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MATERIAL PARA REVISÃO – DIREITO PENAL

ESCOLAS PENAIS: tinham como finalidade o estudo do crime, do sistema penal e seus
objetivos.
ESCOLA CLÁSSICA: nomenclatura pejorativa atribuída pelos positivistas, que vieram
após.
Não havia unidade ou até mesmo um objetivo propriamente dito, mas surgiram
diversos pensadores, com diferentes teses, e que acabaram sendo classificados num
só grupo. (Ausência de unidade ideológica).
Humanização das penas: Beccaria;
Duas grandes teorias:
1- Jusnaturalismo (Grócio);
2- Contratualismo (Rosseau).
Dois períodos da escola clássica:
- Teórico-filosófico: notoriamente utilitarista, direito penal como necessidade social.
- Ético jurídico: Jusnaturalismo domina o direito penal, conceito ético de retribuição.
FRANCESCO CARRARA:
 Crime como força física e moral;
 Livre arbítrio respalda a punibilidade;
 A lei tutela bens jurídicos, só há crime quando a ação se choca com a lei.
Tido como criador da dogmático penal consagra a “escola clássica de Carrara”.

ESCOLA POSITIVA:
- Surge na era das ciências sociais;
- Visão biológica e sociológica do crime;
- Detrimento do individualismo face ao interesse social;
- Pena como resposta do organismo social ao deliquente.

TRÊS GRANDES FASES DA ESCOLA POSITIVISTA:


- Antropológica: Cesare Lombroso (pai da criminologia)
Criminoso nato; assimetria física; causalismo.
- Sociológica: Enrico Ferri
Ressocialização em segundo plano; pena como defesa social; criminoso readaptável.
- Jurídica: Rafael Garofalo
Prevenção Especial; cético à ressocialização; pena de morte aos natos.
ESCOLAS ECLÉTICAS:
Terza Scuola (escola crítica): imputabilidade, determinismo psicológico (reação aos
motivos);
Moderna alemã: Liszt- sistema duplo binário (pena/medida de segurança) função
finalística da pena, eliminação ou substituição de penas de curta duração.
Técnico-Jurídica: Rocco – Renovação metodológica, direito como ciência autônoma,
crime como fenômeno jurídico.
Correcionalista: Juiz como médico social, pena como correção do delinquente, prisão
como afastamento dos estímulos delitivos;
Defesa social: Defesa da sociedade em detrimento do punitivismo, preventismo e
individualização das penas (reeducação).

AULA 02 – EVOLUÇÃO DO DIREITO PENAL


Direito Penal Primitivo:
- Ausência de codificação;
- Inexistência de conhecimentos científicos;
- Misticismo e emocionalismo como resposta a fatos naturalísticos.

Era da Vingança:
-Subdivide-se em vingança privada, vingança divina e vingança pública;
- Desde a era primitiva até o século XVIII;
- Surgimento dos primeiros princípios.

 Vingança Privada:
- Revide/vingança como resposta à lesões;
- Lex Talionis “olho por olho, dente por dente”;
- Surgimento dos primeiros traços do princípio da proporcionalidade.

 Vingança Divina:
- Direito Penal e Igreja se confundem;
- Vis Corporalis como intimidação; “Repressão ao crime é a satisfação dos deuses’
E. Magalhães Noronha;
- Concilio de Latrão: Delicta Eclesiastica, delicta mere secularia e delicta mixta.
 Vingança Pública:
- Estado como detentor do ius puniendi;
- Pena como meio de proteção ao Estado e ao Soberano;
- Crimes de Lesa- Majestade;
- Penas de morte, mutilação e que transcendem o condenado.

DIREITO PENAL HUMANITÁRIO:


- Humanismo como afronta ao absolutismo;
- Cesare Beccaria: Dos Delitos e das Penas;
- Revolução Francesa;
- Declaração Dos Direitos do Homem (Legalidade, inocência, igualdade...).

O fim do Direito Penal muda, passa-se a pensar no objetivo das penas.

AULA 03 – PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL (PARTE I)


O que é Direito Penal?
R: Parcela do ordenamento jurídico público interno que estabelece as ações ou
omissões delitivas cominando-lhes as sanções correspondentes.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Princípio da Humanidade da Pena
Princípio da pessoalidade da Pena
Princípio da Legalidade

PRINCÍPIOS
1 – LEGALIDADE: Real limitação ao poder do Estado de interferir no âmbito das
liberdades individuais.
DESDOBRA-SE EM:
A) Não há crime (ou contravenção) nem pena (ou medida) sem:

- LEI;
- LEI ANTERIOR; (irretroatividade/retroatividade benéfica)
- LEI ESCRITA;
- LEI ESTRITA (PROIBE A ANALOGIA);
- LEI CERTA;
- LEI NECESSÁRIA (intervenção mínima, que abarca a subsidiariedade e a
fragmentariedade)
2 – PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU DE NÃO CULPA
3 – INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
4 – VEDAÇÃO DO BIS IN IDEM (há exceções, como por exemplo do artigo 8º do CP, que
prevê a possibilidade de novo julgamento e condenação, pelo mesmo fato, nos casos
de extraterritorialidade da lei brasileira)
5 – EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS (a criminalização de uma conduta deve
atender a critérios mínimos de proibição a comportamentos efetivamente lesivos,
que de alguma forma exponha a perigo a vida/bens de outrem);
6 – INTERVENÇÃO MÍNIMA (direito penal como ultima ratio)
7 – OFENSIVIDADE DO FATO (o fato deve concretamente decorrer de lesão ou perigo
de lesão)
8 – RESPONSABILIDADE PESSOAL (obrigatoriedade de individualização da acusação e
da pena)
9 – RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: existência de dolo ou culpa
10 – CULPABILIDADE (o agente punido deve ser penalmente capaz)
11 -HUMANIDADE
12 – PROPORCIONALIDADE
13 – PROIBIÇÃO DE PENA INDIGNA

CLASSIFICAÇÃO DA LEI PENAL


A) Incriminadora: define infrações e comina penas (preceitos primário e
secundário);
B) Não incriminadora: são as permissivas (justificantes/exculpantes),
explicativas, interpretativas, complementares e de extensão ou integrativas.

NORMA PENAL EM BRANCO:


Própria: o complemento normativo deriva de fonte diversa;
Imprópria: o complemento emana da mesma fonte de produção. DIVIDE-SE EM:
 Homovitelina: emana da mesma instância legislativa *mesma lei
 Heterovitelina: instâncias/leis distintas

INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL


ANALOGIA: PODE SER APLICADA EM BENEFÍCIO DO RÉU, DESDE QUE EXISTA UMA
EFETIVA LACUNA LEGAL A SER PREENCHIDA.

CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS CRIMES


FAZER ANOTAÇÕES

EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO


Tempo do crime: Teoria da atividade;

FATO TÍPICO
Elementos: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.
1) CONDUTA
Causas de exclusão da conduta: caso fortuito ou força maior; involuntariedade
(estado de completa inconsciência); coação física irresistível.
A conduta pode ser: (i) dolosa, (ii) culposa, (iii) preterdolosa; (i) omissiva, (ii)
comissiva, (iii) mista.

2) RESULTADO
Naturalístico: presente em algumas infrações;
a) Material: exige o resultado naturalístico;
b) Formal: descreve mas não exige o resultado naturalístico;
c) Mera conduta: nem descreve e nem exige o resultado naturalístico.
Normativo: presente em todas as infrações.
 É a lesão ao bem jurídico.

3) NEXO DE CAUSALIDADE:
Vínculo entre o resultado e a conduta.
Concausas: não se relacionam diretamente, mas contribuem para a ocorrência do
resultado. Pode ser:
 Relativamente independente: origina-se da conduta praticada pelo agente,
mas não se situa entre suas consequências diretas. Pode ser:
a) Preexistente ou concomitante: o agente responde pelo resultado, uma vez
que eliminada a sua atuação, não haveria lesão ao bem jurídico.
b) Superveniente: exclui a imputação QUANDO POR SI SÓ PRODUZIU O
RESULTADO. Caso contrário, o agente será responsabilidade.

 Absolutamente independente: o agente não é responsabilizado pelo evento


danoso, mas tão somente pelos atos praticados até então.
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA:
Propõe delimitar a imputação do agente, a fim de evitar regresso infinito gerado pela
causalidade simples (TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS).

TIPICIDADE: modernamente a tipicidade engloba a tipicidade formal (subsunção do


fato à norma) e tipicidade material (efetivo juízo de valor, consistente na relevância
da lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico).
 DAQUI SE EXTRAI A POSSIBILIDADE DE ATIPICIDADE MATERIAL PELO PRINCÍPIO
DA INSIGNIFICÂNCIA.

OBS: TEORIA DA TIPICIDADE CONGLOBANTE.


Além da tipicidade formal, também deve incidir a tipicidade conglobante, que
abrange a tipicidade material e antinormatividade do ato, ou seja, o ato é não
determinado ou não incentivado por lei.
MEDIANTE ESTA TEORIA, O EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO E O ESTRITO
CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL EXLUIRIM A TIPICIDADE E NÃO A ILICITUDE.

ITER CRIMINIS (“CAMINHO DO CRIME”)


É o conjunto se fases que se sucedem cronologicamente no desenvolvimento do
crime doloso.
DIVIDE-SE EM:
Fase interna: cogitação e atos preparatórios
Fase externa: atos executórios e consumação

VIDE TEORIAS
Para o artigo 14 do CP, é crime “quando nele se reúnem todos os elementos da sua
definição legal”.
MOMENTOS DE CONSUMAÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA DO CRIME:
Crime material/de resultado: com resultado naturalístico
Formal/ consumação antecipada: no momento da ação, sendo o resultado mero
exaurimento.
Mera conduta/simples atividade: momento em que a conduta é praticada
Permanente: se protrai no tempo, prologando-se até que o agente cesse a conduta
delituosa
Habitual: exige reiteração da conduta
Qualificado pelo resultado: se dá pela produção de resultado que agrava a pena
Omissivo próprio: no momento em que o agente se abstém de realizar a conduta
devida, imposta pelo tipo mandamental
Omissivo impróprio: consumação no momento do resultado naturalístico

CRIME TENTADO: QUANDO INICIADA A EXECUÇÃO NÃO SE CONDUMA POR


CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS.
ESPÉCIES DE TENTATIVA:
Imperfeita/inacabada: o agente deixa de praticar todos os atos à sua disposição
Perfeita/acabada/ CRIME FALHO OU FRUSTRADO: o agente, APESAR DE PRATICAR
TODOS OS ATOS À SUA DISPOSIÇÃO, não consegue consumar o crime por
circunstancias alheias à sua vontade
Quanto ao resultado produzido na vítima
Tentativa branca/incruenta: o golpe não atinge o corpo da vítima
Vermelha/cruenta: a vítima é atingida
Quanto à possibilidade de alcançar o resultado:
Idônea: o resultado não ocorre por circunstancias alheias à vontade do agente
Inidônea: CRIME IMPOSSÍVEL: não se consuma por absoluta ineficácia do meio
empregado ou por absoluta impropriedade do objeto material.

NÃO ADMITEM TENTATIVA OS CRIMES CULPOSOS, OS PRETERDOLOSOS, OS


UNISSUBISTENTES, OS CRIMES DE ATENTADO, OS HABITUAIS E OS CONDICIONADOS
À IMPLEMENTAÇÃO DE UM RESULTADO.
CAUSAS QUE EVITAM A CONSUMAÇÃO E ATÉ MESMO OBSTAM A PUNIÇÃO POR
TENTATIVA, SÃO AS CAUSAS DE TENTATIVA ABADONADA:
1) Desistência voluntária: o agente desiste por manifestação exclusiva de seu
querer, tendo não se esgotado os atos executórios. O dolo inicial muda.
SÃO ELEMENTOS DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
 Início da execução;
 Não consumação por circunstâncias inerentes à vontade do agente (abandono
do dolo de maneira voluntária);
PRESENTES OS REQUISITOS, A CONSEQUÊNCIA É A PUNIÇÃO DO AGENTE
SOMENTE PELOS ATOS JÁ PRATICADOS.

2) Arrependimento eficaz: os atos executórios já foram todos praticados,


porém o agente decide recuar na atividade delituosa corrida, desenvolvendo
nova conduta com o objetivo de impedir a produção do resultado
(consumação).
SÃO ELEMENTOS DO ARREPENDIMENTO EFICAZ:
 Esgotamento dos atos executórios;
 Cabimento nos crimes materiais, nos quais o tipo penal exige a ocorrência de
resultado naturalístico para sua consumação.
O reconhecimento é voluntário.
A CONSEQUÊNCIA É A MESMA DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA:
RESPONSABILIZAÇÃO DO AGENTE PELOS ATOS JÁ PRATICADOS.
- Há discussão quanto à natureza jurídica: uns defendem ser causa de exclusão da
tipicidade e outros causa de extinção da punibilidade.

AINDA, CASO OCORRA A CONSUMAÇÃO, O AGENTE PODE ATENUAR A PUNIÇÃO


PELA REPARAÇAÕ DO DANO. TRATA-SE DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR.
REQUSITOS:
- Crime cometido sem violência ou grave ameaça (se atentar que o STF já julgou não
ser possível a aplicação ao homicídio na direção de veículo automotor, pois não
beneficia a vítima.
- Reparação do dano ou restituição da coisa até o recebimento da denúncia ou
queixa;
- Ato voluntário do agente (STJ já decidiu que no concurso de agentes a reparação
promovida por um deles se comunica aos demais).
A CONSEQUÊNCIA É A REDUÇÃO DA PENA DE 1/3 A 2/3 NA FASE DE DOSIMETRIA.

CRIME IMPOSSÍVEL/ QUASE-CRIME/ CRIME OCO/ TENTATIVA INIDONEA


Duas formas:
1 – Por ineficácia absoluta do meio: falta potencialidade causal, pois os
instrumentos postos a serviço da conduta não são eficazes, em hipótese alguma, para
produção do resultado.
2 – Por impropriedade absoluta do objeto: a pessoa ou coisa que representa o ponto
de incidência da ação delituosa não serve à consumação do delito.

TEORIA ADOTADA PELO CP PARA O TRATAMENTO JURÍDICO DO CRIME IMPOSSÍVEL:


Teoria objetiva temperada ou intermediária: a ineficácia do meio e a impropriedade
do objeto devem ser absolutas para que não haja punição. Sendo relativas, PUNE-SE
A TENTATIVA.

TEORIA DO ERRO:
Erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei.
TRATA-SE DE ERRO DE TIPO ESSENCIAL: recai sobre as elementares, circunstanciais ou
quais dados que se agregam a determinada figura típica.
AS CONSEQUÊNCIAS VÃO DEPENDER DA EVITABILIDADE OU NÃO:
Se inevitável/justificável/ escusável/ invencível: ERRO IMPREVISIVEL, PORTANTO
EXCLUI O DOLO E A CULPA.
Se evitável/ injustificável/ inescusavel/ vencível: ERRO PREVISIVEL, SÓ EXCLUI O
DOLO MAS PUNE A CULPA (se prevista como crime)

ERRO DE TIPO ACIDENTAL: recai sobre dados secundários, periféricos do tipo. A


intenção criminosa é manifesta, INCIDINDO A RESPONSABILIDADE PENAL.
São espécies:
1 – ERRO SOBRE O OBJETO: o agente confunde o objeto material (COISA) visado,
atingindo outro que não o desejado.
2 – ERRO SOBRE A PESSOA: há equivocada representação do objeto material
(PESSOA), visado pelo agente, vindo ele a atingir pessoa diversa.
3 – ERRO NA EXECUÇÃO: o agente sabe quem é a pessoa que deseja atingir, mas pelo
ERRO NOS MEIOS DE EXECUÇÃO, atinge pessoa diversa da pretendida.
4 – RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO: também por acidente ou erro, o agente
atinge bem jurídico diverso do pretendido.
5 – SOBRE O NEXO CAUSAL: o resultado é produzido, mas de maneira diferente da
pretendida.

ILICITUDE/ANTIJURICIDADE
Deve ser entendido como conduta típica não justificada, espelhando a relação de
contrariedade entre fato típico e ordenamento jurídico como um todo.
A teoria adotada no Brasil é a da RATIO COGNOSCENDI: a existência do fato típico
gera presunção relativa de que também é ilícito. Não há uma absoluta independência
entre os dois substratos, mas uma relativa dependência. Isso gera uma importante
consequência: o ônus probatório de exclusão de ilicitude é da defesa.
Desse modo, diante de uma fundada dúvida, pela ocorrência das EXCLUDENTES DE
ILICITUDE, apesar de formalmente típica, a conduta não será considerada crime.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE:
1 – ESTADO DE NECESSIDADE: são requisitos:
 Perigo atual: presente e real, causado pela natureza, por conduta humana,
pelo comportamento de animal (não provocado pelo dono) ou fato da
natureza, sem destinatário certo.
 Situação de perigo não causada voluntariamente pelo agente;
 Salvar direito próprio ou alheio;
 Inexistência de um dever legal de enfrentar o perigo (desde que possível de
ser enfrentado);
 Inevitabilidade do comportamento lesivo para salvar o direito próprio ou de
terceiros;
 Inexigibilidade de sacrifício do direito ameaçado: proporcionalidade entre o
bem sacrificado e o bem protegido.
 Conhecimento da situação de fato justificante: requisito adicionado pela
doutrina.

2 – LEGITIMA DEFESA – requisitos:


 Agressão injusta (contrária ao direito, não necessariamente típica;
 Atual ou iminente (que está acontecendo ou está prestes a acontecer);
 Uso moderado dos meios necessários (responde-se pelo excesso);
 Proteção do direito próprio ou de outrem;
 Conhecimento da situação de fato justificante.

3 – ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL: o agente público, não raras vezes, é


obrigado por lei a violar bem jurídico. A intervenção deve estar dentro dos limites
aceitáveis.

4 – EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO: Compreende a conduta de um cidadão


comum autorizada pela existência de um direito definido em lei e condicionada a
regularidade desse direito.
REQUISITOS:
 Proporcionalidade;
 Indispensabilidade;
 Conhecimento do agente de que atua concretizando seu direito em lei.
*****5 – CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: depende de o consentimento ser ou não
elementar do crime. Se elementar: exclui a tipicidade, em não sendo, pode ser causa
supralegal de justificação.
Requisitos:
 O não consentimento não pode integrar o tipo penal;
 O ofendido tem de ser capaz;
 O consentimento deve ser válido;
 O bem deve ser disponível;
 O bem deve ser próprio;
 O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão ao bem jurídico;
 O consentimento deve ser expresso.
 Ciência da situação de fato que autoriza a justificante.

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