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Penal

Aula 1
Princípios: aspecto objetivo: valores que inspiram a criação (LEGISLADOR) e
aplicação do d. penal (INTERPRETE). Limita poder punitivo do estado (excesso
ou deficiente). Explícito ou implícito.
P. RESERVA LEGAL ou ESTRITA legalidade (“nullum crimen nulla poena
sine lege”):
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.

Cláusula pétrea:
Art. 5º XXXIX, CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal;

Taxatividade, certeza, determinação da lei penal. Lei descreve o conteúdo


mínimo da conduta criminosa (culposos, tipos abertos, normas penais em
branco).
Efeito lógico: proibição da analogia in mallam partem
Crítica STF: criminalização homofobia (RACISMO SOCIAL -L. 7716/89) e
transfobia.
Fundamento político: proteção do ser humano contra o arbítrio estatal (1º
dimensão); Franz Von Liszt: “CP é carta magna do delinquente”.
Fundamento democrático/popular: povo através dos seus representantes (CN).
Min. Celso de Mello: “A dimensão democrática do princípio da reserva legal”.
Medida Provisória: não podem ser utilizadas pra CRIAR
CRIMES/PENAS/PREJUDICAR O RÉU
Beneficiar o réu (div.): 1ª pos. SIM (STF: Estatuto do Desarmamento abolitio
temp.)
2ª pos. NÃO (Cleber Masson: vedada MP p/ D. Penal
(CF))
P. Reserva Legal (CF art. 5, XXXIV) =/ Legalidade (CF. art. 5, II)
Art. 5º XXXIX, CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal; (P. RESERVA LEGAL; Lei em sentido ESTRITO; formal
e material; D. Penal através de Lei ORDINÁRIA, embora possa ser através de
L.C que haverá status de L.O)

Art. 5. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei; (P. LEGALIDADE; Lei em sentido AMPLO; qualquer ordem/ato
do Estado)
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Mandados de criminalização/constitucionais e suas espécies: ordens emitidas


pela CF ao legislador ordinário para criminalizar determinados
comportamentos.
Expressos:
Art. 225, CF. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Tácitos: do conjunto da constituição; criminalização da corrupção; art. 1º


(República – res pública; coisa pública); art. 37 (L.I.M.P.E).

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: lei penal anterior ao fato cuja punição se


pretende
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.

Cláusula pétrea:
Art. 5º XXXIX, CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;

Efeito automático: Lei penal não retroage (TEMPUS REGIT ACTUM), salvo
para beneficiar o réu (retroatividade benéfica).
Vacatio legis: não se aplica lei penal durante a vacatio; excepcionalmente STF
adotou lex mitior na vacatio quando do Estatuto do Desarmamento.

PRINCÍPIO DA ALTERIDADE (Roxin): não há crime que prejudica somente


quem praticou; autolesão, salvo fraude p/seguro (art. 171, V, CP) e serviço
militar (art. 184 CPM).
Stuart Mill: conduta criminalizada unicamente para prevenir danos a outros.

PRINCÍPIO DA LESIVIDADE/OFENSIVIDADE: lesar ou colocar em perigo


o bem jurídico penalmente tutelado.
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS: valor
ou interesse relevante para a manutenção e desenvolvimento do indivíduo e da
sociedade. Nem todo bem jurídico é bem jurídico penal, apenas os mais
relevantes (CF indica os merecedores). Última ratio do direito penal. Teoria
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constitucionalista do direito penal (atitude de criminalização penal apenas


legítima quando consagrados na CF).

A espiritualização/liquefação/desmaterialização de bens jurídicos (Roxin):


crimes de perigo (risco de dano); crime de perigo abstrato; bens
METAINDIVIDUAIS. (crimes ambientais/porte de arma de fogo, etc.).
Legislador antecipa a tutela do direito penal. D. Penal preventivo.
Crime de POTENCIAL PERIGO: “Hefendehl apresenta nova modalidade de delito de
perigo abstrato destacando que a relevância de sua construção está no fato de limitar
a incidência do tipo penal objetivo pela ideia de criação de um risco proibido nos
moldes da teoria da imputação objetiva. Portanto, a anormal condução do veículo em
razão da influência do álcool ou de qualquer outra substância psicoativa e, portanto,
contrária às normas de segurança no trânsito - em uma perspectiva ex ante - é que
deverá ser considerada criação de risco proibido para os bens jurídicos individuais que
são tutelados penalmente pelo art. 306 da Lei de Trânsito, porquanto assim haverá
potencialidade lesiva na conduta praticada pelo motorista, legitimando o tipo penal.
[...] Assim, para não punir pela simples desobediência ao comando normativo requer-
se, primeiramente, que o agente crie um risco proibido (superando o risco-base
relacionado à norma de cuidado no trânsito, isto é, dirigindo sob a influência de álcool
ou drogas) e, depois, que haja bens jurídicos contra os quais as condutas arriscadas
(condução em zigue-zague, por exemplo) possam estar direcionadas”. (SCHMITT
DE BEM; MARTINELLI. Lições Fundamentais de Direito Penal. p. 143-144). 
Q758135

PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE/RAZOABILIDADE/CONVIVÊNCIA DAS


LIBERDADES PÚBLICAS: dupla face: a) proibição do excesso (garantismo negativo – ao
acusado); b) proibição da proteção deficiente (garantismo positivo – sociedade).

Garantismo NEGATIVO + garantismo POSITIVO = garantismo INTEGRAL (Luigi Ferrajoli)

Vedado o garantismo MONOCULAR (apenas um lado da relação)

Vedado o garantismo MONOCULAR HIPERBÓLICO: laxismo penal (liberar todo


mundo/ máximo (prender todos)

Espécies: Legislativa (atividade legisferante);

Judicial/Concreta (aplicação da pena)

Executória/Administrativa (execução da pena)

PRINCÍPIO DA CONFIANÇA: confiar no respeito das normas pelas demais pessoas;

PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL PELO FATO: direito penal do fato (para


CONFIGURAR o crime pouco importa as condições do agente) x direito penal do autor
(etiquetamento; Jakobs – D. Penal do Inimigo - 3º vel. d. penal)

Reincidência não é resquício do direito penal do autor; se trata de uma agravante genérica
(já configurou o crime), acaba por assegurar a igualdade, é um direito penal do fato, vez
que a pena e a finalidade da anterior não foi suficiente.
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PRINCÍPIO DA INTERVEÇÃO MÍNIMA: necessidade; d. penal mínimo (estritamente


necessário): quando o bem jurídico não puder ser protegido por outros ramos do
direito/formas de controle social.

Destinatário: Legislador (plano abstrato)

Operador do direito (plano concreto)

Finalidade: REFORÇO ao p. da reserva legal.

Subdivisão: - P. FRAGMENTARIEDADE (plano abstrato – legislador): última


etapa/fase/grau de proteção do bem jurídico; Fragmentariedade as avessas (abolitio;
deixou de ser necessário).
Ilicitude em GERAL

Ilicitude PENAL

- P. SUBSIDIARIEDADE (plano concreto – operador): última ratio do d. penal;


soldado de reserva dos demais ramos do direito.

Aula 2
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (Criminalidade da Bagatela): d. romano (de minus
non curat praetor; surge limitado ao poder privado); incorpora no D. Penal em 1970
(Roxin), relacionado com o FUNCIONALISMO PENAL; não deve se ocupar de condutas
insignificantes de lesar ou colocar em perigo de lesão o bem jurídico tutelado pela norma
penal. MEDIDA DE POLÌTICA CRIMINAL (filtro entre letra da lei e os enseios da
coletividade).

Promover uma interpretação RESTRITIVA da Lei Penal;

Natureza jurídica: causa SUPRALEGAL de exclusão da TIPICIDADE; tip. MATERIAL.

Tipicidade penal = tipicidade formal (adequação) + tipicidade material/substancial (lesão ou


perigo de lesão ao bem jurídico).

Req. OBJETIVOS (FATO) e SUBJETIVOS (AGENTE e VÍTIMA):

Objetivos (MARI): STF: Mínima ofensividade da conduta;

Ausência de periculosidade social da ação;

Reduzido grau de reprovabilidade da conduta;

Inexpressividade da lesão ao bem jurídico.

Medida de política criminal; margem de flexibilidade grande, não existindo rígida


diferenciação entre os requisitos lançados.

Subjetivos:
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- Condições pessoais do agente:

Reincidente ( div.) STF prevalece que não se aplica,


principalmente pro reinc. específico; STJ se aplica, reinc. é agravante genérica; 2º fase de
aplicação de pena (já reconheceu a tipicidade e de que o fato é crime).

Criminoso habitual (crime meio de vida): inaplicável


Art. 28-A. § 2º (Acordo de não persecução penal): O disposto no caput deste artigo não
se aplica nas seguintes hipóteses: II - se o investigado for reincidente ou se houver
elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou
profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;  
Má redação (não há infração penal frente a insignificância; exclui o crime) buscava se
referir as infrações de menor potencial ofensivo (L. 9099/95).

Militares não se aplica a insignificância:


hierarquia/disciplina/seg. pública.

- Condições da vítima: Extensão do dano

Valor sentimental do bem

É aplicável a todo e qualquer crime que com ele seja compatível e não somente nos
crimes patrimoniais, vide descaminho e ambientais.

Exceções: crimes contra a vida;

dignidade sexual;

crimes com violência à pessoa/grave ameaça;

tráfico de drogas

crimes contra a fé pública

contrabando, salvo inferior 20k

violência doméstica
transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência (s. 606-STJ) – div
STF

Valoração pela autoridade policial (div.) STJ: aplicação exclusivamente pelo poder
judiciário.

AVENA: fato é atípico, não há crime, pode ser aplicado pelo Delegado.

Insignificância IMPRÓPRIA/batela imprópria (Roxin): não há previsão legal.

Insignificância PRÓPRIA Insignificância IMPRÓPRIA


Fato atípico Fato típico e ilícito, agente culpável
Exclui a tipicidade; tipicidade material Instaura-se ação penal
Não há persecução penal AUSÊNCIA de NECESSIDADE da penal
Causa SUPRALEGAL de extinção da
PUNIBILIDADE

Princípio da proibição do BIS IN IDEM: inadmissível dupla punição pelo mesmo fato;
momento da aplicação da pena.
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ARTIGO 8, CADH; Pacto de San Jose da Costa Rica.  4. O acusado absolvido por
sentença passada em julgado não poderá se submetido a novo processo pelos mesmos
fatos.

Súmula 241, STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. (mau antecedente)

EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA DO D. PENAL

Funcionalismo penal (pós finalismo): Alemanha, discute a função do direito penal


(div.).

- Proteção do bem jurídico: proporcionalidade; nem além, nem aquém;

- Flexibilidade na aplicação da norma penal: ponto de partida;

- Prevalência do operador do direito penal frente ao legislador

Espécies: Funcionalismo MODERADO/DUALISTA/POLÍTICA CRIMINAL/RACIONAL


TELEOLÓGICO (Roxin): Escola de Munique; direito penal busca PROTEGER OS BENS
JURÍDICOS (moderado), mas tem limites (política criminal); última ratio, impostos pelo
próprio direito penal, mas também pelos demais ramos (sistema dualista) e pela
sociedade.

Funcionalismo RADICAL/MONISTA/SISTÊMICO (Jakobs): só deve respeitar


aqueles limites impostos pelo PRÓPRIO DIREITO PENAL (radical); sistema próprio de
regras e valores que independe de outros ramos (monista e sistêmico); direito penal busca
assegurar a VIGÊNCIA DA NORMA; punir para demonstrar o seu vigor.

Se baseou no Sistema Luhmann: Autônomo (dita suas regras), Autorreferente (estão nele
próprio) e Autopoiético (se renova por conta própria).

*Atentar que os funcionalistas muito se utilizam da Teoria da Imputação Objetiva


(acrescentar dentro do tipo objetivo).

Direito Intervencionista (direito de intervenção) – Winfried Hassemer

Direito Penal: núcleo fundamental: crimes de dano, perigo concreto contra bens
jurídicos individuais.

Direito de Intervenção (aplicado pela administração pública): crimes de perigo


abstrato, concreto e de dano contra bens difusos e coletivos.

Se aproxima do direito administrativo sancionador, esvaziamento do direito penal.


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Velocidades do direito penal:

Jesus Maria Silva Sanchez Jakobs Daniel Pastor

1º Vel. 2º Vel. 3º Vel. 4º Vel.

Garantias – PPL | Flex. Garantias | D. Penal do Inimigo

Medidas alternativas| Privação da Liberdade

| Eliminação de dir. e garant. penais/processuais

*D. Penal do Inimigo (Jakobs): direito penal do inimigo (inimigo do Estado; direito penal do
autor; ausência das garantias; medidas de segurança; antecipação do direito penal – atos
preparatórios; validade da tortura) e o direito penal do cidadão (ainda que
grave/repete/habitual).

INIMIGO: Organização Criminosa (estrutura ilícita de poder; afronta o Estado); Terrorista;

Base filosófica: Rousseau (contrato social, todo mundo abriu mão em troca do bem
comum);

Kant (metafísica dos costumes; hiperativo categórico de justiça; quem


quer destruir o Estado deve ser destruído);

Hobbes (leviatã; Estado (ser supremo, indestrutível) atacado deve vencer


o inimigo).

Crime de perseguição – art 147-A – Stalking: vigor: 01/04/2021


Perseguição. Art. 147-A.  Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio,
ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de
locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade.       
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.     
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:      
I – contra criança, adolescente ou idoso;      
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do
art. 121 deste Código;     
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.    
§2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.       
§ 3º Somente se procede mediante representação.  
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Tipo BASE = IMPO = JEC; transação; rito sumaríssimo 9.099

No caso da figura majorado/circunstanciado, sai do JEC, não admite transação, mas cabe
SUSPENSÃO COND. DO PROCESSO se presente os requisitos. Crime de médio
potencial ofensivo.

Ação penal pública condicionada: “strepitus fori”

Concurso material obrigatório: pena aplicável sem prejuízo das corresp. à violência

Competência: em regra justiça estadual, JF no cyberstalking no caso do art. 109, V


(transnacional, BR signatário da Convenção Interamericana 1973 do Pará).

Ainda que comp. da J.E em alguns casos PF poderá investigar, no caso de


repercussão interestadual/internacional que exija repressão uniforme.
Art. 1º, L. 10.446/02. III – relativas à violação a direitos humanos, que a República
Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados
internacionais de que seja parte; e
VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que
difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a
aversão às mulheres.       
Stalking: Afetivo: amores/desamores

Funcional: profissional/estudantil

Idolatria: fans/jogadores/artistas/políticos/líderes religiosos

Antigamente no BR se aplicava o art. 65 da LCP/ameaça/constrangimento ilegal/crimes


contra a honra.

Revogou expressamente o art. 65 da LCP


Perturbação da tranquilidade. Art. 65. Molestar alguem ou perturbar-lhe a
tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovavel: Pena - prisão simples, de quinze
dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Vácuo legislativo. O art. 147-A exige habitualidade/reiteração, e o incomodo sem
habitualidade/reiteração agora com o art. 65 da LCP revogado? Atípico.

Objetividade jurídica: liberdade individual; privacidade; direito de locomoção;


integridade psíquica; autodeterminação da vítima;

Núcleo do tipo: perseguir; alguém (pessoa(s) determinada(s)); REITERADAMENTE


(habitual); por qualquer meio (crime de forma livre);

Finalidade: ameaçar a integridade física/psicológica da vítima; restringir a


capacidade de locomoção da vítima; de qualquer forma, invadir ou perturbar a
esfera de privacidade da vítima.

Forma de conduta: ação ou omissão (penalmente relevante), tinha dever de agir,


podia agir mas dolosamente se omitiu.

“Cyberstalking”: crime informático impróprio (não é praticado exclusivamente pelo


computador).

Spam: em regra não configura, precisa ser contra pessoa(s) determinada(s), salvo se
preencher esse requisito.

Crime comum geral; admite concurso de pessoas (coautora/participação);


acidentalmente/eventualmente coletivo: causa de aumento de metade da pena.
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Paparazzi: local público não há crime; local particular/privado; preenchido os


requisitos poderá ser caracterizado.

Sujeito passivo: qualquer pessoa:

Crime bicomum (ativo/passivo);

Criança adolescente/idoso/mulher por razões de sexo feminino/concurso de 2 ou


mais/EMPREGO de arma: aumento de metade; necessário que o a agente tenha
ciência da idade da vítima sob pena de resp. penal objetiva.

Em razão do sexo feminino: violência doméstica ou familiar ou; menosprezo/discriminação


à condição de mulher.

Emprego de arma: uso efetivo/porte ostensivo; no caso de porte ilegal concurso de


crimes; bens jurídicos diversos (segurança pública x liberdade individual); vítimas
diversas; não tem estatura jurídica suficiente pra absorver.

Elemento subjetivo: dolo, independentemente de dolo específico.

Não admite modalidade culposa;

Policial não comete, não há dolo de perseguir, mas de elucidar um crime.

Consumação: crime habitual; reiteradamente; possível no mesmo dia.

Crime FORMAL (consumação antecipada/resultado cortado), dispensa o resultado


naturalístico para consumação; exaurimento). Ainda que a vítima não se sinta
efetivamente intimidado no caso em concreto.
Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade
física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer
forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.       
Embora a doutrina majoritária afirme que a habitualidade impede a tentativa,
Mirabete sustenta desde antes a possibilidade excepcional. Assim, no caso em
concreto pode ficar demonstrado.

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