a exceção não é admitida.

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D R
O art. 143, contempla a isenção de pena
para o querelado que se retrata antes da O
prolação da sentença. É causa de extinção Consumação e
de punibilidade (art. 107, VI).
P tentativa: Consu-
ma-se quando o
fato desonroso
R E Q U I S I T O S: S chega ao conhe-
cimento de ter-
ceiro. Admite-se a
Retratação pessoal do Querelado ou tentativa nas
Procurador com poderes expressos; formas escritas
Que seja cabal, induvidosa, não admitindo ou simbólicas.
evasivas ou tergiversação;
3) produzir-se antes da sentença.

INJÚRIA

Ofensa à honra subjetiva da pessoa. Visa diminuir, humilhar,


menosprezar, ofendendo sua auto-estima com expressões
que atingem a dignidade ou o decoro do injuriado. Dignidade
Conceito é o juízo que se tem da própria honradez, maculada com
expressões como “ladrão”, “estelionatário”, “pederasta”; etc.;
Decoro é sinônimo de decência, respeitabilidade,
confiabilidade, consideração, afastados com expressões como
“estúpido” “ignorante”; “bruto”, “beócio”, “anta”, “jumento”,

Difere dos tipos precedentes porque não se imputa fato concreto e determinado,
mas genérico, atingindo a dignidade da vítima com expressões relacionadas com
qualidades negativas ou defeitos físicos. Afirma-se fatos genéricos, enunciados
de forma vaga e imprecisa; tratando-se de fato concreto, específico, será
difamação ou calúnia, conforme seja ou não ilícito penal. Dizer que alguém é
caloteiro, é injúria; dizer que não pagou quantia devida a certa pessoa, é
difamação; se esse fato é inverídico, há calúnia.

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Objetividade jurídica: integridade moral da pessoa humana,


tutelando-se a honra subjetiva, ou seja, auto-estima e apreço próprios.

Qualquer pessoa. A auto-injúria é impunível, mas


pode refletir-se em terceira pessoa, configurando
injúria contra esta.

Qualquer pessoa, desde que consciente da


própria dignidade ou decoro. Excetua-se, pois, os
menores de tenra idade e os loucos.

Ofender a auto-estima, (ferindo a dignidade) ou decoro.


Ofende-se a auto-estima quando se chama alguém de
Tipo homossexual, pedófilo, maconheiro, ladrão, corrupto,
Objetivo estelionatário, etc.; o decoro quando se diz estúpido,
ignorante, aleijado, caolho, zambeta, anta, jumento, etc.
A imputação pode não ser precisa e determinada, mas
representar manifestação de menosprezo, depreciação,
menoscabo (fatos imprecisos e desabonadores).

Realiza-se por palavras, escritos ou gestos, não se exigindo que a ofensa chegue
ao conhecimento de terceiro: basta o ofendido.

A injúria é imediata, se proferida pelo D R


próprio agente, ou mediata, se efetivada por
outros meios: mandar uma criança ou um O
papagaio proferir ofensas, colocar uma fita pode ser também
no gravador, etc. equívoca, simbóli-ca,
P implícita, etc.

S
É oblíqua, indireta ou reflexa, quando ofende
alguém da estima pessoal da vítima, ou insulta
através de terceira pessoa.

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TIPO SUBJETIVO: DOLO - ANIMUS INJURIANDI OU INFFAMANDI.

Consum A consumação ocorre quando o insulto chega ao conhecimento


ação e do ofendido, ou seja, quando ele vê, ouve, lê, ou, de qualquer
Tentativa outra forma, percebe a ofensa irrogada. A tentativa só é possível
quando efetivada por escrito.

Distinção.- A injúria difere da calúnia e difamação porque a imputação não exige


fato certo e determinado. Se é contra servidor público no desempenho da função,
há desacato (art. 331); se através da mídia, incide a Lei 5.250/67; atingindo um
corpo morto, pode ser vilipêndio de cadáver (art. 212).

Provocação e retorsão (art. 140, § 1°)

Perdão judicial: I) quando o ofendido, de forma reprovável,


provocou diretamente a injúria; II) no caso de retorsão imediata que consista em
outra injúria.

Injúria real: Figura prevista no § 2º: “Se a injúria consiste em


violência ou vias de fato que, por sua natureza ou meio empregado, se
considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano”.
São as formas em que há vias de fato ou qualquer outro meio de
ataque físico aviltante: chicotadas, bofetada, cusparada, puxão de orelhas,
apalpadelas nas nádegas ou seios, puxão nos cabelos, levantar a saia de uma
mulher, borrifar tinta, jogar fezes ou urina, jogar bebida, etc.

DISPOSIÇÕES COMUNS

Formas qualificadas.-

I) contra o Presidente da República ou chefe de estado


estrangeiro;

Art. 141 II) contra funcionário público, em razão de suas funções

II) na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a


divulgação do fato
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A pena será duplicada “se o crime é cometido mediante


paga ou promessa de recompensa” (parágrafo único).

I) imunidade judiciária, “ofensa irrogada em juízo, na discussão


da causa, pela parte ou por seu procurador”;

II) opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica,


Excludentes de salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar”
Criminalidade
(Art. 142) III) conceito desfavorável emitido por funcionário público, em
apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever
de ofício”

O autor não será punido, se, antes da sentença,


Retrataçã desdisser o que disse, reconhecendo que errou. É
causa extintiva de punibilidade (art. 107, Inc. VI), que
o (Art. não cabe na injúria. Deve ser cabal, sem condição ou
143) termo, só aproveitando a quem se retrata e não aos co-
autores ou propaladores

É medida cautelar, preparatória da queixa-crime, cabível


quando a ofensa é equívoca, com duplo sentido, sujeita
Pedido de a interpretações ambíguas. Constitui uma notificação ao
ofensor para esclarecer as ambigüidades, mas não
Explicações interrompe o prazo para oferecimento da queixa-crime,
(Art. 144) que é decadencial, não se interrompendo ou
suspendendo, seja qual for o motivo.

Como regra, a ação penal é PRIVADA, iniciando-se por


queixa, “salvo, quando, no caso do art. 140, § 2º, da
violência resulta lesão corporal”. É PÚBLICA CONDICIONADA,
Ação Penal nas hipóteses do § único do art. 145: I) crimes contra o
(Art. 145) Presidente ou contra chefe de governo estrangeiro, exige
requisição do Ministro da Justiça; II) contra servidor
público exige a representação do ofendido

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