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SUMÁRIO
TEORIA GERAL DO CRIME ................................................................................................. 2
Infração Penal ................................................................................................................ 2
Infração Penal: Crime x Contravenção ................................................................... 2
Sujeito Ativo .................................................................................................................... 5
Conceito ...................................................................................................................... 5
Sujeito Ativo: Pessoa Jurídica .................................................................................... 5
Crime: Comum, Próprio e de Mão Própria .............................................................. 6
Sujeito Passivo ................................................................................................................. 7
Conceito ...................................................................................................................... 7
Espécies ....................................................................................................................... 7

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TEORIA GERAL DO CRIME

INFRAÇÃO PENAL
INFRAÇÃO PENAL: CRIME X CONTRAVENÇÃO
A infração penal é um gênero que admite 02 (duas) espécies: crime e contravenção.

De forma esquematizada:

Na realidade, a única distinção entre as espécies é grau de lesividade, sendo o crime


a modalidade mais grave e a contravenção a infração penal mais leve.

Nesse sentido, é apenas por opção do legislador que determinada conduta lesiva é,
portanto, tipificada como crime ou contravenção.

O art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal tem a seguinte redação:

Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina


pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas,
alternativa ou cumulativamente.

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A resposta é SIM.

O art. 28 da Lei de Drogas tem a seguinte redação:

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou


trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.

Diante da ausência de previsão de pena privativa de liberdade, surgiu uma polêmica


acerca da natureza jurídica do tipo penal do porte ilegal para consumo.

De um lado, uma corrente minoritária entende que o art. 28 da Lei de Drogas não se
amolda à definição legal de crime e, portanto, tornou-se uma infração penal sui generis,
houve, portanto, a descriminalização.

Contudo, a corrente majoritária, inclusive, defendida pelos Tribunais Superiores,


entende que o porte ilegal para consumo é crime, havendo, apenas, o fenômeno da
despenalização diante da ausência de pena de prisão.

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Por fim, é possível identificar outras características que distinguem as espécies de


infração penal:

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Alves, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Parte Especial. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 208

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SUJEITO ATIVO
CONCEITO
O sujeito ativo do crime é o indivíduo que pratica a infração penal. Segundo Rogério
Sanches2, é “qualquer pessoa física capaz de discernimento e autodeterminação, com 18
anos completos”.

SUJEITO ATIVO: PESSOA JURÍDICA

A resposta é SIM.

O art. 225, §3º, da Constituição Federal tem a seguinte redação:

Art. 225, § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao


meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.

Assim, diante da expressa previsão constitucional, as pessoas jurídicas podem


responder por crimes ambientais.

A teoria da dupla imputação afirma que a responsabilização penal da pessoa


jurídica exige que a pessoa física que atuou em nome daquela, também, seja
responsabilizada.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” é o administrador da indústria “X” que, indevidamente,


lançou dejetos em um afluente próximo da empresa.

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Cunha, Rogério Sanches. Manual de direito penal: geral, 8. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 202

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Nesse caso, segundo a teoria da dupla imputação, só seria possível responsabilizar a


indústria X se, também, “A”, administrador, fosse responsabilizado.

CRIME: COMUM, PRÓPRIO E DE MÃO PRÓPRIA


Existe uma classificação de crimes que leva em consideração a figura do sujeito
ativo:

1. Crime Comum – É aquele que não exige nenhuma característica especial do


sujeito ativo, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa. Ex: Furto;

2. Crime Próprio – É aquele que exige determinada qualidade do sujeito ativo.


Ex: Corrupção passiva que exige a qualidade de “funcionário público” do
sujeito ativo;

3. Crime de Mão Própria – É aquele que, além da qualidade especial, só pode


ser praticado pelo próprio sujeito ativo. Ex: Falso testemunho;

De forma esquematizada:

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SUJEITO PASSIVO
CONCEITO
O sujeito passivo da infração penal é o indivíduo ou ente (pessoa jurídica) que sofre
as consequências da infração penal.

É importante ressaltar que até mesmo entes indeterminados (sem personalidade


jurídica) podem ser sujeitos passivo, como exemplo, família, coletividade, etc.

Segundo Jamil Chaim Alves3, é aquele que não possui sujeito passivo determinado.

Por exemplo, é o que ocorre com crime de violação de sepultura (art. 210 do Código
Penal) que teria a coletividade como sujeito passivo.

ESPÉCIES
A doutrina classifica o sujeito passivo em 02 (duas) espécies distintas4:

1. Sujeito Passivo Mediato (Formal) – É o sujeito passivo que sempre estará


presente, que é o Estado;

2. Sujeito Passivo Imediato (Material) – É o titular do bem jurídico diretamente


atingido. Por exemplo, é o indivíduo que teve o celular subtraído no crime de
furto;

De forma esquematizada:

3
Alves, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Parte Especial. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 217
4
Alves, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Parte Especial. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 203

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